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Brasil assume protagonismo no cenário mundial ao permanecer entre os três maiores produtores de frango
Os números impressionam: no Brasil, mais de 700 mil pintos de corte são produzidos por hora; 23 milhões de frangos são abatidos por dia; mais de 14 milhões de toneladas de carne são produzidas.
A carne de frango foi a que teve o maior aumento de consumo na última década no mundo. Entre as vantagens desta proteína estão fatores como custo de produção mais baixo na comparação com as carnes suína e bovina para o produtor e, para o consumidor, valores mais acessíveis nas gôndolas dos supermercados, além da conveniência, pois é uma proteína versátil e de fácil preparo.
Outro ponto a ser destacado é a percepção de saúde, uma vez que o frango está relacionado com uma dieta saudável. Entendendo essa dinâmica de mercado, o Brasil assumiu posição de protagonismo no cenário mundial ao permanecer entre os três maiores produtores de frango do mundo, ao lado dos Estados Unidos e da China, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Os números impressionam: no Brasil, mais de 700 mil pintos de corte são produzidos por hora; 23 milhões de frangos são abatidos por dia; mais de 14 milhões de toneladas de carne são produzidas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de março de 2021. Como principais drivers dessa cadeia gigante estão o melhoramento genético, a nutrição, o manejo e a ambiência, além do grande trunfo nacional, a biosseguridade e o status de livre de Influenza Aviária.
O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo e nossos embarques representam 32,17% da nossa produção, de acordo com a ABPA. As exportações têm papel de extrema importância para controlar a disponibilidade interna, gerar divisas e garantir melhor lucratividade às empresas.
Os embarques da proteína em 2021 tiveram como destino 151 países ao redor do globo. De acordo com dados da ABPA, os principais países importadores são os asiáticos, especialmente a China, e o Oriente Médio, representando juntos 66,54% do total exportado.
Além do aumento no consumo de frango, o Brasil aumentou significativamente o consumo de ovos nos últimos anos, saltando de 148 ovos por habitante no ano de 2010 para 257 ovos per capita em 2021, de acordo com informações da ABPA.
São mais de 114,6 milhões de galinhas alojadas responsáveis por essa produção de ovos que, somada às mais de 55,6 milhões de matrizes pesadas, necessitam de controle e acompanhamento oficial do primeiro ao último dia do ciclo produtivo.
Além do aumento do consumo interno de acordo com a ABPA, dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex) mostram que atualmente exportamos 0,46% de nossa produção de ovos comerciais para 82 países, sendo 69,70% in natura e 30,30% industrializados. Exatamente como na carne de frango, o Oriente Médio e os países asiáticos são os principais clientes do Brasil.
A pressão exercida por mercados importadores sobre a qualidade associada à competência da indústria nacional tornou nossos processos reconhecidamente como seguros e com garantia na segurança alimentar. E essa é uma marca cujos esforços para manter merecem toda a atenção, sobretudo em um momento em que outros grandes players, como Estados Unidos, Ásia e Europa têm se deparado com perdas expressivas nos planteis decorrentes da Influenza Aviária.
Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), nos três primeiros meses desse ano, mais de 40 países, especialmente do Hemisfério Norte, sofreram um avanço dramático de casos da gripe aviaria de alta patogenicidade. Nos Estados Unidos, 20 milhões de aves foram afetadas pelo vírus em 24 dos 50 estados da nação norte-americana.
Assim, temos como fortalezas o comprometimento da indústria e dos profissionais envolvidos na cadeia produtiva e o cumprimento de normas previstas no Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) do Mapa. Temos ainda, uma normativa clara que rege os principais procedimentos a serem cumpridos a fim de prevenir a introdução do vírus da Influenza no país – a IN17 de 2006. Desde a edição da normativa, temos observado melhorias gradativas e significativas na biosseguridade, em monitorias, controles e boas práticas de produção.
Uma das ameaças está justamente relacionada ao início da eficiente cadeia avícola: as matrizes de corte. São as matrizes de corte que originam os mais de 6 bilhões de frangos abatidos todos os anos no Brasil. Em 2021 foram alojadas 55,6 milhões de matrizes no país (ABPA). Em 2022, a expectativa é que esse volume seja ainda maior. Somado a isso, são mais de 1,36 milhão de matrizes de postura comercial e 114,6 milhões de galinhas alojadas responsáveis pela produção de ovos comerciais.
O problema relacionado ao risco sanitário está justamente no final do ciclo dessas aves, que somam mais de 171,56 milhões de aves por ano. Devemos considerar que em países com surto ativo da doença o trânsito, assim como a criação e o abate dessas aves sem controle oficial estão entre as principais causas de disseminação do vírus da Influenza.
Como citado, no Brasil temos legislação específica quanto ao trânsito e o abate de matrizes e galinhas de postura. Segundo a Instrução Normativa 17 (IN17) editada em 7 de abril de 2006 e atualizada de acordo com a Portaria SDA n° 565, de 20 de abril de 2022, que entrou em vigor 1° de junho de 2022 considera que:
“Para o trânsito interestadual, as aves de descarte de reprodução e de postura de ovos para consumo devem ser destinadas a estabelecimentos sob o serviço de inspeção oficial e a emissão de GTA fica condicionada à comprovação pelo abatedouro quanto à disponibilidade para o recebimento e abate das aves.”
Portanto, a conscientização para o cumprimento dessa portaria pelas empresas e técnicos é fundamental para reduzirmos as vendas de aves vivas principalmente em regiões do Brasil onde esse mercado informal é tradicional. Com o controle legal de trânsito e abate dessas aves reduziremos os riscos de disseminação de todas as enfermidades avícolas, além de mitigar riscos de introdução de novas doenças que estamos livres, como a Influenza Aviária.
Por fim, é preciso que todos os profissionais envolvidos nos diferentes setores da avicultura reconheçam essa ameaça, identifiquem o não cumprimento e corrijam as práticas informais. É dever da iniciativa privada em conjunto com os órgãos públicos fazer valer a boa prática e fechar ainda mais as portas para as doenças que afetam os planteis avícolas no Brasil, garantindo nossa produção e exportação crescente. Devemos considerar que o custo de produção é um grande entrave na lucratividade das empresas, mas Sanidade é questão de sobrevivência de todos.
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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento
Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.
O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).
A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.
Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.
A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.
Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.
Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.
Fretes
Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.
O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.
Notícias
Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento
Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.
As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.
Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.
No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.
Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).
A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.
Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.
A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.
Para ônibus
Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.
Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.
Evolução
Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.