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Boa demanda externa garante estabilidade ao preço do frango

Expectativa é de que a China possa movimentar ainda mais as aquisições de carne de frango do Brasil

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Arquivo/OP Rural

A avicultura de corte registrou estabilidade nos preços ao longo da primeira metade de julho, tanto para o quilo vivo quanto para os cortes negociados no atacado. “A boa demanda externa é apontada como o grande fator de sustentação aos preços”, avalia o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias.

A expectativa é de que a China possa movimentar ainda mais as aquisições de carne de frango do Brasil, em meio ao surto de peste suína africana que assola tanto o país quanto o Vietnã. “A tendência é de que as importações desses países se tornem ainda mais acentuadas no curto prazo”, avalia Iglesias.

De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo, os preços tiveram estabilidade para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado seguiu em R$ 6, o quilo da coxa em R$ 5 e o quilo da asa em R$ 7. Na distribuição, o quilo do peito continuou em R$ 6,10, o quilo da coxa em R$ 5,10 e o quilo da asa em R$ 7,20.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de estabilidade ao longo da semana. No atacado, o preço do quilo do peito continuou em R$ 6,10, o quilo da coxa em R$ 5,12 e o quilo da asa em R$ 7,08. Na distribuição, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 6,20, o quilo da coxa em R$ 5,22 e o quilo da asa em R$ 7,28.

As exportações de carne de frango “in natura” do Brasil renderam US$ 147,4 milhões em julho (5 dias úteis), com média diária de US$ 29,5 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 86,8 mil toneladas, com média diária de 17,4 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.698,90.

Na comparação com junho, houve baixa de 3,6% no valor médio diário da exportação, perda de 7,8% na quantidade média diária exportada e alta de 4,6% no preço. Na comparação com julho de 2018, houve baixa de 1,5% no valor médio diário, perda de 12,9% na quantidade média diária e alta de 13,1% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 3,40. Em São Paulo o quilo vivo continuou em R$ 3,30.

Na integração catarinense a cotação do frango seguiu em R$ 2,50. No oeste do Paraná o preço continuou em R$ 3,10 na integração. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo se manteve em R$ 3,10.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 3,35. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 3,35. No Distrito Federal o quilo vivo permaneceu em R$ 3,40.

Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 4,55. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 4,55 e, no Pará, o quilo vivo seguiu em R$ 4,65.

Fonte: Agência SAFRAS

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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020

Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.

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Foto: Asgav

Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.

Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.

Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.

O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.

Fonte: Assessoria Cepea
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JBS e Nigéria assinam acordo para investir em segurança alimentar e desenvolver cadeias produtivas sustentáveis

Plano de investimento de US$ 2,5 bi em 5 anos inclui a construção de 6 fábricas e a colaboração com o Governo da Nigéria no fomento da produção local.

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Fotos: Divulgação/JBS

A JBS, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, assinou na última quinta-feira (21) um memorando de entendimentos com o Governo da Nigéria com a intenção de investir no desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis para a produção de alimentos no país africano.

Maior economia da África e país mais populoso do continente, a Nigéria tem também uma das taxas de crescimento populacional mais altas do mundo: segundo projeções das Nações Unidas, a população nigeriana alcançará 400 milhões até 2050 — o país tem hoje mais de 250 milhões de habitantes. O PIB nigeriano, hoje em US$ 363,82 bilhões, poderá mais que dobrar até 2050, chegando a US$ 1 trilhão. Ao mesmo tempo, o país enfrenta uma das maiores taxas de insegurança alimentar do mundo, com 24,8 milhões de pessoas passando fome (WFP). Na África Subsaariana, 76% da população em extrema pobreza vive da agricultura (WB).

“Nosso objetivo é estabelecer uma parceria sólida e apoiar a Nigéria no enfrentamento da insegurança alimentar. A experiência nas regiões em que operamos ao redor do mundo mostra que o desenvolvimento de uma cadeia sustentável de produção de alimentos gera um ciclo virtuoso de progresso socioeconômico para a população, em especial nas camadas vulneráveis”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.

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Pelo memorando, a JBS irá desenvolver um plano de investimento de cinco anos, que abrangerá estudos de viabilidade, projetos preliminares das instalações, estimativas orçamentárias e um plano de ação para desenvolvimento da cadeia de suprimentos. O Governo da Nigéria, por sua vez, assegurará as condições econômicas, sanitárias e regulatórias necessárias para a viabilização e sucesso do projeto. O documento prevê a construção de 6 fábricas — 3 de aves, 2 de bovinos e uma de suínos — com investimento de US$ 2,5 bilhões.

A produção de proteína no país responde por 10% do PIB, e fornece 40% da demanda doméstica. A ampliação da produção local tem o potencial de não apenas melhorar a segurança alimentar, mas reduzir significativamente as importações, gerando empregos locais e apoiando milhões de pequenos produtores.

O plano de investimento da JBS na Nigéria incluirá um amplo trabalho de desenvolvimento das cadeias produtivas locais, com apoio aos pequenos produtores e a estímulo de práticas agrícolas sustentáveis, a exemplo de como a Companhia já atua com seus milhares de parceiros em outras regiões do mundo. Um exemplo é o programa como Escritórios Verdes, que dá assistência técnica gratuita para produtores rurais brasileiros aumentarem a eficiência de sua produção, atendendo aos mais rigorosos critérios socioambientais.

Conforme diagnóstico realizado pela Força Tarefa de Sistemas Alimentares do B20, o braço empresarial do G20, durante a presidência do Brasil, estimular o aumento da produtividade através da adoção de tecnologias inovadoras no campo e da assistência técnica aos produtores, especialmente para os pequenos agricultores, é essencial para garantir o aumento da produção agrícola, preservando os recursos naturais e promovendo ao acesso das populações mais vulneráveis a alimentos de qualidade. Essa foi uma das recomendações da força-tarefa, posteriormente adotada pela declaração final dos líderes do G20.

“Nosso objetivo é colaborar com o Governo da Nigéria no sentido de apoiar a implementação do Plano Nacional de Segurança Alimentar, compartilhando nossa expertise no desenvolvimento de uma cadeia agroindustrial sustentável e as melhores práticas com o objetivo de aumentar a eficiência, a produtividade e a capacidade produtiva do país”, concluiu Tomazoni.

Fonte: Assessoria JBS
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