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VOZ DO COOP

Suínos / Peixes

Biotransformação combate micotoxinas que resistem aos adsorventes

Sua ocorrência é mundial, e são consideradas como importante fator de risco para saúde animal

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Artigo escrito por Vladimir Borges, da Biomin

As micotoxinas são metabolitos secundários de baixo peso molecular produzidos por fungos. São considerados secundários por não serem essenciais para o crescimento do fungo. Sua ocorrência é mundial, e são consideradas como importante fator de risco para saúde animal. Sua presença pode acarretar grandes perdas econômicas. Temos vários grupos de micotoxinas que causam prejuízos à produção animal. A diferenciação entre os grupos é pelas diferenças estruturais das moléculas.

Trabalhos mostram que muitas vezes os animais são expostos a mais de um micotoxina e os efeitos resultantes da cocontaminação ainda são pouco conhecidos. A associação de deoxynivalenol (DON) e fumonisina (FUM) em alguns estudos mostraram uma ação aditiva sobre a indução de lesões hepáticas e redução na eficácia da vacinação.

O método mais utilizado para controlar os efeitos tóxicos das micotoxinas é o uso de adsorventes, que são aditivos que têm o objetivo de inibir a absorção de micotoxinas. Devido à diversidade existente entre as estruturas moleculares das famílias das micotoxinas, estas requerem diferentes estratégias de detoxificação. A estratégia de absorção – com bentonitas, por exemplo – terá uma eficácia adequada para alguns grupos de micotoxinas, como o grupo das aflatoxinas (AFLA) e alcalóides de Ergot, mas terá uma eficácia muito baixa para outros grupos, como o grupo dos tricotecenos (DON, T-2…), fumonisinas e zearalenona (Figura 2). Foi necessário criar outro tipo de estratégia diferente da absorção para controle dos grupos de micotoxinas pouco polares (DON e ZEA) ou que sofrem alteração na adsorção dependendo do pH (FUM). O método que se mostrou mais eficaz para controle dos grupos de micotoxinas com baixa adsorção foi a biotransformação, que utiliza microrganismos ou enzimas capazes de converter as micotoxinas destes grupos em metabolitos não tóxicos. Atualmente existem tecnologias de biotransformação para degradação da zearalenona, tricotecenos, ocratoxina A e fumonisinas através do uso microrganismos ou enzimas específicas.

A primeira tecnologia aprovada pela União Europeia para inativação de um grupo de micotoxinas é a bactéria registrada e nominada BBSH 797 isolada do conteúdo ruminal. Foi o primeiro aditivo com microrganismo a ser desenvolvido para a desintoxicação de micotoxinas. Esta estirpe bacteriana é capaz de biotransformar os tricotecenos. DON é enzimaticamente reduzida por uma de-epoxidase do Eubacterium BBSH 797 para o metabolito não tóxico de-epoxi-desoxinivalenol (DOM-1). No último ano foi lançado no Brasil um novo produto que contém uma enzima específica para degradar fumonisina. Esta micotoxina sofre ação de uma enzima específica a carboxil esterase, que possui a capacidade de remover as cadeias laterais de ácido tricarbalílicos da fumononisina. De uma molécula de fumonisina (FUM) teremos com resultado da ação desta enzima uma fumonisina hidrolisada (HFUM) e dois ácidos tricarbalílicos (TCAs) que não são tóxicos e desta forma evitamos os efeitos tóxicos da fumonisina.

As vantagens da biotransformação são reações específicas, irreversíveis e o resultado dela temos metabólitos não tóxicos e sua ação não se limita às micotoxinas adsorvíveis. Todo avanço na área de biotransformação é resultado de muito trabalho e investimento em pesquisa e desenvolvimento.

No campo, muitas vezes nos deparamos com desafios de multicontaminações de micotoxinas, em que um simples adsorvente terá uma eficácia muito limitada para garantir uma proteção efetiva do rebanho. É importante o uso de produtos que tenham em sua composição um blend de minerais que garantam um controle da micotoxinas adsorvíveis e componentes que sejam capazes de fazer a biotransformação específica dos grupos de micotoxinas não adsorvíveis, como tricotecenos (DON e T2), fumonisinas, zearalenona e ocratoxina. Só a biotransformação é capaz de controlar de maneira eficaz estes grupos de micotoxinas.

Dessa forma é muito importante avaliarmos de maneira criteriosa qual o desafio de micotoxina é encontrado nas matérias-primas e rações. Sabendo o (s) tipo (s) de micotoxina (s), o nível de contaminação de cada micotoxina e a fase/espécie animal que será destinada à ração, devemos escolher qual o produto será capaz de combater este desafio, seja pelo método de adsorção e/ou biotransformação enzimática.

 

Mais informações você encontra na edição de maio/junho de 2016 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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