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Biosseguridade na suinocultura é tema de Fórum em Lajeado

Evento reuniu cerca de 250 participantes presenciais.

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Fotos: Fernando Dias
Debater a biosseguridade na suinocultura foi o objetivo do Fórum Estadual de Sanidade Suína, realizado na tarde da última quarta-feira (09), no auditório da Univates, em Lajeado, de forma híbrida. Cerca de 250 participaram do evento de forma presencial e o online registrou centenas de  visualizações . O Fórum foi organizado pela Secretaria da Agricultura e Fundesa, com apoio do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS) e Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS).
A diretora do DDA, Rosane Collares, destacou que a biossegurança é o pilar mais sólido dentro da produção, dando suporte para a segurança sanitária. “Nós somos todos interdependentes, o poder público e privado, para garantir a excelência sanitária do Rio Grande do Sul, e a biosseguridade faz parte deste processo”, afirmou.

Já o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, falou da importância do tema da biosseguridade, recorrente em todos os eventos realizados nos últimos tempos, já que é uma preocupação de todos os que trabalham com saúde animal. Para ele, o Brasil é uma ilha em um mar de problemas espalhados pelo mundo afora registrados na área de sanidade. “Nós temos obrigação de nos manter mobilizados e sensibilizados para garantir que continuemos assim, com segurança”, afirmou.
Cleber Dias de Souza, superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, destacou a capacidade de diálogo e entendimento entre todos os elos da cadeia produtiva, mas destacou o papel e a responsabilidade de cada um no dia-a-dia para garantir a biosseguridade.
O consultor Werner Meinke mostrou o histórico da biosseguridade, que começou na década de 1970 nas indústrias americanas, e que no Brasil o conceito chegou a partir das empresas de melhoramento genético nos anos 1980.  Para ele, este é um momento de excelente oportunidade para o Brasil no mercado mundial, em função das condições sanitárias do rebanho, demonstrando vantagens competitivas importantes. Mas destaca que é preciso avançar na biosseguridade. “ Precisamos melhorar definindo protocolos para cada granja, investindo onde estão os maiores riscos, treinando 100% das pessoas envolvidas, fazendo check-list das ações, auditorias e avaliações periódicas”, avaliou Meinke.
A coordenadora do programa de Sanidade Suídea da Seapi, médica veterinária Gabriela Cavagni, apresentou as mudanças que vieram com a Instrução Normativa 10/2023, que definiu diretrizes mínimas de biosseguridade nas granjas de suínos para fins comerciais no Rio Grande do Sul e cronogramas de execução. “Esta legislação nova veio para melhorar toda a cadeia, para aumentar a biosseguridade das granjas e a manutenção do status sanitário do Rio Grande do Sul”, afirmou. De acordo com dados das atividades de mitigação de risco na fronteira, até a primeira semana de abril deste ano foram 1844 propriedades fiscalizadas e 136 mil suínos vistoriados.
Alencar Machado e Glênio Descovi, do Laboratório de Computação Ubíqua, Móvel e Aplicada, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), apresentaram a Plataforma de Defesa Sanitária Animal (PDSA), desenvolvida para gerenciamento de eventos sanitários. A PDSA foi utilizada em 2024 no surto de Influenza Aviária, em Rio Pardo, durante as enchentes de maio para a emissão de 63 mil GTA´s e em julho durante o surto de Newcastle, em Anta Gorda. Neste ano, a partir de 01/04, começou a ser utilizada também no módulo de biosseguridade. A partir de agora, neste novo módulo, é possível colocar os dados da granja, agendar vistorias, gerar laudos e assinar a partir do Gov.br ou da própria plataforma.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), José Roberto Fraga Goulart, falou das expectativas para o mercado de suínos. Ele acredita que 2025 será um grande ano, já que o Brasil tem garantias de sanidade, ao contrário de outros países. Só de janeiro a março deste ano, 26 países registraram 2.251 casos de peste suína africana. “Nós temos um espaço enorme para crescer, mas precisamos fazer a nossa parte e garantir a sanidade do rebanho, tudo tem a ver com sanidade”, ressalta Goulart.

Fonte: Assessoria Seapi

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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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