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Brasil busca estratégias para expandir presença global na proteína animal

Especialistas destacam que competitividade internacional exige mais investimento, inovação e alinhamento entre os elos do agro.

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A cadeia de proteínas foi tema central da audiência pública realizada na terça-feira (02) na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR). Diante da crescente demanda mundial, parlamentares e representantes do setor discutiram soluções para ampliar a presença do Brasil no mercado internacional e fortalecer toda a estrutura produtiva.

O deputado Alceu Moreira (MDB-RS), coordenador Institucional da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e proponente da reunião, ressaltou o papel estratégico do Brasil como um dos maiores exportadores de proteínas e líder global em carnes, soja e derivados.

Deputado Alceu Moreira: “São 16 milhões de empregos diretos e indiretos espalhados pelo setor, que representam 2,23% dos empregos do Brasil”

Ele lembrou que o setor tem forte impacto no desenvolvimento econômico, representando mais de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. “São 16 milhões de empregos diretos e indiretos espalhados pelo setor, que representam 2,23% dos empregos do Brasil. Mas, diante do aumento da competitividade internacional, é imperativo debater estratégias para ampliar nossa participação no mercado, reunir representantes e fortalecer tanto o mercado interno quanto nossa posição internacional”, afirmou.

Moreira destacou que, para que o país avance, é indispensável garantir orçamento adequado às políticas públicas do agro. “A Secretaria de Defesa Agropecuária, por exemplo, tem que ter orçamento do tamanho da sua importância, e a pesquisa não pode ser realizada por espasmos. Não podemos apagar incêndio sem planejamento. Estamos pagando royalties para o mundo por falta de esclarecimento”, criticou.

Representando o Ministério da Agricultura, o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, afirmou que a interdependência das cadeias produtivas é resultado da abertura brasileira à inovação tecnológica. Ele reforçou que o país atingiu excelência na produção de alimentos, mas enfrenta competidores globais de grande porte. “O produtor rural é exigente e mantém a excelência, e esse é o ponto. Lideramos a produção de proteínas, mas não somos os únicos. Concorrentes são algumas das maiores economias do mundo, por isso devemos manter os olhos abertos. Se a defesa agropecuária está diretamente relacionada ao tema, precisamos trabalhar com um orçamento condizente”, declarou.

O deputado Alceu Moreira concordou e enfatizou que os segmentos do agro brasileiro se complementam. “Se não soubermos afinar entre nós o que cada um faz, o resultado final não será perfeito. A metodologia de desenvolvimento do trabalho é complexa, mas essencial de ser compreendida”, afirmou.

O diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Marcelo Osório, reforçou que o Brasil possui vantagens incomparáveis na produção de proteína animal. “Nós temos tudo para garantir e ampliar significativamente essa produção. Temos o privilégio de um ambiente positivo, com disponibilidade de terra, clima favorável, tecnologia e gente. Temos gente que sabe fazer, e nenhum outro país do mundo possui essas condições”, concluiu.

Fonte: Assessoria FPA

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Oeste do Paraná ganha novo corredor rodoviário que impulsiona agroindústria regional

Pavimentação das PRs 574 e 575 encerra espera de quatro décadas e melhora o escoamento de grãos, peixes e aves em um dos maiores polos produtivos do Estado.

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Fotos: Divulgação/Copacol

A pavimentação das PRs 574 e 575 garante um feito histórico que atende as reivindicações de um dos mais importantes polos produtivos do sul brasileiro e promete acelerar o desenvolvimento econômico regional, consolidando o completo circuito rodoviário no Oeste do Paraná, interligando corredores para o transporte agroindustrial: um dos setores que mais emprega e gera renda nos municípios. O investimento de R$ 95,6 milhões em 21,27 quilômetros inclui pavimentação, novas pontes, sinalização e um contorno para tráfego de cargas pesadas.
Por mais de quatro décadas, moradores aguardavam a execução do asfalto que possibilita a interligação de Nova Aurora e Cafelândia até grandes centros, como Toledo e Cascavel: as quatro cidades estão entre as maiores geradoras de Valor Bruto da Produção (VBP) no Paraná, consideradas referência em industrialização de grãos, aves, peixes, suínos e leite.

A Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol), com faturamento anual de R$ 10,6 bilhões, que exporta para 86 países, formada por 10,5 mil cooperados e 16,5 mil colaboradores, tem instalações na área que receberá a pavimentação que teve a ordem de serviço assinada nesta quinta-feira, 4, pelo governador Ratinho Junior, o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol, e demais autoridades estaduais e municipais.

São fábricas de rações, indústrias de peixes e aves, matrizeiros, e demais estruturas para armazenagem de grãos que terão um caminho ágil e seguro para o transporte de produtos e de animais. “Estamos em uma região com grandes dificuldades rodoviárias. Esse isolamento trouxe grandes desafios para que pudéssemos atender os produtores e também garantir competitividade em nossos negócios. E hoje, com a assinatura da ordem de serviço pelo governador, Ratinho Junior, temos a certeza de um novo ciclo para a Cooperativa, cooperados e colaboradores, onde teremos um corredor adequado para o transporte de animais e produtos. Essa é uma reivindicação que dura décadas, onde a Copacol sempre se fez presente com a comunidade buscando uma solução. Queremos agradecer ao nosso governador por esse investimento que garante prosperidade para toda uma região”, afirma Valter Pitol.

Os 21,27 quilômetros de rodovia beneficiarão a região que se tornou a maior produtora de tilápias do Brasil. Nova Aurora, onde a Copacol instalou a primeira Unidade Industrial de Peixes para o processamento da espécie, é considerada a Capital Nacional da Tilápia. São 190 mil tilápias abatidas ao dia, com uma produção anual de 20,2 mil toneladas do peixe que tem como origem propriedades rurais que ficam no entorno dos novos traçados das PRs 574 e 575, entre o Distrito de Palmitópolis (Nova Aurora) e o Distrito de Jotaesse (Tupãssi).

Mais de mil trabalhadores atuam diretamente com piscicultura e estão empregados na Copacol, desde assistência técnica, transporte até a industrialização do produto final. Além disso, as cidades no entorno concentram a produção de aves que são processadas pela Cooperativa que atende os avicultores da região e processa anualmente 215,5 milhões de frangos. “Estamos iniciando a obra ligando cidades importantes, onde há maior produção de aves peixes com grande potencial agrícola gigantesco. Com essa obra passamos a criar uma eficiência logística para a região. Os investimentos contemplam as grandes cooperativas, como a Copacol – uma das maiores da América Latina – e isso incentiva a geração de emprego para a região e gera melhor qualidade de vida aos moradores. É um corredor importante, que vai reduzir distâncias da produção com a Cooperativa, afirma Ratinho Júnior.

Polo agroindustrial

A pavimentação do trecho repara uma necessidade histórica da região que se consolidou como um importante polo produtivo paranaense. Além disso, facilita o acesso dos trabalhadores até as indústrias existentes na região, garantindo total segurança para ir ao trabalho e retornar para suas casas.

O início da implantação das primeiras estacas e a abertura de novos trechos trouxeram esperança aos moradores, que aguardavam ansiosos pela movimentação das máquinas no Distrito de Palmitópolis. “A obra significa o avanço econômico de toda uma região formada pelo maior Produto Interno Bruto (PIB) agro do Estado. Nova Aurora e Cafelândia serão diretamente beneficiadas, no entanto, temos aqui a interligação de Palotina, Toledo, Cascavel, Assis Chateaubriand e Marechal Cândido Rondon: municípios que tem o agronegócio como principal atividade geradora de emprego e renda, tanto no campo como nas cidades. Então, o efeito dessa obra a curto prazo é de fortalecimento das propriedades e abertura de empreendimentos que vão garantir essa evolução econômica e social”, ressalta o diretor-presidente da Copacol.

Terceira faixa

Durante cerimônia para liberação do início das obras, Ratinho Júnior anunciou melhorias em outras rodovias que ligam as cidades da região por meio de um termo de cooperação técnica entre o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Governo do Paraná e a Copacol.

A partir de 2026 serão construídas terceiras faixas nas PR 180, entre Cafelândia e Nova Aurora e na PR 574, entre Cafelândia e Corbélia. São 10,5 quilômetros que possibilitarão maior fluidez no trânsito: 4,5 quilômetros de terceiras faixas na PR 180 ficarão entre Cafelândia/ Trevo Acesso Contorno Cafelândia (1.168 m); Nova Aurora/Cafelândia (2.535 m); Cafelândia/Anta Gorda (788 m); Trevo de acesso Contorno Cafelândia; e 6 quilômetros na PR 574, entre Cafelândia/Penha (2.766 m); e Penha/Cafelândia (3.335 m).

Pavimentação rural

Com o incentivo da Copacol, estradas rurais serão pavimentadas em toda a região. Ao todo serão 85 quilômetros pavimentados pelo Governo do Paraná por meio de 23 projetos elaborados pela Cooperativa e entregues às prefeituras. Foram R$ 700 mil investidos pela Cooperativa nestes estudos que contemplam traçados estratégicos para a interligação dos municípios possibilitando melhor qualidade de vida para as famílias do campo, que totalizam obras no montante de R$ 121,8 milhões, sendo que R$ 60,8 milhões já tiveram liberação formalizada.

O pacote de projetos feitos pela Copacol também contemplou a comprovação de necessidade das terceiras faixas nas PRs 180 e 574. “Esse será um grande avanço para a região como um todo, com maior fluidez nas estradas e segurança de trafegabilidade para os produtores, evitando prejuízos em dias de chuva e redução de danos aos veículos. Elaboramos os projetos e o governador Ratinho deu esse passo importante para o progresso no campo garantindo infraestrutura para quem vive e depende do campo”, ressalta Pitol.

Produtores comemoram

Edilson Sassi é piscicultor em Palmitópolis e comemora a chegada da pavimentação em frente a propriedade, após décadas de expectativa por parte da família que tem no campo a principal fonte de renda. São 1,4 milhão tilápias mantidas nos 17 tanques dedicados à atividade, em parceria com o irmão, além de dois aviários com 68 mil frangos alojados. Toda a produção é entregue à Copacol, responsável pelo processamento e comercialização das aves e dos peixes. “A pavimentação facilita o transporte de cargas até a propriedade e também reduz os gastos com conserto de veículos. Hoje a dificuldade é grande para a chegada de ração para os peixes e para as aves.

Há muitos anos esperamos por essa obra e agora estamos vendo se tornar realidade gerando desenvolvimento em nossa região e valorizando as propriedades”, afirma o produtor que está com investimentos importantes na área positivamente afetada pela obra. Edilson teve a aprovação de dois novos aviários pela Cooperativa, que serão construídos em Palmitópolis. São R$ 3,2 milhões em investimento. “Essa é uma região muito produtiva e a tendência é crescer ainda mais. A pavimentação vai facilitar a vida de todos. Decidimos investir, pois o trabalho no campo é o que sabemos fazer. A obra veio no momento certo e esperamos que ela esteja pronta já quando nossos novos aviários estiverem em operação”.

Detalhes da obra

A obra terá 21,27 quilômetros de extensão e teve o edital publicado em março deste ano. As pistas serão de pavimento asfáltico com duas faixas de 3,5 metros de largura cada e acostamentos de dois metros em cada lado. Na PR-574, trecho de 8,09 quilômetros entre Palmitópolis e Cafelândia, também será construída uma nova ponte sobre o Rio Central, em um local diferente da atual. Ela passará de 6,25 metros de largura por 13 metros de extensão para 11,8 metros de largura e 46 metros de extensão. Ainda neste trecho, o bueiro triplo na altura do Rio Iguaçuzinho será substituído por uma ponte de 12,7 metros de largura por 36 metros de comprimento.

No acesso a Palmitópolis será implantada uma interseção em nível do tipo rótula não-vazada, com nova iluminação viária. Na PR-575 será pavimentado um trecho de 11,44 quilômetros, entre Palmitópolis e Jotaesse. Uma nova ponte sobre o Rio Verde será construída em trecho variante, passando dos atuais 6,25 metros de largura por 11,55 metros de comprimento para 11,8 metros de largura por 63 metros de comprimento. No começo e final do trecho serão implantadas novas rótulas com iluminação. Por último, o novo Contorno de Palmitópolis, que terá 1,74 quilômetro de extensão e vai ligar as duas rodovias, sendo implantado ao sul do distrito.

Fonte: Assessoria Copacol
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Dia de Campo da C.Vale atrai produtores com Black Friday do agro

Evento em Palotina (PR) reúne experimentos de campo, dinâmica de máquinas, atrações técnicas e promoções que chegam a 70%, consolidando o encontro como um dos mais movimentados da cooperativa.

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Fotos: Divulgação/C.Vale

Evento em Palotina (PR) reúne experimentos de campo, dinâmica de máquinas, atrações técnicas e promoções que chegam a 70%, consolidando o encontro como um dos mais movimentados da cooperativa.

A movimentação de visitantes tem sido intensa no Campo Experimental da C.Vale, em Palotina (PR), onde a cooperativa realiza o Dia de Campo de Primavera. Entre os pontos mais concorridos está o estande das lojas agropecuárias, que atrai produtores pelas promoções que chegam a 70% de desconto, uma espécie de “Black Friday do agro”.

Os espaços dedicados à avicultura e à piscicultura também registram grande público, reunindo produtores interessados em acompanhar de perto as novidades e os avanços das duas cadeias produtivas.

No campo, os visitantes podem conferir experimentos com milho, soja e mandioca, além de conhecer etapas do processo de produção de sementes de soja da C.Vale. Outro destaque da programação é a tradicional dinâmica de máquinas, realizada durante a tarde. Um dos equipamentos que mais chama atenção é um trator de 530 cv e oito pneus, da fabricante alemã Claas, que virou parada obrigatória para fotos e vídeos.

No estande institucional, o chef Bressianelli apresenta receitas preparadas por esposas de associados, participantes do concurso de culinária promovido pela cooperativa.

O Dia de Campo segue até esta quinta-feira.

Fonte: O Presente Rural com C.Vale
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Governança e gestão elevam valuation de empresas do agro em 2025

Setor registra alta de 40% nas operações de fusões e aquisições. Grupos regionais ganham espaço ao adotar práticas de gestão corporativa.

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O movimento de consolidação no agronegócio brasileiro está ganhando novos protagonistas. Grupos regionais, antes restritos ao mercado local, vêm adotando estruturas de governança e gestão profissional para escalar suas operações e atrair investidores.

Levantamento da PwC Brasil mostra que o número de fusões e aquisições no setor chegou a 49 entre janeiro e setembro de 2025, 40% acima do registrado no mesmo período do ano anterior, o maior avanço desde 2020.

Economista José Loschi: “Quando um grupo regional combina domínio local com disciplina de gestão, ele muda de perfil”

O dado reflete a nova dinâmica do setor: quem se organiza internamente, ganha valor antes mesmo de uma venda. “Quando um grupo regional combina domínio local com disciplina de gestão, ele muda de perfil. Deixa de ser só mais um produtor e passa a ser ativo estratégico dentro de uma operação de M&A”, afirma o economista José Loschi.

A profissionalização passou a ser um divisor de águas entre empresas que crescem de forma sustentável e aquelas que permanecem dependentes de ciclos de safra. Conselhos consultivos, auditorias independentes, relatórios de desempenho e planos de sucessão estão se tornando rotina entre empresas que querem disputar espaço no mercado de capitais ou negociar com grandes fundos.

Quem ainda opera de forma familiar, sem controles e previsibilidade, tende a perder relevância nas negociações, mesmo com boas margens ou produtividade alta.

Além de aumentar o valuation, a estruturação interna amplia o horizonte estratégico desses grupos. Muitos passaram a explorar verticais de negócios, como processamento de grãos, biotecnologia e energia renovável, para diversificar receita e reduzir riscos. Esse movimento fortalece o caixa e cria ativos complementares, valorizados em operações de M&A. “O problema não é o valuation do agro, é a falta de métricas que provem onde o valor está sendo criado ou destruído”, expõe Loschi.

Na prática, isso tem levado mais grupos a incorporarem indicadores de valor econômico ao dia a dia da gestão. Métricas como o Economic Value Added (EVA), comuns no mercado financeiro global, estão ganhando espaço no agro ao revelar se o negócio realmente remunera o capital investido, orientando melhor as decisões no campo.

Com esse tipo de avaliação na mesa, grupos regionais conseguem negociar com mais segurança, separar crescimento rentável de expansão ineficiente e demonstrar, de forma objetiva, onde está o capital.

Fonte: Assessoria SRX Holdings
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