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BRDE libera R$ 621,5 milhões ao agronegócio durante Show Rural

Montante atende desde as principais cooperativas do Paraná, até pequenos produtores rurais que poderão aumentar a produtividade em suas propriedades. Os financiamentos são, principalmente, para ações de inovação no agronegócio.

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Fotos: Ari Dias/AEN

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) liberou, na terça-feira (06), R$ 621,5 milhões para investimentos do agronegócio durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel, no Oeste do Paraná. O montante atende desde as principais cooperativas do Paraná até pequenos produtores rurais que poderão aumentar a produtividade em suas propriedades. Os financiamentos são, principalmente, para ações de inovação no agronegócio.

“Assinamos alguns contratos com cooperativas e com pequenos agricultores na parte de inovação. Isso é um retrato daquilo que fazemos no dia a dia no BRDE, que é criar boas parcerias, boas oportunidades e gerar desenvolvimento econômico e social para estados do Sul do Brasil”, disse o diretor-financeiro do BRDE, Wilson Bley Lipski, que representa o Paraná no banco.

Só para as cooperativas, o BRDE liberou R$ 617 milhões em financiamentos. Os valores serão usados conforme a necessidade administrativa/operacional de cada uma, explica o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, que representou o setor na assinatura com o BRDE em Cascavel. “Esse financiamento é importante para as cooperativas continuarem promovendo o desenvolvimento. São recursos que vão para várias atividades do agro e que com certeza terão como retorno a maior produtividade, o maior volume de produção das cooperativas”, afirmou.

O maior aporte é justamente para a C.Vale. São R$ 150 milhões para ampliação e modernização de diversas unidades de armazenamento da cooperativa, que é uma das maiores processadoras agroindustriais do Estado. Possui 188 unidades de negócios no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, além do vizinho Paraguai. No total, tem 26 mil associados e emprega 13 mil colaboradores.

A Cooperativa dos Produtores Familiares de Paiçandu (Coprofap), no Noroeste, por sua vez, vai receber financiamento de R$ 700 mil para serem investidos na agroindústria, na instalação de uma nova cobertura e fechamentos metálicos, além da aquisição de equipamentos e utensílios para sua cozinha industrial. Ainda fazem parte do financiamento recursos para capitalização da cooperativa, os quais serão aplicados para ajustar o fluxo de caixa e melhorar a conciliação dos pagamentos aos associados, com antecipação dos repasses.

A Coprofap é formada por 85 agricultores familiares, sendo 31% dos sócios compostos por mulheres e 25% por sócios jovens. A cooperativa se dedica à produção de alimentos com ênfase em panificados e hortifrutigranjeiros. Cerca de 90% da produção é destinada para merenda escolar tanto da rede estadual de ensino como de escolas municipais.

Representante da Coprofap na assinatura com o BRDE, Elizabete Borges explicou que o financiamento vai permitir que a cooperativa de Paiçandu expanda sua atuação, conquistando novos mercados. “Agora temos a marca da cooperativa, a Paican, que vai colocar nossos produtos, como farinhas e biscoitos, no mercado convencional. Por isso esse financiamento vai nos desamarrar e dar força para a gente fazer a produção, colocar no mercado e ter um nicho de ganho e não ficar dependendo só dos programas institucionais”, enfatizou.

A Cooperativa dos Produtores Orgânicos e Agroecológicos do Sudoeste do Paraná (Coopervereda), do município de Verê, acertou financiamento do BRDE no valor de R$ 280 mil. O montante será usado para capitalização e saneamento da cooperativa, criada em 2015 para buscar preços mais competitivos aos pequenos produtores rurais da região.

Propriedades rurais

Duas propriedades rurais de Carambeí, nos Campos Gerais, também receberam nesta terça-feira, durante o Show Rural Coopavel, financiamento do BRDE para aumentar a produção.

Uma propriedade produtora de suínos vai receber R$ 3,4 milhões para aquisição de um biodigestor – sistema que transforma os resíduos da produção de proteína animal em biogás e biometano, reduzindo significativamente os custos com energia elétrica. O recurso também vai ser usado para aquisição de um sistema de separação de esterco. A propriedade é há 20 anos cooperada da Frísia, uma das principais cooperativas que atuam no Paraná.

Outro financiamento liberado pelo BRDE será para a implantação de um conjunto de biodigestor, motor gerador de energia elétrica e microrrefinaria para produção de biometano em outra propriedade criadora de suínos de Carambeí. O financiamento é de R$ 1,2 milhão.

Fonte: AEN-PR

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Santa Catarina mantém 93% das lavouras de milho em boa condição no início da safra

Epagri/Cepa registra avanço consistente do plantio, com alertas para falhas de germinação e manejo fitossanitário.

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Foto: Shutterstock

O avanço do plantio do milho em Santa Catarina, que já alcança 92% da área prevista para a safra de verão 2025/2026, confirma um início de ciclo predominantemente positivo no estado, mas acompanhado de sinais de alerta pontuais. Segundo o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, 93% das lavouras são classificadas como boas, um indicador robusto para o período, porém a evolução do desenvolvimento apresenta nuances importantes entre as microrregiões produtoras.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

De maneira geral, o estabelecimento das plantas ocorreu dentro do esperado, com solo apresentando boa umidade e clima favorável nas principais áreas de produção. Ainda assim, a distribuição das chuvas definiu comportamentos distintos entre as regiões, influenciando estandes, sanidade e andamento dos tratos culturais.

No Alto Vale do Itajaí, onde 90% das lavouras estão em boas condições, o desenvolvimento vegetativo é satisfatório, com umidade adequada e apenas focos pontuais de percevejos e cigarrinha. Situação semelhante aparece em Campos de Lages, Planalto Norte e Concórdia, todas com 100% das lavouras avaliadas como boas, apresentando germinação regular, plantas sadias e baixa pressão de pragas. Em Concórdia, inclusive, as primeiras áreas já entraram em floração.

Outras regiões apresentam ritmos distintos. Em Joaçaba, por exemplo, parte das áreas atrasou o plantio devido ao excesso de chuva, e os técnicos registraram ocorrências de percevejo, lagarta e tripes. Já no Litoral Norte, apesar de 100% de condição boa, o excesso de precipitação provocou falhas de germinação, especialmente em lavouras entre os estádios V3 e V8.

No Oeste, regiões importantes para o milho catarinense também mostram realidades variadas. Chapecó/Xanxerê registra 90% das

Foto: Gessí Ceccon

lavouras em boas condições, com plantas em V6 e crescimento favorecido por radiação solar. Em São Miguel do Oeste, o plantio já está finalizado, com início de floração e controle de cigarrinha e ervas daninhas em andamento; 94% das lavouras são classificadas como boas.

O extremo Sul do estado, por sua vez, vem sendo impactado por chuvas intensas. Ainda que 98% das áreas apresentem condição boa, os agrônomos alertam para os efeitos acumulados da umidade elevada nas fases seguintes do desenvolvimento. Em Curitibanos, a semana chuvosa também impôs ajustes no cronograma de tratos culturais, embora as lavouras sejam avaliadas como boas a ótimas.

No cenário estadual, a cigarrinha-do-milho continua sob vigilância, embora com baixa incidência até o momento. A manutenção de condições de sanidade dependerá do monitoramento contínuo e da disciplina no manejo fitossanitário, especialmente em áreas com histórico de enfezamento e maior pressão de insetos.

A Epagri/Cepa reforça que, apesar dos pontos de atenção, o potencial produtivo da safra é positivo. Os próximos dias, marcados pelo comportamento das chuvas e pela manutenção de temperaturas adequadas, serão decisivos para consolidar esse cenário. Se as condições atuais persistirem, Santa Catarina tende a iniciar a colheita com nível elevado de desempenho agronômico e produtivo.

Fonte: O Presente Rural
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Custos de produção recuam no frango e avançam no suíno em outubro

Levantamento da Embrapa mostra alta no custo do suíno vivo em Santa Catarina e queda no frango de corte no Paraná, com impacto direto da variação da ração.

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Foto: Shutterstock

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte tiveram comportamentos diferentes em outubro conforme levantamento da Embrapa Suínos e Aves por meio da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS).

Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suíno vivo foi de R$ 6,35 em outubro, alta de 1,09% em relação ao mês anterior, com o ICPSuíno chegando aos 363,01 pontos. No acumulado de 2025, o índice também registra aumento (2,23%).

Em 12 meses, a variação é de 2,03%. A ração, responsável por 70,72% do custo total de produção na modalidade de ciclo completo, subiu 1,28% no mês.

No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte baixou 1,71% em outubro frente a setembro, passando para R$ 4,55 e com o ICPFrango atingindo 352,48 pontos.

No acumulado de 2025, a variação é negativa, de -4,90%. No comparativo de 12 meses o índice também registra queda: -2,74%. A ração, que representou 63,10% do custo total em outubro, baixou 3,01% no mês.

Santa Catarina e Paraná são estados de referência nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS, devido à sua relevância como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente.

A CIAS também disponibiliza estimativas de custos para os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, fornecendo subsídios importantes para a gestão técnica e econômica dos sistemas produtivos de suínos e aves de corte.

App Custo Fácil

Aplicativo gratuito da Embrapa que gera relatórios personalizados das granjas e diferencia despesas com mão de obra familiar. Disponível para Android na Play Store.

Planilha de Custos

Ferramenta gratuita para gestão de granjas integradas de suínos e frangos de corte, disponível no site da CIAS

Fonte: Assessoria Embrapa Suínos e Aves
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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira

Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

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A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel

Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.

Exemplo

O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.

Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.

A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.

 

Fonte: Assessoria Coopavel
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