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Brasil ultrapassa US$ 10 bilhões em exportações de produtos do agronegócio em abril
Em nenhum mês de abril da série histórica 1997 a 2021 o valor exportado havia ultrapassado essa marca
As exportações do agronegócio brasileiro bateram recorde em abril, ancoradas nas vendas de produtos como soja, carnes (bovina, suína e de frango) e produtos florestais, atingindo a cifra recorde de US$ 13,57 bilhões. O crescimento foi de 39% em relação aos US$ 9,76 bilhões exportados em abril de 2020. Em nenhum mês de abril da série histórica 1997 a 2021 o valor exportado havia ultrapassado a marca de US$ 10 bilhões.
As importações do agronegócio também subiram, passando de US$ 1,01 bilhão em abril de 2020 para US$ 1,15 bilhão em abril de 2021 (+13,5%). O saldo da balança ficou em US$ 12,4 bilhões.
Apesar do valor recorde exportado pelo agronegócio, o montante não foi suficiente para aumentar a participação do setor nas exportações brasileiras, portanto, a participação diminuiu de 55,4% em abril do ano passado para 51,2% em abril deste ano.
No mês passado, a venda de soja em grãos para o exterior somou US$ 7,2 bilhões, alta de 43,1% ante abril de 2020. A oleaginosa bateu recorde de volume exportado de todos os meses, com 17,4 milhões de toneladas no mês de abril. Os preços médios também subiram 22,3%, chegando a suplantar US$ 400 por tonelada.
A China foi o principal importador de soja brasileira em abril deste ano.
As exportações de carnes foram recorde para o mês, com US$ 1,57 bilhões em abril 2021 (+22,7%). Houve aumento de valor e volume de todas as principais carnes exportadas pelo Brasil. A carne bovina foi a principal carne exportada, com US$ 705,32 milhões (+22,5%). Houve crescimento também das exportações de carne de frango e suína, que foram de US$ 598,01 milhões (+18,2%) e US$ 230,61 milhões (+40,7%), respectivamente.
De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o valor recorde exportado de carne bovina em abril pode ser explicado em função, principalmente, do incremento das exportações para alguns mercados: Estados Unidos (+ US$ 46,36 milhões); Chile (+ US$ 22,50 milhões); Filipinas (+ US$ 20,49 milhões); China (+ US$ 20,31 milhões); Hong Kong (+ US$ 14,25 milhões). A China continuou sendo o principal país demandante da carne bovina brasileira, adquirindo US$ 309,29 milhões ou 43,9% do valor exportado (+7%).
Embarques no quadrimestre
As vendas externas nos quatro primeiros meses do ano alcançaram US$ 36,8 bilhões. No período, as exportações do agronegócio foram responsáveis por quase metade das exportações totais brasileiras (44,9%).
Já as importações somam US$ 5 bilhões, alta de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Como resultado, o saldo da balança comercial do agronegócio foi superavitário em US$ 31,8 bilhões no período.
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.