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Biossegurança começa no incubatório

Processos de limpeza e higienização devem também ser feitos de forma correta no incubatório, para que possíveis patógenos não infectem ainda o ovo

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Um assunto que vem sendo bastante tratado e merece total atenção é a biossegurança. Muito se fala do que o produtor deve fazer para manter a biosseguridade da propriedade. Mas não é somente ele que deve se preocupar com isso. Os processos de biossegurança devem acontecer desde o início, ainda no incubatório. A importância de manter total limpeza e desinfecção inclusive nesta fase garante melhores resultados finais.

De acordo com o engenheiro químico especialista em Higienização e consultor técnico Charles Eduardo Lima, o processo de higienização consiste em um conjunto de práticas que tem como objetivo devolver ao ambiente de processamento – superfícies das instalações, dos equipamentos e utensílios – a boa condição higiênica inicial – o início da laboração. “A higienização deve remover os materiais indesejados – matéria orgânica, corpos estranhos, resíduos proteico, lipídicos e microrganismos das superfícies a um nível tal que os resíduos que persistirem não apresentem qualquer risco de contaminação”, informa.

O especialista esclarece que para realizar um programa de higienização com sucesso, é essencial compreender a natureza da sujidade que vai ser removida, ter distinção para escolher o método mais adequado para a sua remoção, assim como o método mais indicado para avaliar a eficácia do processo utilizado. “Os protocolos de limpeza e desinfecção, quando corretamente adotados, podem ser um meio de reduzir os microrganismos patogênicos e são parte integral de programas de biosseguridade”, conta. Lima acrescenta que todo e qualquer procedimento básico de limpeza e desinfecção, ou seja, procedimento de higienização, deve ser realizado por etapas básicas e bem realizadas em um pré-requisito para o resultado eficiente de todo um processo de higienização.

Quatro etapas

O profissional cita quatro etapas básicas da higienização: pré-limpeza, limpeza, enxágue e sanitização. “Reafirmamos com ênfase na importância da primeira etapa – remoção e pré-enxágue – como organização, planejamento nas ações das desmontagens e retiradas de itens, e peças de limpeza manual e recomendando procedimentos de aplicação de espuma e imersão”, diz. Já quanto à limpeza, Lima explica que esta etapa depende de coordenação e do número de pessoas envolvidas (ação mecânica) e da ação química (detergentes), em que se recomenda aplicação com o uso de gerador de espuma nos ambientes e na maioria das salas, o que deve otimizar o procedimento e melhorar a aplicação.

Na etapa do enxágue, Lima diz que depende dos pontos de água pressurizada que se mostraram ser eficientes e adequados, além da utilização de água tratada. E na sanitização ele conta que devem ser feitas indicações com relação à aplicação de sanitizantes com aplicadores específicos e pulverização/nebulização para melhor abrangência do sanitizante utilizado.

Explicando todos estes conceitos, o profissional alerta que são passos importantes a serem seguidos na limpeza e desinfecção dos incubatórios. “A higienização se torna, então, altamente indispensável em toda a cadeia de produção, pois processos bem elaborados de higienização irão impedir o crescimento e a proliferação de microrganismos, evitando qualquer tipo de contaminação microbiológica”, reafirma. E todos os passos citados devem ser corretamente seguidos e respeitados, reforça.

Outro ponto destacado por Lima tem relação com a periodicidade desse processo de higienização. De acordo com o profissional, depende de cada processo, mas o recomendável é que seja feito diariamente ou ao término de cada processo de produção. Além do mais, implementar estes procedimentos de higienização logo após o processo produtivo é uma ótima forma para manter tudo mais limpo e higienizado por mais tempo, afirma.

Lima avisa que é sempre importante frisar que um equipamento ou superfície que não foi adequadamente limpo não poderá ser eficientemente sanitizado, já que resíduos remanescentes protegem os microrganismos da ação do agente sanitizante. “Portanto, a sanitização – ou desinfecção – não é exatamente para corrigir falhas das etapas anteriores do procedimento de higienização”, afirma.

Mais informações você encontra na edição de Aves de julho/agosto de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura encerra 2025 em alta e mantém perspectiva positiva para 2026

Setor avança com produção e consumo em crescimento, margens favoráveis e preços firmes para proteínas, apesar da atenção voltada aos custos da ração e à segunda safra de milho.

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O setor avícola deve encerrar 2025 com desempenho positivo, sustentado pelo aumento da produção, pelo avanço do consumo interno e pela manutenção de margens favoráveis, mesmo diante de alguns desafios ao longo do ano. A avaliação é de que os resultados permanecem sólidos, apesar de pressões pontuais nos custos e de um ambiente externo mais cauteloso.

Para 2026, a perspectiva segue otimista. A expectativa é de continuidade da expansão do setor, apoiada em um cenário de preços firmes para as proteínas. Um dos principais pontos de atenção, no entanto, está relacionado à segunda safra de milho, cuja incerteza pode pressionar os custos de ração. Ainda assim, a existência de estoques adequados no curto prazo e a possibilidade de uma boa safra reforçam a visão positiva para o próximo ano.

No fechamento de 2025, o aumento da produção, aliado ao fato de que as exportações não devem avançar de forma significativa, tende a direcionar maior volume ao mercado interno. Esse movimento ocorre em um contexto marcado pelos impactos da gripe aviária ao longo do ano e por um desempenho mais fraco das exportações em novembro. Com isso, a projeção é de expansão consistente do consumo aparente.

Para os próximos meses, mesmo com a alta nos preços dos insumos para ração, especialmente do milho, o cenário para o cereal em 2026 é considerado favorável. A avaliação se baseia na disponibilidade atual de estoques e na expectativa de uma nova safra robusta, que continuará sendo acompanhada de perto pelo setor.

Nesse ambiente, a tendência é de que as margens da avicultura se mantenham em patamares positivos, dando suporte ao crescimento da produção e à retomada gradual das exportações no próximo ano.

Já em relação à formação de preços da carne de frango em 2026 e nos anos seguintes, o cenário da pecuária de corte deve atuar como fator de sustentação. A menor disponibilidade de gado e os preços mais firmes da carne bovina tendem a favorecer a proteína avícola. No curto prazo, porém, o setor deve considerar os efeitos da sazonalidade, com maior oferta de fêmeas e melhor disponibilidade de gado a pasto, o que pode influenciar o comportamento dos preços.

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro Itaú BBA
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