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Notícias Primeiras observações

Brasil cercado pela Influenza aviária

Apesar de parecer existir possíveis atenuadores em eventuais casos de gripe aviária no Brasil, não se pode descartar a hipótese de que desequilíbrios de mercado poderão ocorrer mesmo que temporariamente

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Foto: O Presente Rural

As últimas divulgações de casos de gripe aviária no Uruguai e na Argentina elevou substancialmente o risco de introdução da doença no Brasil dada a proximidade do foco uruguaio com a fronteira brasileira, cerca de 160 km.

Segundo relatório feito pela Radar Agro, consultoria agro do Itaú BBA, o risco é ainda maior pois está muito próximo da região Sul do país, região que responde por cerca de 61% dos abates brasileiros de aves de corte, sendo 35% no PR, 13% no RS e 13% SC.

A consultoria destaca ainda que, a preocupação já vinha aumentando desde a detecção na Bolívia há poucas semanas, onde a distância era da ordem de 1500 km em linha reta das fronteiras brasileiras da Região Norte e Centro Oeste. Além destes três países, também foram relatados, nos últimos quatro meses, casos no Peru, Chile, Colômbia, Equador e Venezuela.

A consultoria destaca ainda que a biossegurança e os controles rigorosos de entrada e saída nas granjas que já são uma prática corriqueira no setor, devem ser reforçados ainda mais pois o grande risco está na introdução da doença nos sistemas de produção comercial.

Em tese, pela normativa da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a ocorrência de gripe aviária em aves silvestres ou criações de subsistência não justifica restrições ao comércio internacional. Ou seja, se assim ocorresse, o Brasil não perderia o status de livre de gripe aviária, aponta a Consultoria.

Já se o foco ocorrer em granjas comerciais de frangos de corte ou ovos isso poderia levar ao fechamento de mercados externos com consequências maiores ao setor produtivo.

Trabalho preventivo

Para a Radar Agro seria importante que as empresas já antecipassem algumas ações, para caso de o Brasil ser acometido com algum caso de Influenza, dentre as ações a consultoria destaca:

• Para as empresas exportadoras e seus representantes é crucial antecipar o diálogo com seus clientes externos e buscar compreender quais podem ser as reações na hipótese da doença atingir os sistemas de produção comercial.

• Além disso, é importante garantir que haja estímulo para os produtores notificarem as ocorrências rapidamente o que amenizaria o problema. Na ocasião da Peste Suína Africana na China, há poucos anos, a subnotificação acelerou o avanço da enfermidade, já que as perdas financeiras eliminando os animais doentes eram grandes e incompatíveis com as indenizações.

• Embora o risco maior pelo fluxo de aves migratórias seja até abril, é importante seguir vigilância mesmo após o período crítico ter passado.

• Uma rápida e efetiva comunicação no mercado interno, no sentido de orientar que o consumo dos produtos avícolas continuem seguros é de grande importância, num cenário em que parte da produção eventualmente não exportada tenderá a voltar para o mercado doméstico.

• Vale destacar que fragmentação maior das empresas de avicultura de postura em relação às de corte, com possíveis níveis de biossegurança distintos entre grandes companhias e as menores é algo a ser considerado.

Experiência americana

A consultoria do Itaú BBA lembra ainda que os EUA, 2º maior exportador global, foi fortemente atingido pela doença desde o ano passado o que causou forte alta dos preços de aves e até escassez de ovos. No entanto, o comércio internacional não foi obstruído, dada a regionalização acordada, o que não quer dizer necessariamente que algo semelhante ocorrerá automaticamente com o Brasil, mas é uma experiência interessante, destaca.

Outro ponto lembrado pela Radar Agro, é o caso da União Europeia que também enfrenta há anos o problema e segue sendo o terceiro maior exportador global. Aliás, Brasil, EUA e União Europeia representam 70% do comércio internacional de carne de frango, sendo só o Brasil 33% do total mundial.

Isso quer dizer que, caso a doença chegue ao Brasil, como parece ser o caso dos EUA neste momento, a falta de opções aos compradores externos terá que levar a num novo entendimento sobre a convivência com o problema e continuidade do comércio internacional. Caso contrário, os preços tenderão a subir muito mais, aponta a consultoria.

Apesar de parecer existir possíveis atenuadores em eventuais casos de gripe aviária no Brasil, não se pode descartar a hipótese de que desequilíbrios de mercado poderão ocorrer mesmo que temporariamente. Nesse sentido, é importante que as empresas estejam preparadas com níveis de liquidez preservados para atravessar períodos mais desafiadores que poderão se materializar, por exemplo, por meio de pressões de margens e alongamento do ciclo de caixa, conclui o relatório da Radar Agro.

Fonte: O Presente Rural com informações da Radar Agro

Notícias Após oito anos

UFSM retoma tradicional Simpósio de Sanidade Avícola

Evento será realizado de forma on-line, entre os dias 05 e 07 de junho, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país.

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Foto: Julio Bittencourt

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está em clima de celebração com o retorno do Simpósio de Sanidade Avícola, que volta a acontecer após um hiato de oito anos. Este evento, anteriormente coordenado pela professora doutora Maristela Lovato Flores, teve sua última edição em 2016 e agora ressurge graças aos esforços do Grupo de Estudos em Avicultura e Sanidade Avícola da UFSM (Geasa/UFSM). O Jornal O Presente Rural será parceiro de mídia da edição 2024 do evento.

Sob a nova liderança dos professores doutores Helton Fernandes dos Santos e Paulo Dilkin, o evento chega a 11ª edição e promete manter o alto padrão técnico-científico que sempre marcou suas edições anteriores. “Estamos imensamente satisfeitos e felizes em anunciar o retorno deste evento tão importante para a comunidade avícola”, declararam os coordenadores.

O Simpósio está marcado para os dias 05, 06 e 07 de junho e será realizado de forma on-line, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país. “Com um programa cuidadosamente planejado ao longo dos últimos meses, o evento pretende aprofundar os conhecimentos sobre sanidade avícola, abrangendo temas atuais e pertinentes à Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia”, evidenciou o presidente do Geasa/UFSM, Matheus Pupp de Araujo Rosa.

Entre as novidades deste ano, destaca-se o caráter beneficente do evento. Em solidariedade às vítimas das recentes enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, 50% do valor arrecadado com as inscrições será doado para ajudar aqueles que foram afetados por essa adversidade.

Os organizadores também garantem a presença de palestrantes de renome, que irão abordar as principais pautas relacionadas à sanidade nos diversos setores da avicultura. “Estamos empenhados em proporcionar um evento de alta qualidade, que contribua significativamente para o desenvolvimento profissional dos participantes”, afirmaram.

Em breve, mais detalhes sobre os palestrantes, temas específicos e informações sobre inscrições serão divulgados. Para acompanhar todas as atualizações, você pode também seguir  o perfil oficial do Geasa/UFSM pelo Instagram. “O Simpósio de Sanidade Avícola é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e profissional se reunir, trocar conhecimentos e contribuir para o avanço da avicultura, enquanto também apoia uma causa social de grande relevância”, ressalta Matheus.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias

Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

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Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
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