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“Brasil tem um mar de oportunidades”, afirma presidente do IFC Brasil

Altermir Gregolin aponta que a produção de pescado é a grande promessa do PIB agropecuário brasileiro.

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Presidente do IFC Brasil e ex-ministro da Pesca, Altemir Gregolin: "O IFC foi criado com o propósito de ser um instrumento de apoio ao desenvolvimento da cadeia de pescado do Brasil e tem feito isso com maestria" - Foto: Divulgação/IFC Brasil

Com base no sucesso das edições anteriores e na consolidação como um dos maiores eventos latino-americanos da área, o International Fish Congress & Fish Expo Brasil (IFC Brasil) surpreende a cadeia novamente em 2023. A 5ª edição do evento contará com a participação de mais de 50 especialistas nacionais e internacionais, além de mais de 100 expositores na Fish Expo.

O evento internacional será realizado de 19 a 21 de setembro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR). A meta é alcançar três mil inscrições, superando o marco de 2,3 mil congressistas presenciais em 2022. A edição anterior da feira movimentou mais de R$ 100 milhões em negócios e impulsionou o turismo em Foz do Iguaçu, injetando aproximadamente R$ 6 milhões na região.

Com o tema “Das águas à mesa do consumidor: por uma cadeia competitiva, sustentável e focada no mercado global”, a quinta edição do IFC Brasil será palco para aquicultores, profissionais, executivos, agentes públicos, acadêmicos e líderes de todas as áreas do setor, desde a produção primária de aquicultura e pesca até fornecedores de tecnologias, prestadores de serviços, indústria, logística e mercado consumidor.

Nesta entrevista, o presidente do IFC Brasil e ex-ministro da Pesca, Altemir Gregolin, fala sobre as perspectivas para esta edição, o potencial do segmento de pescado no país e os desafios para o setor.

IFC Brasil – Hoje o IFC Brasil é o principal evento de aquicultura e pesca na América Latina e todo ano traz novidades para impulsionar o setor, a exemplo da Rodada Internacional de Negócios de Vendas de Pescado, organizada pela Apex Brasil. O que o mercado pode esperar da 5ª edição do IFC?

Altemir Gregolin – O IFC foi criado com o propósito de ser um instrumento de apoio ao desenvolvimento da cadeia de pescado do Brasil e tem feito isso com maestria, a tal ponto que o evento tem crescido ano após ano em público e número de expositores. Esperamos bater mais um recorde nesta edição.

O mercado pode esperar o que tem de mais atual em termos de informações, conhecimento e tecnologias, além de debates sobre o momento em que vive o setor, as tendências e os desafios. A Rodada Internacional de Negócios, organizada em parceria com a Apex Brasil, tem o objetivo de abrir novos mercados e estimular a produção.

Os temas do congresso foram demandados em extensa consulta a produtores, empresas, cooperativas e academia. O objetivo é promover o nivelamento de informações em todo o setor e buscar soluções para a melhoria da produção, produtividade e rentabilidade ao longo de toda a cadeia.

A feira apresentará grandes inovações tecnológicas lançadas no mercado. Entre elas, novidades relacionadas ao uso da inteligência artificial no processo produtivo.

Será um grande encontro de amigos e parceiros da mesma causa: produzir a proteína de origem animal mais saudável para alimentar os brasileiros e o mundo.

IFC Brasil – O setor é a grande promessa para engordar a fatia do PIB agropecuário. Com a expertise de ex Ministro da Pesca, como avalia as oportunidades do Brasil, visto que o pescado é a proteína de origem animal mais consumida e comercializada no mundo?

Altemir Gregolin – Costumo dizer, parafraseando o título do meu livro, que o Brasil tem um mar de oportunidades na produção de pescado- é a mais nova e promissora fronteira de produção de alimentos na agropecuária brasileira. Se, por um lado, temos um mercado mundial crescente e um mercado interno com grande potencial, por outro, temos condições naturais invejáveis, como a maior reserva de água doce do mundo, uma extensa costa, produção de milho e soja para ração, espécies nobres e uma massa crítica na área técnica.

Segundo a FAO, o Brasil pode produzir mais de 20 milhões de toneladas/ano. Soma-se a isso, o fato do Sudeste Asiático, responsável por 89% da produção aquícola mundial, estar reduzindo seu ritmo de crescimento por limitações na expansão geográfica, problemas ambientais, riscos sanitários e de matéria-prima para ração. Ou seja, com a demanda crescente, países como o Brasil terão muitas oportunidades e certamente seremos grandes produtores de pescado. Basta fazer o dever de casa.

IFC Brasil – O senhor acredita que o Brasil está competitivo e tem condições de liderar esse processo de fornecimento de pescado em âmbito mundial? Quais são os principais gargalos?

Altemir Gregolin – Temos dois mundos muito diferentes, um é o mundo da pesca e o outro da aquicultura. A aquicultura é onde temos o grande potencial produtivo e que se constitui no polo mais dinâmico da produção, porém, com realidades muito diferentes conforme as espécies: tilápia, peixes amazônicos, camarão, etc. A maricultura ainda é incipiente, mas a novidade é a produção de algas, que tem demonstrado ser muito produtiva e rentável.

A tilápia é a espécie mais competitiva, que tem pacote tecnológico mais desenvolvido, a cadeia mais organizada e com crescimento mais acelerado. Somos o quarto maior produtor mundial, atrás apenas da China, Indonésia e Egito. As exportações crescem e seu diferencial em qualidade vai sendo percebido no mercado internacional. Temos muito a avançar e ganhar competitividade na produção do tambaqui e camarão.

Os desafios para o desenvolvimento do setor são de ordem regulatória, tributária, de acesso ao crédito, de baixos investimentos em ciência e tecnologia, de dificuldades na modernização da indústria, entre outros.

Mas há um tema central e estratégico, que sem ele não haverá futuro para a atividade e nem o Brasil desenvolverá o grande potencial que tem: o modelo de desenvolvimento precisa ser sustentável em suas múltiplas dimensões- ambiental, social e econômico- e o produto deve ser certificado e rastreado. O consumidor exige e possui os mecanismos para aferição. Portanto, o futuro para o Brasil é muito promissor, porém, é preciso pensar grande, planejar com visão de longo prazo, elaborar e implementar as políticas corretas e cada qual, setor público e privado, fazer a sua parte. Mãos à obra.

Sobre o IFC Brasil

Correalizado pela Fundep e Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), O IFC Brasil 2023 tem o patrocínio do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Itaipu Binacional; Ministério da Pesca e Aquicultura; Copel (Companhia Paranaense de Energia; Fomento Paraná; BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul); Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná), Governo do Paraná e OCEPAR (Organização da Cooperativas do Paraná). O evento é realizado com o apoio da APEX , MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços); ABIPESCA (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), PEIXE BR (Associação Brasileira da Piscicultura); ABCC (Associação Brasileira dos Criadores de Camarão); CAMARÃO BR (Associação Nacional da Cadeia Produtiva do Camarão); Unila (Universidade Federal da Integração) e UFPR (Universidade Federal do Paraná.

Fonte: Assessoria IFC Brasil

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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