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Brasil garante qualidade na carne de frango
Ela é uma das proteínas animais mais consumidas pelos brasileiros.

Dezembro chegou e trouxe consigo as festividades. O mês marca as celebrações de Natal e ano novo, onde a sociedade comemora o ano que passou e o que virá, com união e comidas típicas da época, em que muitos esperam o ano todo para comer, como a rabanada, o famoso salpicão, entre outros pratos.
O salpicão é um prato tipicamente brasileiro, que tem diversos ingredientes que estão no dia a dia do brasileiro como a cenoura, batata, maça e frango, sendo este o ingrediente principal. O livro especial de 50 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), explicita que a produção de aves no Brasil começou por meio dos colonizadores portugueses, porém, só se consolidou na década de 1975. O país é o segundo maior produtor de carne de frango no mundo e o maior exportador global, beneficiando 153 países.
Parte disso se deve a capacidade de produção agrícola brasileira, principalmente para a produção de grãos como milho, soja, sorgo, cevada e aveia, que são utilizados na produção de rações de diversos animais como as aves.
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), a produção de carne de frango em 2022, atingiu 14.5 milhões de toneladas, onde foram exportados 4.7 milhões. Até novembro deste ano, o país já exportou mais de U$$ 8.8 bilhões em 4.7 milhões de toneladas, em que os principais importadores foram a China, Japão, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Países Baixos.
A carne de frango é uma das proteínas mais consumidas pelos brasileiros. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), mais de 66% da produção de carne de frango foi para o mercado interno e o consumo per capita da proteína foi de 45.2 kg em 2022.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) trabalha na garantia de qualidade e nos sistemas rastreáveis e transparentes para que a carne de frango chegue segura aos consumidores e para atender o cumprimento das normativas do comércio internacional de proteínas animais.
O diretor substituto do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Lucio Akio, afirmou que o controle da saúde dos animais já inicia desde a granja até a sua distribuição aos pontos de venda. “Todos os frangos devem chegar ao abate com um documento atestado por médico veterinário. No estabelecimento de abate do Serviço de Inspeção Federal (SIF), esses documentos são avaliados e uma amostragem dos animais é inspecionada para verificar se realmente não existem sinais clínicos que impeçam seu abate para consumo. Durante o abate 100% das aves passa por inspeção oficial para a retirada de qualquer ave imprópria para consumo”, explicou.
Recentemente o Governo Federal lançou a campanha publicitária com o slogan “Alimento inspecionado. Tá na mesa, tá seguro”, para reforçar a população quanto à segurança do consumo de carnes de aves e ovos inspecionados.
A campanha é dividida entre Alimento Inspecionado e Animal Saudável e traz para o consumidor o processo que leva à produção sanitariamente segura. Outra estratégia da campanha é apresentar que a gripe aviária, que ingressou no país em maio de 2023 afetando aves silvestres, não é transmitida pelo consumo desses alimentos.
Akio destacou que a produção de frangos no Brasil é livre do uso de hormônios e esclareceu que não é necessário lavar a proteína antes do preparo. “´É importante que os utensílios, como facas, tábuas de preparo, sejam devidamente higienizadas após o preparo do frango cru, para evitar contaminações por micro-organismos naturalmente presentes na ave, mas que serão destruídos com o cozimento”, disse.
Outra maneira do consumidor verificar se o pacote de frango é seguro é observar se na embalagem consta a presença do carimbo da inspeção municipal, estadual ou federal, como o Sisbi-POA, SIE, SIM ou SIF. O selo é o indicativo de que o produto foi inspecionado de acordo com as normas nacionais.

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Brasil e Reino Unido avançam em diálogo sobre agro de baixo carbono na COP30
Fávaro apresenta o Caminho Verde Brasil e discute novas parcerias para financiar recuperação ambiental e ampliar práticas sustentáveis no campo.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quarta-feira (19) com a ministra da Natureza do Reino Unido, Mary Creagh, durante a COP30, em Belém. O encontro teve como foco a apresentação das práticas sustentáveis adotadas pelo setor agropecuário brasileiro, reconhecidas internacionalmente por aliarem produtividade e conservação ambiental.
Fávaro destacou as iniciativas do Caminho Verde Brasil, programa que visa impulsionar a recuperação ambiental e o aumento da produtividade por meio da restauração de áreas degradadas e da promoção de tecnologias sustentáveis no campo.
Segundo o ministro, a estratégia tem ampliado a competitividade do agro brasileiro, com acesso a mercados mais exigentes, ao mesmo tempo em que contribui para metas climáticas.
A agenda também incluiu discussões sobre mecanismos de financiamento voltados a ampliar projetos de sustentabilidade no setor. As autoridades avaliaram oportunidades de cooperação entre Brasil e Reino Unido para apoiar ações de recuperação ambiental, inovação e produção de baixo carbono na agricultura.
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Oferta robusta pressiona preços do trigo no mercado brasileiro
Levantamento do Cepea aponta desvalorização influenciada pela ampla oferta interna, expectativas de safra recorde no mundo e competitividade do produto importado.

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo seguem enfraquecidos. A pressão sobre os valores vem sobretudo da oferta nacional, mas também das boas expectativas quanto à produtividade desta temporada.
Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que o dólar em desvalorização aumenta a competitividade do trigo importado, o que leva o comprador a tentar negociar o trigo nacional a valores ainda menores.

Foto: Shutterstock
Em termos globais, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA neste mês.
Na Argentina, a Bolsa de Cereales reajustou sua projeção de produção para 24 milhões de toneladas, também um recorde.
Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia a ampla oferta externa e a possibilidade de o Brasil importar maiores volumes da Argentina, fatores que devem pesar sobre os preços mundiais e, consequentemente, nacionais.
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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26
Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.
Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura
No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.
No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.
O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.



