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Bioeconomia Tropical Sustentável: o terceiro salto da ciência brasileira

Apesar de todos os avanços, o desenvolvimento da agricultura tropical brasileira apresenta fragilidades

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Artigo escrito por Evaldo Vilela, presidente do CNPq e coordenador Científico do Fórum do Futuro

Vivemos um momento crucial para as Ciências que integram o complexo Água, Energia e Alimento, pilares da Bioeconomia Tropical Sustentável. Do desempenho das instituições e dos pesquisadores envolvidos nessas áreas dependerão diretamente a qualidade de vida, a superação da fome, o bem-estar e, especialmente, o grau de sustentabilidade com o qual vamos conseguir continuar produzindo elementos essenciais à vida preservando os recursos naturais para as gerações futuras.

Nos últimos 50 anos, a Plataforma de Ciência, Tecnologia e Inovação, a partir da qual o Brasil criou a Agricultura Tropical Sustentável, barateou e democratizou a oferta de alimentos, ampliando a qualidade desses alimentos e gerando um impacto positivo sobre a saúde das pessoas. Além disso, permitiu aos povos tropicais produzir alimentos em seus próprios países, gerando renda e emprego para populações antes miseráveis.

Se hoje conseguimos entregar muito mais alimentos usando menos terra, menos recursos naturais, se hoje o Brasil é responsável por alimentar perto de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, uma grande parte dessas conquistas é resultado da  Ciência, da Tecnologia e da Inovação desenvolvidas em ambiente tropical. Um esforço articulado de Universidades, da Embrapa, de outras instituições científicas e do empreendedorismo dos agricultores brasileiros.

Apesar de todos os avanços, o desenvolvimento da agricultura tropical brasileira apresenta fragilidades tais como a significativa dependência por fertilizantes e agrotóxicos. Sem contar com a incoerência de ainda termos uma parcela significativa da população sem acesso adequado à alimentação. Portanto, é preciso avançar ainda mais e a Ciência, a Tecnologia e a Inovação são indispensáveis seja na identificação, mensuração ou na solução destas questões. Nos próximos 30 anos o mundo terá que produzir mais alimento do que a soma de tudo que já foi produzido em toda a história da humanidade.

É nesse quadro que o Projeto Biomas Tropicais integra, em Rede, algumas das mais importantes organizações da Ciência brasileira e do mundo. Dessa vez, a missão não só é necessária, mas é urgente. E também vital!

Ciência e Cientistas, porém, não conseguirão fazer isto sozinhos. Ninguém faz mais nada sozinho no mundo de hoje. As fronteiras entre as áreas do conhecimento estão cada vez mais tênues. Um exemplo bastante trivial disso é a própria Bioeconomia, tema desse evento. Uma palavra gerada a partir da reunião de duas áreas do conhecimento.

Além disso, quando tratamos um tema com tantas facetas, como é caso do desenvolvimento sustentável, é fundamental tratá-lo de forma multidisciplinar, reunindo diversos atores e áreas do conhecimento. É preciso sobretudo, reunir o conhecimento gerado por outros pesquisadores e projetos como o Programa Ecológico de Longa Duração-PELD, fomentado pelo CNPq, e que há 24 anos vem reunindo importantes informações a respeito de diversos biomas brasileiros. Na ciência, devemos sempre nos lembrar da célebre frase de Issac Newton em uma carta endereçada a Robert Hooke em 1676 “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes”. Com essa bela frase o físico ilustrou uma característica muito importante da ciência: que ela é necessariamente uma construção coletiva.

A comunicação entre os pesquisadores é essencial, mas não suficiente, é preciso que haja também o compartilhamento do conhecimento gerado a fim de diminuir a distância entre a a academia e as expectativas que a sociedade deposita no desenvolvimento da ciência e na tecnologia. A ciência influencia, mas também é influenciada pela sociedade. Neste sentido,  comunicação entre ciência e sociedade é uma via de mão dupla, e e o único caminho na direção de sonharmos juntos um mundo melhor.

Por isso, nos dirigimos hoje principalmente a todos, mas especial aos jovens. A juventude sabe que a Ciência é parceira dos valores, da visão de uma sociedade menos desigual, de um sistema produtivo mais humano e consciente. É só olhar a evolução da condição humana ao longo do processo civilizatório para constatar essa sinergia.

Mas, os tempos atuais são desafiadores e mais complexos. Exigem mais protagonismo da visão da Ciência na formação da opinião e do comportamento na sociedade.

Essa Frente de Ciência hoje aqui reunida mostra não só que isso é possível. Precisamos juntos saltar da Economia Industrial para a Economia do Conhecimento. No ambiente de transformações aceleradas do Século XXI isto é uma questão de sobrevivência.

O conhecimento é o caminho para uma sociedade organizada de forma mais humana, mais lucrativa para os agentes econômicos, mas responsável com o Planeta e com as gerações futuras.

O Fórum do Futuro e o Projeto Biomas procuram refletir assim os mais genuínos anseios dos jovens!

Fonte: Assessoria

Notícias Livre de imprevistos

Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança

O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

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Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.

Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.

Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.

Melhorando o desempenho das plantações

Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.

Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.

Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.

Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.

E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.

Segurança como aliada ao setor

Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.

Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.

Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.

A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.

Conclusão

Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.

Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.

Fonte: Assessoria e comunicação
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural

Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

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O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.

Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.

Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.

A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.

Fonte: O Presente Rural
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA

Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024

Fosfatados ainda pesam

Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.

A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores

Fontes mais baratas e diluídas

O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.

Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP

O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Oportunidades para safrinha de 2026

Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos

Câmbio segue como ponto de atenção

Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro do Itaú BBA
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