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Brasil poderá ser autossuficiente em trigo em três anos, afirma Brandalizze

Declaração do analista de mercados agrícolas foi feita no maior evento de disseminação das culturas de trigo do País, em Cascavel, no Oeste do Paraná.

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Agrônomo Vlamir Brandalizze durante palestra no auditório do Paraná Cooperativo, no Show Rural Coopavel de Inverno

Diante do atual cenário mundial da agropecuária e de um número cada vez maior de cultivares de alta performance, como mostra o Show Rural Coopavel de Inverno, o Brasil poderá ser autossuficiente na produção de trigo em três anos. A afirmação é do engenheiro agrônomo e consultor de mercados agrícolas Vlamir Brandalizze e foi feita na palestra de encerramento do primeiro dia da terceira edição da mostra de tecnologia, nesta terça-feira, em Cascavel, no Oeste do Paraná – evento segue até quinta-feira.

O conflito entre Rússia e Ucrânia, dois dos maiores produtores e exportadores do grão, a demanda em alta e os estoques reduzidos confirmam o trigo como “a bola da vez”, destacou Brandalizze. E o Brasil vê nessa cultura perspectivas animadoras. A safra atual deverá render nove milhões de toneladas. A demanda interna ainda é de 13 milhões, com importação de quatro milhões. Mas com o crescimento das áreas de cultivo, principalmente no Sul, e com variedades com produtividade acima dos seis mil quilos por hectare, como mostra o Show Rural de Inverno, o País tem tudo para chegar à autossuficiência em três anos.

A tendência de preços para o trigo acompanha a expectativa de avanços da cultura no Brasil, ainda o segundo maior importador do grão, atrás apenas da China. Na safra de 2022, a China deverá alcançar 138 milhões de toneladas, a Rússia 88 milhões, os Estados Unidos 48,5 milhões e a Ucrânia 19,5 milhões. A produção mundial chega a 779,6 milhões de toneladas, similar ao consumo atual. “A situação do cereal, diante do cenário global, é tão favorável aos triticultores que hoje o valor da tonelada na Bolsa de Chicago é praticamente o dobro do que era há alguns anos”, evidenciou.

Desafios

Há outros fatores associados que indicam o avanço da importância do Brasil como o maior celeiro de grãos no futuro. A Ásia está com ondas de calor acima da média, a Índia registra seca extrema, a China enfrenta gradual processo de desertificação e a estiagem afeta inúmeras regiões da Europa. O panorama cria dificuldades também para a soja e o milho, com estoques cada vez mais baixos. Esses limitadores colocam a ONU (Organização das Nações Unidas) sob alerta e o mundo se volta aos potenciais produtivos do Brasil.

Consultor de mercados agrícolas Vlamir Brandalizze: “A situação do cereal, diante do cenário global, é tão favorável aos triticultores que hoje o valor da tonelada na Bolsa de Chicago é praticamente o dobro do que era há alguns anos” – Foto: Divulgação/Show Rural de Inverno

“Em razão dessas circunstâncias todas, associadas à guerra entre Rússia e Ucrânia, o mundo consumirá menos nos próximos anos do que poderia. Mas temos aqui um horizonte favorável à frente”, disse Vlamir Brandalizze. O Brasil é o único país com áreas abundantes para a expansão de suas culturas e em 2030 deverá alcançar aproximadamente 340 milhões de toneladas de grãos. E tudo isso produzindo com sustentabilidade e com respeito ao meio ambiente.

Rússia se preparou

Brandalizze apresentou um relato detalhado sobre o conflito iniciado em 24 de fevereiro entre Rússia e Ucrânia. Ao contrário do que analistas e líderes europeus principalmente previram, o presidente Vladimir Putin não caiu e a economia do seu país não sucumbiu. “A Rússia se fortaleceu e isso tem explicação na história. A Rússia é feita de guerreiros e jamais perdeu uma guerra, enquanto que a Ucrânia é feita de agricultores”. Devido ao seu clima e solo, o analista diz que a Ucrânia é o maior concorrente brasileiro no agro. Mas face ao conflito, ela precisará de muitos anos para se recuperar.

O retorno do governo de esquerda na Argentina cria dificuldades imensas ao país vizinho, que tem problemas nas áreas de carnes e grãos. Há, inclusive, problemas sérios de abastecimento de diesel e em razão dos custos elevados a área de cultivos têm caído acentuadamente. “É uma pena, mas o governo argentino está matando a galinha dos ovos de ouro. E mais uma vez, o Brasil se beneficia com esse quadro já que depois de sua maior estiagem, principalmente no Sul, passa a viver ciclos positivos”, enalteceu.

Tendências

Em 2030, já com oito bilhões de habitantes, o mundo produzirá e consumirá 3,4 bilhões de toneladas de grãos. De milho serão 1,5 bilhão de toneladas e dessas 250 milhões sairão do Brasil. Já na soja serão mais de 500 milhões de toneladas e dessas pelo menos 200 milhões serão colhidas aqui. No fim de sua exposição, Brandalizze respondeu a perguntas de técnicos e produtores rurais presentes à palestra.

 

Fonte: Ascom

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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