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Brasil é protagonista como produtor e exportador de alimentos com sustentabilidade

Nesta quinta-feira (18), o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, participa da solenidade do Dia Nacional do Campo Limpo e a Andav divulga a Pesquisa Nacional da Distribuição. A Plenária e o Fórum “Distribuição Veterinária” debaterão os principais temas dos respectivos setores.

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Foto: FDfotografia.com.br

O Brasil é protagonista tanto como produtor e quanto como exportador de alimentos com sustentabilidade. Essa foi a conclusão do painel “Sistemas Alimentares e a Responsabilidade Brasileira” da Plenária do Congresso Andav 2022, que acontece até sexta-feira (19), no Transamerica Expo Center, em São Paulo. O evento é uma realização da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários (Andav) e organizado pela Zest Eventos.

Para o presidente da Croplife Brasil, Christian Lohbauer, moderador do painel, o país ainda precisa resolver o problema de como aumentar a renda da população para que ela possa participar desse universo de produtividade e consumo.

O pesquisador da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, disse que o Brasil alimenta o mundo e o mundo espera e cobra mais alimentos do Brasil, que desenvolveu a capacidade de gerenciar os solos pobres e ácidos, tropicalizou variedades agrícolas (soja e trigo) e pecuárias (animais) e desenvolveu um pacote tecnológico de máquinas e insumos. “Os sistemas alimentares globais dependem, cada vez mais, da agropecuária brasileira. Aqui inovação, produtividade e sustentabilidade viraram quase sinônimos”, completou.

Por outro lado, o diretor de Programas do Mapa, Luis Rangel, afirmou que “o Brasil tem a capacidade de ser competitivo e produtivo em diversos segmentos dentro do agro, mas precisamos ainda evoluir em políticas públicas. Precisamos mudar a forma como o Brasil se comunica lá fora, pois somos mais do que apenas um país produtor de alimentos”, observou.

Já vice-presidente Institucional da ABRAS, Marcio Millan, recordou que o Brasil conseguiu passar o problema causado pela pandemia do Covid sem afetar o abastecimento da população. “O impacto da inflação do período foi causado pelos preços da energia, combustível e frete”, resumiu.

Tecnologia em benefício do agro

O agronegócio é feito de relacionamentos e que, a cada vez mais a tecnologia tem feito parte do dia a dia do setor. “A necessidade evolui em todos os segmentos e no agro não é diferente, mas a tecnologia só tem valor quando as pessoas têm acesso a ela, para que possa atender as suas necessidades, que têm mudado dia após dia. Para isso também é preciso desmonetizar e democratizar o acesso às novas tecnologias”, analisou Alberto Yoshida, presidente da Yoshida &Hirata e diretor do Conselho da Andav, moderador do Painel Inovação e Tecnologia na Distribuição de Insumos, durante a Plenária do Congresso Andav 2022.

Sibele Silva, diretora do Departamento de Apoio à Inovação para Agropecuária do MAPA, ressaltou que os distribuidores de insumos são também distribuidores de inovação e é a tecnologia que completa as demandas dos produtores.

Sibele citou um levantamento da Esalq, encomendado pelo MAPA, segundo o qual 70% das propriedades rurais não têm conectividade. “Essa conectividade é fundamental para o desenvolvimento da cadeia produtiva de alimentos”, explicou. Para ela, o 5G terá um grande impacto no agronegócio, não só nas atividades no campo, como também na capacitação dos produtores e colaboradores (mão de obra especializada). “O grande benefício do 5G será possibilitar que tanto o 3G quanto o 4G possam atender localidades que ainda não tem acesso à conectividade e às novas tecnologias”, explicou.

Silvia Massruha, pesquisadora da Embrapa Agricultura Digital, também afirmou que a pandemia acelerou o processo de tecnologia. “O que poderia demorar dez anos, aconteceu em dois anos. Hoje, tecnologias como internet das coisas (IOT, em inglês), drones, imagens de satélite no campo, blockchain estão presentes e geram valor para o processo de produção e distribuição. Tudo isso tem um papel importante para melhorar o modelo de negócio, para atender melhor o cliente e o consumidor que hoje está mais preocupado com a nutrição, com a saúde e com a origem dos alimentos, pois ele tem mais acesso à informação”, detalhou.

Na opinião de Silvia, a tecnologia veio para agregar qualidade de vida para as pessoas, não para substituí-las. “Assim, o perfil do engenheiro agrônomo deve ser muito mais multidisciplinar, mais digital, para desenvolver novos nichos de mercado, fazer a capacitação em todos os elos da cadeia, assim como trabalhar a convergência das tecnologias”, comentou.

Mudanças no perfil da cadeia da carne no Brasil

Investimentos em ciência e tecnologia resultaram na mudança de perfil da cadeia da carne no Brasil nos últimos 40 anos, hoje figurando entre os players no mundo na produção e exportação do produto. Para Guilherme Malafaia, pesquisador da Embrapa Gado de Corte, a mudança se deve ao tripe genética, saúde animal e nutrição alicerces da produção bovina com sustentabilidade.

Em sua apresentação no Fórum Distribuição Veterinária, Malafaia ponderou que para continuar a produzir mais carne com eficiência e utilizando menos área de pasto, mantendo a liderança conquistada, o Brasil precisa enfrentar os novos desafios que vêm pela frente. O pesquisador ressalta a oferta de mão de obra (87% está nas cidades) e até mesmo tecnologia diante das novas demandas, entre outras.

Ele citou em sua palestra o estudo da Embrapa sobre as Megatendências para 2040, entre elas: biotecnologia transformando a pecuária e a carne; carne com denominação de origem; Brasil, mega exportador de carne e genética; digital transformando toda a cadeia produtiva e o apagão de mão de obra.

Distribuição de insumos para pecuária

O perfil dos gestores da distribuição de insumos para a agricultura e os gestores de insumos veterinários foi apresentado pelo consultor Marcus Rezende, na palestra “A Excelência na Gestão e a Distribuição de Insumos para Pecuária”, durante o Fórum de Distribuição Veterinária. Para os dois tipos de gestores, a grande dificuldade está na gestão de pessoas, seguida da margem de lucro. Do mesmo modo, também se identificam diante da confiança que representa o fornecedor.

O consultor cita como exemplo, as ações em redes sociais, enquanto a gestão de insumos agro ocupa a faixa de 75%, contra 50% dos gestores insumos veterinários. Eles empatam no quesito fazem ou já fizeram negócios online. “O pulo do gato da gestão é aliar o talento do componente humano mais os dados de inteligência de mercado”, sintetizou Rezende.

No painel “Relatos e Experiência de Distribuidores em um Cenário de Transformações”, apresentado por Feres Soubhia, diretor presidente da Alvorada; Roberto Motta, presidente da Agro Amazônia; e Thiago Sandri, CEO da AgroSandri, comentaram sobre fatos enfrentados no dia a dia de suas empresas, incluindo a necessidade de investir em tecnologia e a gestão de pessoas. O painel, moderado pelo jornalista Otávio Ceschi Jr. também apresentou a importância da indústria e das distribuidoras dentro do setor.

Compromisso ESG

Na palestra “Prepare sua empresa para o compromisso ESG”, a professora da Fundação Dom Cabral, Maria Flávia Bastos, questionou o que tem sido feito para minimizar a produção de resíduos.  “O ESG não é uma evolução da sustentabilidade, ele é a própria sustentabilidade. Podemos dizer que, atualmente, o ESG é uma diferenciação de mercado, porém, a tendência para a sobrevivência das empresas no mercado passa pela obrigatoriedade da implementação desse sistema nas questões da empresa”, disse Maria Flávia.

O encerramento das atividades de conteúdo do primeiro dia do Congresso Andav ficou com o cantor e empresário Léo Chaves, que contou sua história e afirmou que o caminho que ele e seu irmão, Victor, percorreram não foi fácil. “Tivemos que ser persistentes e aprender a lidar com o não nos 15 anos”.

A dupla, ao longo de sua carreira, sempre objetivou criar uma marca e não um produto, por isso eles trabalharam para ter uma identidade, que se destacou nas músicas compostas por Victor e em sua forma de cantar. “Não queríamos ser mais um. E, pelo legado que deixamos, acredito que conseguimos alcançar nosso objetivo”.

Congresso Andav 2022

O Congresso Andav 2022 tem a expectativa de receber um público de mais cinco mil pessoas, entre profissionais, palestrantes, expositores, congressistas e visitantes. Outra novidade é a realização da primeira edição presencial do Fórum “Distribuição Veterinária”, como parte do Congresso Andav 2022, que reunirá os principais temas de saúde e nutrição animal e trará empresas com foco em produtos, equipamentos e serviços para o setor. Na área de exposição, serão mais de 120 marcas nacionais e internacionais referências do setor, com diversos lançamentos e novidades para o mercado.

Fonte: Ascom

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Nova edição de Nutrição & Saúde Animal destaca avanços que moldam o futuro das proteínas animais

Conteúdos exclusivos abordam soluções nutricionais que ampliam índices produtivos e fortalecem a sanidade de aves, suínos, peixes e ruminantes.

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A nova edição do Jornal Nutrição e Saúde Animal, produzida por O Presente Rural, já está disponível na versão digital e reúne uma ampla cobertura técnica sobre os principais desafios e avanços da produção animal no Brasil. A publicação traz análises, pesquisas, tendências e orientações práticas voltadas aos setores de aves, suínos, peixes e ruminantes.

Entre os destaques, o jornal aborda a importância da gestão de micotoxinas na nutrição animal, tema discutido no contexto da melhoria da eficiência dos rebanhos . A edição também traz conteúdos sobre o uso de enzimas e leveduras e o papel dessas tecnologias na otimização de dietas e no desempenho zootécnico .

Outro ponto central são os avanços na qualificação de técnicos e multiplicadores, essenciais para promover o bem-estar animal e disseminar práticas modernas dentro das granjas . O jornal destaca ainda o impacto estratégico dos aminoácidos na nutrição, além de trazer uma análise sobre conversão alimentar, tema fundamental para a competitividade da agroindústria .

Os leitores encontram também reportagens sobre o uso de pré-bióticos, ferramentas de prevenção contra Salmonella, estudos sobre distúrbios de termorregulação em sistemas produtivos e avaliações sobre os efeitos da crescente pressão regulatória e tributária sobre o setor de proteína animal .

A edição traz ainda artigos sobre manejo, probióticos, qualidade de ovos, doenças respiratórias em animais de produção e desafios sanitários relacionados a patógenos avícolas, temas abordados por especialistas e instituições de referência no país .

Com linguagem acessível e foco técnico, o jornal reforça seu papel como fonte de atualização para produtores, gestores, consultores, médicos-veterinários e demais profissionais da cadeia produtiva.

A versão digital já está disponível no site de O Presente Rural, com acesso gratuito para leitura completa, clique aqui.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil avança em norma que libera exportação de subprodutos de bovinos e bubalinos

Proposta moderniza regras sanitárias e permite que empresas do Sisbi-Poa destinem materiais sem demanda interna a plantas com inspeção federal para exportação.

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Foto: Gisele Rosso

O Brasil deu um passo importante para ampliar o aproveitamento de subprodutos de bovinos e bubalinos destinados ao mercado internacional. O Projeto de Lei 4314/2016, de autoria do ex-deputado Jerônimo Goergen (RS), moderniza regras sanitárias e autoriza que empresas integrantes do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) destinem ao exterior materiais que não têm demanda alimentar no mercado interno, desde que o envio seja feito por estabelecimentos com fiscalização federal.

A proposta, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, na terça-feira (18), recebeu ajustes de redação e correções técnicas apresentadas pelo relator, deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB).

Ele destacou que versões anteriores do texto acumulavam vícios materiais e erros de referência à Lei 1.283/1950, que regula a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal no país, o que comprometia a clareza normativa e poderia gerar insegurança jurídica.

Adequação técnica e segurança jurídica

Deputado Cabo Gilberto Silva: “A remissão incorreta não decorre da vontade do legislador, mas de um erro material, passível de correção. Preservar a referência ao artigo 12 garante coerência e evita contradições interpretativas” – Foto: Divulgação/FPA

Cabo Gilberto apontou que substitutivos anteriores citavam equivocadamente o artigo 11 da Lei 1.283/1950, quando a referência correta deveria ser o artigo 12, que trata diretamente das condições de inspeção sanitária. Para o relator, manter o erro poderia abrir brechas interpretativas. “A remissão incorreta não decorre da vontade do legislador, mas de um erro material, passível de correção. Preservar a referência ao artigo 12 garante coerência e evita contradições interpretativas”, afirmou.

Ele também corrigiu dispositivos que, segundo sua avaliação, extrapolavam a competência do Parlamento ao abordarem temas típicos de regulamentação pelo Poder Executivo. “Alguns trechos invadiam competências próprias do Poder Executivo. Ajustamos essas inconsistências para preservar a constitucionalidade e a técnica legislativa”, explicou.

Exportação via estabelecimentos com inspeção federal

Com essas correções, o texto final deixa claro que estabelecimentos estaduais ou municipais integrados ao Sisbi-Poa poderão destinar subprodutos sem demanda local a plantas industriais com inspeção federal, habilitadas pelo Ministério da Agricultura para exportação.

A medida atende mercados externos que utilizam esses materiais em diversas aplicações industriais e contribui para ampliar o aproveitamento de resíduos do abate, fortalecer a cadeia produtiva e garantir conformidade sanitária nas operações internacionais.

Avanço regulatório

Para o deputado Cabo Gilberto, a atualização moderniza a legislação e posiciona o Brasil para aproveitar melhor oportunidades no comércio global. “A atualização aperfeiçoa a legislação, reforça o papel do Sisbi-Poa e contribui para que o país aproveite oportunidades no mercado internacional sem comprometer a fiscalização sanitária”, destacou o relator.

Fonte: Assessoria FPA
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STF suspende julgamento da Moratória da Soja e mantém paralisação nacional de processos

Com pedido de vista de Dias Toffoli, segue válida a liminar de Flávio Dino que congelou ações na Justiça e no Cade, enquanto especialistas destacam impacto do caso na segurança jurídica do agro.

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Moratória da Soja é um acordo privado para evitar a compra de soja de áreas de desmatamento na Amazônia - Foto: Divulgação/Ibama

O Supremo Tribunal Federal suspendeu o julgamento que analisava a liminar concedida pelo ministro Flávio Dino que determinou a suspensão nacional de todos os processos que discutem a validade da Moratória da Soja na Justiça e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Até o momento, há quatro votos para confirmar a paralisação das ações. A análise ocorre no plenário virtual desde a última sexta-feira (14) e estava prevista para terminar na próxima terça-feira (25). O pedido de vista foi do ministro Dias Toffoli, e até que o processo volte à pauta a medida segue válida.

O advogado Frederico Favacho afirma que é positiva a decisão de Flávio Dino, por reconhecer que a Moratória da Soja é legal. “Esse é o ponto mais importante de toda a controvérsia”, entende.

A Moratória da Soja é um acordo voluntário entre tradings que comercializam grãos, no qual se comprometem a não comprar soja de áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008. O STF julga uma ação ajuízada pelo PcdoB, PSOL, PV e Rede. As legendas pedem a suspensão de lei do estado de Mato Grosso que proíbe a concessão de benefícios fiscais para empresa que assinaram o acordo.

Em dezembro do ano passado, Flávio Dino atendeu ao pedido dos partidos e suspendeu a lei de forma liminar. Em abril deste ano, ele reconsiderou a decisão, estabelecendo que a norma passaria a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.

Em 05 de novembro, Flavio Dino determinou a suspensão nacional de todos os processos, inclusive os que investigam possível formação de cartel no Cade. Afirmou não considerar adequado, em respeito ao princípio da segurança jurídica, permitir que o debate sobre a Moratória da Soja prossiga nas instâncias ordinárias jurisdicionais ou administrativas, diante da possibilidade de serem proferidas decisões conflitantes e em desacordo com o entendimento a ser fixado pelo STF. “No mesmo voto, Flávio Dino também reconhece o direito de os entes federativos estabelecerem as regras para concessão dos benefícios fiscais, o que, na prática, implicaria em os Estados poderem retirar os benefícios das empresas signatárias, o que continua sendo discutível na esfera infraconstitucional em relação a forma, razoabilidade e outros quesitos”, diz Favacho, complementando: “De toda forma, isso vem num momento importante, quando o mundo todo está de olhos voltados para as boas práticas ambientais do agronegócio brasileiro”.

Fonte: Assessoria do Santos Neto Advogados
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