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Brasil aumenta exportações de carne bovina em cenário de redução de rebanhos internacionais

Demanda interna e externa tendem a continuar sustentando a valorização do preço do boi gordo, que também encontra apoio na expansão da participação na oferta nacional no final de 2024 de bois confinados.

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Foto: Freepik

Produção

Foto: Juliana Sussai

Segundo o IBGE, no 2º trimestre de 2024 houve um recorde no abate de bovinos, sendo 17,5% superior ao abate registrado no 2ºtrimestre de 2023. O principal vetor de crescimento do abate para este ano é o descarte de fêmeas.

A estimativa da Conab para 2024 aponta uma produção recorde de 10,2 milhões de toneladas, crescimento de 7,4% em relação ao ano anterior. Prospectivamente, para o ano de 2025, os dados da Conab apontam que a produção total de carne bovina deve sofrer uma redução de 4,3%, principalmente devido à redução no descarte de fêmeas.

O rebanho deve alcançar 225,9 milhões de cabeças, uma queda de 1,8% em relação a 2024. No que concerne às exportações, segundo dados da Secex, de janeiro a setembro foram exportadas 1,8 milhões toneladas de carne bovina in natura, um crescimento de 29,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Preço

Segundo monitoramento do CEPEA/Esalq, em setembro, a forte estiagem e queimadas reduziram a oferta de animais a pasto. Simultaneamente, a alta demanda de exportação e do mercado interno elevou os preços dos animais prontos para abate. Assim, as cotações máximas do ano foram renovadas diariamente para o boi, animais de reposição e carne no atacado. Diante desse cenário, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 teve acréscimo de 14,4%, fechando o mês de em R$ 274,35.

Perspectiva para o trimestre

Foto: Divulgação

No cenário internacional, a redução de rebanhos tanto na Europa (devido à regulação rigorosa em relação ao bem-estar animal) quanto nos Estados Unidos, cujas cabeças de gado estão nas mínimas históricas, cria oportunidades adicionais para a carne bovina brasileira. A demanda crescente nesses mercados, aliada às restrições locais de produção e escassez de carne bovina nos EUA, permite ao Brasil expandir as suas exportações.

No Brasil, as exportações seguem a pleno vapor, com o país caminhando para um recorde histórico em termos de volume de produto embarcado. No mais, o descarte de fêmeas segue contundente no decorrer desta temporada, sinalizando para inversão do ciclo pecuário, o que tem favorecido a alta de preços.

Outro fator são as escalas de abates, que seguem apertadas, girando em torno de apenas cinco dias. Mesmo com as sucessivas altas das cotações e com os frigoríficos aceitando pagar mais pela arroba, as escalas de abate não estão subindo para um patamar mais confortável, acima de 10 dias, o que contribui para que os preços sigam pressionados.

O período seco observado nos últimos meses também prejudicou as pastagens, o que alongou o tempo de engorda do boi, reduzindo a oferta no curto prazo e aumentando os custos pela necessidade de uso de ração. Para o trimestre, com a projeção de crescimento do PIB brasileiro e desemprego em nível baixo, o consumo interno tende a seguir aquecido.

No front externo, as perspectivas são de continuidade do crescimento das exportações brasileiras de carnes. Assim, a demanda interna e externa tendem a continuar sustentando a valorização do preço do boi gordo, que também encontra apoio na expansão da participação na oferta nacional no final de 2024 de bois confinados, cujos custos de produção são mais altos por conta da ração e do alojamento.

Fonte: Consultoria Agro Banco do Brasil

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Boletim do leite de novembro

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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Cotações do trigo se estabilizam no Brasil

Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.

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Foto: Divulgação/Pixabay

Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos do trigo variaram menos na última semana, enquanto os internacionais caíram com força.

Pesquisadores do Cepea explicam que a colheita do cereal caminha para a reta final no Brasil, mas estimativas oficiais apontam estabilidade na oferta nacional.

Segundo dados da Conab, a área com trigo no País correspondeu a 3,07 milhões de hectares, 11,6% menor que em 2023.

Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.

Fonte: Assessoria Cepea
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