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Brilho e competência do Agroleite na Exposição Nacional da raça holandesa

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O Agroleite 2014 foi um cenário perfeito para abrigar a 46ª Exposição Nacional da Raça Holandesa e 33ª Exposição Nacional da Raça Jersey, realizadas de 04 a 08 de agosto em Castro (PR).  O perfil temático evidenciando a origem holandesa dos promotores e organizadores do evento dominou amplamente toda extensão da chamada “Cidade do Leite”, que ganhou formas muito bem definidas, estabelecendo um visual novo e encantador ao velho Parque Dario Macedo. 
Arquitetura, passeios, ornamentação, detalhes, combinações, tudo lembrava a pátria mãe, Holanda. Soberana, a vaca holandesa, centro de toda movimentação e razão de ser de toda festa, a tudo assistia desde a praça central, e podia ser vista em todos os lugares. Esse “cenário de cinema”, de gosto refinado sem exageros, ajudado por um tempo firme e seco, com bastante sol, esteve perfeito para acolher 98 mil visitantes, possibilitando a realização de negócios orçados em R$ 60 milhões, 15% acima do ano anterior.  
Cerca de 170 empresas expositoras nacionais e multinacionais  ofereceram tecnologias, máquinas e equipamentos, voltados para a produção de leite durante os cinco dias do evento. “Estamos melhorando a cada ano a infraestrutura com o objetivo de oferecer condições ainda melhores para as empresas mostrarem suas tecnologias e para os expositores de animais oferecerem mais conforto aos seus animais. Anualmente registramos aumento do interesse pelo evento o que comprova que o Agroleite vem correspondendo às expectativas. A Castrolanda está muito feliz com o seu projeto. Hoje temos certeza que investimos corretamente. E podemos nos orgulhar do sucesso que foi o Agroleite 2014”, disse Frans Borg, presidente da Cooperativa Castrolanda. 
Palco da 46ª Exposição Nacional do Gado Holandês, o Agroleite também prestou homenagem aos 80 anos da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa. Por conta disso contou com a presença dos presidentes das associações Paranaense, Catarinense, Gaúcha, Paulista, Mineira e Nordestina, filiadas à brasileira, mostrando a unidade da raça, num verdadeiro congraçamento pelos 80 anos da entidade maior. O painel central da pista de julgamentos e o Centro de Eventos do Parque Dario Macedo ( local das palestras técnicas ) exibiram motivos e fotos históricas em homenagem aos 80 anos da Brasileira.
A representatividade da raça holandesa não poderia ter sido melhor. O gado HVB destacou-se com 86 animais em pista, uma grande expressividade, com criadores de Minas Gerais muito bem situados. O gado HPB, predominante, contou com cerca de 230 animais em pista. 
O Agroleite 2014 recebeu perto de 700 animais, de criadores do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, promoveu fóruns de Pecuaria Leiteira, Agricultura, Suinocultura e Ovinocultura, todos com palestras técnicas ministradas por especialistas. Promoveu também Dias de Campo de integração Lavoura e Pecuária, dinâmica de máquinas agrícolas, ampliou significativamente a Feira de Sabores para comercialização de produtos do artesanato regional e agricultura familiar. E ainda fez a entrega do Troféu Agroleite a 16 segmentos distintos de atividade da cadeia do leite. Entre eles o Troféu Associação de Produtores, mais uma vez conquistado pela APCBRH.
Feliz com a inauguração do novo pavilhão multifuncional de 7.000 metros quadrados, capaz de abrigar com conforto animais e seus tratadores, o criador e presidente da Associação Paranaense e Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, Hans Jan Groenwold, comemorou o desempenho da raça e o sucesso do Agroleite. Para ele, a estrutura se mostrou fantástica, promovendo boa integração entre homens, animais e pista de julgamento. 
“A raça holandesa foi a única que manteve e aplicou o Código de Ética de Julgamento, onde todos os animais no primeiro momento passaram por exame de ultrassonografia no seu sistema mamário e posteriormente as campeãs, reservadas e o 5º lugar retornaram para nova averiguação, inclusive com coleta de leite. A adoção do Código de Ética é muito importante, e vem dar mais segurança e credibilidade para todo o evento”, destacou por sua vez o superintendente  administrativo e técnico da APCBRH, Altair Valloto. 
Agora, Hans tem pela frente o desafio de harmonizar interesses e aplainar divergências, trabalhando pela definição da permanência ou não, da exposição nacional da raça holandesa em Castro. Considera que a Nacional deve ser o fechamento, o resultado de todas as outras exposições realizadas pelo país. Para isso o Agroleite precisaria mudar suas datas, provavelmente para o mês de novembro. Os promotores do Agroleite já sinalizaram que se dispõem a mudar, mas querem antes, consultar seus parceiros comerciais.  

Sumário Genético das Vacas ToPS 100 do Paraná

A APCBRH também comemorou o lançamento do Sumário Genético das Vacas ToPS 100 do Paraná, trabalho inédito realizado em parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), apresentado aos participantes do Agroleite 2014, onde se avalia pela primeira vez o mérito genético de vacas no Brasil. “Esse era um sonho de mais de 7 anos atrás que conseguimos realizar, graças ao trabalho do professor Victor Pedrosa, que é PhD,  extremamente qualificado para este tipo de desafio, e está do nosso lado. Essa  ‘ferramenta’ vem ‘casar’ com o Programa de Melhoramento Genético da Intercooperação das cooperativas ABC, lançado durante a Expofrísia 2014”, informa o superintendente Altair Valloto.  
De acordo com Valloto, para esse trabalho pegou-se o banco de dados da APCBRH onde considerou-se as lactações de primeiro parto ajustados para anos de nascimento entre 1980 a 2011, anos de parto entre 1983 e 2013, idade do parto de 18 a 48 meses e grupo contemporâneo de rebanho-ano de parto, com ao menos três informações por grupo, e fez-se avaliação da capacidade de produção (TPAs) desses animais, resultando num total de 100 mil vacas avaliadas para leite, 100 mil para gordura, 93 mil para proteína e também para tipo, com 10 mil vacas. O professor Victor Breno Pedrosa, da UEPG, utilizou tecnologia de ponta disponível no mundo para isso, que é o modelo animal que pega todo parentesco dos animais na composição para extrair a parte genética das vacas, tirando todo efeito de ambiente. O resultado desse trabalho está editado no Sumário Genético das Vacas ToPS 100 Paraná, para leite, gordura, produção de proteína, e pontuação final de tipo. O modelo leva em consideração os pedigrees dos animais: as irmãs, as primas, irmãs inteiras. (BLUP e Modelo Animal)
Valloto diz agora o produtor poderá avaliar corretamente qual o seu ganho em função da genética ou advindo de outros fatores, como ambiente e nutrição. Segundo ele o produtor poderá: 
• ToPs-100/PR:  A cadeia produtiva do leite, agora sabe quem são os animais superiores, para quem sabe adquirir filhos ou embriões destes animais.
• Saber quem é quem dentre as vacas de seu rebanho, escolhendo vacas tops (superiores) para coletar embrião e vacas para serem apenas receptoras;
• Num processo de acasalamento genético colocar touros superiores para leite  em vacas inferiores;
• Trabalhar o acasalamento direcionado para o que ele quer (gordura ou proteína) em certo grupo de vacas (ou filhas dessas vacas) de seu rebanho;
• Ou então tomar a decisão de descarte, se for o caso.
• Importante ferramenta para auxiliar nos critérios de objetivos e metas para o melhoramento do seu rebanho.

Resultados

O ambiente de mercado estável, com boa procura por animais e  bons preços sendo pagos pela matéria prima, facilitou a realização do Leilão Top, que alcançou R$ 500.100,00 em vendas, comercializando 28 lotes e um total de 34 animais, com média de preço de R$ 14.865,31 por animal.  A Campeã Novilha Intermediária, Campeã Fêmea Jovem e Campeã Vaca do Futuro/Agroleite 2014 – RCH STELLA 1228 CHAMPION TE, do criatório de Raphael Cornelis Hoogerheide, de Carambeí, alcançou o maior preço do leilão, sendo adquirida por R$ 72.000,00 por S.M Agropecuária Ltda.
Os julgamentos da raça Holandesa: Vermelho e Branco e do Preto e Branco, foram conduzidos pelo jurado norte-americano Mark Rueth, proprietário da Rosedale Genetics, em Oxford, Wisconsin, com experiência em julgamentos nos EUA, Canadá, Austrália, França, Suíça, México e Madison.

Fonte: Ass. Imprensa da ABCBRH

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações

Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

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Foto: Ana Maio

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.

As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso

Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.

Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.

Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA Agro
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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