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Brasil abastece Egito e reforça segurança alimentar

Adido Agrícola informa que país considera o Brasil como um importante fornecedor confiável de commodities agrícolas básicas (grãos, carnes, açúcar), e também aposta na cooperação técnica com o nosso país para poder se tornar autossuficiente na produção agrícola

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Adido Agrícola Rafael Mohana (ao centro) em reunião com as Forças Armadas do Egito - Foto: Arquivo pessoal

O acordo oficial de doação no valor de 40 milhões de euros (U$$  43,8 milhões), assinado recentemente pelo Egito com a União Europeia (UE), conforme anunciado pela imprensa, com foco na segurança alimentar do país africano, possui estreita correlação com as demandas que vem sendo recebidas pela Adidância Agrícola do Brasil no Cairo. “O Egito já nos procurou para tratar da segurança alimentar em seu país. Já tive a oportunidade de me reunir com as Forças Armadas egípcias sobre o assunto. São elas o principal agente de controle da distribuição de alimentos e compras governamentais no Egito”, adianta o Adido Agrícola brasileiro, Rafael Mohana de Carvalho Refosco, que assumiu a missão no Cairo em janeiro deste ano.

A segurança alimentar egípcia está, majoritariamente, sob o controle das Forças Armadas, e, segundo o Adido Agrícola, os Protocolos de Cooperação Técnica a serem pactuados em breve entre o Brasil e o Egito possibilitarão o compartilhamento de conhecimento e tecnologias já aplicados com sucesso na agricultura tropical brasileira, e que se revelarão fundamentais para o aumento da produção de alimentos no Egito, auxiliando as autoridades egípcias na busca pela segurança alimentar e a autossuficiência.

Além da pandemia, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia também abalou a segurança alimentar egípcia. No caso da guerra, o que mais afetou aquele país foi a diminuição drástica das importações de trigo dos dois países em 2022. Foi nesse momento que o Brasil se apresentou como uma opção a mais para as importações egípcias de trigo, chegando, inclusive, a exportar US$ 15 milhões do produto para o país africano no ano passado.

Para Rafael Mohana, é dessa forma que o Brasil vem ajudando países do Norte da África e do Oriente Médio em geral, nações com características peculiares em suas geografias, possuindo pouca disponibilidade de água e de terras férteis para plantar, e que, por conta desses fatores, são grandes importadores de grãos (trigo, soja, milho, arroz), açúcar e carnes (bovina e de aves), entre outros alimentos. Para se ter uma ideia da importância do Brasil para o Egito, no ano passado, o país importou US$ 1 bilhão em milho brasileiro, US$ 410 milhões em açúcar, e figurou em 4º lugar no ranking dos maiores importadores mundiais de carne bovina congelada do Brasil, ficando somente atrás da China, Estados Unidos e Chile, tendo comprado US$ 342 milhões. O Egito é o país africano que mais importa produtos agrícolas do Brasil.

O Adido Agrícola informa também que, neste momento, o objetivo maior é o de abastecer o Egito com os produtos necessários à segurança alimentar daquele povo. O segundo passo, mais adiante, não menos importante, será no sentido de ajudar o país a sair do círculo vicioso das importações de alimentos básicos, para que possa se tornar autossuficiente na produção agrícola dos gêneros alimentícios mais consumidos no país.

Rafael Mohana destaca ainda que a capacidade de produção agrícola sustentável do nosso país é reconhecida globalmente, e ressalta que o Brasil já possui e terá ainda mais protagonismo para o mundo nos próximos anos quanto à oferta de alimentos à população crescente. “Nesse sentido, as Adidâncias Agrícolas são muito importantes para catalisar essas demandas e unir as pontas — o interessado ao interesse, e vice-versa”, esclarece.

Autossuficiência

Nesse cenário, o Egito vem demandando cada vez mais cooperação técnica com o Brasil e com outros países, com vistas à autossuficiência no abastecimento interno de produtos que hoje necessitam ser importados. De acordo com Rafael Mohana, o Egito tem procurado avançar nesse campo, e tem solicitado ao Brasil cooperação para acesso a conhecimento e tecnologias para o cultivo desses produtos estratégicos, como, por exemplo, variedades de sementes de soja, milho e trigo adaptadas às condições geográficas egípcias (solo, clima). Há ainda demanda egípcia ao Brasil por conhecimento e tecnologia para diminuição de perdas pós-colheita, e em máquinas e implementos agrícolas mais modernos.

Com a alta demanda do governo egípcio por produtos brasileiros, Rafael Mohana conta que já tem planos bem definidos para os trabalhos na Adidância Agrícola para o quadriênio 2023-2026. Duas vertentes devem nortear sua missão no Egito: a promoção comercial dos produtos brasileiros e a efetiva implementação dos Protocolos de Cooperação Técnica entre os dois países. “O Adido Agrícola que me antecedeu no posto, o colega Auditor Fiscal Federal Agropecuário Cesar Simas Teles, fez um extraordinário trabalho de abertura do mercado egípcio para vários produtos brasileiros, pavimentando o terreno para futuras ações de promoção comercial”, expôs Mohana.

Para citar como exemplo, Rafael Mohana conta que vem se programando para dar continuidade às ações de promoção comercial do café brasileiro no Egito, trabalho que foi iniciado durante a gestão anterior da Adidância Agrícola pelo colega Cesar Teles, quando o nosso produto foi apresentado em eventos e em feiras de grande visibilidade. A ideia é fortalecer cada vez mais a marca “Brazilian Coffee” e amplificar esse comércio, para que o público egípcio se familiarize com o café do Brasil, principalmente os cafés especiais, de maior valor agregado.

Além do café, Mohana pretende ainda promover o algodão (mercado recentemente aberto no Egito), feijões e pulses, frutas frescas (maçãs, bananas e outras), sucos/polpas de frutas, produtos lácteos, alimentos para animais de companhia (pet food), genéticas bovina e caprina, complexo soja, e também as carnes (bovina e aves). “Estou planejando um Dia do Churrasco brasileiro aqui no Egito, que já é um grande importador da nossa carne bovina, mas que ainda precisa conhecer melhor os nossos cortes de carne premium, como, por exemplo, a picanha, nossa unanimidade nos churrascos de domingo no Brasil”, comenta Mohana.

O povo egípcio já tem familiaridade com os cortes premium das carnes norte-americana e australiana, e a ideia é apresentar as nossas opções, que não deixam a desejar em nada em relação aos concorrentes, esclarece o Adido. Outro evento a ser desenvolvido por Rafael Mohana no Egito é a promoção de alimentos para pets (cães e gatos), mercado que o Brasil pouco acessa.

O Adido Agrícola revela ainda que, paralelamente às ações previstas de promoção comercial, também planeja ir além na cooperação com o Egito, para poder auxiliar o país no seu objetivo de incremento da produção leiteira local, buscando o compartilhamento do conhecimento e tecnologia brasileiros utilizados na criação do gado leiteiro das raças Gir e Girolando, uma vez que o Egito possui grande interesse em melhorar a genética do seu rebanho, visando o aumento da produção leiteira.

Ainda no campo da cooperação técnica, Mohana avalia que os dois países tem muito a ganhar com a troca de tecnologias, conhecimentos e experiência acumulada. “É essa uma das principais atribuições dos Adidos Agrícolas, se não a principal: identificar oportunidades e trabalhar para que possam se concretizar em bons resultados”, destacou.

De acordo com ele, no caso do Egito, uma possibilidade de contrapartida em cooperação técnica que interessa ao nosso país é a de obter conhecimentos em relação à produção do algodão egípcio, conhecido em todo o mundo pela sua altíssima qualidade. “O trabalho do Adido Agrícola é, em suma, o de construir pontes para conectar as partes”, define.

Esclarece ainda que o trabalho realizado pelos Adidos é feito de forma estratégica, embasado em estudos de mercado, levantamento e análise criteriosa de dados, da concorrência, questões tarifárias e outros indicadores que permitam mapear o mercado de interesse, mas sempre de olho em como equilibrar contrapartidas de um lado e de outro.

Fonte: Assessoria

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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira

Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

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A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel

Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.

Exemplo

O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.

Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.

A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.

 

Fonte: Assessoria Coopavel
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Copacol reconhece desempenho dos produtores no Experts do Agro

Com participação de 120 produtores, evento premiou melhores resultados regionais e apresentou o próximo desafio: alcançar 500 sacas por alqueire somando soja e milho.

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A dedicação, o conhecimento e a capacidade de inovação dos cooperados foram reconhecidos pela Copacol na cerimônia de premiação do Projeto Experts do Agro. O evento reuniu em Cafelândia agricultores, familiares, técnicos e parceiros que, ao longo nos últimos dois anos, trabalharam com foco em eficiência, sustentabilidade e melhores resultados no campo.

Divido em três regiões (Baixa, Alta e Sudoeste) o Experts do Agro teve a participação de 120 cooperados e cooperadas, que participaram de encontros e treinamentos intensos, com análises de estudos exclusivos do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA). O conhecimento obtido por cada um dos agricultores foi aplicado em áreas de cultivo e os melhores resultados tiveram o reconhecimento da Cooperativa.

Fotos: Divulgação/Copacol

Foram premiados os três melhores de cada região. Cada um foi presenteado com uma viagem à Foz do Iguaçu, com hospedagem em resort e direito à um acompanhante. Na região baixa, regional de Nova Aurora, os premiados foram: com 4.304,5 pontos, Sidney Polato de Goioerê André Gustavo, com 4.343,15 pontos e com 4.388,5 pontos Simone Chaves Oenning, de Nova Aurora, que se destacou com o maior resultado da região, com produtividade de 208 sacas por alqueire.

Na região alta, regional de Cafelândia, os vencedores foram: com 4.177,8 pontos, Elton José Müller, de Bom Princípio, Toledo Elci Dalgalo, de Cafelândia, com 4.208,5 pontos e com 4.260 pontos, também de Cafelândia, Marcio Rogério Scartezini, que se destacou com produtividade de 221,6 sacas por alqueire.

Já no Sudoeste, os destaques foram os produtores: com 4.205,4 pontos, Willian Rafael Dallabrida, de Flor da Serra Ricardo Galon, de Salto do Lontra, com 4.630 pontos e com 4.724 pontos, Douglas dos Santos Cavalheiro, de Pérola do Oeste, que colheu 241,9 sacas por alqueire.

Proporcionar ao produtor tecnologia e conhecimento técnico para garantir uma safra com maior produtividade e rentabilidade foi a proposta do Projeto Experts do Agro. No decorrer dos anos, vários desafios foram lançados aos cooperados e superados pelos participantes: Projeto 160, Produtividade com Qualidade Soja + Milho 440 e Excelência 460.

A partir de 2026, os cooperados serão desafiados a participar do Projeto Safra 500: total de sacas de milho soja por alqueire. “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo. Agora, temos pela frente um novo desafio, que também será alcançado com o desenvolvimento de estudos que auxiliam os produtores”, afirma o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.

Destaque

Diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol: “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo”

Com a maior produtividade entre todos os participantes do Projeto Experts do Agro, Douglas Cavalheiro aplicou na propriedade todo o conhecimento obtido nos treinamentos. O resultado superou as expectativas do cooperado do Sudoeste paranaense, onde a Copacol está expandindo a atuação nos últimos anos.

“A Copacol tem feito a diferença em nossas vidas. No Sudoeste não tínhamos oportunidades de nos capacitar, de buscar crescimento. Com a chegada da Cooperativa, estamos evoluindo a cada ano em produtividade, em conhecimento técnico e inovação, e por meio do CPA temos à disposição o que há de mais avançado para produzir. Estou feliz não só pelo prêmio, mas pela presença da Cooperativa em nossa região”, comemora o campeão de produtividade.

Atrações

Além da premiação dos cooperados, o encerramento do Experts do Agro contou um panorama amplo do mercado atual de grãos, com Ismael Menezes, especialista em economia e mercado agrícola, com mais de 20 anos de experiência no setor do agro. Duante a cerimônia, o gerente técnico, João Maurício Roy, e o supervisor do CPA, Vanei Tonini, apresentaram um resumo da safra, o desempenho elevado da Cooperativa na comparação com as demais áreas agrícolas e os avanços alcançados pelos participantes do Experts do Agro ao longo dos últimos dois anos.

“Conseguimos traduzir os resultados de pesquisas do CPA em informações que chegam lá no campo. Foram dois anos de troca de experiências com êxito. Encerramos em grande estilo reconhecendo os produtores que mais se destacaram nos manejos e na aplicação das tecnologias. Com produtividade 30% maior que a média geral da Cooperativa, finalizamos com sucesso o Experts do Agro”, exalta João.

Critérios de avaliação

Além da boa produtividade no Experts do Agro, os produtores premiados se destacaram também na boa condução dos manejos, como: Incremento de produtividade em relação à média da unidade em sacas por alqueire qualidade estrutural do solo cobertura do solo com consórcio milho + braquiária, cobertura pré-trigo cobertura após o milho segunda safra manejo de buva e participação nos encontros dos Experts do Agro.

Fonte: Assessoria Copacol
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Nova edição de Nutrição & Saúde Animal destaca avanços que moldam o futuro das proteínas animais

Conteúdos exclusivos abordam soluções nutricionais que ampliam índices produtivos e fortalecem a sanidade de aves, suínos, peixes e ruminantes.

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A nova edição do Jornal Nutrição e Saúde Animal, produzida por O Presente Rural, já está disponível na versão digital e reúne uma ampla cobertura técnica sobre os principais desafios e avanços da produção animal no Brasil. A publicação traz análises, pesquisas, tendências e orientações práticas voltadas aos setores de aves, suínos, peixes e ruminantes.

Entre os destaques, o jornal aborda a importância da gestão de micotoxinas na nutrição animal, tema discutido no contexto da melhoria da eficiência dos rebanhos . A edição também traz conteúdos sobre o uso de enzimas e leveduras e o papel dessas tecnologias na otimização de dietas e no desempenho zootécnico .

Outro ponto central são os avanços na qualificação de técnicos e multiplicadores, essenciais para promover o bem-estar animal e disseminar práticas modernas dentro das granjas . O jornal destaca ainda o impacto estratégico dos aminoácidos na nutrição, além de trazer uma análise sobre conversão alimentar, tema fundamental para a competitividade da agroindústria .

Os leitores encontram também reportagens sobre o uso de pré-bióticos, ferramentas de prevenção contra Salmonella, estudos sobre distúrbios de termorregulação em sistemas produtivos e avaliações sobre os efeitos da crescente pressão regulatória e tributária sobre o setor de proteína animal .

A edição traz ainda artigos sobre manejo, probióticos, qualidade de ovos, doenças respiratórias em animais de produção e desafios sanitários relacionados a patógenos avícolas, temas abordados por especialistas e instituições de referência no país .

Com linguagem acessível e foco técnico, o jornal reforça seu papel como fonte de atualização para produtores, gestores, consultores, médicos-veterinários e demais profissionais da cadeia produtiva.

A versão digital já está disponível no site de O Presente Rural, com acesso gratuito para leitura completa, clique aqui.

Fonte: O Presente Rural
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