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Notícias Na cidade de Foz do Iguaçu

Brasil desburocratiza importação de trigo argentino e reforça abastecimento de moinhos

Gerenciamento de risco foi anunciado durante a abertura do Congresso do Trigo, realizado na manhã da última quinta-feira (24), no Paraná.

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Fotos: Divulgação/Abitrigo

A partir do dia 1º de dezembro de 2024, o Brasil passa a implementar, nos portos de todo o País, o gerenciamento de risco na importação do trigo argentino. O anúncio foi realizado na manhã da última quinta-feira (24), durante a abertura do 31º Congresso Internacional da Indústria do Trigo, promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo – Abitrigo, em Foz do Iguaçu (PR).

Segundo o Secretário Adjunto da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Allan Rogério de Alvarenga, que esteve presente no evento, esta mudança atende uma demanda do setor e pretende simplificar o processo de importação do grão de origem argentina, sem deixar de lado a segurança do alimento.

“Faremos o deferimento antecipado da importação do trigo argentino. Essa decisão contribuirá enormemente para a simplificação do processo de importação, uma vez que seguiremos com as ações de rotina e a coleta de amostras do montante comprado”, detalhou.

Na prática, a fiscalização dos produtos que ingressam no Brasil, antes aplicada a 100% das cargas, será reduzida para 10%, com o controle realizado por um sistema integrado a um portal único. Essa mudança permitirá o monitoramento de todas as entradas, possibilitando a seleção das cargas que passarão por inspeção física e coleta de amostras, enquanto as demais serão liberadas diretamente para processamento ou destino.

A iniciativa, que deu origem ao projeto, foi desenvolvida em colaboração entre a Receita Federal, o MAPA, a Abitrigo e o Sindicato da Indústria do Trigo de São Paulo (Sindustrigo). Em setembro de 2023, o projeto piloto no Porto de Santos foi avaliado tanto pela coordenação geral do Vigiagro quanto pelo Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) e os resultados foram extremamente positivos.

O anúncio foi muito bem-recebido pelo setor moageiro. Segundo o presidente-executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa, este é um passo imprescindível para o mercado brasileiro.

“O projeto, proposto por nós, poderá se espalhar para todo o Brasil, desburocratizando, simplificando e reduzindo os custos para as indústrias que importam trigo para processar essa importante matéria-prima e transformá-la em produtos para a sociedade brasileira. É, inegavelmente, uma medida muito importante tomada pelo MAPA”, analisou.

Evolução do trigo no Brasil

Em comemoração aos 50 anos da Embrapa Trigo, o supervisor da unidade, Osvaldo Vasconcellos Vieira, que esteve presente na abertura do Congresso do Trigo, relembrou como o setor tem se desenvolvido continuamente nas últimas décadas, com um trabalho colaborativo entre produtores, organizações, estado e consumidores.

“A nossa sociedade vive do trigo e a Embrapa está preparada para desenvolver, nos próximos 50 anos, novas tecnologias que ampliem a produção de um alimento cada vez mais seguro e eficiente. Para isso, seguir com o apoio da Abitrigo é essencial”, afirmou.

O deputado federal Luiz Carlos Hauly analisou o sistema tributário brasileiro e frisou a importância da reforma tributária para os próximos anos. “O embutimento de custos no Brasil é acima da capacidade nacional. Além dos impostos arrecadados, os preços relativos elevados interferem no desempenho do produtor. A reforma tributária, que mudará a forma de como os impostos são cobrados ou administrados, contornará esse cenário, destravando e desburocratizando a economia”.

Cenário geopolítico e econômico abriram debates

Ao iniciar a programação de palestras sobre o tema “Economia e Geopolítica no Brasil e no Mundo”, o economista da MB Associados, Sérgio Vale, analisou o cenário macroeconômico atual, destacando preocupações tanto políticas quanto econômicas. Ele mencionou os riscos associados às eleições americanas, à instabilidade no Oriente Médio e às tensões entre EUA e China, que podem levar o Brasil a se alinhar mais à China. No contexto brasileiro, Vale considerou o cenário econômico medíocre, prevendo um crescimento de cerca de 2% nos próximos anos, com a Selic próxima de 10% até 2026. Ele também alertou sobre a inflação, que deve se manter perto do teto da meta de 4,5% e sobre a dificuldade de valorização do Real devido a riscos fiscais e geopolíticos.

Já o cientista político e jornalista, Gustavo Segré destacou os principais desafios do cenário político nacional e suas implicações, principalmente no que se refere às relações internacionais. Para Segré, as decisões políticas tomadas internamente nos próximos dois anos e na eleição presidencial seguinte podem complicar a relevância global do País, dificultando até mesmo acordos importantes para o setor produtivo.

Mercado do trigo

Reconhecido pela seleção de palestras alinhadas à realidade dos moinhos, a programação do segundo dia do Congresso iniciou com o painel “O mercado do trigo”, mediado pelo consultor Edson Csipai.

Durante o painel, o trader da IPSOY S.A. – Uruguai, Eduardo Vazquez falou sobre o cenário global, com destaque para o protagonismo argentino, que seguirá em 2025, e as mudanças climáticas que afetaram a safra 2023/24 em países como Rússia, Estados Unidos e Brasil.

Já o representante da Cooperativa Agrária, Roberto Sandoli Jr. afirmou que o Brasil pode se tornar no futuro o país do trigo. “Para que isso ocorra, é imprescindível que a cadeia esteja unida e entenda quais as mudanças que precisam ser feitas e os responsáveis por cada uma delas, sejam os produtores ou o governo”, frisou.

O Congresso do Trigo segue até sexta-feira, 25/10, com uma programação direcionada a debates de temas de relevância para o setor moageiro nacional. “Seguimos nos próximos dias ouvindo especialistas e consumindo conteúdos relevantes para o desenvolvimento de toda a cadeia. Nosso Congresso é um espaço importante de atualização, networking e aperfeiçoamento que tem como objetivo fortalecer cada vez mais o setor”, finalizou o presidente do Conselho Deliberativo da Abitrigo, Rogério Tondo.

Fonte: Assessoria Abitrigo

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Carrefour boicota carne do Mercosul: decisão é vista como protecionismo

Suspensão das compras de carne pelo Carrefour francês reforça críticas ao protecionismo europeu contra o agronegócio brasileiro.

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Presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto: Divulgação/ACCS

A decisão do Carrefour de parar de vender carne proveniente dos países do Mercosul, incluindo o Brasil, gerou fortes reações. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) classificou a medida como “lamentável” e reafirmou que o Brasil segue os mais altos padrões de qualidade e sustentabilidade na produção agropecuária. O anúncio foi motivado por pressões do sindicato agrícola francês FNSEA e alegações relacionadas ao impacto ambiental.

“O Brasil tem uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo. Atendemos a padrões que garantem a rastreabilidade e qualidade das nossas exportações para 160 países, incluindo a União Europeia há mais de 40 anos”, destacou o Mapa, que acusou a medida de ser infundada e prejudicial à reputação do agronegócio nacional.

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, também criticou duramente a decisão. “Essa atitude é claramente protecionista. Não há motivos razoáveis para essas restrições. O Brasil é o maior exportador de alimentos do mundo e seguimos rigorosos padrões ambientais e sanitários”, afirmou. Ele sugeriu que os brasileiros adotem uma resposta proporcional ao boicote. “Se eles boicotam nossos produtos, devemos reconsiderar a compra de produtos dessa rede.”

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex-Brasil) reforçou que o Brasil desempenha um papel essencial na segurança alimentar global. A Apex classificou como “lamentável” a postura da rede francesa, que poderia prejudicar as relações comerciais e a imagem do Brasil no cenário internacional.

O impacto da decisão também acende debates sobre a relação entre medidas ambientais e práticas protecionistas, muitas vezes vistas como barreiras não tarifárias. Especialistas alertam que atitudes como esta podem prejudicar os esforços globais de segurança alimentar em um momento crítico de demanda crescente.

O que está em jogo?

Enquanto o Carrefour cede à pressão interna, o Brasil continua sua luta por reconhecimento no mercado global, reafirmando a qualidade e sustentabilidade de seus produtos. Para muitos, a decisão francesa representa mais uma batalha na complexa relação entre o Mercosul e a União Europeia.

Fonte: Assessoria ACCS
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Notícias Em São Paulo

‘Conta do Boi’ aponta caminhos para produzir mais e melhor na pecuária

Tema central da Feicorte foi debatido no âmbito da cria e recria durante o segundo dia da feira, em Presidente Prudente.

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Fotos: Arart

O tema “conta do boi” norteou os debates do segundo dia da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, evento que reúne diversos elos da cadeia da pecuária brasileira, e vai até sexta-feira, 23/11, em Presidente Prudente (SP).

O tema central da feira visa oferecer subsídios e informações que auxiliem o pecuarista a produzir mais e melhor, analisando o sistema de produção em sua propriedade e apontando os fatores que podem ser aperfeiçoados para potencializar os resultados de cada fase.

“Toda a estrutura da ‘conta do boi’ está baseada nos três ciclos principais: cria, recria e engorda, que foram divididos em três painéis, além de um quarto dedicado ao mercado. Hoje, iniciamos os debates destacando as duas primeiras fases, com informações que auxiliem o pecuarista”, explicou o diretor de Mercado Corte da Semex Brasil, Daniel Carvalho, moderador do Fórum Feicorte.

De acordo com o moderador, o painel destacou elementos importantes que mostram que exercer a atividade sem planejamento, profissionalismo, uso de tecnologia e boa execução tende a ser tratado de forma ‘improvisada’, algo que não é mais aceito na pecuária. “Quanto mais profissionais formos na gestão dos recursos, no consumo eficiente, na administração dos insumos e no aproveitamento das informações compartilhadas em eventos como este, mais assertivos seremos em aumentar a produtividade. A mensagem principal é clara: podemos produzir mais. Mas a questão crucial é: como? Para isso, é essencial reconhecer que o mercado está mais oportuno do que nunca nos últimos três anos”, salienta Carvalho.

O médico-veterinário, pecuarista e editor do informativo de mercado pecuário “Notícias do Front”, Rodrigo Albuquerque abordou, em sua apresentação, temas essenciais para a pecuária, como a recuperação do mercado em 2024 e estratégias para aumentar a lucratividade no sistema de cria. Ele destacou as cinco etapas da virada de ciclo pecuário: “Tudo começa com a recuperação do preço nominal do bezerro, seguida pela redução no abate de fêmeas, valorização do boi, recuperação do preço real e, por fim, o aumento dos preços em todas as categorias até o limite da demanda”.

O consultor técnico Rogério Fonseca discutiu a eficiência no sistema de cria, enfatizando a gestão da lotação e o manejo estratégico: “A retirada precoce dos animais da seca permite melhores condições corporais para vacas e novilhas, aumentando a eficiência reprodutiva”.

Fechando o painel, o médico-veterinário e proprietário da empresa Firmasa Tecnologia para Pecuária, Luciano Penteado destacou o papel da gestão integrada: “É fundamental equilibrar a gestão financeira e produtiva. Quem ignora uma dessas áreas corre o risco de sofrer com perdas significativas”.

A cobertura completa do painel está disponível, clicando aqui.

A conta da recria

Professor Rodrigo Goulart, da USP

O segundo painel do Fórum Feicorte debateu a conta do boi, discutindo os desafios e soluções para a recria. O médico-veterinário Rodolfo Saraiva abordou os impactos da saúde animal na rentabilidade da pecuária, destacando como problemas sanitários, como clostridioses e verminoses, podem afetar a produtividade. Ele sugeriu medidas preventivas, como a vacinação e o controle de parasitas, e ressaltou ganhos de até 20 quilos por animal com manejo adequado.

Em seguida, o professor Rodrigo Goulart, da USP, falou sobre a importância da recria no ciclo produtivo, enfatizando a necessidade de estimular o crescimento muscular e evitar a deposição de gordura. Goulart também destacou a variabilidade dos bezerros adquiridos em leilões e a importância do planejamento financeiro para garantir um bom custo-benefício.

O diretor da Agropecuária Maragogipe, Lucas Marques destacou que o sucesso na recria de bovinos está diretamente ligado à união de três pilares: método, conhecimento do negócio e gestão de pessoas. Para ele, esses elementos precisam estar alinhados para gerar resultados consistentes. “É possível ter a melhor genética, o manejo mais avançado e os melhores insumos, mas, sem integrar esses pilares, o resultado não vem”, afirmou. Marques reforçou que estratégias bem definidas e equipes capacitadas são indispensáveis para fechar a conta na pecuária moderna.

“A Feicorte é reconhecida por oferecer conteúdo e informações que contribuem para a evolução da pecuária, incentivando a troca de experiências e conectando o campo, o mercado e as instituições de pesquisa. Os painéis da ‘conta do boi’ têm como objetivo ir além, detalhando cada etapa do processo produtivo, sempre com foco no desenvolvimento sustentável e no fortalecimento da pecuária brasileira”, destaca a CEO da Verum e organizadora da Feicorte, Carla Tuccilio.

A cobertura completa pode ser conferida aqui.

Pecuária solidária arrecada R$ 600 mil para Núcleo Ttere

O Leilão Pecuária Solidária, realizado na noite da última terça-feira (19/11), durante a Feicorte, arrecadou mais de R$ 600 mil destinados ao Núcleo Ttere de Trabalho – Realização, uma entidade assistencial que promove a inclusão social de pessoas com deficiência na região.

Entre os itens leiloados estavam bovinos, equinos, sêmen, insumos agropecuários, equipamentos, joias, tapetes, além de outros itens doados. A iniciativa reforçou a responsabilidade social do setor agropecuário, dando visibilidade a causas sociais.

“O engajamento dos pecuaristas de Presidente Prudente foi excepcional e estamos extremamente felizes com o resultado. O Leilão Pecuária Solidária arrecadou R$ 600 mil, valor que será destinado a uma entidade de confiança, o Núcleo Ttere, que realiza um trabalho maravilhoso e de grande impacto social. Agradecemos imensamente a todos do setor que apoiaram essa causa e à organização da Feicorte, que está sendo um verdadeiro sucesso. O evento começou com uma grande proporção e tem recebido muitos elogios. Ajudar quem precisa é algo que não tem preço. Muito obrigado a todos que contribuíram!”, declarou o secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Guilherme Piai.

Carne como protagonista

Ampliar a percepção da sociedade sobre a qualidade e a origem da carne brasileira. Esse é o objetivo da Beef Hour, um espaço na Feicorte que reúne projetos, marcas de sucesso e profissionais que contribuem para a construção de uma carne de confiança, abrangendo toda a cadeia produtiva até o consumidor final.

São três painéis, um por dia, com grupos de especialistas diferentes, focados na discussão da carne bovina de qualidade, privilegiando o debate e a interação com o público.

Na agenda de hoje, participaram dos bate-papos o proprietário do restaurante Vermelho Grill, Eduardo Fornari; o zootecnista e pesquisador, Gustavo Rezende; o proprietário da Celeiro Carnes Especiais, Marco Túlio Soares e o agrônomo e consultor Roberto Barcellos.

Fonte: Assessoria Feicorte
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Agro brasileiro conquista quatro novos mercados na China

Ministro da Agricultura destaca potencial de comércio de US$ 450 milhões por ano.

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Fotos: Divulgação/Mapa

Principal parceiro comercial do Brasil, a China abriu quatro mercados para produtos da agropecuária brasileira em acordos firmados por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping na última quarta-feira (20), em Brasília. Com isso, o Brasil registra a conquista de 281 mercados agropecuários desde o início de 2023.

São quatro protocolos firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) que estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos.

Em uma pauta diversificada, que beneficia produtores de diferentes regiões do Brasil, uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal poderão ser comercializados na China.

O anúncio foi feito pelo presidente Lula em declaração à imprensa após a reunião ampliada com o presidente chinês, no Palácio do Alvorada.

“O agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos da China”, ressaltou o presidente Lula.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou das cerimônias por ocasião da visita oficial e destacou a importância da retomada da boa relação diplomática entre Brasil e China, que completou 50 anos neste ano de 2024.

“O Brasil já se mostrou um país confiável na posição de maior fornecedor de alimentos e energia renovável e podemos continuar ampliando cada vez mais as parcerias, pois temos gente vocacionada, tecnologia e condições de intensificar nossa produção com sustentabilidade”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

Considerando a demanda chinesa dos produtos frutos dos protocolos assinados ao longo de 2023 e a participação brasileira nesses mercados, o potencial comercial é de cerca de US$ 450 milhões por ano, conforme estimativa da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

“Mas se levarmos em conta outras variantes de mercado e o potencial brasileiro, podemos comercializar muito mais, ultrapassando a cifra de US$ 500 milhões por ano. Nestes 4 produtos a China importa quase US$ 7 bilhões e o Brasil vem se consolidando cada vez mais como um parceiro estratégico, confiável e seguro para a China”, explicou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua.

Maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas importações globais do produto, a China desembolsou US$ 1,53 bilhão em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou a sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulse. 

Da mesma forma, o país asiático é o principal importador da farinha de pescado (US$ 2,9 bilhões em importações em 2023).  O Brasil registrou participação de 0,79% das exportações mundiais no ano passado.

No sorgo, a participação brasileira é de 0,29% no mercado mundial. A China importou US$ 1,83 bilhão deste produto no ano passado, sendo a maior parte dos Estados Unidos.

Após crescimento exponencial e recorde de exportações de uvas frescas, o produto brasileiro chega aos consumidores chineses com registro de 2% no comércio mundial desta fruta. A China é um grande consumidor de uvas premium e importou mais de US$ 480 milhões deste produto no ano passado.

No caso das uvas frescas de mesa, deverão ser exportadas frutas majoritariamente dos estados de Pernambuco e da Bahia. Pomares, casas de embalagem e instalações de tratamento a frio devem cumprir boas práticas agrícolas e ser registrados no Mapa.

Já as empresas exportadoras de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal devem implementar o sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ou sistema de gerenciamento com base nos princípios da APPCC; estabelecer e executar um sistema para garantir o recall e a rastreabilidade dos produtos; ser aprovadas pelo lado brasileiro e registradas pelo lado chinês. O registro será válido por 5 anos.

As matérias-primas devem ser provenientes de pescado (exceto mamíferos marinhos) capturados na zona marítima doméstica ou em mar aberto e da criação de pescado em cativeiro, ou de subprodutos de pescado provenientes de estabelecimentos que manuseiam pescado para consumo humano.

Fonte: Assessoria Mapa
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