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Notícias Produção animal

Biotecnologias avançadas contribuem para melhoramento genético

A aplicação de biotecnologias avançadas na produção animal vai desde a avaliação genética, passando pela confirmação de pedigree, caracterização e diversidade genética, diagnóstico de doenças hereditárias, bioprospecção de bactérias de interesse e resistência a doenças.

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Foto: Arquivo/OP Rural

Em razão do constante aumento populacional ocorrido no mundo, mesmo que em ritmo lento, se comparado a períodos anteriores, intensificou-se nas últimas décadas a produção de alimentos para suprir a demanda da população mundial, que atualmente é de 7,7 bilhões de pessoas.

De acordo com dados de 2020 da Organização das Nações Unidas (ONU), a taxa anual de crescimento da população mundial é de 1,1%. A ONU prevê que em 2030 existam no mundo 8,5 bilhões de habitantes e 9,7 bilhões em 2050.

Pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves, Mônica Ledur: “As novas biotecnologias são alternativas para resolver problemas complexos e tornar a produção de carne mais eficiente e sustentável” – Foto: Sandro Mesquita/OP Rural

A produção de carne, principal proteína consumida no mundo, precisa crescer conforme aumenta o consumo. Para tal, o melhoramento genético contribui de forma eficaz e contínua. Segundo a pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves, Mônica Ledur, as novas biotecnologias possibilitam avanços no conhecimento dos genes que controlam as características produtivas. “Um animal mais eficiente leva a uma produção mais sustentável”, justifica.

Além disso, Mônica ressalta que as recentes tecnologias auxiliam para resolver problemas complexos da produção e aumentam a eficiência genética e reprodutiva dos rebanhos. “Hoje conseguimos sequenciar todo o genoma de um animal ou todos os genes expressos em diferentes tecidos numa determinada condição”, explica.

De acordo com ela, os estudos podem ser realizados tanto em animais quanto no ambiente em que eles se encontram. “Podemos sequenciar todos os microrganismos que estão na cama do aviário, por exemplo, e assim identificar todos os patógenos”, menciona.

Aplicabilidade

A aplicação de biotecnologias avançadas na produção animal vai desde a avaliação genética (utilizando Seleção Genômica, por exemplo), passando pela confirmação de pedigree, caracterização e diversidade genética, diagnóstico de doenças hereditárias, bioprospecção de bactérias de interesse e resistência a doenças. “Todos esses tipos de aplicação consistem em aproveitar a variabilidade genética já existente nas populações”, afirma, e completa: “Uma das melhores maneiras para aproveitar a variabilidade genética existente é por meio do melhoramento genético dos rebanhos. É uma forma simples, acumulativa e rápida de se fazer melhoramento, pois faz uso apenas da seleção e cruzamentos”.

Existe ainda a aplicação de biotecnologias para criar variabilidade genética, são os chamados organismos geneticamente modificados (OGMs), comum em vegetais. “Nas plantas transgênicas é colocado um material de outra espécie na cultura de interesse, como por exemplo genes de resistência a pragas”, explica. Já na tecnologia de edição gênica, são realizadas alterações apenas no próprio genoma, como por exemplo a correção de uma mutação.

Pesquisas

De acordo com Mônica, as pesquisas genéticas realizadas na Embrapa Suínos Aves são abordadas de três maneiras: pesquisa para apoio a programas de melhoramento genético, que envolvem metodologias, capacitação e geração de produtos; pesquisa genômica aplicada a produção, caracterizada pela identificação de genes relacionados aos principais problemas da produção como hérnias, criptorquidismo, miopatias peitorais e problema locomotores; e também, pesquisa de conservação in situ, que tem o objetivo de manter  a raça de suínos Moura e linhagens de galinhas nacionais que são importantes para a biodiversidade dessas espécies.

Segundo Mônica, cerca de 50% do material genético dos suínos criados no Brasil é controlado por empresas multinacionais. Nesse sentido, a pesquisadora da Embrapa destaca que as pesquisas de apoio a programas de melhoramento genético são de fundamental importância para a permanência das empresas de genética nacionais nesse mercado. A pesquisadora ainda cita o desenvolvimento de uma plataforma tecnológica criada para dar suporte a esse processo. “Desenvolvemos esse sistema para dar apoio tanto para aqueles que querem melhorar as metodologias aplicadas no melhoramento tradicional quanto aqueles que desejam começar a introduzir a seleção genômica em seus planteis”, menciona.

Na genômica aplicada à produção, Ledur ressalta a importância das metodologias destinadas à identificação de genes, mutações e mecanismos que controlam anomalias, como as hérnias. “Se esse problema fosse causado por apenas um ou poucos genes, seria mais fácil o desenvolvimento de um teste de diagnóstico de animais portadores, mas são centenas de genes que controlam esse problema. Portanto, ainda estamos trabalhando para conseguir identificar um conjunto de marcadores associados com a manifestação das hérnias em suínos”, relata.

Nas pesquisas direcionadas a problemas metabólicos em frango de corte, Mônica destaca os estudos relacionados à necrose na cabeça do fêmur e as miopatias peitorais, para tentar entender por que alguns animais apresentam essas patologias e outros não. “Temos processos biológicos distintos para cada um desses problemas, e já identificamos vários genes importantes para o desencadeamento dessas anomalias”.

Ledur salienta a importância da identificação dos genes causadores de doenças para conseguir avançar para outro estágio, que é uma tecnologia chamada CRISPR (repetição palindrômica curta agrupada regularmente interespaçada) para edição genômica.

Considerada uma das técnicas mais modernas para a edição genética de diversos organismos, incluindo animais de produção, o sistema CRISPR é uma ferramenta fundamental de pesquisa e inovação tecnológica, e tem enorme potencial de acelerar o melhoramento genético. “Essa é uma tecnologia disruptiva por que é muito precisa, ou seja, é como se o animal não tivesse passado por nenhuma manipulação”, acentua.

Fonte: O Presente Rural

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Inscrições para trabalho científico no Siavs terminam dia 31 de maio

Mérito ABPA de Pesquisa Aplicável leva pesquisador para experiência internacional; edição deste ano é exclusiva para estudantes de graduação e pós graduação.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Termina no dia 31 de maio o prazo para as inscrições de pesquisa no Mérito ABPA de Pesquisa Aplicável, ação promovida pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) durante o Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs), que acontecerá entre os dias 06 a 08 de agosto no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

A edição deste ano é exclusiva para estudantes de graduação e pós-graduação vinculados a universidades do Brasil.

Poderão ser inscritos trabalhos relacionados às seguintes áreas: Produção, Manejo e Ambiência; Nutrição; Tecnologia, Processos e Saúde Pública; Sanidade; e Sustentabilidade Ambiental da avicultura, da suinocultura, da bovinocultura de corte e de peixes de cultivo.

Os trabalhos serão avaliados por uma comissão julgadora constituída por acadêmicos e técnicos da cadeia agroindustrial, de acordo com critérios como a aplicabilidade na cadeia produtiva e outros pontos.

Como reconhecimento pela dedicação e excelência do esforço realizado, o melhor trabalho receberá passagem e hospedagem para participar de ação internacional organizada pela ABPA em uma das maiores feiras de alimentos do planeta – Gulfood (Emirados Árabes Unidos) ou SIAL Paris (França), conforme a escolha do pesquisador. Os autores principais do segundo e do terceiro melhores serão agraciados com mimos, como incentivo à continuidade da pesquisa e estudos científicos.

Serão aceitos trabalhos inscritos até o dia 31 de maio. Para participar, é preciso estar inscrito na programação de palestras do Siavs. As regras para submissão e apresentação de trabalhos e outras informações estão disponíveis aqui.

Sobre o Siavs

O Siavs 2024 é a maior feira das cadeias produtivas de proteína animal, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto deste ano no novíssimo Distrito Anhembi – o mais novo e moderno espaço de exposições de São Paulo (SP).

Reunindo centenas de empresas no pavilhão localizado ao lado da Marginal Tietê, o Siavs será o palco de diversos lançamentos de novas tecnologias para a cadeia produtiva ao longo de seus três dias de exposições.

Mais de 200 empresas já confirmaram participação nos mais de 25 mil metros quadrados de área de exposição do evento.

Além disso, uma ampla programação de palestras deverá ser divulgada nos próximos dias, reunindo especialistas das cadeias de proteína animal do Brasil e de diversos países.

Saiba mais pelo site www.siavs.com.br.

Fonte: Assessoria Siavs
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Notícias

Pesquisa para atualização dos números da safra brasileira de grãos inicia nesta semana

Pesquisa será realizada em todos os estados produtores, com saídas de campo em Mato Grosso, Pará, Bahia, Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí e Maranhão.

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Foto:: Fernando Dias

Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão em campo nesta semana para coletar as informações que deverão compor o 9º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024. A pesquisa será realizada em todos os estados produtores, com saídas de campo em Mato Grosso, Pará, Bahia, Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí e Maranhão.

O levantamento também é feito remotamente, junto a agentes colaboradores ligados ao setor em cada estado, como produtores, cooperativas, entidades de assistência técnica, públicas e privadas, empresas de venda de insumos, comercialização, entre outros. Além das pesquisas subjetivas, a Conab utiliza o georreferenciamento das lavouras para auxiliar nas análises de produtividade e dimensionar a área.

Neste levantamento, monitora-se as principais culturas, pois as lavouras de primeira safra estão quase todas colhidas, mas a Conab observa os resultados finais desses grãos. As lavouras de segunda safra iniciam a fase final do ciclo, com algumas entrando em colheita. Por fim, as culturas de terceira safra e inverno estão com a semeadura e definição de áreas sendo estabelecidas neste momento.

No caso do Rio Grande do Sul, a Conab está monitorando as condições das lavouras no estado de forma remota, contatando agentes colaboradores e também com o auxílio do georreferenciamento para estimar a safra na região. Os números atualizados do 9º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024, com o resultado da produção em todo o país, serão divulgados no dia 13 de junho.

Fonte: Assessoria Conab
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Notícias Plano estratégico

Ministério da Agricultura e Pecuária institui grupo de trabalho para avançar na rastreabilidade de bovinos e bubalinos

Rastreabilidade é um sistema que permite acompanhar o histórico, a localização ou a trajetória de um item por meio de identificações registradas.

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Foto: Tony Oliveira

ASecretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) avança em medidas para controlar a rastreabilidade de bovinos e bubalinos. Por meio da Portaria nº 1.113, publicada no Diário Oficial da União (DOU), foi instituído Grupo de Trabalho para elaboração do plano estratégico para implementar política pública de rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos. A rastreabilidade é um sistema que permite acompanhar o histórico, a localização ou a trajetória de um item por meio de identificações registradas.

O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, reforça a importância do tema. “É uma questão que está sendo cobrada do Brasil há muito tempo por parte dos países compradores. A rastreabilidade melhora nossa capacidade de controle nos programas de saúde animal, melhora nosso enfrentamento de questões de surtos episódicos e o nosso perfil de compromisso com os requisitos de países importadores”, detalhou Goulart.

O GT será formado por representantes dos setores público e privado e tem prazo de 60 dias para debater, colher subsídios e elaborar o plano estratégico para a implementação da política publica de rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos.

Segundo Goulart, o debate sobre rastreabilidade é antigo, envolve muitas partes, e embora alguns consensos venham se formando ainda falta resolver questões fundamentais. Dentre elas, em que momento da vida do animal ele passará a ser rastreado; se o rastreamento será compulsório ou voluntário, para todos os criadores ou apenas para parte deles; como que será feita a rastreabilidade; e quais serão os mecanismos de rastreabilidade.

Grupo de trabalho

Os representantes do grupo serão indicados pelos titulares das entidades representadas e designados pelo secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart. Após a publicação da portaria, as empresas terão até o dia 21 de maio para designar seus representantes titulares e suplentes.

O Grupo será composto por representantes da Secretaria de Defesa Agropecuária; do Departamento de Saúde Animal da SDA; do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária; da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil; da Associação Brasileira das Empresas de Certificação por Auditoria e Rastreabilidade; da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes; de Frigoríficos; de Lacticínios; de Reciclagem Animal; dos Exportadores de Gado; de Animais Vivos; do Centro das Indústrias de Couro do Brasil e da Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável.

O representante da Secretaria de Defesa Agropecuária será o coordenador do trabalho, podendo convidar representantes de outros órgãos, entidades da administração pública federal e privadas e especialistas para participarem das reuniões. Em um primeiro momento terá um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), como convidado.

A participação no Grupo será considerada um serviço público relevante e não será remunerada. As reuniões serão presenciais e virtuais, em periodicidade definida por seus membros. Os trabalhos deverão ser finalizados em 60 dias, contados a partir do início da execução podendo ser prorrogado por igual período.

Fonte: Assessoria Mapa
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SIAVS 2024 E

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