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Brasil detalha nova NDC na COP29

Meta prevê a redução das emissões líquidas em até 67% até 2035, em comparação com os níveis de 2005.

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Foto: Jonathan Campos

O compromisso do país com o Acordo de Paris foi detalhado nesta quarta-feira pelo governo brasileiro e prevê a redução das emissões líquidas de até 67% em 2035, comparada com as emissões de 2005.

A Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil apresentada na COP29 em Baku, no Azerbaijão, é um passo na direção para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Porém, considerando a experiência e a capacidade do país em reduzir suas emissões pode ser ainda mais ambiciosa, avalia o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).

Foto: Divulgação/Pixabay

Detalhada na última quarta-feira (13) pelo governo brasileiro, a meta prevê a redução das emissões líquidas em até 67% até 2035, em comparação com os níveis de 2005. O IPAM ressalta que a participação da sociedade é, contudo, crucial para garantir seu cumprimento.

“A NDC apresentada vai na direção certa da redução de emissões do nosso país. É importante ainda dizer que a NDC apresentada hoje na COP 29 é de toda a sociedade brasileira. E, por isto, para ser integralmente cumprida, necessita da união de todos. Setor privado, ciência, academia e os governos subnacionais. Só assim será possível garantir o cumprimento da nossa NDC e, se possível, torná-la ainda mais ambiciosa”, afirma André Guimarães, diretor executivo do IPAM.

A plataforma do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) mostra que, entre 2005 e 2012, o Brasil emitiu 16,6 bilhões de toneladas brutas e 12,3 bilhões de toneladas líquidas de gases de efeito estufa, considerando todos os setores da economia. A nova meta de redução das emissões líquidas representa um desafio significativo, mas que o país tem plena condição de alcançá-la.

Contribuição brasileira

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O IPAM destaca a importância da redução do desmatamento como principal contribuição do Brasil para a mitigação das mudanças climáticas. “O comportamento das taxas de desmatamento entre 2005 e 2008, por exemplo, quando conseguimos uma grande redução de emissões, é semelhante na curva no desmatamento registrada entre 2023 e 2024. Algo que sugere que estamos na trajetória correta”, avalia Guimarães.

O IPAM ressalta, ainda, que o Brasil tem muito a se beneficiar ao cumprir a meta proposta. A redução do desmatamento contribui para a estabilização dos fluxos hídricos e, consequentemente, para a continuidade da produção agropecuária, importante para a economia do país. No entanto, o IPAM reconhece o desafio para o setor agropecuário. “É preciso acomodar a agropecuária a parâmetros novos, que impõem a redução e a finalização do desmatamento associada à atividade”, aponta o diretor executivo do Instituto.

Fonte: Assessoria IPAM

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Com alta da Selic, produtores rurais devem pesquisar melhores condições de crédito

Para garantir a saúde do negócio, os agricultores devem monitorar indicadores, como índice de liquidez, margem de lucro, custo de produção, rentabilidade e alavancagem.

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Foto: Marcello Casal

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic – a taxa básica de juros da economia – em 0,50 ponto percentual, alcançando 11,25%. Este é o segundo aumento neste ano, em setembro o acréscimo foi de 0,25%, registrando 10,75%. Essa nova alta apresenta um desafio adicional para o produtor rural, que precisa de recursos para a próxima safra.

Foto: Juliana Sussai

Com mais de 15 anos de experiência na captação de recursos para o agronegócio, Thays Moura, aponta que a expectativa de redução nos juros, frustrada pelo Plano Safra 2024/55, não é o único obstáculo enfrentado. Segundo a especialista, a falta de conhecimento amplo sobre as linhas de crédito disponíveis nos mais diversos bancos atrapalham na corrida pelo financiamento. “Havia uma grande expectativa no mercado por uma redução, mas o plano agrícola veio praticamente igual ao anterior, com taxas de até 12%. Isso significa que os agricultores que não conseguirem obter empréstimos por meio do Plano Safra terão que lidar com o aumento da Selic, enfrentando taxas mais elevadas com financiamentos convencionais”, afirma.

Nesse contexto, a informação é a maior aliada, tanto para credores quanto para o trabalhador do campo. “Na análise de risco realizada pelos bancos, é essencial dispor de dados completos que reflitam a realidade das propriedades rurais para que o crédito seja oferecido na condição mais adequada e com agilidade. Na outra ponta, o produtor precisa conhecer as melhores opções, com produtos personalizados, e, principalmente, entender esse cenário de juros altos para escolher o melhor produto”, explica Thays.

Para garantir a saúde do negócio, os agricultores devem monitorar indicadores, como índice de liquidez, margem de lucro, custo de produção, rentabilidade e alavancagem. São esses dados que indicam a saúde financeira, a sustentabilidade do negócio e ajudam a identificar áreas que precisam de melhorias ou investimentos adicionais.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Além disso, há diversas ferramentas disponíveis para apoiar os fazendeiros, como softwares de gestão financeira adaptados ao agronegócio, aplicativos móveis que permitem o controle de despesas e receitas, e sistemas de análise de dados que ajudam a prever tendências de mercado.

O planejamento financeiro de longo prazo permite que os trabalhadores rurais antecipem possíveis adversidades, aproveitem oportunidades de crescimento e mantenham a estabilidade financeira. “Para desenvolver um plano eficaz, é essencial analisar a situação financeira atual, prever cenários futuros – como possíveis aumentos ou quedas nos preços dos grãos e insumos – e ajustar o plano conforme necessário. Manter uma reserva financeira para emergências e investir em melhorias tecnológicas e de infraestrutura também são práticas indispensáveis em um bom planejamento”, afirma Thays.

Fonte: Assessoria Agree
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Peru abre mercado para exportação de gelatina e colágeno do Brasil

Com essa nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 199ª abertura de mercado neste ano, totalizando 277 aberturas em 61 destinos desde início de 2023.

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Foto: Claudio Neves

O Brasil recebeu do governo do Peru a aprovação sanitária para exportar gelatina e colágeno de osso bovino não comestível àquele país.

Trata-se da décima abertura de mercado no Peru para produtos do agronegócio brasileiro em menos de doze meses. Entre janeiro de 2023 e outubro de 2024, as exportações agrícolas do Brasil para o país ultrapassaram US$ 1,27 bilhão, com destaque para produtos florestais, carnes e complexo soja.

Com essa nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 199ª abertura de mercado neste ano, totalizando 277 aberturas em 61 destinos desde início de 2023.

Esses resultados refletem o trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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Parlamento da União Europeia aprova adiamento da Lei Antidesmatamento

Nova data para o início da aplicação da lei será 30 de dezembro de 2025 para grandes empresas.

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Foto: Jhonatan Campos

O Parlamento da União Europeia (EU) aprovou, na quinta-feira (14), o adiamento da entrada em vigor da Lei Antidesmatamento, uma medida que afetará diretamente os países produtores de commodities, como o Brasil. A decisão, que recebeu 371 votos favoráveis, 240 contrários e 30 abstenções, prorroga a implementação da legislação por pelo menos um ano. A nova data para o início da aplicação da lei será 30 de dezembro de 2025 para grandes empresas e 30 de junho de 2026 para as pequenas e médias empresas.

A lei, que tem como objetivo combater o desmatamento global, exigirá que empresas importadoras para a UE provem que suas cadeias de suprimentos não contribuem para o desmatamento. Produtos como café, cacau, soja, papel e couro serão os principais afetados. Caso não cumpram as normas, as empresas podem ser multadas em até 4% de seu faturamento.

O adiamento da legislação foi proposto pela Comissão Europeia em outubro e justificado por alguns setores da economia que argumentam não estar preparados para implementar a regulamentação dentro do prazo estabelecido. De acordo com os defensores do adiamento, a falta de sistemas adequados para rastreamento e verificação nos países exportadores, como na África e América Latina, dificulta a conformidade com as exigências da nova lei.

Entretanto, a decisão foi criticada por ambientalistas e por representantes da sociedade civil. Para muitos, o adiamento poderá resultar em mais destruição das florestas tropicais, enquanto a Comissão Europeia deveria focar em ajudar os países exportadores com ferramentas de apoio, em vez de postergar a implementação da lei. A legislação, que faz parte do Acordo Verde Europeu, visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a sustentabilidade ambiental.

Países como Costa do Marfim e Gana, grandes produtores de cacau, já implementaram sistemas de rastreamento que atendem aos requisitos da legislação, demonstrando que, para alguns setores, o adiamento não é necessário.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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