Notícias NOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
Bioeconomia é tema de debate entre Brasil e Alemanha
O Programa Nacional de Bioinsumos, criado em 2020, é uma das ações do Mapa para impulsionar o setor
A transformação de uma economia baseada em desafios ambientais e climáticos colocam a bioeconomia nas agendas políticas e econômicas em todo o mundo, requerendo novas abordagens e cooperação na pesquisa e nos negócios. Os governos do Brasil e da Alemanha são parceiros no setor agrícola e debateram o tema da bioeconomia nesta quarta-feira (17), em evento online do Diálogo Agropolítico Brasil-Alemanha, transmitido para público dos dois países.
Pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação apresentou as iniciativas já desenvolvidas para a consolidação e amadurecimento do conceito de bioeconomia agrícola com foco em inovação. O destaque ficou com o Programa Nacional de Bioinsumos, criado em 2020, e com a renovação do Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC+).
Tendência da agricultura mundial, o consumo de bioinsumos pelos produtores cresce a cada ano e o Brasil chama a atenção por incrementar o uso dessa tecnologia em cerca de 28% ao ano, enquanto o crescimento no restante do mundo representa quase metade, atingindo 15%. O valor movimentado é estimado em R$ 1 bilhão.
Somente em 2020, o Mapa registrou 95 defensivos de baixo risco, entre produtos biológicos, microbianos, semioquímicos, bioquímicos, extratos vegetais e reguladores de crescimento. Em relação ao ano anterior, o aumento é de 121% no número de registros.
“Metade da área plantada de soja no país, até a safra de 2022, terá aplicado ao menos um insumo biológico. Isso mostra que não é mais uma tendência, é uma realidade no Brasil o uso dos bioinsumos”, destacou a diretora de Apoio à Inovação para a Agropecuária do Mapa, Sibelle Silva.
Além disso, o tema está presente no Plano Safra, que fortaleceu o Pronaf Bioeconomia, com a inclusão, por exemplo, de financiamento para Sistemas Agroflorestais e construção de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes.
A criação de novos insumos, principalmente de base biológica; a pesquisa e o desenvolvimento em biologia e biotecnologia avançadas e sobre energias alternativas; as políticas públicas sobre recursos genéticos para alimentação e agricultura estão na pauta de trabalho do Mapa, contribuindo para a descarbonização e a sustentabilidade agropecuária.
É o que explica a diretora Sibelle Silva: “A bioeconomia tem como preceitos essenciais o manejo sustentável dos recursos naturais como água, ar e solo, além da proteção da biodiversidade. Assim, a bioeconomia pode contribuir para a proteção climática, a conservação de recursos e a segurança alimentar global”, ressaltou.
Para o presidente do Conselho Estratégico do Programa Bioinsumos, Alessandro Cruvinel Fidelis, o crescimento do mercado de bioinsumos mostra que a transformação do agro do Brasil para uma agricultura “resiliente, com produtos sustentáveis e descarbonizante” já está ocorrendo e precisa ser intensificada.
Neste contexto, a bioeconomia converge para uma agricultura de baixo carbono, adaptada e resiliente para enfrentar as mudanças climáticas que já se apresentam. Esse é o objetivo do Plano ABC+, que tem como meta reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário até 2030. Com tecnologias de produção sustentável, o objetivo é alcançar 72,68 milhões de hectares (pouco mais do que duas vezes o tamanho do Reino Unido); ampliar o tratamento de 208,4 milhões de metros³ de resíduos animais e abater 5 milhões de cabeças de gado em terminação intensiva.
O foco está baseado em uma abordagem integrada da paisagem das áreas produtivas, o que consiste em olhar a propriedade não apenas como produtora de alimentos, mas levando em considerações toda a sua paisagem ao redor de forma sistêmica com o cumprimento ao Código Florestal; a saúde do solo; a conservação de água e de toda a biodiversidade brasileira, considerada a maior do mundo.
Ao mesmo tempo, o Governo Federal alemão reconhece sua responsabilidade global para bioeconomia conectada internacionalmente. Esse compromisso está firmado em estudo apresentado pela contraparte alemã do Diálogo Agropecuário no evento online.
Duas diretrizes gerais orientam os objetivos e as medidas da estratégia nacional alemã de bioeconomia. A primeira diretriz refere-se ao conhecimento biológico e às tecnologias avançadas como pilares de um sistema econômico viável, sustentável e sem impactos climáticos. A segunda diretriz visa a base de matéria-prima da economia, que deve ser sustentável e orientada para a economia cíclica através de recursos biogênicos.
Diálogo Agropolítico Brasil-Alemanha
Em 2020, os governos do Brasil e da Alemanha assinaram memorando de entendimento para Diálogo Agropolítico Alemão-Brasileiro. O acordo foi firmado entre as ministras Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Julia Klöckner (Alimentação e Agricultura da Alemanha), em Berlim.
O acordo prevê cooperação técnica, intercâmbio de informações (seminários, feiras, cursos), visitas técnicas e publicação de material conjunto em diversos setores da agricultura, como bioeconomia, gestão sustentável (solo e água), cadeias agroalimentares sustentáveis, financiamento rural, política agrícola e conectividade.
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Sindiavipar homenageia Ricardo Santin por fortalecer a avicultura brasileira no mercado global
Honraria destacou os esforços incalculáveis e o compromisso com a excelência, que ajudaram a fortalecer a posição do país no cenário global, elevando a ABPA como referência setorial reconhecida mundialmente pelos setores avícola e suinícola.
Em um gesto de reconhecimento à dedicação e liderança que têm sido fundamentais para o crescimento e desenvolvimento da avicultura no Brasil, o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) prestou uma homenagem a Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O tributo destacou os esforços incalculáveis e o compromisso com a excelência, que ajudaram a fortalecer a posição do país no cenário global, elevando a ABPA como referência setorial reconhecida mundialmente pelos setores avícola e suinícola.
Durante um encontro festivo promovido pelo Sindiaviapar, realizado em conjunto com a cadeia produtiva paranaense, Santin se mostrou emocionado ao receber a honraria. “Foi uma surpresa, pensei que estava vindo para um jantar com amigos do setor. Receber esta homenagem do Sindiavipar e de toda a cadeia produtiva do Paraná é uma manifestação de carinho imensa, porque a avicultura do Paraná é um grande eixo de desenvolvimento da avicultura brasileira, hoje com 40% da exportação, 35% da produção. Isso me deixa muito honrado. Fico muito feliz e aumenta ainda mais a minha responsabilidade, pois acompanhei o início das atividades da ABPA e a trajetória do Francisco Turra, e junto com ele ajudei a construir esta ABPA forte”, declarou Santin.
O presidente do Sindiavipar e sócio-diretor da Globoaves, Roberto Kaefer, ressaltou a importância do trabalho de Ricardo Santin para o setor. “Fazer uma homenagem ao Ricardo Santin é reconhecer uma pessoa que trabalha muito pelo nosso setor. Este ano vamos chegar aos 5,2 milhões de toneladas de carne de frango exportadas, batendo recorde e nos consolidando como o maior exportador do mundo. A avicultura do Brasil, com mais de 36% de representatividade nacional e 42% das exportações, tem hoje 150 países comprando de nós. Isso é fruto do dinamismo e da capacidade de negociação que a ABPA, sob a liderança de Santin, tem demonstrado. O Brasil, além de oferecer um produto de qualidade superior, tem a capacidade de atender sempre às demandas do mercado global”, enalteceu.
O evento contou com a presença de líderes empresariais e figuras importantes do setor, como os presidentes da Coopavel, Dilvo Grolli; da Copacol, Valter Pitol; o gerente da Divisão Industrial da C.Vale, Reni Girardi; o médico-veterinário e diretor da Mercolab, Alberto Back; além de representantes das maiores empresas de alimentos, genética, laboratórios e insumos do país.
A homenagem a Ricardo Santin ressalta a importância de sua atuação à frente da ABPA, onde ele tem sido peça-chave no crescimento e na promoção da avicultura e suinocultura brasileiras, consolidando o país como um dos maiores players no mercado mundial de proteína animal.
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Falta de chuva preocupa; cotações da soja têm novos aumentos
Paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25.
Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes.
Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea.
A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
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Exportação de ovos cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dezembro de 2022
De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos.
De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro de 2022, também conforme a Secex.