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Suínos / Peixes

Breve revisão sobre uso da marbofloxacina 16% dose única na suinocultura

Marbofloxacina atua como um antibiótico bactericida contra bactérias GRAM negativas envolvidas nas infecções intestinais, do trato respiratório, urinário e na síndrome metrite-mastite-agalaxia

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Artigo escrito por André Maurício Buzato, médico veterinário especialista em Sanidade Suína e gerente Técnico Comercial Suínos da Vetoquinol Saúde Animal

A marbofloxacina é uma fluoroquinolona sintética de terceira geração, desenvolvida apenas para o tratamento veterinário individual. A marbofloxacina tem um amplo espectro de atividade contra muitos patógenos de importância veterinária, incluindo bactérias GRAM negativas e GRAM positivas. A marbofloxacina atua como um antibiótico bactericida, concentração dependente, contra bactérias GRAM negativas envolvidas nas infecções intestinais, do trato respiratório, do trato urinário e na síndrome metrite-mastite-agalaxia (MMA).

Para realizarmos uma escolha mais adequada do antibiótico injetável, diversos fatores precisam ser considerados, dos quais destaco os seguintes: agente infeccioso envolvido (isolamento bacteriano), antibiograma (sensibilidade),  espectro de ação, características farmacocinéticas e farmacodinâmicas, eficácia, praticidade, segurança para a cadeia alimentar e custo benefício do tratamento. A sensibilidade dos agentes bacterianos frente a um determinado princípio ativo é um dos principais parâmetros a ser considerados na escolha do antibiótico injetável.

Em um levantamento epidemiológico europeu a longo prazo (1998-2009) ficou constatado um alto padrão de sensibilidade da marbofloxacina frente aos principais agentes bacterianos GRAM negativos, causadores de doenças do trato genitourinário, respiratório e digestivo. As amostras foram obtidas antes dos animais receberem qualquer tratamento, não foram administrados antibióticos nas três semanas anteriores à obtenção das amostras.

A CIM (Concentração Inbitória Mínima) da marbofloxacina foi determinada pelo método de microdiluição, em que os pontos chaves foram 1 ≤ µg/mL para cepas sensíveis e 4 ≥ µg/mL para cepas resistentes. Estes resultados podem ser correlacionados com a história mais recente da marbofloxacina injetável 16% na suinocultura brasileira, que desde de 2014 também vem apresentando um alto padrão de sensibilidade, principalmente para os agentes bacterianos GRAM negativos.

Uso consciente

O uso consciente de antibióticos se faz cada vez mais necessário na produção animal, dentro deste contexto um novo conceito para antibióticos injetáveis vem ganhado força e espaço: SISAAB – uma sigla em inglês que significa Antibiótico de Curta Duração e Injeção Única. Este conceito consiste na utilização de um antibiótico bactericida com uma dose elevada (µg/mL) que cura rapidamente o animal com um tempo de exposição mínimo ao antibiótico, de modo que a ação da imunidade natural posse ser privilegiada depois que a infecção seja interrompida.

O antibiótico que é utilizado através do SISAAB necessita de toda uma tecnologia em sua fórmula e ter uma terapia baseada na Concentração de Prevenção de Mutação (CPM). A CPM tem sido definida como a Concentração Inibitória Mínima (CIM) da cepa mutante menos sensível. Na prática, esta terapia elimina as populações bacterianas sensíveis e as possíveis subpopulações bacterianas resistentes presentes no processo infeccioso.

Eficácia

Conclusões de alguns estudos científicos publicados em renomados simpósios e congressos demonstraram que uma dose única de marbofloxacina 16% na dosagem de 8 mg/kg é eficaz contra doenças respiratórias induzidas por Actinobacillus Pleuropneumoniae, Pasteurella Multocida e Haemophilus parasuis em suínos em fase de engorda. O regime posológico foi otimizado quanto à eficácia, sem promover o aparecimento de resistência.

A marbofloxacina 16% demonstrou ser eficaz (menor recidiva clínica e maior ganho de peso diário) e segura para o tratamento de colibacilose de ocorrência natural em leitões desmamados com diferenças estatisticamente significativas em relação ao regime de doses múltiplas de danofloxacina. A marbofloxacina 16% em uma única injeção revelou ser tão eficaz quanto uma marbofloxacina 10% em um protocolo de tratamento com três injeções para síndrome da mastite, metrite e agalaxia (MMA) em marrãs. Em outro estudo a marbofloxacina 16% em uma única injeção revelou ser bem tolerada e equivalente a três injeções de intervalo de 24 horas de enrofloxacina 5% em termos de cura de infecções do trato urinário por E.coli em marrãs. Um estudo realizado no Brasil em suínos de terminação objetivou avaliar a taxa de cura de doença respiratória clínica espontânea utilizando a marbofloxacina 16% (8 mg/kg) em suínos de terminação.

Conclusão

Podemos concluir que a antibioticoterapia injetável com a marbofloxacina 16% (8mg/kg) através de uma única injeção pode contribuir positivamente em todas as fases de produção da suinocultura em diversos aspectos: diminuição dos custos extras com medicações, menor risco de resistência bacteriana, maior segurança para cadeia alimentar, sincronia com o uso consciente de antibióticos, alta eficácia no tratamento, elevada taxa de cura, rápida recuperação clínica e rápido retorno às condições normais de produção.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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