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Bovinos, zebuínos e bubalinos em destaque na Expointer

Dos 3.480 animais de argola de 89 raças diferentes inscritos na Expointer 2023, os bovinos, zebuínos e bubalinos estão com boa representação na feira.

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Foto: Desirée Möller

Os bubalinos chamam a atenção pelo aumento expressivo na participação, passando de 16 animais inscritos em 2022, das raças Mediterrâneo e Murrah, para 60 neste ano. Um aumento de 275%. No caso do Murrah, o aumento chegou a 616%, com 43 animais inscritos. A médica veterinária e criadora de Murrah em Itapuã/Viamão, Desireé Möller, presidente da Associação Sulina de Criadores de Búfalos (Ascribu), atribui este número ao trabalho que a Associação vem fazendo, de valorização dos produtos, tanto da carne quanto do queijo, e também como uma forma de mostrar para o produtor rural que o búfalo é uma boa alternativa de produção.

Segundo ela, o búfalo é um animal doméstico, de fácil manejo e com bom ganho de peso. Entre as vantagens da produção leiteira, estão a menor quantidade de leite para um quilo de queijo, sendo necessários 5 litros de leite/kg, além de um mercado com alta demanda e bom preço, chegando a R$300/kg em alguns mercados. “Além do leite, a carne de búfalo tem 55% menos calorias, 40% menos colesterol e é mais magra que a carne de frango”, afirma. Neste ano, vai ser inaugurado o primeiro restaurante de búfala do Parque.

A Associação, que completa 45 anos em 2023, está com programação extensa. Na quarta-feira (30), à tarde, ocorre o julgamento na pista central. No mesmo dia à noite, será a festa de comemoração de aniversário da Ascribu, quando será assada uma carcaça inteira de búfalo. Na quinta-feira (31) pela manhã terá o “Búfalo em Debate”, na Federacite, e ao meio-dia ocorrerá a 3ª Mostra Brasileira de Queijos de Búfalas no pavilhão dos búfalos.

Zebuínos

Foto: Fernando Dias/Ascom Seapi

Os zebuínos têm 106 animais inscritos neste ano de seis raças distintas. A Nelore é a que está em maior número, com 29 animais, um aumento de 7,41% em relação a 2022, quando foram registrados 27 animais.

O criador Alencar Scarpari Pereira, da Fazenda Scarpari, de Morrinhos do Sul, cria o gado nelore desde 2019. Ele participou pela primeira vez da Expointer em 2022 e já teve várias conquistas: a grande campeã da raça nelore, a reserva grande campeã fêmea e o reservado grande campeão macho nelore. Além disso, a cabanha também ganhou o Troféu Farsul Banrisul Expointer 2022 na categoria Zebuínos. “Este é um momento de muita alegria para nós, pelo reconhecimento de um trabalho que está começando e estamos entusiasmados e ansiosos para a Expointer deste ano”, afirma Alencar Scarpari Pereira. Neste ano, vão ser 10 exemplares da raça nelore na feira.

Foto: Divulgação/Gadolando

Bovinos de leite

Os bovinos de leite participam da Expointer com 317 animais das raças Holandesa, Jersey, Gir Leiteiro e Girolando. A raça holandesa é a que está em maior número, com 162 animais inscritos. O número é comemorado pela Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando).

O presidente da entidade, Marcos Tang, afirma que essa participação representa muito para qualquer feira ao redor do mundo. “Sabemos que o criador e o expositor têm muito para mostrar do seu trabalho e da genética dos seus animais”, afirma. Mesmo com as dificuldades com a estiagem, o ciclone e as importações de leite, o produtor estará presente porque a Expointer é muito importante, um grande evento, é uma vitrine, diz Tang, que também é criador e vai trazer 14 animais para a feira.

O tradicional banho de leite, recebido pelos produtores que ganharam o Concurso Leiteiro, é um dos grandes momentos da raça leiteira e será no dia 29 de agosto, à tarde. Entre os dias 30 e 31 ocorrem os julgamentos da raça.

Foto: Eduardo Assis

Bovinos mistos

Entre os bovinos mistos, são 154 animais inscritos das raças Normanda, Pardo Suíço Corte, Red Poll e Simental-Fleckvieh. A que está em maior número é a Simental-Fleckvieh, com 133 animais inscritos, tanto do Rio Grande do Sul quanto de Santa Catarina.

De acordo com o presidente Eduardo Borges de Assis, presidente da Associação de Criadores da Raça Simental-Fleckvieh, “a vitrine da Expointer, sem dúvida, é importante, apesar da desaceleração registrada na economia. Um esforço a mais para estar na maior exposição da América Latina, pode significar novos mercados, agregar valor à produção, porque, a qualidade dos produtos expostos no parque de Esteio é excepcional”.

Assis ressalta que a raça Simental-Fleckvieh é a segunda raça mais criada no mundo. É reconhecida pelos benefícios para a qualidade de carne e ganho de carcaça nos cruzamentos industriais, porém, cresce também, cada vez mais, o interesse por animais leiteiros.

Bovinos de corte

Os bovinos de corte têm 617 animais inscritos de 15 raças, sendo o Braford o de maior destaque, com 94 animais, um a mais do que no ano passado. “É uma verdadeira invasão cara branca na Expointer 2023. O Braford é a raça de maior número de bovinos dentro do galpão e a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) é a associação com maior número de bovinos na feira”, destaca o presidente da ABHB, Eduardo Soares.

Para Soares, “isso nada mais é do que a credibilidade que a ABHB tem junto aos seus associados e criadores e ao trabalho árduo dos mesmos em produzir nas propriedades, investir e ter este retorno de seus investimentos através de ótimos negócios”. No Parque, estão previstos o julgamento de classificação das fêmeas da raça Braford na terça-feira, 29 de agosto, a partir das 08h30, e a partir das 13h30, está previsto o julgamento de classificação dos machos Braford argola.

Fonte: Assessoria Expointer

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Boletim do leite de novembro

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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