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Brasil tem capacidade para alimentar 396 milhões de pessoas com carne de frango no mundo

Produção de aves e suínos atende mercado interno e exportações; pode alimentar ainda 247 milhões de pessoas no mundo com carne suína

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Primeiro exportador de aves e quarto exportador de suínos, o Brasil tem autossuficiência para abastecer um mercado interno de 210 milhões de pessoas, que consome 69% da produção de carne de frango e 82% da carne suína. Um terço da produção anual de 13,2 toneladas de frango brasileiro vai para 150 mercados como China, Japão, Arábia Saudita, África do Sul e Iémen, e pode alimentar mais 186 milhões de pessoas. Da produção de 4,1 milhões de toneladas da carne suína, 18% vai para 90 países e pode alimentar mais 37 milhões de pessoas. São números que expressam a importância da indústria nacional para o abastecimento de alimentos que são fontes nutritivas de proteína, aminoácidos, cálcio e vitaminas A, B12 e D (os dois últimos não fornecidos por fontes vegetais). Considerando o consumo interno e externo, o Brasil pode alimentar 396 milhões de pessoas com carne de frango e 247 milhões de pessoas com carne suína.

Segurança alimentar e sustentabilidade da indústria de proteína animal foram os parâmetros do estudo realizado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e Agroicone. Esse estudo verificou que o custo de uma dieta baseada nas necessidades recomendadas de proteína é menor se comparamos carne suína e de frango com fontes vegetais. No Brasil, o gasto necessário para o consumo recomendado de proteínas pode variar de US$ 15,91/mês (frango) a US$ 25,97 (suíno). O custo para o mesmo consumo de proteínas é maior se considerados alimentos como soja (US$ 118,37/mês), lentilha (US$ 58,33/mês) ou grão de bico (US$ 138,07/mês), por exemplo.

Isso significa que a alternativa pela proteína animal representa vantagem no orçamento para muitas famílias e contribui para a segurança alimentar. “Comparando o menor custo da quantidade mínima recomendada de proteínas nos mercados de Brasil, Índia, Estados Unidos e União Europeia, a variação é de US$ 15,9 a US$ 61,7/mês numa dieta com frango ou suíno e de US$ 48 a US$ 270 numa dieta vegetariana, ou seja,  a alternativa da proteína animal tem preços 3 a 5 vezes mais acessíveis”, observa Luciane Chiodi, sócia da Agroicone que coordenou a pesquisa.

Sustentabilidade da indústria – O estudo também teve como objetivo analisar a sustentabilidade da indústria de aves e suínos no Brasil. Observou-se um aumento significativo de eficiência mensurado em um período de nove décadas (1930-2016). Houve redução do tempo de abate, aumento de peso e conversão alimentar. A produtividade cresceu, com redução dos custos para os produtores.

Entre os fatores que contribuíram para essa evolução estão os insumos de ração animal, que se tornaram mais sustentáveis. A fonte de alimento para aves e suínos é composta por milho e soja (90%), sendo mais de 60% por milho e até 25% por soja. A utilização do milho como insumo teve benefício da colheita de segunda safra, que em 2018 chegou a 66,8% do total. Com essa técnica, é possível aumentar a produção do milho sem expansão de área, com benefícios ecológicos para a saúde do solo. “Investimentos em tecnologias produtivas, como genética e ambiência, se somam à ampliação da capacidade de obtenção de recursos da indústria de aves e de suínos do Brasil. Além de contar com ampla oferta de milho e soja de diversos polos de produção nacionais, os produtores de cárneos firmam parcerias com fornecedores internacionais da Argentina, Paraguai e Estados Unidos.  A garantia de abastecimento é um dos principais pontos estruturais na competitividade setorial”, avalia Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA.

Além disso, como resultado de um alto nível de biossegurança nas plantas de produção e vigilância, o Brasil é um país livre de Influenza Aviária, o que representa um diferencial de segurança no mercado internacional. O país também é livre da Peste Suína Africana. No caso da Peste Suína Clássica, o Brasil tem o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre da doença em 15 estados e no DF, e está em fase de erradicação, segundo Plano Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em 9 estados das regiões Norte e Nordeste. “O status sanitário é um diferencial fundamental, e um alicerce de confiança para fornecedores de alimentos do porte do Brasil.  Como líder no setor de proteínas, o País encara a questão sanitária como estratégia competitiva.  É tão importante quanto a farta oferta de insumos, que garante uma posição privilegiada da avicultura e da suinocultura brasileiras no mercado internacional”, completa Santin.

A visão de sustentabilidade da indústria nacional de aves e suínos baseia-se nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. “O setor tem contribuições importantes com o objetivo 1, de redução da pobreza, com a geração de 4,1 milhões de empregos diretos e indiretos e com valorização real de salários em 34% entre 2006 e 2016. Contribui também significativamente para o objetivo 2, para o fim da fome, com a produção de alimentos que são fonte rica de proteína com baixo custo: anualmente são 13 milhões de toneladas de aves, 45 bilhões de toneladas de ovos e 4 milhões de toneladas de carne suína”, observa Luciane. Os ODS prioritários, alinhados com as diretrizes do Conselho Internacional de Avicultura (IPC), são fome zero (2), saúde e bem-estar (3), educação (4), inovação e infraestrutura (9) e ação climática (13).

Segurança alimentar – Existe uma relação importante entre o consumo per capita de proteína animal e a fome. Os países com menor consumo per capita de proteína animal são os que apresentam maior severidade da fome entre a população. Entre aqueles que enfrentam esse desafio, o Brasil foi considerado com nível baixo de fome segundo o Global Hunger Index – GHI, divulgado anualmente pelas organizações Concern Worldwide (Irlanda) e Welthungerhilfe (Alemanha) – na 18ª posição entre 117 países, com uma pontuação 5,3 (é considerado nível sério a pontuação acima de 20 e nível alarmante acima de 35).

Comparando fontes de proteínas e calorias por grama de produto, o estudo mostrou que a carne de frango e suína oferecem vantagens nutritivas. Considerando uma dieta recomendada de 0,75g de proteína/kg de peso corporal, são necessários apenas 179g de carne de frango ou 172g de carne suína para obter cerca de 50g de proteína, enquanto que para ervilha ou lentilha são necessários mais de 500g.

Além disso, ao contrário do que se imagina, a carne suína não é um alimento altamente calórico. Para se obter 50g de proteínas, são necessários 172g de carne suína preparada, que chegam a 471 kcal – abaixo de alimentos como lentilha (644 kcal), grão de bico (932 kcal), ervilha (778 kcal) e soja (521 kcal) para a mesma quantidade de proteínas.

“Ao longo de cinco décadas de desenvolvimento das cadeias produtivas, o Brasil construiu parcerias em prol da complementariedade nas importações, aliada à segurança dos alimentos fornecidos.  Focou seus esforços na produção de produtos de alta qualidade, que contribuam para a eficiência proteica na dieta dos brasileiros e de mais de 150 nações dos cinco continentes. Hoje, a avicultura e a suinocultura se consolidaram como setores estratégicos para a segurança alimentar global”, analisa Francisco Turra, presidente da ABPA.

Para saber mais sobre o estudo, acesse: http://www.agroicone.com.br/blog/845-2/

Fonte: Assessoria

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Lar Cooperativa lança o programa Jovem Aprendiz Agro

Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar.

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Fotos: Divulgação/Lar

Foi lançado na última quarta-feira (17), o programa Jovem Aprendiz Agro, uma iniciativa idealizada pela Lar Cooperativa destinada exclusivamente para filhos de associados. Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar. Uma reunião, com pais e os primeiros 30 jovens selecionados, marcou o lançamento do programa.

“A Lar tem o dever de proporcionar o caminho da educação aos seus associados e funcionários e com esse programa, cumprimos com a legislação brasileira e ao mesmo tempo com o nosso papel de ser uma cooperativa educadora. Uma iniciativa que partiu da Cooperativa, foi aprovada no Ministério do Trabalho e tem tudo para ser um sucesso”, destacou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues em sua fala aos pais e jovens presentes.

Nesta primeira etapa, as inscrições foram limitadas aos municípios de Serranópolis do Iguaçu (PR) e Missal (PR), onde foi selecionado o primeiro grupo composto por 30 jovens entre 14 e 22 anos, que deverão iniciar as atividades no dia 19 de abril. O programa é uma parceria entre a Lar Cooperativa, o Sescoop/PR e o Semear, instituição responsável por aplicar o conteúdo. As aulas serão via internet, com práticas na propriedade de cada participante, sob a supervisão dos pais e remotamente por professores.

“Os jovens terão contrato de trabalho com duração de 23 meses, com todos os direitos que qualquer outro trabalhador possui. Moldamos esse programa para se encaixar com a rotina que já existe na propriedade e com isso buscamos não só uma contribuição para a formação pessoal e profissional, mas também um projeto de vida”, explicou o superintendente Administrativo e Financeiro da Lar, Clédio Marschall, também presente na reunião de lançamento do programa.

Os benefícios profissionais e pessoais são muitos, com disciplinas variadas, que vão desde matemática comercial até empreendedorismo, informática, gestão de custos, mercado agrícola, entre outros. As áreas de Gestão de Pessoas e Assessoria de Ação Educativa da Lar Cooperativa serão responsáveis por monitorar a evolução e o resultado do programa. A expectativa é ampliar o número de participantes, com abertura de vagas inclusive para outros municípios.

A Lar é a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, encerrando o ano de 2023 com mais de 23.500 funcionários. A legislação brasileira diz que 5% do quadro de funcionários de uma empresa deve ser composto por jovens aprendizes, mas atender essa cota se tornou um desafio. Até a primeira quinzena do mês de abril de 2024, a Lar estava com cerca de 300 vagas a serem preenchidas por jovens aprendizes. Essa dificuldade na contratação foi um dos fatores que motivaram o desenvolvimento do programa Jovem Aprendiz Agro, que promete impulsionar o futuro do agronegócio.

 

 

Fonte: Assessoria Lar
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Considerada maior feira da avicultura e suinocultura capixaba, Favesu acontece em junho

Evento reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

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Fotos: Divulgação/Favesu

Os preparativos para a 7ª edição da Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu) estão em ritmo acelerado. O Centro de Eventos Padre Cleto Caliman (Polentão) é o local escolhido para o evento, que acontece de 05 e 06 de junho, e reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

O município de Venda Nova do Imigrante (ES) mais uma vez vai sediar o evento bienal que é organizado pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) e Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES).

A programação inclui palestras com conteúdos técnicos e também palestras empresariais, painéis, apresentação de trabalhos científicos e reunião conjuntural, além da Feira de Negócios que reunirá, na área de estandes, grandes empresas nacionais e multinacionais apresentando seus produtos e serviços voltados aos segmentos.

O evento também é momento de avaliações do panorama atual para a avicultura e a suinocultura no contexto dos cenários econômicos brasileiro e mundial. O Presidente da ABCS, Marcelo Lopes e o Presidente da ABPA, Ricardo Santin farão a apresentação de painéis que abordarão os números,os desafios e as perspectivas para os segmentos.

Dentre os temas das palestras técnicas, a Favesu trará assuntos de suma importância na área de avicultura de corte, de postura e suinocultura, ambiência, exportação, influenza aviária, inspeção de produtos de origem animal, lei do autocontrole, modernização, entre outros temas.

Uma programação de alto nível que visa oferecer uma troca de conhecimentos e experiências fundamentais para impulsionar o crescimento e a inovação nos setores.

Mais informações sobre o evento entre em contato pelo telefone (27) 99251-5567.

Fonte: Assessoria Aves/Ases
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Produtores rurais podem renegociar dívidas do crédito rural até dia 31 de maio

Conforme a proposta do Mapa, poderão adiar ou parcelar os débitos os produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte, que sofreram com efeitos climáticos e queda de preços.

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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Os produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A medida é uma proposta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiada pelo Ministério da Fazenda (MF), e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março. O prazo limite para repactuação é até 31 de maio.

Com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A resolução foi necessária diante do fato de que, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, reduzindo a produtividade em localidades específicas. Além disso, os produtores rurais também têm enfrentado dificuldades com a queda dos preços diante do cenário global.

“Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O ministro ainda explicou o primeiro passo para acessar a renegociação. “Basta, então, que qualquer produtor, que se enquadre na medida, procure seu agente financeiro com o laudo do seu engenheiro agrônomo, contextualizando a situação. Com isso, será atendido com a prorrogação ou o parcelamento do débito”, reforçou.

Alcance

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

  • soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;
  • bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;
  • soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
  • bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;
  • soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;
  • bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

Fonte: Assessoria Mapa
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