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Cadastro do rebanho paranaense termina em 30 de junho
Medida vale para todas as espécies animais, comerciais ou não. Existe a previsão de multas para o produtor que não realizar o processo.
Desde o dia 1º de maio, os produtores rurais do Paraná precisam atualizar ou fazer o cadastro do rebanho de todas as espécies animais existentes na propriedade junto à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). O processo anual é obrigatório, com pena de bloqueio da emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), impedindo a comercialização da produção e dos animais, tampouco participar de competições e eventos. Também existe a previsão de outras penalidades, como aplicação de multas para aqueles que não realizarem dentro do prazo. A campanha termina dia 30 de junho.
O cadastro de animais é obrigatório desde 2019, como parte das ações que prepararam o Paraná para receber o certificado de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em maio de 2021. Anteriormente, a vacinação do rebanho de bovinos e bubalinos servia como base para o controle do rebanho. Com o fim da vacinação contra a doença, a Adapar substituiu o comprovante de vacina pela campanha de atualização de rebanhos.
“Esse cadastro é importante para reforçar a defesa sanitária estadual, promovendo a rastreabilidade e a sanidade do rebanho paranaense. O Paraná conseguiu o status sanitário e se colocou, de forma privilegiada, no mercado internacional de proteínas animais. Não podemos perder todo o esforço realizado”, ressalta o presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette.
Cadastro
O produtor rural pode fazer a atualização ou o cadastro de forma presencial ou pela internet. É possível ir pessoalmente o escritório mais próximo da Adapar ou à uma unidade de atendimento municipal da agência e solicitar o formulário de atualização do rebanho para preenchimento. Também é possível fazer esse processo junto aos 85 sindicatos rurais. (clique aqui para acessar a lista de sindicatos aptos a realizar este serviço).
Para realizar o cadastro pela internet o caminho é o site http://www.produtor.adapar.pr.gov.br/login. Se este for o primeiro acesso do pecuarista, é preciso cadastrar um login e uma senha.
Quando o processo é feito via internet, o cadastro é imediato. Quando é entregue pessoalmente existe um prazo variável para atualização das informações.
Notícias Na China
ApexBrasil recebe as chaves da Casa Brasil em Xangai
Em breve, o espaço será aberto para a promoção do comércio exterior brasileiro. Durante a viagem, o presidente da Agência, Jorge Viana, também visitou a fábrica do grupo chinês Luckin Coffee.
O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, recebeu, na última sexta-feira (08), as chaves da Casa Brasil em Xangai, na China. O espaço será um hub de inovação, promoção do comércio bilateral e de atração de investimentos para o Brasil. “A Casa Brasil em Xangai já nasce como um ambiente de negócios e estará aberta para a incubação de empresas brasileiras e entidades do nosso setor produtivo. Será mais um ponto estratégico da Agência para ampliar o fluxo de comércio exterior do Brasil”, disse Jorge Viana, presidente da ApexBrasil.
Viana lembrou que a China é o maior parceiro comercial do Brasil e um importante investidor no país. “Abrir esse espaço em Xangai vai fortalecer a imagem do Brasil no continente asiático e aumentar as oportunidades de parcerias entre empresas brasileiras e chinesas”, reforçou.
A criação do espaço estava prevista em memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) assinado entre a ApexBrasil e Shanghai Yangpu District People’s Government, em junho deste ano, durante missão do Brasil em Pequim voltada para a promoção do café brasileiro no gigante asiático. A missão foi liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e realizada pela ApexBrasil, em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Na ocasião, a ApexBrasil e a Luckin Coffee – rede chinesa de cafeterias – também assinaram um Protocolo de Intenções para promover o café brasileiro no mercado chinês. O acordo visa aumentar a conscientização sobre a alta qualidade e a sustentabilidade ambiental do café produzido no Brasil. A parceria faz parte do projeto “Brasil na Vitrine”, iniciativa da Agência juntamente com grandes players do varejo internacional para estimular as vendas de produtos brasileiros.
Visita à Luckin Coffee
Além do recebimento da Casa Brasil, Jorge Viana visitou a fábrica e o museu do grupo chinês Luckin Coffee em Xangai. “A parceria com a rede Luckin Coffee nos deixa muito orgulhosos. Estar aqui e ver a valorização do café brasileiro é um grande incentivo para continuar esse trabalho de levar nossa produção cafeeira para o mundo”, assinalou Viana.
Em agosto deste ano, representantes da rede de cafeterias estiveram na ApexBrasil para debater estratégias de divulgação do café no mercado chinês. A Luckin Coffee é líder em cafeterias na China. Fundada em 2017, a rede possui 20 mil lojas, com 110 mil funcionários e 69 milhões de clientes no país asiático. No ano passado, o faturamento da empresa chegou a 24,9 bilhões de Yuan chinês. É uma das maiores empresas da China.
“Nossas ambições não se limitam à China. Queremos criar uma marca mundial de café. Por isso, importamos as melhores matérias-primas do mundo, inclusive, café produzido pelo Brasil. Sempre exigimos os melhores cafés arábicos do mundo. Desde o ano passado, enviamos vários pesquisadores atrás dos melhores fornecedores de cafés do mundo, inclusive chefiados por mestres da WBC (World Barista Championship). Nossos grupos de pesquisa já chegaram na Etiópia, Panamá, Indonésia e agora estão no Brasil”, destacou Yan Yan Sabrina Zhao, chefe de Desenvolvimento Sustentável da Luckin Coffee, em visita à ApexBrasil.
Notícias
Capacitação on-line gratuita auxilia produtor a melhorar manejo hídrico na propriedade leiteira
Curso é lançado pela Embrapa pela plataforma E-Campo.
A Embrapa oferece um novo curso on-line pela plataforma de capacitações a distância da Empresa, o E-Campo. Manejo Hídrico na Propriedade Leiteira é gratuito e tem duração de 52 horas.
O objetivo é capacitar agentes de assistência técnica e extensão rural, além de produtores e estudantes, sobre a importância e como fazer a gestão hídrica na fazenda de leite para o uso racional da água e a adequação ambiental da propriedade.
De acordo com o responsável pela capacitação, o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste Julio Palhares, a iniciativa pretende estimular as boas práticas na produção leiteira em relação ao consumo e qualidade da água. “O curso é o primeiro no Brasil que tem como objeto uma atividade pecuária. Muitas das informações e conhecimentos apresentados também podem ser aplicados em outras atividades animais, como bovinos de corte, suínos e aves. Manejar a água de forma correta será, cada vez mais, fundamental para os sistemas de produção animal, principalmente, em cenários em que as mudanças climáticas promoverão a escassez hídrica em várias regiões produtivas”, destaca Palhares.
Ao final, o participante estará apto a encaminhar uma solicitação de outorga de uso da água, a quantificar e qualificar o consumo hídrico, realizar a coleta de análise de água para os diversos tipos de consumo da propriedade, interpretar os resultados da avaliação da água e aprender a utilizar a ferramenta de aplicação do Índice de Desempenho Hídrico da produção leiteira (IDH-leite).
A promoção do curso contribui para o alcance das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Agenda 2030, com as metas 2, 6 e 12. A primeira refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, etc. O ODS 6 trata da preservação e conservação dos recursos hídricos e seu uso eficiente. O ODS 12, corresponde ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais, no caso dessa capacitação, a água.
O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado. Porém, sugere-se que seja concluído em até 30 dias, para uma maior efetividade da aprendizagem.
Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail e-campo.pecuaria-sudeste@embrapa.br
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Missão do Mapa na Índia garante abertura de mercado para derivados de ossos e amplia acesso de material genético bovino
Esses acordos, negociados desde 2019, abrem novas possibilidades para o setor pecuário brasileiro e reforçam o Brasil como fornecedor de destaque para o mercado indiano.
Para fortalecer as relações comerciais e ampliar o acesso dos produtos brasileiros ao mercado indiano, uma delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) esteve recentemente em Nova Delhi, na capital da Índia. Durante a missão, foram assinados dois Certificados Zoosanitários Internacionais (CZIs) com a autoridade competente indiana, formalizando melhorias nas condições de exportação de sêmen bovino e bubalino, além de embriões bovinos, e acordando a abertura de mercado para derivados de ossos destinados à produção de gelatina (Bone Chips). Esses acordos, negociados desde 2019, abrem novas possibilidades para o setor pecuário brasileiro e reforçam o Brasil como fornecedor de destaque para o mercado indiano.
A conquista foi formalizada na presença do secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Julio Ramos, que representou o secretario Luís Rua e liderou a delegação brasileira na Índia, ao lado do adido agrícola, Ângelo de Queiroz, com total apoio da Embaixada do Brasil no país. A equipe brasileira se reuniu com o Departamento de Pecuária e Lácteos do Ministério da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia, representado pela secretária Alka Upadhyaya, onde, além das assinaturas dos CZIs, foi discutido o acesso para diversos produtos brasileiros tais como material genético avícola, bile não comestível de aves, pet food, ossos desengordurados, chifres, cascos, produtos de reciclagem animal e amireia.
Esses avanços também contaram com o irrestrito apoio da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, que tem sido fundamental no desenvolvimento e na garantia das certificações sanitárias exigidas pelos mercados internacionais.
Durante a reunião, também foram discutidos avanços nas negociações para a exportação de carne de búfalo da Índia para o Brasil, um produto de relevância para o mercado indiano. As autoridades indianas também expressaram seu grande interesse em viabilizar rapidamente o acesso dos produtos caseína, lactose e leite de camelo no mercado brasileiro.
Desde 2023, outros cinco novos mercados foram abertos para produtos brasileiros na Índia: açaí em pó, suco de açaí, pescado de cultivo (aquacultura), pescado de captura (pesca extrativa) e frutos de abacate.
Outras agendas
Além dos acordos formais, a missão incluiu encontros estratégicos com autoridades e partes interessadas importantes para fortalecer o comércio bilateral. Em uma reunião com a secretária Nidhi Khare, do Departamento de Assuntos dos Consumidores, foram discutidas as políticas indianas de importação para pulses, como o Black Matpe e o feijão guandu, visando garantir maior estabilidade comercial e explorar oportunidades de exportação desses produtos para o mercado indiano. Ainda no âmbito institucional, a delegação brasileira realizou uma visita à Embaixada do Brasil na Índia, onde se encontrou com o embaixador Kenneth da Nóbrega e ainda com representantes do Forum of Indian Food Importers (FIFI), com quem discutiram o cenário indiano geral e as perspectivas de colaboração futura e expansão do mercado de alimentos importados.
Complementando os compromissos, o grupo participou de uma reunião com Faiz Ahmed Kidwai, secretário adjunto do Ministério da Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores, focada na agenda de negociações fitossanitárias visando a abertura do mercado indiano a produtos brasileiros de origem vegetal. As discussões abordaram tanto as demandas brasileiras, como a abertura de mercado para citrus, erva-mate e castanhas, quanto as prioridades indianas para a exportação de alguns produtos como a romã. A parte indiana formalizou o compromisso de acelerar os tramites internos a fim de publicar os requisitos para tais produtos na maior brevidade possível. Também foi realizada uma reunião no Ministério de Comércio e Indústria com o secretário-adjunto do Departamento de Comércio da Índia, Vimal Anand, abordando a melhoria das condições de acesso de produtos brasileiros na India e a discussão conjunta de mecanismos que possibilitem uma redução de tarifas para produtos tais como algodão, suco de laranja, carne suína e de aves, além de explorar a possibilidade de aprofundar o acordo Índia-Mercosul especificamente para produtos agrícolas.
A missão ainda contou com reuniões voltadas para a segurança dos alimentos e autorização de importação para produtos processados. Em encontro com o CEO Shri Kamala V Rao, da Food Safety and Standards Authority of India (FSSAI), foi discutida a implementação prática das ações prevista no MoU recém assinado entre o Mapa e o FSSAI incluindo uma visita do FSSAI ao Brasil em 2025 e possíveis avanços em cooperação técnica, principalmente na aprovação de novos produtos brasileiros, como a polpa de açaí e a castanha de baru torrada.
“A agricultura brasileira é uma ferramenta poderosa de transformação social, geradora de emprego e renda, e essa missão na Índia reforça o nosso compromisso em ampliar o acesso dos produtos brasileiros no mercado indiano. Recebemos o compromisso do governo indiano de publicar, nas próximas semanas, a consulta pública para a abertura dos mercados de citrus, incluindo tangerina, laranja, limão tahiti e limão siciliano, além da erva-mate. Esse avanço é motivo de celebração, pois fortalece os laços comerciais entre Brasil e Índia. Estamos promovendo o intercâmbio de produtos agrícolas e estabelecendo uma cooperação duradoura, sempre seguindo as diretrizes do Ministro Carlos Fávaro e do secretário Luis Rua,” afirmou Julio Ramos.
Comércio bilateral
O comércio agrícola entre Brasil e Índia ocupa posição relevante, com o Brasil entre os 20 maiores exportadores para o país, principalmente em óleo de soja e açúcar, que representam cerca de 80% das exportações brasileiras. A Índia é o 14º maior destino dos produtos agropecuários brasileiros, com um volume de comércio que alcançou aproximadamente US$ 2,026 bilhões nos primeiros nove meses deste ano e expectativa de crescimento.