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Brasil vem conquistando espaço nos mercados internacionais através da agropecuária
Ao longo das décadas, o Brasil alcançou a liderança em nove mercados internacionais. Dentre eles, destaca-se o suco de laranja, com quase 80% das importações globais, e a soja, onde o Brasil fornece quase 60% das importações mundiais.
O Brasil vem conquistando cada vez mais espaço nos mercados internacionais através do setor agropecuário. Em 2020, o país exportou cerca de US$ 100 bilhões e, em 2022, esse número saltou para quase US$ 160 bilhões. Além disso, entre 2002 e 2022, as exportações do setor totalizaram US$ 2,1 trilhões, o que se traduz em um crescimento anual de cerca de 20%.
De acordo com Rafaela Debiasi, especialista em investimentos para o segmento agro há mais de 10 anos, desde os dias em que o país ainda importava uma quantidade considerável de alimentos, a evolução das exportações tem sido notável. “Este crescimento não apenas gerou riqueza, mas também trouxe reconhecimento e respeito pelo papel vital do Brasil na alimentação mundial”, explica.
Segundo Rafaela, ao longo das décadas, o Brasil alcançou a liderança em nove mercados internacionais. Dentre eles, destaca-se o suco de laranja, com quase 80% das importações globais, e a soja, onde o Brasil fornece quase 60% das importações mundiais. “Outros produtos de destaque são açúcar, carne de frango, milho, café, carne bovina, celulose e fumo”, cita.
Também há vários produtos do agro brasileiro que estão no caminho para alcançar ou fortalecer sua liderança no mercado global, segundo a especialista. “O algodão e o etanol são produtos em ascensão e há esperanças para o crescimento em áreas como suinocultura, frutas, sucos, produtos hortícolas, castanhas e trigo”, avalia.
Para Rafaela, o aumento das exportações não beneficia apenas o setor agropecuário. “Ele ajuda a controlar a taxa de câmbio, acumula reservas, gera empregos e oportunidades para a população e, ainda, fortalece os orçamentos governamentais. Além disso, com o Brasil fornecendo alimentos essenciais para o mundo, ele conquista respeito e reconhecimento internacional, consolidando sua posição como um parceiro comercial estratégico”, analisa.
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Falta de chuva preocupa; cotações da soja têm novos aumentos
Paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25.
Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes.
Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea.
A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
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Exportação de ovos cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dezembro de 2022
De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos.
De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro de 2022, também conforme a Secex.
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Preços do milho seguem em alta no Brasil
Atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.
Levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem em alta no mercado doméstico.
Segundo pesquisadores deste Centro, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.
Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a procura internacional pelo milho brasileiro tem se aquecido, sustentada pela maior paridade de exportação.
Compradores internos também têm retomado as negociações, seja para recompor estoques e/ou por temerem novas valorizações nos próximos dias.
Quanto aos embarques, em agosto, somaram 6,06 milhões de toneladas do cereal, praticamente o dobro das 3,55 milhões escoadas em julho, mas ainda 35% inferiores aos de agosto de 2023, conforme dados Secex.