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Suínos / Peixes

Butirato de sódio em matrizes auxilia ganho de peso dos leitões

O peso ao nascimento e o ganho de peso até o desmame afetam não somente a capacidade de crescimento nas fases posteriores, mas também o desenvolvimento correto dos sistemas corporais

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Artigo escrito pelo médico veterinário Felipe Tomazela, coordenador comercial Aditivos da Vetanco do Brasil

O resultado produtivo dos suínos é diretamente relacionado com o desempenho dos leitões na maternidade. O peso ao nascimento e o ganho de peso até o desmame afetam não somente a capacidade de crescimento nas fases posteriores, mas também o desenvolvimento correto dos sistemas corporais. Destacam-se neste período a maturação do sistema imune e digestório. Como consequência, suínos que apresentam melhor desempenho durante a fase de maternidade ganham mais peso e apresentam melhor eficiência alimentar, além de estarem mais capacitados para combater desafios nas fases seguintes.

Sendo o desenvolvimento dos leitões até o desmame relacionado com o nível nutricional e status imunitário das matrizes, uma das ferramentas que o suinocultor possui em mãos para melhorar o desempenho de seus leitões é garantir a integridade e a saúde intestinal das fêmeas em reprodução. Desta maneira, as matrizes apresentarão um melhor aproveitamento nutricional e menor suscetibilidade a desafios, fazendo com que os nutrientes ingeridos sejam direcionados ao desenvolvimento do embrião/feto durante a gestação e à produção de colostro e leite.

Alguns aditivos alimentares podem ser adicionados à dieta de matrizes para garantir a integridade e saúde intestinal, incrementando assim o desempenho de seus leitões. O butirato de sódio é uma forma salina do componente ativo ácido butírico, que apresenta diversos benefícios para o trato digestório, tais como: promove a diferenciação e proliferação de células intestinais, melhora a capacidade de digestão e absorção de nutrientes, serve de nutriente preferencial para os enterócitos, aumentando a capacidade de regeneração da mucosa após desafios, e mantém o equilíbrio da microbiota e reduz a suscetibilidade a desafios.

Esses benefícios são observados em sua plenitude quando o produto a base de butirato de sódio utilizado apresenta mecanismos de proteção para a passagem pelo estômago e de liberação estratégica ao longo do intestino. O butirato de sódio 30% microencapsulado possui a tecnologia patenteada de Intelligent Microcapsule. Esta tecnologia permite a proteção do butirato através de uma camada lipídica para que o mesmo não seja dissociado no estômago. Após a passagem intacta pelo estômago, a liberação lenta do butirato é controlada através de uma resina vegetal que dilui gradualmente o butirato durante sua passagem pelo intestino delgado e grosso.

Estudos prévios realizados na Ásia comprovaram que o uso de 500 g/ton de butirato de sódio microencapsulado em dietas de matrizes resultou em maior consumo de alimento das fêmeas durante a lactação, maior produção de leite, bem como teores mais altos de gordura e de sólidos totais no mesmo. Os leitões nascidos destas porcas foram mais pesados ao nascimento e ao desmame, além de apresentar menores índices de diarreia.

O objetivo do presente trabalho foi avaliar na realidade de campo brasileira os efeitos do uso de butirato de sódio 30% microencapsulado em dietas de matrizes nos parâmetros produtivos de leitões durante a fase de maternidade.

Um experimento foi conduzido em granja comercial localizada em Presidente Olegário (MG) durante os meses de março a junho de 2015. A propriedade escolhida foi uma granja multiplicadora com 500 matrizes que possui avós e bisavós em seu plantel, apresentando reclamações por baixo peso dos leitões nascidos e desmamados.

Durante quatro meses, todas as matrizes da granja receberam dietas contendo 500 g de butirato de sódio 30% microencapsulado, por tonelada de ração nas fases de gestação, pré-parto e lactação. Os resultados zootécnicos dos leitões durante este período foram comparados com os quatro meses anteriores ao uso do produto (novembro a fevereiro de 2015) e com o mesmo período do ano anterior (março a junho de 2014). Os parâmetros avaliados foram o peso dos leitões nascidos e desmamados.

Resultados

Os leitões nascidos durante a administração de butirato de sódio microencapsulado às matrizes demonstraram peso ao nascimento 3% superior aos leitões nascidos nos quatro meses anteriores, e peso 4% superior quando comparado aos leitões nascidos no mesmo período do ano anterior.

Porém, a maior diferença ocorreu no peso ao desmame, onde leitões provenientes de matrizes que receberam o butirato de sódio microencapsulado apresentaram peso 16% superior aos leitões nascidos no quadrimestre anterior, e peso 19% superior quando comparados aos leitões nascidos no mesmo período do ano anterior.

Com relação a número de leitões nascidos vivos, nos quatro meses anteriores ao teste a média foi de 12.7 leitões nascidos vivos, e nos quatro meses do teste com butirato de sódio microencapsulado a média foi de 13.59. Nos mesmos meses do ano anterior a média foi de 13.57 leitões nascidos vivos.

O butirato de sódio afeta positivamente diversos fatores de integridade e saúde intestinal dos suínos, favorecendo o aproveitamento de nutrientes e a proteção aos desafios nas fêmeas em reprodução. Como resultado, o desenvolvimento dos leitões ao nascimento e sua performance durante a fase de maternidade são aprimorados.

No presente estudo comprovou-se que a inclusão de butirato de sódio 30% microencapsulado nas dietas de pré-parto, gestação e lactação de matrizes suínas resulta em maior peso de leitões ao nascimento e principalmente ao desmame.

 

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho de 2016 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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