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Câmara debate impactos da fauna exótica invasora na agropecuária

Essas espécies possuem capacidade de reprodução de forma exponencial, o que reforça a necessidade de uma solução imediata e que possa garantir o controle eficiente desses animais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados realizou, na quinta-feira (19), audiência pública para debater os impactos da fauna exótica invasora na agropecuária. O deputado Marcos Pollon (PL-MS), membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), solicitou a reunião para debater a atual situação do Plano Nacional de Controle do Javali, que expirou recentemente, e também as medidas que estão sendo adotadas pelo Governo Federal para lidar com esse desafio.

As espécies exóticas invasoras são aqueles animais que estão fora da sua área de distribuição natural e que ameaçam hábitats, serviços ecossistêmicos, e a diversidade biológica, causando impactos em ambientes naturais, como é o caso do  javali (Sus scrofa).

Cabe destacar que esses animais possuem capacidade de reprodução de forma exponencial, o que reforça a necessidade de uma solução imediata e que possa garantir o controle eficiente desses animais.

A FPA enviou ofícios à ministros e para o comandante do Exército Brasileiro, em agosto deste ano, com a preocupação recebida das entidades do setor sobre a suspensão das emissões de novas licenças para o manejo de espécies exóticas, publicada em informativo do Sistema de Informação de Manejo e Fauna (Simaf). A medida decorreu da edição do Decreto 11.615, que transferiu a responsabilidade pela emissão dessas autorizações ao Comando do Exército.

Durante audiência o deputado Marcos Pollon alertou para importância de tratar o tema sem ideologias – Foto: Divulgação/FPA

O parlamentar destacou que o atual governo não divulgou as diretrizes que serão adotadas,  o que levanta preocupações quanto à continuidade do controle do javali. “Esse é um problema que tem implicações sérias para o equilíbrio ambiental e econômico do país. A importância de realizar essa audiência é para alertar a sociedade e principalmente o legislativo e poderes constituídos para que entendam a relevância do problema.”

O coordenador de prevenção e vigilância de doenças animais do Ministério da Agricultura (MAPA), Guilherme Takeda, fez apresentação explicando sobre a peste suína clássica (PSC) e africana (PSA) no Brasil e no mundo e o envolvimento do javali na disseminação das doenças. “Apesar do nome parecido, são doenças diferentes e ambas acometem tanto em suínos domésticos como em suínos asselvajados. São doenças severas que afetam o mercado de carnes,” disse.

Takeda acrescentou que desde 2014 o Mapa possui plano de vigilância para suínos asselvajados com o objetivo de conter a expansão territorial e demográfica do javali no Brasil e reduzir seus impactos, principalmente em áreas prioritárias de interesse ambiental, social e econômico.

Presente na audiência, o consultor da Comissão Ambiental do Instituto Pensar Agro (IPA), João Carlos Carli, alertou que esses animais não trazem problemas apenas para a pecuária. “Temos que colocar o problema relacionado à atividade agrícola, onde vários animais estão dizimando plantações de milho, brotos de plantações de soja, cana de açúcar e prejudicam as nascentes para obtenção de água. Temos que observar tanto na parte agrícola como na pecuária.”

Carli ressaltou ainda que não é só o javali que preocupa, existem outros animais asselvajados que merecem atenção também. “O cervo axis, o búfalo asselvajado, entre outros. Precisamos que o poder público como um todo, órgãos ambientais, órgãos de defesa agropecuária façam um trabalho mais ativo em relação ao controle destes animais para um controle efetivo e contínuo.”

A diretora de uso sustentável da biodiversidade e florestas do Ibama, Livia Martins, ressaltou que o Ibama recebeu a incumbência de fazer a revisão da Instrução Normativa para que pudesse ser adequada ao novo decreto 11.615. “Isso é um problema seríssimo não só para área da agricultura e pecuária, mas para a questão ambiental também. Deve ser feita uma frente ampla e continuada para esse tipo de controle no país,” defendeu.

Pollon destacou a importância de tratar do tema sem ideologias. “Se não descermos do palanque ideológico para tratar com responsabilidade desse tema nós vamos destruir a pecuária no Brasil. Eu sou do Mato Grosso do Sul e estou vendo a destruição que eles causam na fauna e na flora local”.

O deputado acrescenta: “Algumas regiões não possuem mais animais de nidificação terrestre (ação de espécies que fazem seus ninhos no solo), algumas regiões estão sofrendo com a questão de abastecimento de mananciais por conta da destruição de nascentes. Precisamos resolver esse problema,” finalizou.

A audiência pública contou com a participação do presidente da Associação Brasileira de Caçadores, Rafael Salerno, do chefe da Divisão Nacional de Controle de Armas de Fogo da Polícia Federal, Humberto Brandão, e do chefe da Divisão de Regulação do Exército Brasileiro, Cel Rodrigo Mattos.

Fonte: Assessoria FPA

Notícias Antimicrobianos na agropecuária

Comissão de Agricultura aprova texto que suspende decreto do Pronara

Proposta cita conceitos vagos, falta de critérios técnicos e interferência indevida em políticas agrícolas e incentivos econômicos.

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Foto: Fernando Dias

O projeto que susta os efeitos do Decreto nº 12.538/2025, que instituiu o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), foi aprovado nesta quarta-feira (26) na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, sob relatoria do deputado Pezenti (MDB-SC), coordenador da Comissão de Meio Ambiente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O parlamentar argumenta que o Executivo extrapolou seu poder regulamentar ao criar uma política pública nacional sem autorização legislativa específica, envolvendo temas como política agrícola, incentivos econômicos e governança administrativa.

Deputado Pezenti: “O decreto introduz conceitos vagos e ideologicamente marcados, destituídos de base técnico-científica, em afronta ao princípio da segurança jurídica”

“O decreto introduz conceitos vagos e ideologicamente marcados, destituídos de base técnico-científica, em afronta ao princípio da segurança jurídica. Suas disposições interferem diretamente na política agrícola e na ordem econômica, ao impactar custos de produção, incentivos fiscais e instrumentos de crédito rural — temas que exigem disciplina legal”, explicou Pezenti.

De acordo com o autor do PDL 443/2025, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), coordenador da Comissão de Seguro Rural da FPA, o decreto propõe uma estrutura de governança que carece de critérios técnicos para sua implementação, e muitas das ações sugeridas sobrepõem-se a programas já consolidados, como o PARA (Anvisa) e o SINITOX (Fiocruz), criando riscos de duplicidade, aumento de burocracia e uso ineficiente de recursos.

Deputado Rodolfo Nogueira: “Este é um projeto importante para a segurança alimentar e para as garantias do produtor rural”

“Este é um projeto importante para a segurança alimentar e para as garantias do produtor rural. Lembrando que os defensivos agrícolas são insumos essenciais para a proteção das lavouras, e isso traz a garantia do alimento na mesa do povo brasileiro”, finalizou Nogueira.

A proposta segue agora para análise das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Fonte: Assessoria FPA
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Parque do Show Rural vira megacanteiro de obras para reforçar estrutura da edição 2026

Melhorias incluem 45 mil m² a mais de estacionamento, novas lanchonetes, pavimentação e estrutura ampliada para expositores.

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O presidente da Coopavel e vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic) para Assuntos do Agronegócio, Dilvo Grolli, apresentou nesta quarta-feira (26) um panorama das obras em andamento e dos preparativos para a 38ª edição do Show Rural. Um dos maiores eventos técnicos do agronegócio mundial, o Show Rural será realizado de 09 a 13 de fevereiro de 2026. A tradicional missa de abertura está marcada para 11 horas de 08 de fevereiro, na área que abriga o parque desde 1989. “O parque parece um grande canteiro de obras. Inúmeras melhorias estão em curso para oferecer uma experiência única aos visitantes que estarão em Cascavel em busca de novidades para as atividades rurais”, afirmou, destacando o apoio histórico da Acic ao evento.

Presidente da Coopavel e vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic) para Assuntos do Agronegócio, Dilvo Grolli: “. Inúmeras melhorias estão em curso para oferecer uma experiência única aos visitantes que estarão em Cascavel em busca de novidades para as atividades rurais” – Fotos: Divulgação/Coopavel

Entre as intervenções estruturais citadas pelo presidente da Coopavel estão a ampliação do prédio da administração, a expansão do hub Espaço Impulso e a ampliação do galpão dedicado ao pequeno produtor. As iniciativas são desenvolvidas em parceria com o Itaipu Parquetec e a Itaipu Binacional.

Uma das principais frentes é a ampliação do estacionamento, que ganhará 45 mil metros quadrados adicionais. Com isso, a capacidade passará de 17 mil para 22 mil veículos e de 400 para mais de 700 ônibus por dia. Uma nova passarela, instalada no interior do antigo estacionamento, fará a ligação direta com o acesso principal do parque.

As obras de mobilidade também incluem a pavimentação asfáltica de mais de 2,5 quilômetros de vias, todas com cinco metros de largura, e a cobertura de 11 quilômetros de ruas, garantindo mais conforto ao público esperado para visitar os 600 expositores já confirmados.

O pacote de melhorias contempla ainda duas novas lanchonetes, novas linhas de buffet no restaurante e a reforma completa dos 28 conjuntos de banheiros. Uma nova área será aberta para expansão de estandes, acomodando expositores que buscam espaços mais amplos.

Grolli reforçou o caráter regional e a representatividade do evento. “O Show Rural é um evento de Cascavel e do Oeste do Paraná, que leva para o mundo o melhor do que somos e do que é o agronegócio brasileiro”, destacou.

A edição de 2026 terá como tema “A força que vem de dentro”. Tanto o acesso ao parque quanto o estacionamento seguirão gratuitos, como tradição do evento.

Fonte: O Presente Rural com Coopavel
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Brasil busca ampliar lista de produtos com sobretaxa nos EUA

País aposta em articulação diplomática, crédito à indústria e agenda estratégica para consolidar presença no mercado americano.

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Foto: Shutterstock

Os impactos do tarifaço, as negociações do Brasil com o governo dos EUA e as medidas para ampliar o acesso dos produtos brasileiros àquele mercado foram temas da participação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, na abertura da 3ª edição do Encontro Empresarial Brasil–EUA, nesta terça-feira (25).

Alckmin participou remotamente do encontro, que é promovido pela Amcham Brasil em São Paulo. “É diálogo e negociação. O próximo passo é excluir mais produtos e reduzir alíquotas. Vamos acelerar o processo”, afirmou Alckmin.

Nos últimos meses, os Estados Unidos eliminaram tarifas de 238 produtos, incluindo frutas, sucos, cafés e carnes, reduzindo para 22% a fatia das exportações brasileiras ainda sujeitas ao tarifaço, percentual que já foi de 36%. Outros 27% estão na Seção 232, alinhados à tributação global, e 51% entram no país com tarifa zero ou 10%.

Ao comentar as medidas adotadas pelo governo brasileiro, Alckmin destacou o Plano Brasil Soberano, com apoio para empresas impactadas e outras medidas, e ações do governo em áreas que podem ajudar nas negociações para retirada de todos os produtos das tarifas adicionais. “O Brasil não ficou parado diante do tarifaço. Colocamos em campo um plano robusto para proteger as empresas afetadas, com R$ 40 bilhões em crédito, juros menores e garantias ampliadas. Nosso objetivo é assegurar fôlego para quem perdeu mercado e manter a indústria brasileira competitiva”, destacou.

Ele reforçou também a importância das ações de médio e longo prazos, voltadas à inserção do Brasil em setores de alto valor agregado e tecnologias emergentes. “Estamos preparando o Brasil para a nova economia. Avançamos em temas estratégicos como data centers, inteligência artificial, energia renovável e minerais críticos. O programa Redata já está no Congresso e vai atrair investimentos de alto valor agregado para o país”, garantiu.

Diálogo e articulação

A secretária de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, Tatiana Prazeres, participou do painel Diálogo com o Governo Brasileiro, realizado logo após a fala do presidente da República em exercício.

Ao lado do embaixador Fernando Pimentel, em um painel moderado pelo CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, a secretária Tatiana destacou que os resultados recentes refletem avanços importantes na relação bilateral e reforçam o papel central do diálogo e da articulação entre governo e setor privado. “Os avanços recentes mostram que o diálogo funciona. Vimos progressos concretos e é fundamental manter essa coordenação entre governo e setor privado para seguirmos ampliando o acesso do Brasil ao mercado americano. A relação Brasil–Estados Unidos é estratégica e exige dedicação permanente, e os resultados reforçam que estamos no caminho certo”, avaliou Tatiana Prazeres.

Ao longo do diálogo, houve debate com as autoridades presentes sobre elementos relevantes para a estratégia negociadora brasileira, reforçando o papel do setor empresarial na consolidação de posições conjuntas e no fortalecimento da agenda econômica entre Brasil e Estados Unidos.

Abrão Neto, por sua vez, falou sobre a o papel do setor empresarial na consolidação de posições conjuntas e no fortalecimento da agenda econômica entre Brasil e Estados Unidos. “Este encontro reafirma algo que está na essência da Amcham: o compromisso de aproximar as duas maiores economias das Américas. A relação bilateral é indispensável, não apenas pela história que representa, mas pelo futuro que oferece aos nossos países”, disse.

Fonte: Assessoria MDIC
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