Notícias Segundo Comex Stat
Brasil exporta quase US$ 700 milhões de dólares no 1º trimestre para Indonésia
Os principais produtos brasileiros exportados foram farelo de soja e outros alimentos para animais, responsáveis por 49% da receita gerada dos US$ 699,4 milhões, ou seja, US$ 346 milhões; trigo e centeio, não moídos, ocuparam a segunda posição, com 16% das exportações, no valor de US$ 109 milhões e em terceiro lugar ficou o algodão com 14%, resultando em US$ 94,6 milhões, entre outros.
De acordo com dados relatados pelo Comex Stat, no primeiro trimestre deste ano, os principais produtos brasileiros exportados para Indonésia foram: farelo de soja e outros alimentos para animais, responsáveis por 49% da receita gerada dos US$ 699,4 milhões, ou seja, US$ 346 milhões; trigo e centeio, não moídos, ocuparam a segunda posição, com 16% das exportações, no valor de US$ 109 milhões e em terceiro lugar ficou o algodão com 14%, resultando em US$ 94,6 milhões, entre outros.
Até março de 2022, o Brasil registrou um superávit de US$ 317,4 milhões. A Indonésia é a maior economia do Sudeste Asiático e deve crescer 5,4% em 2022 e 5,6% em 2023, de acordo com dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O relatório ainda aponta que a Indonésia cresceu 3,7% em 2021.
O crescimento do país foi apoiado por preços globais favoráveis de commodities, afrouxamento das restrições do Covid-19 e aumento da mobilidade em meio aos esforços de vacinação e apoio político contínuo. A estimativa, de acordo com o Fórum Mundial Econômico, é que o Produto Interno Bruto da Indonésia alcance US$ 10,5 trilhões de dólares até 2030.
Mercado e oportunidades
Com mais de 278 milhões de habitantes, conforme World Population Review, é um dos países mais populosos do mundo e o primeiro entre os países islâmicos. Em torno de 90% de sua população se declararam muçulmana no último censo de 2010.
Por serem muçulmanos, todo consumo realizado no país deve conter a certificação halal. “Os indonésios querem ter a certeza de que os produtos consumidos pela sua população tenham procedência, sejam rastreáveis e garantam segurança de sua qualidade. Não é qualquer país que consegue exportar para Indonésia. Mas o Brasil com certeza atende a todos os requisitos da Indonésia e tem um grande mercado para ser explorado. É uma economia gigantesca e os empresários brasileiros precisam atentar-se a estas oportunidades”, comenta o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad Mohamad Saifi.
Ahmad ressalta que o processo de certificação analisa toda a cadeia, como a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento, para garantir, dentre outras coisas, que não haja contaminação cruzada com produtos ilícitos, como a carne suína.
CDIAL Halal
É a certificadora da América Latina acreditada pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC), o que confere seriedade e competência nos segmentos que atua. Também é a primeira da América Latina a conquistar a categoria “N” para cosméticos e fármacos. Esta certificação é aceita em todo o mundo, inclusive nos países de maior população muçulmana como Malásia, Indonésia, Singapura e Golfo Pérsico (ou Golfo Árabe).

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Brasil e Reino Unido avançam em diálogo sobre agro de baixo carbono na COP30
Fávaro apresenta o Caminho Verde Brasil e discute novas parcerias para financiar recuperação ambiental e ampliar práticas sustentáveis no campo.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quarta-feira (19) com a ministra da Natureza do Reino Unido, Mary Creagh, durante a COP30, em Belém. O encontro teve como foco a apresentação das práticas sustentáveis adotadas pelo setor agropecuário brasileiro, reconhecidas internacionalmente por aliarem produtividade e conservação ambiental.
Fávaro destacou as iniciativas do Caminho Verde Brasil, programa que visa impulsionar a recuperação ambiental e o aumento da produtividade por meio da restauração de áreas degradadas e da promoção de tecnologias sustentáveis no campo.
Segundo o ministro, a estratégia tem ampliado a competitividade do agro brasileiro, com acesso a mercados mais exigentes, ao mesmo tempo em que contribui para metas climáticas.
A agenda também incluiu discussões sobre mecanismos de financiamento voltados a ampliar projetos de sustentabilidade no setor. As autoridades avaliaram oportunidades de cooperação entre Brasil e Reino Unido para apoiar ações de recuperação ambiental, inovação e produção de baixo carbono na agricultura.
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Oferta robusta pressiona preços do trigo no mercado brasileiro
Levantamento do Cepea aponta desvalorização influenciada pela ampla oferta interna, expectativas de safra recorde no mundo e competitividade do produto importado.

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo seguem enfraquecidos. A pressão sobre os valores vem sobretudo da oferta nacional, mas também das boas expectativas quanto à produtividade desta temporada.
Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que o dólar em desvalorização aumenta a competitividade do trigo importado, o que leva o comprador a tentar negociar o trigo nacional a valores ainda menores.

Foto: Shutterstock
Em termos globais, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA neste mês.
Na Argentina, a Bolsa de Cereales reajustou sua projeção de produção para 24 milhões de toneladas, também um recorde.
Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia a ampla oferta externa e a possibilidade de o Brasil importar maiores volumes da Argentina, fatores que devem pesar sobre os preços mundiais e, consequentemente, nacionais.
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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26
Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.
Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura
No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.
No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.
O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.



