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Câmara Setorial da Aquicultura tem sua primeira reunião

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Foto: Fernando Dias

Instaurada pela Instrução Normativa 8/2022 em junho deste ano, a Câmara Setorial da Aquicultura teve sua primeira reunião nesta quarta-feira (5/10), em formato híbrido, no auditório da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

“A Câmara Setorial é o fórum em que identificamos as demandas para construção de políticas públicas ao setor. Agrega todos os elos da cadeia produtiva, desde os atores que estão antes da porteira de uma atividade, como as indústrias de insumos e máquinas, passando pelos produtores e as agroindústrias, até o consumidor final. É o espaço onde pensamos o agro do nosso Estado”, destacou o secretário adjunto da Agricultura, Rodrigo Rizzo, na abertura da reunião.

O diretor do Departamento de Desenvolvimento Agrário, Pesqueiro, Aquícola, Indígenas e Quilombolas da Seapdr, Maurício Neuhaus, foi apontado como coordenador temporário da Câmara Setorial, até que seus integrantes consigam se articular para eleger um coordenador do setor produtivo, como estipulado pelo regramento das Câmaras Setoriais da Secretaria. O mandato do coordenador é de dois anos, podendo ser renovado por mais um período, e as Câmaras devem se reunir, no mínimo, uma vez a cada 12 meses.

 

Demandas do setor 

Departamentos da Secretaria apresentaram as ações da pasta no setor de aquicultura, na parte de fomento de produção, pesquisa e sanidade animal. Conforme dados do Sistema de Defesa Agropecuária (SDA), em 2021 foram declarados 1.049.205.122 peixes, criados em 24.558 propriedades no Rio Grande do Sul.

Gabriela Lima Mattei, da Tilápia-RS, apresentou algumas das demandas mais urgentes da cadeia produtiva, dando especial destaque ao estímulo do consumo do peixe entre a população. “O produtor está desistindo porque não consegue vender. Somos o 12º estado aquicultor, e perdemos apenas para o Amazonas pela rede de rios. Já temos essa capacidade, precisamos aproveitar de forma responsável e consciente. A cadeia já está estabelecida, mas precisamos organizar, principalmente a ponta final, do consumo”, avaliou.

De acordo com Gabriela, a tilápia responde por 63,5% dos peixes consumidos no Brasil. Mesmo com a falta de hábito no consumo de peixes e uma procura pontual durante a Semana Santa, a média de consumo de tilápia pelos gaúchos é o dobro da nacional: enquanto, no Brasil, o consumo de tilápia é de 2,5 quilos por habitante ao ano, no Rio Grande do Sul, o consumo anual é de 5,4 quilos por habitante.

Outra demanda apresentada foi a formação de um grupo de trabalho, no âmbito da Câmara Setorial, para trabalhar um texto-base para a regulamentação da Lei 15.647/2021, que instituiu a Política Estadual de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura no Estado do Rio Grande do Sul. A próxima reunião da Câmara está agendada para a última semana de novembro.

Participaram da reunião as seguintes entidades: Emater/RS-Ascar, Embrapa, Famurs, Fepam, Frente Parlamentar da Aquicultura, Piscicultura e Aquoponia, Ibama, IBGE, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Secretaria da Inovação, Ciência e Tecnologia, Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Tilápia-RS.

A reunião contou, ainda, com a presença do coordenador geral da Cadeia Produtiva da Aquicultura do Ministério da Agricultura, Bruno Queiroz; e do chefe da Divisão de Aquicultura e Pesca da Superintendência Regional do Mapa no Rio Grande do Sul, Leonardo Dias.

Fonte: Assessoria

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Arco Norte registra crescimento de 98% na importação de fertilizantes em 4 anos

Portos da região Norte consolidam posição estratégica no escoamento de grãos e insumos agrícolas, com destaque para soja e milho, enquanto movimentação logística impulsiona preços e fortalece exportações brasileiras.

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Fotos: Claudio Neves

A internalização de adubos e fertilizantes no país pelos portos do Arco Norte registrou um crescimento de 98% se considerarmos os últimos 4 anos. Se de janeiro a outubro de 2021 foram recebidos 3,54 milhões de toneladas dos produtos pela região Norte do país, em 2025 esse volume é de 7,01 milhões, considerando o mesmo período. A informação está na edição de novembro do Boletim Logístico, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado na quinta-feira (27). “A maior participação dos portos do Arco Norte nas exportações dos produtos agrícolas, sendo a principal rota de escoamento de milho e soja, é um dos fatores que explicam essa alta a partir da utilização da modalidade de frete de retorno, visando a diminuição do custo logístico”, explica o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth.

Mesmo com o crescimento verificado, o principal eixo para o recebimento de adubos e fertilizantes pelos produtores brasileiros continua sendo Paranaguá, no Paraná. Das 38,35 milhões de toneladas importadas, 9,45 milhões de toneladas foram recebidas a partir do porto paranaense, o que representa 24,64% do volume total importado. “No entanto, essa diferença já foi muito maior. Em 2021, o Arco Norte representava a 3ª maior porta de entrada para esses produtos e atualmente ocupa a segunda posição. Esse cenário consolida a importância dessa rota de escoamento pela região Norte do país, diante da proximidade com importantes regiões produtoras”, reforça Guth.

Exportações

Confirmando a importância do Arco Norte para as exportações de soja e milho, entre janeiro e outubro deste ano foram expedidas 37,38 milhões de toneladas da oleaginosa pelos portos do Norte do Brasil. O quantitativo representa 37,2% do total exportado pelo país, uma vez que as vendas internacionais do grão atingiram, nos 10 primeiros meses deste ano, 100,6 milhões de toneladas, o maior volume já registrado para o período. Itaqui, no Maranhão, é responsável pela movimentação de 14,7 milhões de toneladas, seguido de Barcarena, no Pará, por onde foram embarcadas 9,17 milhões de toneladas da oleaginosa. Já pelo porto de Santos, o volume de exportações atingiu 32,31 milhões de toneladas, seguido de Paranaguá, com movimentação de 12,88 milhões de toneladas, enquanto o porto de Rio Grande expediu 7,48 milhões de toneladas.

Para o milho, o Arco Norte também segue como principal rota de escoamento do grão. Os portos da região Norte embarcaram 41,3% do volume total exportado pelo país de janeiro a outubro. Mas, no caso do cereal, Barcarena é o porto que registra maior movimentação, com embarques de 4,68 milhões de toneladas, seguido de Itaqui, por onde saem 2,26 milhões de toneladas do grão. Na sequência, aparece o porto de Santos, escoando, no mesmo período, 33,3% da movimentação total, enquanto pelo porto de Paranaguá foram registrados 11,6% dos volumes embarcados.

Mercado de fretes em outubro

O Boletim também traz informações sobre as cotações praticadas em outubro para o transporte de produtos agrícolas. De maneira geral, os preços registraram queda em comparação com os valores registrados em setembro. Essa redução é influenciada pela menor movimentação de grãos diante da finalização da safra 2024/25. Mas, ao comparar os preços atuais com os níveis praticados no mesmo período no ano passado, percebe-se uma valorização das cotações.

Diversos fatores explicam esse aquecimento e o consequente suporte aos preços. Dentre eles, destaque para a demanda firme, dinâmica crescente e cada vez mais pulverizada em relação ao milho, o qual, além de atender ao mercado externo, tem tido a demanda interna crescente, ocasionando grandes movimentações. Setores como alimentação animal e biocombustíveis, que utilizam o milho como principal insumo, têm demandado cada vez mais esse produto, que tem ganhado maior alcance e capilaridade. Essa conjuntura tem acarretado a elevação de preços da commodity, além de gerar maiores movimentações logísticas.

O Boletim Logístico da Conab é uma publicação mensal que reúne informações de dez estados produtores, apresentando análises sobre a logística do setor agropecuário, desempenho das exportações brasileiras, movimentação de cargas e principais rotas de escoamento da safra, além de informações sobre o volume exportado de soja, milho e farelo de soja, bem como dados de importação de adubos e fertilizantes. A edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2025 já está disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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C.Vale figura entre as 20 maiores do agronegócio na Forbes Agro100

Cooperativa paranaense é a 19ª mais relevante do setor no país e a terceira colocada no Paraná, segundo anuário de 2025.

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Foto: Divulgação/C.Vale

A cooperativa C.Vale alcançou posição de destaque nacional ao figurar entre as 20 maiores empresas do agronegócio brasileiro na edição 2025 do anuário Forbes Agro100. O levantamento, divulgado pela Forbes Brasil, coloca a cooperativa na 19ª colocação entre companhias, grupos empresariais e cooperativas do setor, ranking liderado pelas multinacionais JBS, Marfrig e Cargill.

No recorte estadual, a C.Vale também se sobressai: entre as empresas do Paraná que integram a lista, aparece em terceiro lugar, reforçando seu peso econômico e sua relevância para as cadeias produtivas regionais e nacionais.

Publicada anualmente, a Forbes Agro100 utiliza indicadores financeiros, com ênfase na receita líquida, para dimensionar o desempenho das organizações que movimentam o agronegócio no país. A classificação de 2025 evidencia o crescimento e a solidez da C.Vale em um setor marcado por forte concorrência e presença de gigantes globais.

A premiação foi recebida pelo diretor financeiro da cooperativa, Marcelo Riedi, em cerimônia realizada no dia 25 de novembro, em São Paulo (SP).

Fonte: O Presente Rural com C.Vale
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Para 86% dos produtores rurais, mudanças climáticas terão impactos na produção, aponta ABMRA

Levantamento inédito mostra que percepção de risco climático aumenta e reforça alerta para políticas de apoio ao campo.

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Foto: Antonio Carlos Mafalda

A 9ª Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural revela que o tema das mudanças climáticas se consolidou como uma preocupação concreta entre agricultores e pecuaristas brasileiros. Segundo o levantamento, 86% dos produtores acreditam que eventos extremos, como chuvas mais fortes, secas prolongadas e temperaturas mais altas terão algum tipo de impacto na produção das suas propriedades nos próximos anos e décadas.

O estudo, considerado o mais completo mapeamento do comportamento do produtor rural brasileiro, abrange hábitos de mídia, padrões de compra, conectividade, adoção tecnológica, percepções ambientais, dentre outros tópicos extremamente importantes para a construção de estratégias mais eficazes. A nona edição da pesquisa ABMRA foi operacionalizada pela S&P Global – um dos maiores grupos de informação do mundo –, realizou 3.100 entrevistas presenciais, aplicou 280 questões, percorreu 16 estados, analisou 15 culturas agrícolas e quatro rebanhos de produção para trazer um retrato amplo e atualizado da realidade do campo brasileiro.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Para o presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA), Ricardo Nicodemos, a quantidade de produtores preocupados com os efeitos climáticos demonstra uma atenção crescente ao tema. “O produtor rural brasileiro reconhece os efeitos do clima no seu dia a dia e busca informações e ferramentas que o ajudem a enfrentar esses desafios com segurança. A pesquisa também mostra que, quando há orientação técnica e condições adequadas, o produtor tende a avançar na adoção de novas práticas para reduzir os danos e garantir a produtividade. Mais que uma mera informação de percepção, esse dado pode ser um grande trunfo para as marcas desenharem suas estratégias para os próximos anos”, completa.

Os dados mostram que 72% dos produtores já adotam procedimentos ou técnicas voltadas a melhorar a eficiência no uso de insumos e reduzir impactos ambientais. Entre eles, 67% afirmam fazê-lo para melhorar resultados de produtividade, enquanto 65% apontam recomendação técnica como motivação principal.

A pesquisa revelou que há alguns obstáculos para adotar práticas que visam mitigar e diminuir os impactos das mudanças do clima, mas é restrita a uma parcela menor dos entrevistados. Entre os 31% que veem barreiras altas ou muito altas, 4% citam custos, falta de informação ou receio de baixo retorno, enquanto 27% apontam limitações ligadas ao acesso a apoio técnico, crédito ou confiança nos resultados.

Fonte: Assessoria ABMRA
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