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Suínos / Peixes Mercado

Brasil terá mais oferta de peixe em 2021 mirando exportações, diz Peixe BR

Bom desempenho da piscicultura de cultivo deve se repetir em 2021, sustenta presidente da entidade, Francisco Medeiros

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Divulgação

A piscicultura brasileira vem crescendo ano a ano. Sendo uma das atividades que mais avança no Brasil – e no gosto do consumidor brasileiro – nem mesmo a pandemia fez com que o setor tivesse resultados ruins. Segundo o presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), Francisco Medeiros, o ano de 2020 para a piscicultura foi de resultado bastante positivo, com recuperação de preços, principalmente para a tilápia e também para o peixe nativo no último trimestre do ano passado. “Os aspectos relacionados à pandemia não impactaram de forma negativa, mas sim de maneira positiva. Tivemos em 2020 um dos melhores anos para a produção de peixe no Brasil”, afirma.

Medeiros explica que entre os maiores desafios que o setor passou, estiveram a pandemia e a comercialização do produto. “O primeiro grande desafio foi a questão da pandemia. Havia uma preocupação com abastecimento de insumos para a produção e também de peixes para os frigoríficos. Isso foi contornado com uma ação junto ao governo federal, especialmente junto ao Ministério da Agricultura, que acabou assegurando que esse abastecimento se mantivesse”, conta.

Já a segunda preocupação, conta, é que grande parte da comercialização, principalmente do filé de tilápia, é feita via food service, e ele estava totalmente paralisado por alguns meses. “Não sabíamos como iria ocorrer a reação na comercialização, mas as vendas no supermercado cresceram de forma significativa, que acabou superando a ausência da venda para o food service”, explica.

Mesmo com alguns percalços, para Medeiros 2020 superou as expectativas. “Nós tínhamos expectativas melhores, principalmente com questão às exportações, mas diante do quadro que nós vivemos, seja da pandemia e os aspectos relacionados a economia, superou as nossas expectativas o resultado alcançado no ano passado”, diz.

O que esperar para 2021

De acordo com o presidente da Peixe BR, o setor conta em 2021 com um primeiro semestre já garantindo na questão do abastecimento, principalmente em função do grande povoamento de jovens alevinos que foram feitas no último trimestre de 2020. “Vamos atender de forma bastante significativa e no segundo semestre teremos uma maior oferta de peixes. Isso significa mais comercialização junto ao mercado consumidor”, comenta.

Além disso, Medeiros comenta que as conversas para abrir novos mercados, mesmo que foram paralisadas em 2020, continuam neste ano. “Com relação a abrir novos mercados, a Peixe BR junto com a Apex estabeleceu um planejamento para a exportação da tilápia, inicialmente. Esse projeto foi paralisado em sua maioria em função das questões relacionadas a pandemia, haja vista que existiam ações em participação em feiras, conversas em outros países para comercialização do peixe e isso acabou sendo suspenso. Há expectativa que a gente retome agora, talvez não no primeiro, mas no segundo semestre, esses contatos e essas visitas internacionais. Então nós vamos trabalhar para abrir o mercado de exportação de uma maneira bem maior do que ocorreu no ano de 2020, os preços no mercado internacional hoje são favoráveis a isso e com a maior oferta de peixes que vamos ter agora já no primeiro semestre de 2021 teremos mais folga para exportar”, conta.

Já quanto ao mercado interno, Medeiros afirma que as expectativas são boas, uma vez que com a pandemia no ano passado, as pessoas passaram a consumir mais o peixe em casa, experimentando e aprendendo a prepará-lo. “Nós tivemos um fenômeno no ano de 2020 que foi as pessoas que estavam em casa experimentaram o peixe de cultivo, em especial o produto da tilápia. Então agora elas conhecem o produto e sabem prepará-lo, já viram as facilidades de ter esse produto, então no mercado interno nós acreditamos que ele continuará aquecido”, informa.

Porém, o presidente da Peixe BR comenta que o risco que o setor tem nesse momento é quanto a elevação dos preços dos insumos. “Isso vai impactar no preço final do nosso produto. Mas acredito que não haja impacto significativo. Então teremos um ano de 2021 com aumento no consumo do produto do peixe de cultivo”, avalia.

Medeiros destaca que o peixe de cultivo definitivamente ocupou um espaço nas gôndolas do supermercado e peixarias distribuídas pelo Brasil, em função da oferta irregular do pescado oriundo da pesca. “Essa maior oferta do peixe de cultivo, associada a um produto de qualidade e a oferta de preços estáveis, tem feito com que cada dia a participação do peixe de cultivo seja maior no prato do consumidor brasileiro. Isso deve continuar acontecendo nessa década de uma maneira cada vez mais intensa, porque nós estamos ganhando competitividade a cada ano e ainda temos muito o que ganhar, tornar o produtor mais acessível a todo tipo de população e manter, principalmente, os aspectos relacionados a qualidade e segurança alimentar”, sustenta.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de fevereiro/março de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo e da carne recuam; poder de compra cai frente ao farelo

Esse cenário força frigoríficos paulistas a reajustarem negativamente o preço negociado, em busca de maior liquidez e de evitar o aumento dos estoques.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo e da carne caíram nos últimos dias, conforme apontam levantamentos do Cepea.

Para o animal, pesquisadores deste Centro explicam que a pressão vem da demanda interna enfraquecida e da oferta elevada.

No atacado, o movimento de baixa foi observado para a maioria dos produtos acompanhados pelo Cepea e decorre da oferta oriunda da região Sul do Brasil (maior polo produtor) a valores competitivos.

Esse cenário, segundo pesquisadores do Cepea, força frigoríficos paulistas a reajustarem negativamente o preço negociado, em busca de maior liquidez e de evitar o aumento dos estoques.

Diante da retração dos valores pagos pelo vivo no mercado independente em abril, o poder de compra do suinocultor paulista caiu frente ao farelo de soja; já em relação ao milho, cresceu, uma vez que o cereal registra desvalorização mais intensa que a verificada para o animal.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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