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Brasil bate recorde nas exportações de farelo de soja e amplia destinos no mercado internacional

De janeiro a outubro, o País embarcou 19,6 milhões de toneladas do derivado, impulsionado pela demanda de novos compradores. Soja em grão também registra alta, com destaque para os embarques à China.

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Foto: Claudio Neves

Dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que, de janeiro a outubro, o Brasil exportou 19,6 milhões de toneladas de farelo de soja, um recorde para o período.

Segundo o Centro de Pesquisas, a demanda está aquecida, sobretudo por parte de novos países e/ou de destinos pouco tradicionais, como Espanha, Dinamarca, Bangladesh e Portugal.

No Brasil, consumidores também estão mais ativos nas aquisições do derivado. Quanto à soja em grão, na parcial deste ano, o País embarcou 100,6 milhões de toneladas, 6,7% acima do volume escoado em igual intervalo de 2024.

Desse total, 78,8 milhões de toneladas foram enviadas à China, ainda conforme números da Secex analisados pelo Cepea. No campo, chuvas generalizadas beneficiaram as atividades de campo em grande parte do Brasil.

Segundo a Conab, a semeadura de soja atingiu 47,1% da área estimada até 1º de novembro, abaixo dos 53,3% observados no mesmo período de 2024 e da média de 54,7% dos últimos cinco anos.

Fonte: Assessoria Cepea

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Pecuária e milho puxam crescimento de 6,4% do VBP de Sergipe em 2025

Faturamento do agronegócio estadual chega a R$ 5,6 bilhões, com a proteína animal e o milho liderando a geração de riqueza no campo.

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Fotos: Shutterstock

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Sergipe encerra 2025 com o montante de R$ 5.611,65 milhões, conforme dados consolidados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O resultado representa um avanço nominal de 6,44% em relação aos R$ 5.272 milhões registrados em 2024. O desempenho estadual acompanha a tendência de crescimento do campo brasileiro, que atingiu um faturamento total de R$ 1,412 trilhão no mesmo período.

Apesar da evolução absoluta de R$ 339,6 milhões no último ano, a participação relativa de Sergipe no cenário federal permanece estável em 0,40%. Esse índice evidencia que, embora o agronegócio sergipano esteja em expansão, ele mantém uma escala proporcionalmente inferior aos grandes polos produtores, como Mato Grosso (R$ 220,4 bilhões) e Minas Gerais (R$ 168,1 bilhões), que lideram o ranking nacional.

Predomínio da Proteína Animal

A estrutura produtiva de Sergipe em 2025 é majoritariamente sustentada pela Pecuária, que responde por 59% do VBP total (R$ 3.339 milhões). As Lavouras completam os 41% restantes, com faturamento de R$ 2.273 milhões.

No ranking das cinco principais atividades do estado, o destaque absoluto pertence aos Bovinos, que geraram R$ 1.854,4 milhões. O setor de Leite aparece em terceiro lugar, com R$ 1.253,7 milhões, consolidando a importância da cadeia pecuária para a economia local. A produção de Ovos também figura entre as principais fontes de renda, somando R$ 230,8 milhões. Em contrapartida, atividades como Frangos e Suínos não aparecem com volumes expressivos na pauta principal de Sergipe, indicando uma especialização em gado de corte e leiteiro em detrimento de outras proteínas animais.

O Milho é o principal expoente agrícola de Sergipe, ocupando a segunda posição no ranking geral com R$ 1.316,5 milhões. Na comparação entre os ciclos de 2024 e 2025, observa-se o seguinte comportamento nas principais culturas:

  • Laranja: Consolida-se como a quarta maior força (R$ 458,6 milhões).

  • Cana-de-açúcar: Mantém relevância estratégica com faturamento de R$ 314,4 milhões.

  • Mandioca: Registra R$ 108,5 milhões, mantendo-se como cultura de base regional.

Evolução

O gráfico de série histórica revela que o VBP de Sergipe mais que dobrou em sete anos. Em 2018, o faturamento era de R$ 2.167 milhões, saltando para os atuais R$ 5.612 milhões. Esse crescimento de 158,9% no período indica uma valorização consistente da produção, embora o avanço seja em grande parte nominal, influenciado pela correção de preços e demanda de mercado.

Comparativamente, o desempenho de Sergipe reflete a dinâmica nacional: o estado cresce quando o Brasil cresce, mas sem alterar sua importância proporcional no índice do Mapa. O descolamento entre a realidade sergipana e a nacional é visível na ausência da soja e do trigo — pilares das exportações brasileiras — e na forte dependência do milho e da pecuária extensiva.

Desafios Estruturais

A análise dos dados do Mapa indica que o agronegócio de Sergipe enfrenta um desafio de verticalização. A concentração de quase 60% do valor da produção em bovinos e leite demonstra uma especialização que, embora sólida, limita a diversificação de riscos.

A trajetória ascendente do VBP desde 2018 prova a capacidade de expansão do setor, mas a estabilidade na fatia de 0,4% do VBP nacional sugere que o estado cresce dentro de seus limites geográficos e tecnológicos atuais. A ausência de grandes complexos de grãos (exceto o milho) e de cadeias integradas de aves e suínos reforça o perfil de Sergipe como um produtor focado em demandas regionais e cadeias de proteínas tradicionais.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias Sob cautela

Safra 2025/26 começa com clima irregular e avanço mais lento do plantio

Projeção recorde da Conab convive com desafios técnicos, menor uso de tecnologia e pressão dos custos, em um início de ciclo que exige manejo mais preciso no campo.

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Foto: Divulgação

O encerramento de 2025 aponta para um cenário de cautela no agronegócio brasileiro. A safra 2025/26 tem início marcado por ritmo de plantio desacelerado, clima irregular e desafios técnicos que impactam diretamente o potencial produtivo das lavouras. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a nova safra deve alcançar 354,8 milhões de toneladas de grãos, cultivados em 84,4 milhões de hectares. A projeção em relação ao ano anterior é ligeiramente maior: 0,8% acima do valor recorde de 350,2-351,9 milhões de toneladas colhidas.

O clima volta a ser o principal fator de atenção. Após um início positivo de plantio das safras de primavera e verão de 2026, que ocorre principalmente entre setembro e dezembro do ano corrente, com bom arranque inicial, a chegada de calor intenso e chuvas irregulares em regiões como o centro de Minas Gerais, leste do Mato Grosso e oeste do Mato Grosso do Sul provocou atrasos, necessidade de replantio e dificuldades no estabelecimento da soja, principal cultura do período. “O gasto do Brasil com fertilizantes alcançou US$ 8,8 bilhões, representando 5,2 % de nossas importações totais, número que subiu em relação a 2024 (4,9 %). Isso expõe uma fragilidade: estamos reféns da volatilidade dos preços internacionais e das decisões políticas de outros países”, afirma Leonardo Sodré, que atua em empresa do segmento.

Além das condições climáticas adversas, o setor enfrenta a redução no uso de tecnologia. A alta expressiva no preço do fósforo nos últimos dois anos levou produtores a adotarem fertilizantes menos concentrados e a reduzirem sua aplicação. Embora em 2025 o impacto sobre a produtividade tenha sido limitado, a expectativa é de uma pequena redução em 2026 em função deste ajuste no manejo nutricional. O clima permanece como o principal driver do volume de produção, mas a menor intensidade tecnológica deve gerar efeitos ao longo do próximo ano.

A soja segue como protagonista da safra brasileira. A cultura deve ocupar 49,1 milhões de hectares, com produção estimada entre 175,2 e 177,6 milhões de toneladas. Apesar do volume elevado, a expansão de área ocorre em ritmo menor que a média dos últimos anos, e o avanço da semeadura está abaixo do observado na safra anterior. Em meados de novembro, apenas 69% da área prevista havia sido plantada.

O milho ganha relevância crescente, impulsionado pelo aumento do consumo doméstico para a produção de etanol. A cada ano, três ou quatro novas plantas voltadas a esse mercado entram em operação, ampliando a demanda interna e reduzindo a dependência de importações. A tendência é de fortalecimento ainda maior do milho em 2026.

Nesses casos, os fertilizantes funcionam como escudo contra as pragas. Uma nutrição balanceada com micronutrientes como zinco e boro fortalece a resistência natural do milho, reduzindo perdas em 15% e 25% por doenças, segundo dados da Embrapa. O Brasil consome 73% de fertilizantes em soja/milho/cana. O manejo integrado (fertilizantes foliares e o monitoramento) evita replantio e preserva produtividade safrinha.

A cana-de-açúcar, uma das maiores produções agrícolas do país em volume, deve registrar moagem próxima a 660 milhões de toneladas, com maior direcionamento para a produção de açúcar em detrimento do etanol. Já o arroz apresenta redução expressiva, refletindo sua alta dependência de dois fatores essenciais ao desenvolvimento da cultura: radiação solar e disponibilidade de água.

A irregularidade das chuvas e a baixa umidade do solo têm comprometido o desenvolvimento inicial das lavouras, afetando o vigor das sementes e o estabelecimento das plântulas. Diante de janelas de plantio mais curtas e solo seco, especialistas reforçam que a preparação antecipada do solo e o tratamento adequado das sementes são decisivos para reduzir riscos e preservar a produtividade. “É hora de unir esforços governo, empresas brasileiras, universidades e produtores em prol de uma estratégia que aumente nossa autossuficiência. Isso não é apenas uma vantagem competitiva: é um compromisso com a segurança alimentar e com o futuro do país”, enfatiza Sodré.

Entre as estratégias recomendadas estão o uso de insumos organominerais e biológicos, aplicados via tratamento de sementes ou fertirrigação nas fases iniciais. Essas soluções contribuem para o fortalecimento do sistema radicular, estimulam a microbiologia benéfica do solo e promovem maior uniformidade no crescimento das plantas, aumentando a tolerância ao estresse hídrico.

A safra 2026 dependerá diretamente da qualidade do início do ciclo agrícola. A combinação de clima irregular, solo seco, atraso na semeadura e redução no uso de tecnologia reforça a necessidade de intervenções técnicas precisas desde as primeiras fases, garantindo vigor, uniformidade e maior estabilidade produtiva ao longo do ciclo.

Para Douglas Vaz-Tostes, que atua em empresa do segmento, a força da safra está diretamente ligada à qualidade dos insumos utilizados: “A escolha correta dos insumos, principalmente dos fertilizantes,  define a eficiência de todo o sistema produtivo. Quando o produtor investe em nutrientes adequados, na dose certa e no momento certo, ele reduz perdas, aumenta a rentabilidade e protege o potencial produtivo da cultura. Em um cenário de clima instável, acertar nessas decisões deixa de ser recomendação e passa a ser condição básica para o sucesso da safra”, ressalta.

Fonte: Assessoria
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Bovinos puxam alta no VBP do Acre e concentram mais de 70% da renda do campo

Atividade responde pela maior parcela do faturamento agropecuário estadual, com R$ 2,76 bilhões.

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Foto: Shutterstock

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Acre deve encerrar 2025 com um crescimento expressivo. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em 21 de novembro, o estado alcançou o montante de R$ 3.945,64 milhões, o que representa uma alta nominal de 17,25% em relação aos R$ 3.365 milhões registrados em 2024. O desempenho reflete uma recuperação estrutural que coloca o faturamento do campo acriano em seu patamar mais elevado desde 2018.

Apesar do avanço de dois dígitos no estado, a realidade do Acre frente ao Brasil revela um forte descolamento. Enquanto o VBP nacional atingiu a marca histórica de R$ 1,412 trilhão em 2025, a participação acriana permanece estagnada em apenas 0,28% do total do país.

Foto: Jonas Oliveira/SEAB

Embora o estado figure na base da pirâmide produtiva, o Acre não detém o menor VBP do Brasil. Esse posto cabe ao Amapá (R$ 235,7 milhões), seguido pelo Distrito Federal e Roraima. O Acre ocupa a 22ª posição no ranking nacional, superando cinco outras unidades da federação. Contudo, a distância para os líderes é grande, o Mato Grosso, primeiro do ranking, fatura sozinho R$ 220,4 bilhões, valor 55 vezes superior ao do Acre.

A estrutura produtiva do Acre é fortemente concentrada. A pecuária responde por 72% de todo o valor gerado (R$ 2.842 milhões), enquanto as lavouras contribuem com 28% (R$ 1.104 milhões).

Ranking de Atividades em 2025

  • Bovinos: Liderança absoluta com R$ 2.755,9 milhões, sendo o pilar central da economia rural do estado.

  • Mandioca: Principal cultura agrícola, com R$ 444,5 milhões.

  • Milho: Terceira força, registrando R$ 187,0 milhões.

  • Banana: Estável na quarta posição com R$ 169,8 milhões.

  • Café: Fecha o “Top 5” com R$ 158,4 milhões.

A comparação dos dados aponta um setor de grãos e proteína animal com comportamentos distintos. No ramo de proteínas e derivados, além dos bovinos, destacam-se os Ovos (R$ 55,0 milhões) e o Leite (R$ 31,0 milhões), que mantêm relevância local, embora com pouca escala para exportação interestadual. Atividades como frangos e suínos não figuram entre os principais destaques financeiros do estado neste levantamento.

Já nas lavouras, a Soja, que vem ganhando espaço na fronteira agrícola do Norte, registrou R$ 108,5 milhões. Outras culturas de subsistência e mercado interno apresentam valores mais modestos: Feijão (R$ 16,0 milhões), Arroz (R$ 9,1 milhões) e Laranja (R$ 8,7 milhões). A Cana-de-açúcar (R$ 1,7 milhão) e o Amendoim (R$ 0,1 milhão) ocupam posições marginais na composição do faturamento.

Perspectiva Histórica (2018–2025)

O gráfico histórico revela que o crescimento atual não é apenas conjuntural, mas o ápice de uma retomada. Após um período de estagnação entre 2019 e 2022 (onde o valor oscilou na casa dos R$ 2,7 bilhões), o setor engatou uma sequência de três anos de alta. O salto de R$ 3,02 bilhões em 2023 para os atuais R$ 3,94 bilhões indica um incremento real na produtividade ou na valorização das commodities locais, especialmente a carne bovina.

Os dados indica que o agronegócio acriano enfrenta um desafio de diversificação e verticalização. A dependência de 72% de um único setor (pecuária bovina) torna a economia estadual vulnerável a oscilações de preços internacionais da carne e a barreiras sanitárias.

Além disso, a baixa participação no VBP nacional (0,28%) evidencia que o crescimento, embora robusto em percentuais internos (17,25%), ainda é nominalmente baixo para alterar o status do estado na logística nacional. O avanço da soja e do milho sugere uma transição para sistemas de integração lavoura-pecuária, mas a predominância da mandioca e banana como principais lavouras reforça um perfil de produção ainda muito voltado ao consumo regional e de baixo valor agregado industrial.

Fonte: O Presente Rural
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