Conectado com

Notícias

Boletim da Aquicultura em Águas da União de 2021 retrata potencial do setor no país

A produção total em águas da União atingiu 95.056,83 toneladas, das quais 89,30% corresponderam ao cultivo de peixes, 10,57% de moluscos e 0,13% de algas.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Mapa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Aquicultura e Pesca, lançou o Boletim de Aquicultura em Águas da União referente ao ano de 2021. O documento traz ao leitor um retrato de como a piscicultura em tanques-rede, a malacocultura e algicultura foram desenvolvidas em águas da União no ano de 2021, bem como o seu potencial de expansão no país.

No ano de 2021, a produção total em águas da União atingiu 95.056,83 toneladas, das quais 89,30% corresponderam ao cultivo de peixes, 10,57% de moluscos e 0,13% de algas.

A maior parte da produção de peixes é proveniente de reservatórios de usinas hidrelétricas nas bacias do Tocantins-Araguaia, Paraná e do São Francisco, havendo ainda a produção em outras bacias e em mar territorial. Em relação à produção de moluscos, 98% ocorrem no estado de Santa Catarina, com destaque para a produção de mexilhões e ostras.

Os dados demonstram que a produção vem crescendo de modo sustentável ao longo dos anos, com grande potencial para desenvolvimento e expansão da atividade aquícola em Águas da União.

O boletim é uma publicação anual construída a partir das informações declaradas por cessionários de águas da União por meio do Relatório Anual de Produção, e serve para informar a sociedade como as águas da União estão sendo utilizadas para produção sustentável de alimentos e geração de emprego e renda, oportunizando, assim, segurança alimentar e dignidade no campo.

Fonte: Ascom Mapa

Colunistas

Produção On Farm avança com marco legal e puxa nova onda de inovação no agro

Biofábricas nas propriedades, gestão digital e conectividade aceleram o uso de biológicos, reduzindo gastos e fortalecendo a agricultura regenerativa.

Publicado em

em

Foto: Divulgação

O agronegócio brasileiro vive um momento de forte crescimento, conforme apontam dados do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o setor registrou alta de 6,49% no primeiro trimestre de 2025. O investimento no segmento também segue em expansão, alcançando R$ 608 bilhões, segundo o Boletim de Finanças do Agro, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Nesse cenário positivo, o modelo On Farm vem ganhando protagonismo por sua capacidade de gerar impacto econômico, ambiental e tecnológico. Com a aprovação do Projeto de Lei PL 658/2021 na Câmara dos Deputados, o chamado Marco Civil do Setor de Bioinsumos, a produção On Farm, passa a contar com regras claras e estruturadas. Essa regulamentação define parâmetros para a multiplicação de microrganismos diretamente nas propriedades rurais, garantindo aos agricultores o acesso a produtos de qualidade, fiscalizados e seguros para o consumidor.

Vantagens do modelo On Farm

Artigo escrito por Laerte Nogueira, Squad Leader da Everymind; e Bruno Arroyo, gerente de Marketing Estratégico da Agrobiológica.

Além da segurança jurídica, que protege o produtor e exige um cadastro simples dos biológicos multiplicados On Farm (quando para uso próprio), o modelo traz impactos diretos na agilidade do manejo. Com as biofábricas instaladas nas propriedades, o próprio produtor, com apoio de um time técnico, ganha autonomia para produzir seus biodefensivos e bioestimulantes, reduzindo custos logísticos, por exemplo.

Outro ponto importante é o avanço na qualidade dos prestadores de serviço e das empresas do segmento. A nova legislação permite que os bioinsumos sejam tratados conforme suas características, sem passar pelos mesmos trâmites burocráticos dos produtos químicos. Isso oferece ganhos significativos em registro e disponibilização de novas ferramentas biológicas no mercado.

Com a segurança jurídica estabelecida, o setor tende a atrair ainda mais investidores, impulsionando a inovação em biotecnologia e acelerando o desenvolvimento do modelo. Além disso, com a agricultura de precisão cada vez mais presente e a busca constante por produtividade, o On Farm se consolida como um grande aliado do produtor rural.

Tecnologia apoia avanço do On Farm

Nos últimos anos, a evolução tecnológica das empresas que atuam com o modelo On Farm aproximou essa produção, antes artesanal, de um padrão industrial. Produtos e processos avançam significativamente. Um exemplo são os meios de cultura para fungos, que hoje apresentam alto grau de eficiência e estabilidade.

A tecnologia está presente em todas as fases do processo, desde a biotecnologia aplicada aos meios de cultura e aos biorreatores, até a gestão completa da produção. Essa integração permite ao produtor ser mais preciso e ágil na proteção de suas lavouras contra pragas, doenças ou impactos climáticos, realizando a produção em larga escala dentro da própria fazenda.

Foto: Shutterstock

O avanço da conectividade rural também tem papel essencial nesse cenário, uma vez que a expansão das redes 4G e 5G e o uso de conexões via satélite possibilitam a coleta de dados em tempo real das biofábricas, favorecendo análises rápidas, maior controle de produção e agilidade nos processos de cadastro e fiscalização.

Além dos biorreatores cada vez mais tecnológicos, os softwares de gestão têm contribuído para otimizar a operação, tendo em vista que essas ferramentas permitem que fornecedores de meios de cultura, que são a matéria-prima para o On Farm, administrem contratos de comodato dos biorreatores, antecipem pedidos e renovem contratos com mais eficiência, integrando o campo à gestão digital.

Redução de custos

A redução de custos é um dos principais atrativos do modelo On Farm, pois o produtor precisa adquirir apenas uma pequena quantidade de inóculo para multiplicar os biológicos na própria fazenda, alcançando rendimentos até sete vezes maiores em volume. Isso reduz gastos em toda a cadeia, desde embalagens e fretes até revendas intermediárias.

Aumento da eficiência

A eficiência operacional também é ampliada, a multiplicação dos biológicos próxima à lavoura permite aplicações mais rápidas e eficazes no combate a pragas, doenças e na correção de deficiências do solo. Em algumas situações, a economia pode variar entre 45% e 60%, com respostas agronômicas altamente positivas. O uso de microrganismos benéficos tem se mostrado eficiente no manejo do solo, reduzindo a pressão de patógenos e pragas.

Impacto ambiental e desafios

O uso de insumos biológicos já é, por si só, uma prática sustentável, pois promove uma proteção natural e regenerativa das lavouras, além de contribuir para a saúde do solo. Com o Marco Legal dos Bioinsumos (Lei nº 15.070), o modelo On Farm facilita a expansão dessa prática, permitindo a produção em escala e o uso mais amplo dos biológicos.

Ao substituir manejos químicos, o produtor reduz custos e amplia o uso dos bioinsumos em frentes como o manejo do solo e controle de nematoides, além de melhorar o aproveitamento de nutrientes. Essas ações contribuem diretamente para o avanço da agricultura regenerativa no país.

No entanto, o principal desafio enfrentado pelo modelo é a formação e qualificação de equipes técnicas para operar as biofábricas com segurança e eficiência. Outro ponto crítico é a fiscalização sobre o uso e a eventual comercialização indevida dos biológicos multiplicados para uso próprio.

Por outro lado, com regulamentação sólida, suporte tecnológico e investimentos crescentes, o setor tem diante de si uma oportunidade única de unir produtividade, sustentabilidade e inovação, elementos essenciais para o futuro da agricultura nacional.

Fonte: Artigo escrito por Laerte Nogueira, Squad Leader da Everymind; e Bruno Arroyo, gerente de Marketing Estratégico da Agrobiológica.
Continue Lendo

Notícias

Brasil amplia compra de fertilizantes do Marrocos

Importações de fosfatados sobem mais de 30% no ano e já superam US$ 559 milhões.

Publicado em

em

Foto: Claudio Neves/Portos Paraná

As importações brasileiras de fertilizantes marroquinos acumulam alta de 30,19% entre janeiro e outubro deste ano em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) organizados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, no acumulado deste ano foram importados US$ 559,18 milhões em fertilizantes fosfatados do Marrocos. No mesmo período do ano passado, o Brasil importou US$ 429,5 milhões do produto, que é utilizado para adubar a lavoura.

No total, as importações do Marrocos estão maiores do que as exportações brasileiras para o país. O Brasil já comprou US$ 1,31 bilhão em produtos marroquinos entre janeiro e outubro, em alta de 3,6% sobre o mesmo período de 2024, especialmente em fertilizantes fosfatados, seguidos por fertilizantes mistos.

As exportações, por sua vez, acumulam queda de 5% e somam US$ 1 bilhão até outubro. Os principais produtos exportados pelo Brasil ao Marrocos são açúcar, milho e gado. As vendas de açúcar somam, no ano, US$ 462,4 milhões, em queda de 35,2% na comparação com o ano passado. No total, a corrente de comércio entre os dois países soma US$ 2,3 bilhões, em queda de 0,3%.

Fonte: Assessoria ANBA
Continue Lendo

Notícias

Coordenadores das CADECs Aves e Suínos de Santa Catarina participaram de Encontro Nacional

Edição reuniu mais de cem participantes e aprofundou temas técnicos essenciais para aprimorar negociações, contratos e organização dos produtores rurais.

Publicado em

em

Os coordenadores das Cadecs de Santa Catarina participaram do "3º Encontro Nacional das Cadecs de Aves e Suínos". – Fotos: Divulgação

Os coordenadores das Comissões para acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs) de Santa Catarina participaram do “3º Encontro Nacional das Cadecs de Aves e Suínos” promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nos dias 18 e 19/10. Realizado no auditório da CNA, o encontro reuniu mais de cem participantes entre produtores, representantes das Cadecs estaduais e lideranças das Federações estaduais de agricultura e pecuária.

De acordo com o coordenador e membro representante da Faesc na Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Gilmar Antônio Zanluchi, a participação no evento foi essencial para fortalecer o trabalho realizado pelas Cadecs em Santa Catarina. Segundo ele, a programação possibilitou um aprofundamento técnico e estratégico sobre os principais desafios do sistema de integração, além de promover uma troca de experiências entre os Estados.

Registro dos coordenadores das Cadecs de Santa Catarina no segundo dia de evento

“A participação no encontro possibilitou discutir ações para aprimorarmos a atuação das comissões, ampliar a compreensão sobre o que está previsto na Lei da Integração e seguir promovendo transparência nas relações contratuais. Essa troca de experiências nos permite avançar e qualificar ainda mais o diálogo com as agroindústrias, fortalecendo a posição dos produtores dentro do sistema”, destacou Zanluchi.

Para o presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, a participação de dos coordenadores de Cadecs catarinenses no Encontro foi essencial para aprimorar ainda mais atuação no estado, priorizando estratégias para manter cada vez mais organizada a representatividade dos produtores rurais integrados. “Contamos com equipes preparadas para esclarecer dúvidas sobre a Lei de Integração, assessorar todo o processo de constituição das comissões, mediar as negociações com as agroindústrias, entre outros aspectos. Esse intercâmbio de experiências e a atualização contínua sobre a Lei de Integração, proporcionada pelo encontro, ampliam a capacidade de atuação com segurança jurídica, transparência e agilidade”.

Saiba como foi o  encontro

Na abertura do evento, o presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Adroaldo Hoffmann, destacou que o Encontro Nacional das Cadecs foi pensado como um espaço de atualização e alinhamento entre produtores, lideranças e técnicos das cadeias de aves e suínos.

Segundo Hoffmann, a troca de experiências fortalece as negociações e ajuda a nivelar informações essenciais que vão desde a mobilização em associações até a definição de parâmetros técnicos mínimos, custos de produção, avanços do Foniagro e do Programa Cadecs Brasil. “A ideia é colocar todo mundo na mesma página, estimular novas soluções e fortalecer a relação com as integradoras para garantir mais eficiência e sustentabilidade às cadeias produtivas”, afirmou.

Realizado anualmente, o encontro registra um número maior de inscritos em cada edição. “A grande procura é um reflexo do interesse crescente dos produtores em se capacitar, aprimorar a gestão e fortalecer a representatividade dentro dos sistemas de integração”, disse Rafael Lima Filho, assessor técnico da CNA.

O objetivo do evento é promover um alinhamento nacional sobre temas que impactam diretamente a relação entre produtores e indústrias integradoras, para fortalecer a atuação das Cadecs, previstas na Lei da Integração (13.288/2016), para mediar, debater e gerir de forma coletiva os contratos e práticas do modelo de integração vertical.

A programação incluiu debates técnicos sobre os principais pontos da legislação, custos de produção com base em planilhas padronizadas, resultados do Projeto Campo Futuro e o uso de dados na construção de argumentação sólida para os produtores.

Fonte: Assessoria Faesc/CNA
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.