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Brasil pode liderar a transição verde a partir de uma agenda estruturada de bioeconomia

Setor é chave para diversos setores e atores, que precisam trabalhar juntos para chegar no denominador comum.

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A bieconomia é chave para diversos setores e atores, que precisam trabalhar juntos para chegar no denominador comum. Desse modo, precisa ser agregadora, desenvolvendo os diversos biomas com preservação ambiental, olhando também os lados econômico e social. “É um caminho a ser seguido de forma estruturada”, afirmou Talita Priscila Pinto, coordenadora do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV), durante o Webinar ABAGTALKS Caminhos da bioeconomia para a COP30, promovido nesta segunda-feira (17) pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

De acordo com Talita, o Brasil precisa enxergar as dores, lacunas e gargalos, a fim de superá-los. Por outro lado, é uma grande fábrica de desenvolvimento setorial sustentável, de recursos naturais, de prestação de serviços ambientais e de valoração ambiental, por isso conta com um universo de possiblidades, que já foram implementadas e que podem ganhar mais escala, levando ao desenvolvimento da bioeconomia e gerando externalidades positivas internas e para o resto do mundo. Para ela, há ainda que se pensar em biossegurança, pois quando bem estruturada possibilita o aumento de escala da produção e mostrar o quanto a bioeconomia é importante para mitigar as percepções negativas e ampliar a aceitação pública de todos os sistemas produtivos que já avançaram nessa área.

Contudo, a ausência de definição e padronização do que é bioeconomia, na visão de Talita, dificulta a uniformização e definição de estratégias comuns, trazendo impactos para a captação de recursos externos e de investimento, a fim de que as soluções tenham uma escala global, e para as questões relacionadas à avaliação de sustentabilidade de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de vários produtos.

Mediado por Nina Ploger, cofundadora da empresa IPDES e membro do Comitê de Sustentabilidade da Abag, o Webinar ABAGTALKS contou com a participação de Marcello Brito, secretário-executivo do Consórcio Amazônia Legal, que destacou que as transformações bioeconômicas são pautadas pela ciência e pela tecnologia, citando o exemplo da área de papel e celulose, que passou por mudanças importantes, saindo de um setor que estava caminhando para a extinção e que, atualmente, é visto como fundamental para a economia global, como provedor de substituto ao plástico e transformador de resíduos em ativos.

Ele também abordou a mudança de mentalidade quando se trata de bioeconomia. Nesse sentido, citou a importância do Código Florestal para o país e o conhecimento sobre o comportamento da nova geração de consumidores na Ásia-Pacífico, que detém o maior número de pessoas, maioria de jovens e deve ter a maior concentração da classe média em 2030. “Como colocar nosso país dentro desse mercado de forma mais assertiva? Ao ampliar a inserção do Brasil nos mercado internacionais, teremos mais recursos e mais desenvolvimento. Vamos conseguir utilizar os ativos ambientais para trabalhar a agenda da bioeconomia, que contempla mineração responsável, sistemas alimentares sustentáveis, energia renovável, novos processos industriais”, explicou Brito.

Outro ponto tratado por Brito foi importância do diálogo sobre a bioeconomia e o desenvolvimento sustentável da Amazônia. “Todos queremos que a Amazônia se desenvolva de maneira sustentável, pois hoje ela está entre os piores colocados nos índices de desenvolvimento humano no Brasil”, reiterou. Entretanto, para que haja esse tipo de aprimoramento socioeconômico, Brito comentou que é preciso ter logística, transporte, mão de obra, economia, segurança pública, condições federais, estaduais e municipais, ou seja, depende uma gama de fatores complexos que fazem parte da gestão pública e da iniciativa privada. “É preciso chegar em um consentimento”.

COP 30

Na avaliação de Brito, a COP 30 (30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), a ser realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025, mostrará qual será a plataforma econômica no mundo para a próxima década, além do que os países devem apresentar a segunda rodada de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês) até o evento.

“Ainda não sabemos qual será a agenda brasileira, mas ela precisa ser construída com inteligência estratégica. Estamos há dezessete meses do evento, por isso a sociedade civil organizada deveria estar se reunindo para discutir as pautas prioritárias. Caso não conversemos sobre o assunto, poderemos ver outros países definindo a agenda brasileira”, ponderou Brito.

Nesse sentido, Talita acrescentou que é preciso reunir todas as vertentes relacionadas à bioeconomia em um planejamento estratégico, que contemple as diversas áreas, para a construção de uma agenda estruturada, com metas e indicadores que mostrem onde o Brasil está e onde pretende chegar, definindo como será mensurado o caminho que está sendo percorrido. “Ter essa organização interna contribui para que a agenda nacional seja apresentada e não definida, como é hoje”, pontuou.

Em relação aos sistemas alimentares, que foi um dos destaques da COP28, realizada no ano passado em Dubai (Emirados Árabes), Brito lembrou que na ocasião houve uma série de discussões a respeito de agricultura regenerativa, cujos conceitos básicos devem ser lançados na COP 30. Entretanto, ele comentou que o Brasil não está participando atualmente desses diálogos.

Futuro

No evento online da Abag, Nina Ploger perguntou aos debatedores sobre perspectivas para os próximos 15 a 20 anos. Talita analisou que a transição para sistemas sustentáveis terá um peso ainda maior. “Se bem arquitetado e estruturada, com convergência entre setores e sistemas, o Brasil tem o potencial de ser o grande líder desta discussão”, acrescentou.

Por fim, Brito disse que o futuro dependerá da forma como o Brasil se posicionar nos dias atuais para construção de um projeto de bioeconomia em que beneficie os setores, os atores e o país.

Fonte: Assessoria Abag

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Colômbia abre mercado para exportação de grãos secos de destilaria

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

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O Governo da Colômbia autorizou, a partir desta sexta-feira (06), a exportação pelo Brasil de grãos secos de destilaria ao país, conhecidos como DDG ou DDGS, para aquele país.

O insumo é uma fonte proteica e energética utilizada na produção de ração para ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões. Os DDG/DDGS são gerados a partir da produção de etanol de milho na segunda safra.

A plantação é feita na mesma área da safra principal, após a sua colheita e no mesmo ano agrícola. Assim, não demanda terra adicional para ser cultivada, o que resulta em melhor aproveitamento dos recursos naturais.

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

Fonte: Assessoria Mapa
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Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário cria GTs para fortalecimento das políticas públicas no setor

Objetivo é enfrentar os desafios críticos no setor, como os riscos climáticos, operacionais, de crédito e a necessidade de inovação tecnológica.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em busca de aprimorar as políticas públicas voltadas ao setor do agronegócio, a Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criou quatro Grupos de Trabalho (GTs) focados em temas prioritários como inovação tecnológica, riscos climáticos, operacionais e crédito. “A criação desses GTs é uma resposta ao crescente reconhecimento da importância de uma abordagem estruturada para lidar com os riscos que afetam a produção agrícola. A adesão de representantes de todos os setores envolvidos, como seguradoras, produtores e o próprio governo, mostra o comprometimento com a sustentabilidade e a resiliência do agro brasileiro”, destacou o presidente da Câmara Temática, Vitor Ozaki. 

O GT de Política Integrada de Gestão de Riscos na Agropecuária visa propor uma política que vá além do seguro rural, englobando outros riscos da cadeia produtiva como os tecnológicos, sanitários e logísticos.  

Já o GT de Inovação Tecnológica, Científica e de Negócios se propõe a desenvolver novas ferramentas digitais e modelos de parceria para modernizar o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e melhorar o acesso às informações de risco. 

Tem também o GT de Integração Crédito e Seguro Rural com foco na criação de sinergias entre as políticas de crédito rural e o seguro rural, buscando aumentar a resiliência financeira dos produtores e melhorar o acesso a financiamentos sustentáveis, como o FIAGRO. 

E, por último, o GT de Acompanhamento e Inovações no Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) que será responsável por monitorar a execução do PSR, identificar desafios orçamentários e operacionais, além de propor inovações que expandam o alcance do programa entre os produtores rurais. 

A gestão de risco é um tema estratégico para o agronegócio brasileiro, que tem enfrentado desafios cada vez maiores devido à imprevisibilidade climática e às oscilações do mercado. Nesse contexto, o papel da Câmara Temática e dos GTs se torna ainda mais relevante para assegurar a sustentabilidade financeira dos produtores rurais e a competitividade do setor. “A Câmara Temática é um espaço privilegiado de debate técnico que permite aprimorar as políticas públicas e integrar diversos atores do setor, gerando soluções concretas para problemas complexos. As contribuições dos Grupos de Trabalho serão decisivas para o futuro da gestão de risco no agronegócio”, afirmou o diretor de Gestão de Risco, Jônatas Pulquério.   

Os Grupos de Trabalho terão prazos de até 12 meses para a entrega de relatórios finais, com diagnósticos e propostas que visam aprimorar a gestão de risco no agro, além de fortalecer programas como o PSR e o PROAGRO.  

Com essas iniciativas, o Mapa reafirma seu compromisso com a criação de soluções integradas e inovadoras, capazes de enfrentar os desafios e garantir o crescimento sustentável do agronegócio no Brasil. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Portaria define 11 novos postos para adidos agrícolas na África, Ásia e Américas

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional.

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O Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores definiram os locais dos 11 novos adidos agrícolas do Brasil no exterior. As futuras adidâncias serão na Argélia, Bangladesh, Chile, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Etiópia (incluindo União Africana, Djibuti e Sudão do Sul), Filipinas (incluindo Ilhas Marshall, Micronésia e Palau), Irã, Malásia (incluindo Brunei), Nigéria e Turquia.

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional. “As novas adidâncias reflete o reconhecimento da importância do agronegócio e de sua maior inserção no mercado internacional para o Brasil. Com os novos postos iremos potencializar ainda mais as oportunidades para o setor, gerando empregos e renda para os brasileiros, principalmente em virtude das aberturas de mercados”, pontuou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.  

No mês de julho, o Governo Federal havia assinado o Decreto presidencial autorizando o aumento das adidâncias agrícolas de 29 para 40 postos. Essa ampliação do número foi a maior desde que a função foi criada, em 2008, pelo Decreto nº 6.464, já que estão sendo implementadas de uma única vez. 

Os adidos agrícolas desempenham funções de assessoramento junto às representações diplomáticas brasileiras no exterior. Suas principais atividades envolvem a identificação de oportunidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Para isso, mantêm interlocução com representantes dos setores público e privado, formadores de opinião relevantes na sociedade civil e academia. 

Atualmente, há adidos agrícolas nos seguintes locais: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos da América, França (Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas Sediadas em Paris), Índia, Indonésia, Itália (Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e aos Organismos Internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia, Bélgica (Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, dois adidos) e Vietnã. 

Fonte: Assessoria Mapa
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