Notícias
Brasil amplia compra de fertilizantes do Marrocos
Importações de fosfatados sobem mais de 30% no ano e já superam US$ 559 milhões.

As importações brasileiras de fertilizantes marroquinos acumulam alta de 30,19% entre janeiro e outubro deste ano em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) organizados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, no acumulado deste ano foram importados US$ 559,18 milhões em fertilizantes fosfatados do Marrocos. No mesmo período do ano passado, o Brasil importou US$ 429,5 milhões do produto, que é utilizado para adubar a lavoura.
No total, as importações do Marrocos estão maiores do que as exportações brasileiras para o país. O Brasil já comprou US$ 1,31 bilhão em produtos marroquinos entre janeiro e outubro, em alta de 3,6% sobre o mesmo período de 2024, especialmente em fertilizantes fosfatados, seguidos por fertilizantes mistos.
As exportações, por sua vez, acumulam queda de 5% e somam US$ 1 bilhão até outubro. Os principais produtos exportados pelo Brasil ao Marrocos são açúcar, milho e gado. As vendas de açúcar somam, no ano, US$ 462,4 milhões, em queda de 35,2% na comparação com o ano passado. No total, a corrente de comércio entre os dois países soma US$ 2,3 bilhões, em queda de 0,3%.

Notícias
Coordenadores das CADECs Aves e Suínos de Santa Catarina participaram de Encontro Nacional
Edição reuniu mais de cem participantes e aprofundou temas técnicos essenciais para aprimorar negociações, contratos e organização dos produtores rurais.

Os coordenadores das Comissões para acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs) de Santa Catarina participaram do “3º Encontro Nacional das Cadecs de Aves e Suínos” promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nos dias 18 e 19/10. Realizado no auditório da CNA, o encontro reuniu mais de cem participantes entre produtores, representantes das Cadecs estaduais e lideranças das Federações estaduais de agricultura e pecuária.
De acordo com o coordenador e membro representante da Faesc na Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Gilmar Antônio Zanluchi, a participação no evento foi essencial para fortalecer o trabalho realizado pelas Cadecs em Santa Catarina. Segundo ele, a programação possibilitou um aprofundamento técnico e estratégico sobre os principais desafios do sistema de integração, além de promover uma troca de experiências entre os Estados.

Registro dos coordenadores das Cadecs de Santa Catarina no segundo dia de evento
“A participação no encontro possibilitou discutir ações para aprimorarmos a atuação das comissões, ampliar a compreensão sobre o que está previsto na Lei da Integração e seguir promovendo transparência nas relações contratuais. Essa troca de experiências nos permite avançar e qualificar ainda mais o diálogo com as agroindústrias, fortalecendo a posição dos produtores dentro do sistema”, destacou Zanluchi.
Para o presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, a participação de dos coordenadores de Cadecs catarinenses no Encontro foi essencial para aprimorar ainda mais atuação no estado, priorizando estratégias para manter cada vez mais organizada a representatividade dos produtores rurais integrados. “Contamos com equipes preparadas para esclarecer dúvidas sobre a Lei de Integração, assessorar todo o processo de constituição das comissões, mediar as negociações com as agroindústrias, entre outros aspectos. Esse intercâmbio de experiências e a atualização contínua sobre a Lei de Integração, proporcionada pelo encontro, ampliam a capacidade de atuação com segurança jurídica, transparência e agilidade”.
Saiba como foi o encontro
Na abertura do evento, o presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Adroaldo Hoffmann, destacou que o Encontro Nacional das Cadecs foi pensado como um espaço de atualização e alinhamento entre produtores, lideranças e técnicos das cadeias de aves e suínos.
Segundo Hoffmann, a troca de experiências fortalece as negociações e ajuda a nivelar informações essenciais que vão desde a mobilização em associações até a definição de parâmetros técnicos mínimos, custos de produção, avanços do Foniagro e do Programa Cadecs Brasil. “A ideia é colocar todo mundo na mesma página, estimular novas soluções e fortalecer a relação com as integradoras para garantir mais eficiência e sustentabilidade às cadeias produtivas”, afirmou.
Realizado anualmente, o encontro registra um número maior de inscritos em cada edição. “A grande procura é um reflexo do interesse crescente dos produtores em se capacitar, aprimorar a gestão e fortalecer a representatividade dentro dos sistemas de integração”, disse Rafael Lima Filho, assessor técnico da CNA.
O objetivo do evento é promover um alinhamento nacional sobre temas que impactam diretamente a relação entre produtores e indústrias integradoras, para fortalecer a atuação das Cadecs, previstas na Lei da Integração (13.288/2016), para mediar, debater e gerir de forma coletiva os contratos e práticas do modelo de integração vertical.
A programação incluiu debates técnicos sobre os principais pontos da legislação, custos de produção com base em planilhas padronizadas, resultados do Projeto Campo Futuro e o uso de dados na construção de argumentação sólida para os produtores.
Notícias
Arco Norte registra crescimento de 98% na importação de fertilizantes em 4 anos
Portos da região Norte consolidam posição estratégica no escoamento de grãos e insumos agrícolas, com destaque para soja e milho, enquanto movimentação logística impulsiona preços e fortalece exportações brasileiras.

A internalização de adubos e fertilizantes no país pelos portos do Arco Norte registrou um crescimento de 98% se considerarmos os últimos 4 anos. Se de janeiro a outubro de 2021 foram recebidos 3,54 milhões de toneladas dos produtos pela região Norte do país, em 2025 esse volume é de 7,01 milhões, considerando o mesmo período. A informação está na edição de novembro do Boletim Logístico, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado na quinta-feira (27). “A maior participação dos portos do Arco Norte nas exportações dos produtos agrícolas, sendo a principal rota de escoamento de milho e soja, é um dos fatores que explicam essa alta a partir da utilização da modalidade de frete de retorno, visando a diminuição do custo logístico”, explica o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth.
Mesmo com o crescimento verificado, o principal eixo para o recebimento de adubos e fertilizantes pelos produtores brasileiros continua sendo Paranaguá, no Paraná. Das 38,35 milhões de toneladas importadas, 9,45 milhões de toneladas foram recebidas a partir do porto paranaense, o que representa 24,64% do volume total importado. “No entanto, essa diferença já foi muito maior. Em 2021, o Arco Norte representava a 3ª maior porta de entrada para esses produtos e atualmente ocupa a segunda posição. Esse cenário consolida a importância dessa rota de escoamento pela região Norte do país, diante da proximidade com importantes regiões produtoras”, reforça Guth.
Exportações

Confirmando a importância do Arco Norte para as exportações de soja e milho, entre janeiro e outubro deste ano foram expedidas 37,38 milhões de toneladas da oleaginosa pelos portos do Norte do Brasil. O quantitativo representa 37,2% do total exportado pelo país, uma vez que as vendas internacionais do grão atingiram, nos 10 primeiros meses deste ano, 100,6 milhões de toneladas, o maior volume já registrado para o período. Itaqui, no Maranhão, é responsável pela movimentação de 14,7 milhões de toneladas, seguido de Barcarena, no Pará, por onde foram embarcadas 9,17 milhões de toneladas da oleaginosa. Já pelo porto de Santos, o volume de exportações atingiu 32,31 milhões de toneladas, seguido de Paranaguá, com movimentação de 12,88 milhões de toneladas, enquanto o porto de Rio Grande expediu 7,48 milhões de toneladas.
Para o milho, o Arco Norte também segue como principal rota de escoamento do grão. Os portos da região Norte embarcaram 41,3% do volume total exportado pelo país de janeiro a outubro. Mas, no caso do cereal, Barcarena é o porto que registra maior movimentação, com embarques de 4,68 milhões de toneladas, seguido de Itaqui, por onde saem 2,26 milhões de toneladas do grão. Na sequência, aparece o porto de Santos, escoando, no mesmo período, 33,3% da movimentação total, enquanto pelo porto de Paranaguá foram registrados 11,6% dos volumes embarcados.
Mercado de fretes em outubro
O Boletim também traz informações sobre as cotações praticadas em outubro para o transporte de produtos agrícolas. De maneira geral, os preços registraram queda em comparação com os valores registrados em setembro. Essa redução é influenciada pela menor movimentação de grãos diante da finalização da safra 2024/25. Mas, ao comparar os preços atuais com os níveis praticados no mesmo período no ano passado, percebe-se uma valorização das cotações.
Diversos fatores explicam esse aquecimento e o consequente suporte aos preços. Dentre eles, destaque para a demanda firme, dinâmica crescente e cada vez mais pulverizada em relação ao milho, o qual, além de atender ao mercado externo, tem tido a demanda interna crescente, ocasionando grandes movimentações. Setores como alimentação animal e biocombustíveis, que utilizam o milho como principal insumo, têm demandado cada vez mais esse produto, que tem ganhado maior alcance e capilaridade. Essa conjuntura tem acarretado a elevação de preços da commodity, além de gerar maiores movimentações logísticas.
O Boletim Logístico da Conab é uma publicação mensal que reúne informações de dez estados produtores, apresentando análises sobre a logística do setor agropecuário, desempenho das exportações brasileiras, movimentação de cargas e principais rotas de escoamento da safra, além de informações sobre o volume exportado de soja, milho e farelo de soja, bem como dados de importação de adubos e fertilizantes. A edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2025 já está disponível no site da Companhia.
Notícias
C.Vale figura entre as 20 maiores do agronegócio na Forbes Agro100
Cooperativa paranaense é a 19ª mais relevante do setor no país e a terceira colocada no Paraná, segundo anuário de 2025.

A cooperativa C.Vale alcançou posição de destaque nacional ao figurar entre as 20 maiores empresas do agronegócio brasileiro na edição 2025 do anuário Forbes Agro100. O levantamento, divulgado pela Forbes Brasil, coloca a cooperativa na 19ª colocação entre companhias, grupos empresariais e cooperativas do setor, ranking liderado pelas multinacionais JBS, Marfrig e Cargill.
No recorte estadual, a C.Vale também se sobressai: entre as empresas do Paraná que integram a lista, aparece em terceiro lugar, reforçando seu peso econômico e sua relevância para as cadeias produtivas regionais e nacionais.
Publicada anualmente, a Forbes Agro100 utiliza indicadores financeiros, com ênfase na receita líquida, para dimensionar o desempenho das organizações que movimentam o agronegócio no país. A classificação de 2025 evidencia o crescimento e a solidez da C.Vale em um setor marcado por forte concorrência e presença de gigantes globais.
A premiação foi recebida pelo diretor financeiro da cooperativa, Marcelo Riedi, em cerimônia realizada no dia 25 de novembro, em São Paulo (SP).
