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Suínos / Peixes

Boas práticas de vacinação: tudo começa com temperatura adequada de armazenamento

Programas vacinais são um dos principais responsáveis pela eficiência e sustentabilidade da produção animal nos dias de hoje. Desta forma, se faz imprescindível que a educação de produtores seja disseminada para que a eficácia das vacinas não seja desperdiçada no ponto final e mais importante da cadeia.

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Foto: Shutterstock

Apesar de não ser um conceito novo, a sustentabilidade é um assunto cada vez mais em pauta na produção animal. O impacto ambiental da produção de suínos, por exemplo, é diretamente ligado à eficiência de produção. Neste cenário, avanços em áreas como o melhoramento genético, eficiência alimentar e avanços na saúde do rebanho contribuem para uma maior eficiência da cadeia.

Com relação aos avanços na sanidade dos planteis, recentes estratégias visando a redução de antibióticos na produção animal implicam em um aumento no uso de vacinas para que o impacto econômico de doenças seja evitado. Programas vacinais apresentam grande custo-benefício ao prevenir surtos e disseminação de doenças imunopreviníveis. No entanto, para que máximos resultados sejam obtidos através da aplicação de vacinas as doses devem ser manuseadas com cuidado desde o recebimento até o armazenamento e uso em granjas.  Neste contexto, o entendimento da importância de vacinas e adequada educação de produtores em relação ao uso e o manuseio das mesmas é de extrema importância.

A terminologia boas práticas de vacinação determina os procedimentos desde o recebimento das vacinas à campo até a aplicação das mesmas nos animais em questão. Compreendendo, desta forma, o armazenamento, preparação para a administração, equipamento para a administração, entre outros. Entre os principais equipamentos a serem checados estão a conservadora de vacinas (tipo, idade, segurança da fonte de energia), organização, variação de temperatura, etc. Seguido de um adequado plano vacinal e preparação antes da aplicação. Durante a aplicação, diversos fatores devem ser levados em conta, como o tipo de agulha (comprimento e diâmetro), local exato da aplicação e conservação de frascos abertos que não foram completamente utilizados.

Condições ideais de armazenamento

A Organização Mundial da Saúde recomenda que todas as vacinas sejam armazenadas em temperaturas entre +2°C e +8°C em todos os segmentos da cadeia de frio, incluindo, portanto, câmaras de conservação nas granjas. Temperaturas superiores a +8°C e inferiores a +2°C são extremamente prejudiciais à eficácia das vacinas.

Para que a o intervalo de temperatura seja respeitado é imprescindível que o equipamento de conservação se encontre em boas condições. Desta forma, é importante que se evite equipamentos antigos visto que os mesmos tendem a apresentar maior instabilidade e possíveis desvios de temperatura, além de não garantirem adequada homogeneidade. Pelos mesmos motivos, refrigeradores domésticos e refrigeradores com compartimentos de congelamento devem ser evitados.

Para que o produtor assegure que as temperaturas estejam dentro do intervalo ideal é necessário que um termômetro de máxima e mínima seja posicionado do centro do equipamento. Ainda, vacinas dever ser dispostas na conservadora de forma organizada e espaçada, sempre evitando o armazenamento de frascos na porta das mesmas.

Além da escolha do aparelho em si, é necessário também que a localização do aparelho na granja seja pensada. Seguindo a mesma lógica de conservadores de sêmen, por exemplo, é necessário que se evite lugares suscetíveis a temperaturas extremas, incidência solar, presença de amônia, humidade e poeira. Ainda, é necessário que se considere opções de backup de energia, para que quedas de luz não afetem o estoque vacinal da granja.

Armazenamento na prática

Em estudo realizado o nível de conhecimento de produtores rurais em relação aos principais pontos referentes às boas práticas de vacinação foi acessado na Holanda a Bélgica. O mesmo estudo ainda envolveu uma avaliação das conservadoras de vacina presentes em granjas de suínos.

Neste estudo cerca de 50 produtores foram entrevistados e dentre as informações mais importantes obtidas em relação à conservação de vacinas foi a que apenas 80% dos entrevistados acertaram a pergunta na qual o intervalo ideal de temperatura da conservadora foi questionado. Além disso, 22% dos entrevistados não sabiam que o congelamento de doses tem impacto na eficiência vacinal subsequente.

Exemplo de perguntas realizadas e o percentual de respostas de acordo com as opções. (Opção correta grifada).


Variações

Com relação à análise das conservadoras presentes em granjas, temperaturas acima do aceitável ocorreram com maior frequência durante o período de verão. No verão, 52% dos refrigeradores excederam os 8°C, enquanto em outras estações esse percentual variou entre 19% (inverno e primavera) e 24% (outono). Variações de temperatura abaixo do recomendado foram menos recorrentes, no entanto fica claro a limitação de equipamentos encontrados na rotina à campo.

Conclusão

Programas vacinais são um dos principais responsáveis pela eficiência e sustentabilidade da produção animal nos dias de hoje. Desta forma, se faz imprescindível que a educação de produtores seja disseminada para que a eficácia das vacinas não seja desperdiçada no ponto final e mais importante da cadeia. Como demonstrado no estudo, ainda temos espaço para melhorias em relação à conscientização sobre das boas práticas e armazenamento de vacinas a campo.

As referências bibliográficas estão com a autora. Contato via Topigs Norsvin.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Suínos e Peixes.

Fonte: Por Júlia Linck Moroni, médica-veterinária, MSc Topigs Norsvin - Canadá

Suínos / Peixes

Peixes têm quantidade limitada para captura em 2024

Cotas foram limitadas por dois ministérios

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Foto: Adriano Gambarini/OPAN/Agência Brasil

Quatro espécies de peixes muito consumidos na culinária brasileira tiveram cotas de pesca estabelecidas para este ano de 2024. Os limites de captura valem para as espécies albacora-branca (Thunnus alalunga), albacora-bandolim (Thunnus obesus), espadarte (Xiphias gladius) e tubarão-azul (Prionace glauca), tanto em águas nacionais, quanto internacionais, inclusive na Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que é a região de responsabilidade ambiental do Brasil e que vai até 200 milhas além da costa, onde embarcações brasileiras têm direito prioritário para pesca.

Para a espécie albacora-branca, também conhecida como atum branco ou voador, o limite é de 3.040 toneladas e para o albacora-bandolim, também conhecido por atum-cachorro ou patudo, é permitida a captura de até 5.639 toneladas.

Espadarte

A cota para pesca do espadarte foi limitada em 2.839 toneladas no Atlântico Sul (abaixo do paralelo 5ºN) e em 45 toneladas no Atlântico Norte (acima do paralelo 5ºN). Já o tubarão-azul, conhecido popularmente como cação, teve a captura autorizada este ano em até 3.481 toneladas.

As cotas foram determinadas por portaria conjunta dos Ministérios da Pesca e Aquicultura e Meio Ambiente e Mudança Climática, publicada nesta quarta-feira (27), no Diário Oficial da União. A medida tem como objetivo a sustentabilidade no uso dos recursos pesqueiros e atende à Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca.

Fonte: Agência Brasil
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Suínos / Peixes

Semana Nacional da Carne Suína 2024 na era da personalização: tem para todo mundo, tem para você!

De 4 a 19 de junho a 12ª edição da SNCS levará a diversidade da carne suína para as maiores e melhores redes de varejo do Brasil

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Foto: Divulgação/Assessoria ABCS

De 4 a 19 de junho, prepare-se para mais uma edição da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), a maior vitrine e case de sucesso da proteína no varejo brasileiro. Em um mundo onde a diversidade crescente apresenta um mar de escolhas individuais cada dia maior, a décima segunda edição da SNCS emerge nas maiores e melhores redes de varejo do país não apenas como uma data comercial, mas como uma celebração da diversidade e da personalização. Reconhecendo cada preferência, cada necessidade e cada desejo dos consumidores, sem esquecer que as diferenças não mais afastam, mas sim agregam.

A SNCS é a maior estratégia de incentivo às vendas e ao consumo de carne suína no Brasil, uma iniciativa premiada com resultados comprovados que agrega valor à proteína suína e traz ganhos financeiros para toda a suinocultura brasileira, com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). Desde sua primeira edição, a campanha vem arrecadando crescimento e foi essencial para a conquista dos 20,68 kg per capita de 2023, totalizando um crescimento de mais de 50% no período de 12 anos.

É por isso que a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) se inspira em um insight verdadeiro para o tema deste ano: existe diversidade no prato, mas também união na mesa. “Reconhecemos que cada um de nós tem suas próprias preferências e restrições. E seja você um mestre do churrasco buscando a peça perfeita, alguém procurando opções saudáveis e econômicas, ou um chef de cozinha inovador à procura de ingredientes para aquela receita especial, a carne suína tem uma opção para você”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Saudabilidade, Sabor e Economia: esses são os pilares que sustentam a paixão pela carne suína. Mais do que uma escolha econômica, ela é uma fonte de nutrição saborosa adaptável a um estilo de vida saudável, a um cotidiano prático e a momentos inesquecíveis. A carne suína incorpora tecnologia e consciência ambiental, refletindo o compromisso da suinocultura brasileira em promover melhorias contínuas para garantir mais saúde, menos desperdício e práticas sustentáveis.

Este ano, é hora de redescobrir a carne suína. Porque sabemos que, independentemente da preferência, ela tem algo para todos. Para Maria e João. Para o churrasqueiro e para o chef premiado. Para todas as receitas e necessidades. Para cada geração, à sua maneira. Afinal, a carne suína é para todos. Há opções para quem tem pouco tempo, para o forno e para a airfryer, para todas as necessidades. Para quem busca economia, para quem procura uma opção mais saudável, para aquela receita especial. Para o churrasco, para os conectados e, é claro, para você! Por isso, nada mais claro do que dizer este ano: Semana Nacional da Carne Suína. Tem para todo mundo. Tem para você.

A diretora de marketing da ABCS, Lívia Machado, e também especialista em comportamento do consumidor aponta que a SNCS deste ano está ainda mais conectada com o conceito do consumidor ao centro e da necessidade de propor, a cada interação, uma experiência única que retrate os benefícios da carne suína para todas as gerações. “Estamos cada vez mais dentro da era do “e”, deixando o conceito do “ou” para trás. Lidamos constantemente com as mudanças e os conflitos de interesse geracionais e dentro deste contexto, temos o desafio de promover a carne suína de forma interessante e que cative a atenção das pessoas. A SNCS de 2024 está em consonância com tudo isso”.

O compromisso da ABCS é garantir que a carne suína não apenas satisfaça paladares diversos, mas também contribua para um mundo melhor. Isso inclui uma comunicação mais personalizada, sem perder o senso de comunidade. Varejo, produtores e consumidores unidos para celebrar tradições e criar novas memórias em torno da mesa, onde a carne suína é a grande anfitriã.

Fonte: Assessoria ABCS
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Suínos / Peixes

ABCS promove 1ª reunião do Departamento de Integração

A reunião marca uma nova etapa de ações da ABCS para promover a união entre os integrados

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Foto: Divulgação/Assessoria ABCS

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) realizou na quinta-feira (21), a 1ª reunião do Departamento de Integração, reunindo líderes das Comissões de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Cadeia Produtiva de Suínos (CADECs) atendidas pela associação.

Durante a abertura, o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, enfatizou a importância da troca de informações para impulsionar as demandas dos integrados e que, ao unirem esforços, é possível avançar os pleitos. “É evidente que a força da unicidade é fundamental para acelerarmos as pautas em questão. Quando nos unimos, os resultados são altamente positivos. Por isso, este deverá ser o primeiro encontro de muitos outros”, destacou Lopes.

O consultor do Departamento de Integração da ABCS, Iuri Pinheiro Machado, apresentou o andamento das CADECS do Rio Grande do Sul atendidas pela Associação, além do processo envolvido para evoluir nas negociações. “Existem desafios a serem superados. Alguns produtores ainda desconhecem a dinâmica de uma CADEC como um órgão paritário. Também estamos trabalhando para superar a falta de informação do custo real dos integrados, valor de investimento e outras questões diretamente ligadas ao dia a dia do suinocultor”, explicou Machado.

O produtor da Associação de Produtores Integrados de Suínos do Estado de Minas Gerais, Lucas Vasconcelos, compartilhou com os participantes a experiência da APROIMG na negociação com integradora para mudanças de contrato.

Vasconcelos afirmou que, durante o processo, ficou nítido que o preparo dos envolvidos é fundamental. “Compreender o negócio do suinocultor independente ao discutir um contrato de integração é essencial. É preciso ter conhecimento sobre preços de commodities como soja, milho e sorgo, além de insumos como ração, medicamentos e vacinas, pois esses aspectos impactam diretamente no dia a dia do suinocultor”, ressaltou o produtor.

A reunião marca uma nova etapa de ações da ABCS para promover a união entre os integrados, fortalecendo a cadeia produtiva de suínos e buscando soluções conjuntas para os desafios enfrentados pelo setor.

Fonte: Assessoria ABCS
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SABSA 2024

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