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Brasil exporta US$ 14,8 bilhões em produtos do agronegócio em agosto
Destaques em termos de valores e quantidades recordes ficaram com o milho e carne bovina in natura

Com preços e volumes em expansão, as vendas externas do agronegócio registram recorde de valor para os meses de agosto, com US$ 14,81 bilhões, alta de 36,4% em relação ao mesmo mês de 2021. As vendas externas do agronegócio tiveram participação de 48,1% nas exportações totais brasileiras.
As importações de produtos agropecuários registraram o maior valor da série histórica iniciada em 1997, com US$ 1,68 bilhão em aquisições. O valor foi 34,5% superior em comparação com os US$ 1,25 bilhão importados em agosto/2021.
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os destaques em termos de valores e quantidades recordes para todos os meses, inclusive agosto, ficaram com o milho e carne bovina in natura.
Já em termos de valores para os meses de agosto, os destaques foram para a soja em grãos, farelo de soja, carne de frango in natura e celulose.
Milho
Em agosto, as exportações de milho suplantaram pela primeira vez em todos os meses da série histórica, a cifra recorde de US$ 2 bilhões, atingindo US$ 2,03 bilhões. Duas variáveis explicam este resultado: o volume recorde de 7,5 milhões de toneladas embarcadas e os elevados preços médios de exportação (US$ 271 por tonelada, +41,6% em relação aos preços médios de agosto/2021).
A safra recorde de milho 2021/2022, de 113,3 milhões de toneladas (+30,1%), possibilitou a quantidade também recorde exportada do cereal em agosto, elevando a disponibilidade interna do cereal.
A União Europeia foi o principal importador do milho brasileiro, com registros de US$ 495,77 milhões em agosto de 2022. Além dos países da comunidade europeia, outros mercados que importaram foram: Irã, Egito, Japão e Colômbia.
Carne bovina e de frango in natura
As vendas externas de carne bovina responderam por 52,6% do valor total exportado pelo Brasil de carnes. Foram US$ 1,36 bilhão exportados, uma cifra também recorde histórico, com aumento de 8,7% no volume e 6,5% no preço médio.
As aquisições chinesas são a razão para esse recorde. O país asiático aumentou as importações de carne bovina brasileira de US$ 633,60 milhões em agosto/2021 para US$ 852,83 milhões em agosto de 2022 (+34,6%). Os três principais mercados, além da China, foram Estados Unidos, Chile e Indonésia.
As exportações de carne de frango também foram recordes para o mês de agosto, com US$ 902,28 milhões ou um incremento de 36,3% na comparação com os US$ 661,99 exportados em agosto/2012. Houve crescimento das vendas externas distribuídas entre os principais mercados, com exceção da China. Os cinco maiores importadores da carne de frango brasileira foram China, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Coreia do Sul.
Soja
As exportações de soja em grãos, principal produto do complexo soja, foram de 6,10 milhões de toneladas (-6,0%) ou o equivalente a US$ 3,8 bilhões (+20,8%), com alta dos preços médios de exportação em 28,5%, nos últimos 12 meses.
A China é a principal importadora da soja brasileira, com market share de 73,3% da quantidade exportada (4,46 milhões de toneladas) ou US$ 2,79 bilhões em agosto de 2022. Outros países que importaram foram: Irã, Vietnã, Espanha, Japão, Tailândia e Turquia.
As vendas externas de farelo de soja foram de US$ 949,00 milhões em agosto deste ano, 45,8% superior na comparação com os US$ 651,08 milhões exportados em agosto/2021. Houve aumento da quantidade exportada em 19,1%.
No entanto, a elevação dos preços médios de exportação em 22,4% foi o principal fator para a expansão das vendas externas do produto. A União Europeia continua como principal importadora do farelo de soja brasileiro.
Outros mercados que adquiriram o produto, todos eles da Ásia, foram Indonésia, Tailândia, Irã e Coreia do Sul.
Países importadores
A China continua sendo a principal parceira comercial do agronegócio brasileiro, com aquisições de US$ 4,54 bilhões, incremento de 19,5% na comparação com os US$ 3,80 bilhões adquiridos em agosto do ano passado. Os quatro principais produtos exportados para a China foram a soja em grãos, carne bovina in natura, açúcar de cana em bruto e celulose.
De acordo com a SCRI, quatro países asiáticos tiveram aumento de participação acima de um ponto percentual: Irã (de 2,5% de participação para 5,7%); Japão (de 2% de participação para 3,4%); Indonésia (de 1% de participação para 2,4%); e Índia (de 0,6% de participação para 2,0%).
O Irã aumentou as compras de produtos do agronegócio brasileiro em 217,7% entre agosto/2021 e agosto/2022, passando de US$ 266,76 milhões para US$ 847,57 milhões em aquisições. O Irã importou quatro produtos como o milho, soja em grãos, açúcar de cana em bruto e farelo de soja.
No caso do Japão, houve elevação das exportações de US$ 220,27 milhões em agosto de 2021 para US$ 501,27 milhões em agosto de 2022 (+127,6%). Os quatro principais produtos foram milho, carne de frango in natura, soja em grãos e farelo de soja.
A Indonésia importou US$ 349,32 milhões em produtos do agronegócio brasileiro (+211,6%). Os três principais produtos principais adquiridos foram farelo de soja, açúcar de cana em bruto e carne bovina in natura.
Outro país que teve aumento de participação foi a Índia, que passou de US$ 60,64 milhões em importações de produtos do agronegócio brasileiro em agosto/2021 para US$ 297,27 milhões em agosto/2022 (+390,2%). Dois produtos tiveram grande participação, como o óleo de soja em bruto e açúcar de cana em bruto.

Notícias
Agro brasileiro deve romper a barreira de R$ 1,4 trilhão em 2025
Projeções indicam salto de dois dígitos no faturamento das lavouras e da pecuária, com café e bovinos puxando a expansão; 2026 aponta acomodação nos resultados.

O agronegócio brasileiro deve entrar em 2025 operando em um nível de receita sem precedentes. Projeções oficiais indicam que o Valor Bruto da Produção (VBP), indicador que mede o faturamento da porteira para dentro, poderá chegar a R$ 1,41 trilhão, alta expressiva de 11,4% sobre o resultado consolidado para 2024, estimado em R$ 1,27 trilhão.

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A arrancada de 2025 é impulsionada essencialmente pelas lavouras, que devem responder por 66% do VBP total, somando R$ 932,6 bilhões. A pecuária, por sua vez, tende a manter participação estável, com R$ 479,6 bilhões, o equivalente a 34% do montante nacional.
Para 2026, no entanto, o cenário mostra ligeira acomodação: o VBP projetado recua para R$ 1,37 trilhão, movimento associado especialmente a uma retração prevista de 5,1% na produção agrícola, enquanto a pecuária deve sustentar patamar semelhante ao do ano anterior.
Lavouras
Entre as culturas analisadas, o café se destaca como a grande estrela da próxima safra. O faturamento projetado chega a R$ 114,9 bilhões, avanço robusto de 46,2% em comparação ao ano anterior, movimento impulsionado por preços firmes e perspectiva de retomada na produtividade.
A soja segue como carro-chefe do campo, devendo alcançar R$ 326 bilhões, alta de 9,8%. Já o milho surpreende pela força do crescimento: receita estimada em R$ 167,5 bilhões, o que representa um salto de 34,2%, refletindo tanto melhora de preços quanto expansão da produção.

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Entre as culturas que avançam de forma moderada está o trigo, com faturamento previsto de R$ 10,8 bilhões, aumento de 3,2%.
Setores estratégicos
Apesar do desempenho geral favorável, alguns segmentos sinalizam cautela. A cana-de-açúcar, uma das bases energéticas e industriais do país, deve recuar 1,9%, totalizando R$ 117,6 bilhões. A laranja enfrenta uma queda mais acentuada, com retração de 18,4% e receita estimada em R$ 23 bilhões.
Entre culturas específicas, o algodão indica crescimento controlado: R$ 36,3 bilhões (+7%). O cacau mantém trajetória positiva, com R$ 12,3 bilhões, alta de 12%.
Nos grãos essenciais da dieta brasileira, o cenário é de ajuste: o arroz deve cair 13%, registrando R$ 21,6 bilhões, enquanto o feijão tem redução prevista de 18,7%, chegando a R$ 12 bilhões.
Pecuária
No lado da pecuária, o bom momento é guiado pelo mercado de bovinos. O segmento deve alcançar R$ 205,4 bilhões, crescimento de

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20,8%, refletindo melhora dos preços pagos ao produtor e aumento no volume de abates.
Os suínos devem crescer 10,7%, com receita de R$ 61,7 bilhões, enquanto a avicultura de corte tende a somar R$ 111,2 bilhões, avanço de 4,4%. A produção de leite segue trajetória gradual de recuperação, estimada em R$ 71,5 bilhões (+4,9%). Os ovos continuam ganhando espaço no consumo interno e externo, com alta de 11,3%, chegando a R$ 29,7 bilhões.
Sinal verde para investimentos
O boletim técnico do governo, que combina dados de produção do IBGE com preços efetivamente pagos aos produtores, reforça o dinamismo do agronegócio brasileiro e sua capacidade de resposta às oscilações de mercado.
Com um 2025 promissor, o setor tende a acelerar decisões de investimento em tecnologia, manejo e expansão de área. Ainda assim, os sinais de acomodação previstos para 2026 sugerem que o produtor deve planejar com cautela, acompanhando as variações de preços internacionais, custos de insumos e desempenho climático.
Notícias
Asgav celebra 60 anos com ediçaõ especial do Jantar do Galo
Evento reconhece personalidades, municípios e ex-presidentes que contribuíram e contribuem com o desenvolvimento do setor no Rio Grande do Sul.

A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) realiza nesta sexta-feira (28), no Plaza Hotel & Boulevard Convention, em Bento Gonçalves, na serra gaúcha, o Jantar do Galo – Especial 60 Anos. A edição comemorativa celebra seis décadas de atuação da entidade na defesa e no fortalecimento da cadeia avícola, reunindo lideranças, autoridades e representantes do setor em uma noite de integração e reconhecimento. A programação terá início às 19 horas, com um coquetel receptivo aos convidados, seguido pela cerimônia oficial, que está prevista para começar às 20 horas.
Nesta edição histórica, a Asgav presta homenagem aos ex-presidentes Aristides Inácio Vogt, Luiz Fernando de Pinedo Roman Ross e Nelson Franken, além de distinguir o presidente do Conselho Diretivo Asgav/Sipargs, Nestor Freiberger, por sua contribuição institucional.
Na categoria Avicultura Regional, o destaque vai para o secretário de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo, que é agricultor, advogado e deputado estadual no quarto mandato, sempre defendendo o agronegócio na vida pública. O diretor comercial da Naturovos/Solar, Anderson Herbert, receberá a distinção pelo desempenho estratégico e consolidado no mercado externo. Os municípios gaúchos de Marau (frango de corte) e Farroupilha (produção de ovos) completam a lista de homenageados.
Para o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, o evento simboliza a força e a continuidade do setor. “Chegar aos 60 anos celebrando a nossa história ao lado de quem constrói diariamente a avicultura gaúcha é muito significativo. Este jantar é uma forma de reconhecer lideranças, municípios e personalidades que, com dedicação e visão, impulsionam o crescimento do setor e fortalecem toda a nossa cadeia produtiva”, afirma.
A noite também contará com atrações especiais, incluindo covers de artistas famosos e show da Banda Dublê, atração principal da celebração que será o entretenimento de confraternização final da noite especial.
O “Jantar do Galo” consolida-se como um dos principais encontros de confraternização e homenagens da avicultura no Estado, sendo esta edição especial alusiva aos 60 anos da Asgav.
Confira a lista completa de homenageados:
Homenagem aos ex-presidentes:
Aristides Inácio Vogt
Luiz Fernando de Pinedo Roman Ross
Nelson Franken
Homenagem ao presidente do Conselho Diretivo Asgav/Sipargs:
Nestor Freiberger
Categoria Personalidades – Destaques da Avicultura Regional:
Ernani Polo – Secretário de Desenvolvimento Econômico do RS
Categoria Personalidades – Destaques da Avicultura no Mercado Externo:
Anderson Herbert – Diretor Comercial da Naturovos / Solar
Município Destaque da Avicultura – Categoria Frango de corte:
Marau/RS
Município Destaque da Avicultura – Categoria Produção de ovos:
Farroupilha/RS
Notícias
Capal homenageia 126 colaboradores em programa que celebra até 35 anos na cooperativa
Evento “Nossa Gente, Nossa História” reconhece trajetórias em 13 cidades e destaca dedicação que sustenta o crescimento da empresa.

Como forma de reconhecimento à dedicação de longo prazo de sua equipe, a Capal Cooperativa Agroindustrial promoveu na última semana a 20ª edição do programa “Nossa Gente, Nossa História”. Neste ano, o evento de confraternização gratificou 126 colaboradores, de diversas funções, que alcançaram marcos de 5 a 35 anos de atuação na cooperativa.
“Atualmente, a Capal conta com mais de 1.300 colaboradores, cada um contribuindo para o crescimento da Capal com sua trajetória própria. São jornadas que se entrelaçam e constroem uma história coletiva, marcada por trabalho, superação e compromisso”, declarou a cooperativa em mensagem oficial no evento.
Colaboradores de 13 cidades participaram do jantar de homenagem que aconteceu em Arapoti (PR), e contou com o show da cantora Anadark. Cada homenageado do “Nossa Gente, Nossa História” foi agraciado com um bóton personalizado indicando seu tempo de serviço, um cartão de agradecimento e um cheque simbólico, proporcional ao tempo de trabalho.
Para valorizar o tempo de serviço, além das homenagens recebidas no dia do evento, ao longo do ano, os colaboradores também podem utilizar uma camiseta do programa, identificando-os como homenageados.
Um dos colaboradores reconhecidos no evento deste ano foi o presidente executivo da cooperativa, Adilson Roberto Fuga, homenageado por completar 30 anos de dedicação. Além dele, os outros colaboradores também foram destacados por suas contribuições em diferentes áreas.
Carolina Fogaça Bagaglia, analista administrativo, completou 10 anos de cooperativa e destaca que foi um período repleto de conquistas. “Resumo minha trajetória na Capal em uma trajetória de profunda gratidão, é claro, e de grandes avanços particulares e profissionais que a cooperativa me proporcionou. Então, nada fácil, mas com fé e sempre em busca do mesmo propósito, a gente alcança grandes conquistas na vida”, comenta.
Outro homenageado da noite foi Jean Claudio Michalowski, supervisor de Transportes, que reforça que, ao plantar dedicação e esforço, colhe recompensas e reconhecimento.
“Estou na Capal há 35 anos. Passei por vários departamentos, foram anos de muito aprendizado, convivi com muitas pessoas e foi muito gratificante. O meu maior desafio foi quando eu assumi o departamento de Transportes. Foram tempos desafiadores de aprendizado, mas atualmente é mais fácil trabalhar com a tecnologia existente. Ajuda muito, a resolver as coisas mais rapidamente”, diz Jean.



