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Bovinocultura de Leite: Produtores são estimulados a primar por mais qualidade

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Centenas de agricultores participaram na tarde de ontem (14) do Seminário Anual de Produtores de Leite promovido pela Copagril no pavilhão da Matriz Católica de Marechal Cândido Rondon, que ficou lotado pelos associados das inúmeras unidades da cooperativa. O encontro foi aberto pelo diretor-presidente da Copagril, Ricardo Chapla, o qual lembrou que o setor foi prejudicado no último ano devido aos episódios ocorridos no Rio Grande do Sul, envolvendo a adulteração de leite, cuja atividade vem se recuperando. “Após a recuperação do setor, buscamos mais estabilidade no preço e remunerar melhor o produtor”, afirmou.
A Copagril iniciou suas atividades na área de leite em 1981, industrializando e comercializando leite pasteurizado e hoje responde por grande parte da produção diária da Frimesa, empresa formada por outras cooperativas da região. “A Frimesa tem 135 produtos à disposição dos clientes e hoje investe na ampliação do parque industrial. Dos mais de 73 milhões de litros ao ano, os associados da Copagril são responsáveis 39,3% do total, e da área de atuação da Copagril, Marechal Rondon representa 40,8% da produção de leite e o Mato Grosso do Sul detém 34,9%”, destacou.
Além de incentivar o aumento da produtividade, o diretor-presidente da cooperativa e os palestrantes foram sugestivos no sentido de estimular os produtores a atuarem com mais comprometimento, oferecendo maior qualidade no manejo do rebanho e na atividade. A atenção à questão sanitária, como a vacinação contra a febre aftosa, também foi debatida na reunião.
A pirâmide com a escala de produção foi apresentada aos presentes. Nela, observa-se que 21 grandes produtores (3% do total) são responsáveis por 20% do leite distribuído; 101 produtores são de médio porte, sendo 14% do total, o que representa 30% da produção de leite; e 583 produtores, ou 83% do total, são os responsáveis por 50% da produção. “O que comprova que a Copagril em geral é formada por pequenos produtores que respondem pela maioria do leite produzido”, enalteceu Chapla.
O estímulo a uma maior eficiência na produção de leite foi transmitido com o objetivo de diminuir o custo do transporte, a considerar que o custo do frete por litro é de R$ 0,6. A recria de bezerras, que conta com 424 animais para melhoria genética em três propriedades, duas delas em Marechal Rondon e uma em Pato Bragado, também foi assunto tratado no seminário.
Comprometimento
Apesar de bons números, o diretor-presidente da Copagril cobrou comprometimento dos associados em relação à produtividade em virtude da Normativa 62, do Ministério da Agricultura, destacando fatores como qualidade na produção visando melhor produtividade, qualidade no armazenamento (resfriamento), qualidade no transporte e contagem bacteriana. “Leite de alta qualidade é sinônimo de ausência de resíduos como antibióticos e pesticidas. A Copagril paga bonificação de R$ 0,06 por litro aos produtores que entregam leite de alta qualidade, independente da quantidade produzida. No mês de abril foram entregues mais de R$ 109 mil em bonificação e o valor tende a melhorar, pois planeja-se aumentar para R$ 0,10. O produtor responsável por 500 litros ao dia que se enquadrar na normativa pode receber até R$ 11 mil a mais por ano, podendo dobrar o plantel em oito anos”, expôs.
Palestras
“Esta foi a primeira vez que vi um dirigente pedir comprometimento e qualidade por parte dos produtores. Ter responsabilidade, refletir e trabalhar primando pela qualidade são necessários para aumentar a produtividade. Isso inclui alimentação correta do animal, bem como é fundamental ter higiene, boa ordenha e manejo adequado”, enfatizou o palestrante José Augusto Horst, gerente do programa de análise de rebanhos leiteiros do Paraná.
Para atingir os objetivos, Horst destacou a interação entre pessoas capacitadas e comprometidas, utilização de equipamentos com especificidades técnicas e manutenção preventiva e ótima sanidade animal. “É preciso produzir com mais volume, mais qualidade, ter vacas mais longevas e aumentar a lucratividade, ou seja, ter melhor renda no setor leiteiro”, afirmou.
O técnico agrícola e instrutor do Sebrae Nivaldo Michetti abordou a inspiração e sucesso através do leite, contando sua história de vida. Produtor de leite há mais de 25 anos, Michetti destacou que o leite é o melhor produto agrícola para se trabalhar. Ele lembrou do desafio ao adquirir uma área ruim no Norte do Mato Grosso e das dificuldades enfrentadas por ter sido um dos primeiros a trabalhar com bacia leiteira naquela região. Ele também tem áreas dedicadas à atividade no Paraná, de onde conseguiu obter o sustento de sua família.
Por sua vez, o chefe da Adapar em Marechal Rondon, Nilson Gouveia, falou da importância da vacinação contra a febre aftosa, que segue até o dia 31. “O comprometimento é preciso. Nesse sentido, o produtor deve obedecer às normas sanitárias a atuar como parceiro das instituições, o que também contribui para a melhor remuneração no preço do leite”, ressaltou. Segundo Gouveia, o Ministério da Agricultura é que vai autorizar ou não a suspensão da vacinação. “O Paraná deve receber a visita de uma equipe de auditoria entre setembro e novembro, para quem sabe conquistar status de área livre de aftosa sem vacinação”, declarou.
Premiação
No fim do seminário foram premiados os associados que obtiveram melhores resultados com relação à produtividade. Na categoria maior quantidade produzida o prêmio foi para Alsi Mielke, da Linha Flor do Oeste, em Iguiporã, com produção total de 581.703 litros por ano.
Ivonir Luiz Stahlhoffer, da Linha Arroio Fundo, Pato Bragado, teve 13,07% de extrato seco total, 47.333 como resultado na contagem bacteriana total e a contagem de células somáticas foi de 148.250. Stalhoffer foi premiado na categoria melhor qualidade do leite. João Pedro Fischer teve a maior produtividade de litros por hectares nos últimos 12 meses, cujo volume total foi de 156.042 litros por ano, média de 428 ao dia nas 26 vacas, cuja área reservada é de 1,8 hectares.

Fonte: O Presente Rural e Assessoria da Copagril

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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