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Biosseguridade se torna patrimônio estratégico da suinocultura catarinense

Nova portaria estabelece normas obrigatórias para granjas e oferece apoio financeiro a produtores, fortalecendo a posição de Santa Catarina como referência mundial em sanidade animal.

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Foto: Shutterstock -

A biosseguridade é o grande patrimônio das cadeias produtivas da pecuária de Santa Catarina. Essa visão tem orientado a atuação do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), criado em 2005 para apoiar o Estado na vigilância sanitária. Desde então, a entidade tornou-se um dos principais pilares de sustentação da defesa agropecuária catarinense, contribuindo decisivamente para a abertura de mercados e para a projeção do Estado como referência mundial em sanidade animal.

Conselheiro executivo do Icasa, Osvaldo Miotto Junior: “A biosseguridade não é apenas um conjunto de práticas, mas a base que sustenta a competitividade da pecuária catarinense” – Foto Divulgação/Icasa

A trajetória do Icasa é marcada pela parceria com produtores rurais, agroindústrias, entidades representativas e técnicos do setor público. Esse trabalho conjunto assegurou a manutenção do status zoossanitário singular de Santa Catarina, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em 2007, como a primeira área livre de febre aftosa sem vacinação no Brasil. “O resultado de quase duas décadas de esforço coletivo colocou Santa Catarina em posição de vanguarda no cenário nacional e internacional”, assinala o conselheiro executivo do Icasa, Osvaldo Miotto Junior.

Na última semana, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) publicaram a Portaria Sape nº 50/2025, que estabelece normas obrigatórias de biosseguridade na suinocultura. O regulamento abrange medidas como controle de acesso às granjas tecnificadas, procedimentos de desinfecção e destinação adequada de dejetos.

Segundo Miotto, a norma reforça a solidez do sistema catarinense de defesa agropecuária. “A biosseguridade não é apenas um conjunto de práticas, mas a base que sustenta a competitividade da pecuária catarinense. A nova portaria consolida uma cultura de prevenção e disciplina que já vinha sendo voluntariamente adotada por muitos produtores”, afirma.

As diretrizes entram em vigor em 60 dias e serão obrigatórias para todas as granjas comerciais. O texto prevê prazos

Foto: Luiza Biesus

de até 24 meses para adequações estruturais em estabelecimentos já existentes.

Apoio ao produtor

Para garantir que também os pequenos e médios produtores consigam atender às exigências, o Governo do Estado instituiu o Programa Biosseguridade Animal SC, que oferece financiamentos de até R$ 70 mil por granja, com subvenção de até 40%, além de carência de um ano e quitação em cinco parcelas anuais. “Esse apoio financeiro é fundamental para que nenhum produtor fique à margem do processo. A portaria, associada ao programa de incentivo, representa um divisor de águas, pois alia rigor técnico com viabilidade econômica”, observa o conselheiro executivo.

A suinocultura catarinense é hoje a maior exportadora de carne suína do Brasil. Em 2024, o setor movimentou US$ 1,7 bilhão, com embarques para 78 países, tendo a Ásia como principal destino. Para Miotto, a solidez do mercado externo depende da manutenção de rígidos padrões de sanidade. “A nova portaria reafirma o compromisso de Santa Catarina com a produção responsável e de qualidade. É uma medida histórica, construída com amplo diálogo entre governo, agroindústrias e produtores, e que garantirá a perenidade do setor”, destaca.

O texto integral da portaria está disponível no site da Cidasc: Portaria Sape nº 50/2025.

Fonte: Assessoria ICASA

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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