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BSEMG tem 83% de aprovação entre os suinocultores mineiros
Bolsa de Suínos do Estado de Minas Gerais objetiva a busca pelo melhor valor de comercialização possível ao associado ASEMG partindo de diretrizes ligadas à análise de dados e entendimento do mercado que estamos inseridos.

Com o objetivo de avaliar o desempenho do atual método da Bolsa de Suínos do Estado de Minas Gerais (BSEMG), nacionalmente conhecida por sua eficiência e confiabilidade, entre os associados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), a entidade desenvolveu e aplicou uma detalhada pesquisa de opinião que culminou em resultados extremamente positivos. “A BSEMG tem por objetivo a busca pelo melhor valor de comercialização possível ao associado ASEMG partindo de diretrizes ligadas à análise de dados e entendimento do mercado que estamos inseridos. Desde 2019 trabalhamos fortemente neste intuito e percebemos na prática uma nova forma de negociar e entender o mercado. Os resultados da pesquisa BSEMG chegam para validar esta trajetória vitoriosa” disse o presidente da ASEMG, João Carlos Bretas Leite.
A pesquisa foi criada com o intuito de ouvir as percepções e anseios dos suinocultores associados a ASEMG e contou com a adesão de cerca de 70% dos associados que indicaram que: 83,1% entenderam que o atual método é melhor ou muito melhor do que o empregado anteriormente, que o mecanismo é mais democrático, mais debatido e mais participativo. Os associados ASEMG também indicaram, que cerca de 70% dos casos, a BSEMG retrata a lógica do mercado e é equilibrada entre suinocultores e frigoríficos.
Também fora apurado que a Bolsa é confiável, inovadora e democrática. 89,2% dos participantes da pesquisa também indicaram que a formação do preço, via BSEMG, são o resultado da oferta x procura e expectativas. 89,3% dos respondentes também indicaram que trata-se de um mecanismo preciso e verdadeiro e 73,8% dos participantes indicaram que se trata de uma Bolsa que atinge integral ou parcialmente seu objetivo. “A BSEMG é um modelo de formação de preço que mostra a realidade do mercado em nível nacional e ao trabalharmos nossa pesquisa de opinião entendemos que estamos no caminho certo, mas também que ainda temos muito a melhorar” disse Armando Carneiro, diretor de mercado da ASEMG.
Além de opinar sobre o atual método utilizado na Bolsa de Suínos do Estado de Minas Gerais, os associados ASEMG também sugeriram temas e melhorias a serem tratados no futuro próximo. “A BSEMG só existe de forma tão organizada e verdadeira devida a participação do suinocultor. São eles que dividem os dados de seus sistemas de gestão, garantindo a fidedignidade da informação, também são eles que informam o andamento dos negócios na semana. E são os associados ASEMG que dividem suas opiniões e feeling durante a reunião e que de fato escolhem, através de votação pessoal e intransferível, via aplicativo, quais os valores devem ser negociados e acordados ou não com as indústrias, ou seja, a entidade criou e opera um mecanismo tecnológico, participativo e assertivo, mas quem realmente determina os valores a serem buscados são os associados” disse o presidente. “Nossa missão, é seguir à risca os desejos e orientação que os associados participantes da reunião da Bolsa determinam através de uma votação democrática” acrescentou o diretor de mercado.
BSEMG
A Bolsa de Suínos do Estado de Minas Gerais (BSEMG) é um mecanismo de precificação semanal do quilo do suíno vivo no estado. Ele elaborado e executado pela Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG) e funciona nas seguintes etapas:
- Existe uma plataforma de BI, exclusivamente desenvolvida para a atividade, que retira dados direto do sistema de gestão do produtor (com sua devida autorização e atendendo aos parâmetros de LGPD), o que permite entender a disponibilidade de carne em Minas bem como os movimentos das vendas. Hoje são minerados dados relativos a cerca de 120 mil matrizes;
- A BSEMG dispõe também de um aplicativo onde o suinocultor associado pode acompanhar, na palma de suas mãos, os dados de mercado e que através dele respondem a uma pesquisa pré Bolsa, bem como votam nos preços ideal e mínimo para o fechamento da mesma;
- Através da análise desses dados da plataforma e do app BSEMG a ASEMG, divide semanalmente com os suinocultores associados à ASEMG, durante uma reunião híbrida, as informações sobre o mercado no qual estão inseridos;
- Cada um dos associados responde uma pesquisa sobre seu mercado, compartilha suas percepções e feeling (durante a reunião que acontece semanalmente on-line às 11 horas);
- Ao final da reunião cada um dos associados vota, de forma pessoal e intransferível, nos preços que devem ser buscados juntos às indústrias;
- Munidos dos resultados da votação, sete negociadores (um de cada região produtora) vão para uma reunião de negociação direta com as indústrias com o objetivo de fechar os valores determinados pelos associados à entidade. Ao final desta reunião temos definido de forma fechada ou indicada o preço das vendas da semana.

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.





