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Suínos / Peixes

Beta-glucanos na suinocultura: alternativa natural para o fortalecimento do sistema de defesa dos animais

Pesquisas realizadas com 1,3/1,6 β-glucanos (BG’s) indicam seu potencial na substituição ou diminuição do uso de antibióticos, bem como seu impacto positivo no sistema de defesa dos animais.

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Foto: Arquivo/OP Rural

Os aditivos imunomoduladores têm sido utilizados na suinocultura com o objetivo de melhorar a saúde animal e reduzir os efeitos negativos associados a enfermidades causadas por patógenos virais e/ou bacterianos. Quando comparado ao suíno adulto, o neonato é considerado imunodeficiente (sistema de defesa frágil), o que pode ser observado, de acordo com os dados expostos na Tabela 1.

A fase de desmame e dias subsequentes correspondem ao momento no qual o sistema imune do leitão ainda está imaturo e seus anticorpos circulantes atingem os menores níveis. Nesse período, ocorre o chamado “gap ou falha de imunidade”, o leitão fica mais suscetível a problemas intestinais, como diarreias, porque seu sistema imune específico não se desenvolveu por completo. Desta forma, o manejo nutricional, sanitário e dos animais influenciará diretamente na saúde, bem-estar e desempenho do lote.

As bactérias, e em particular a Escherichia coli (E. coli), são as mais importantes causadoras de diarreias após o desmame. A E.coli é habitante normal do intestino, mas havendo uma quebra de resistência do organismo do leitão, ela pode causar a colibacilose, que pode ter sérias consequências. Observa-se alta mortalidade quando a infeção se instala durante os primeiros dias de vida do animal. Existe um número muito grande de variedades de E. coli, muitas delas produtoras de toxinas, promovendo significativo desequilíbrio no sistema de defesa dos animais.

Uma vez ativado, o sistema imunológico requer uma quantidade substancial de energia para que o corpo se defenda com sucesso contra invasores, o que inclui a ativação das células de defesa, produção de anticorpos, interleucinas e proteínas de fase aguda (PFA). As estimativas sugerem que essa demanda de energia pode ser aumentada em até 10 a 30%, com algumas estimativas ainda mais altas em 55% em relação à energia metabolizável exigida pelo corpo para ativar o sistema imunológico. Essa necessidade energética é apoiada por estudos que relataram que o sistema imunológico de bovinos e suínos usa aproximadamente 1,0 kg de glicose em um período de 12 horas quando ativado. Deste modo, manter o sistema de defesa dos animais em equilíbrio é fundamental na manutenção do bom desempenho do rebanho.

Além de afetar a saúde e bem-estar dos animais, o impacto econômico desta enfermidade é considerável, devido a mortes de leitões e gastos com medicamentos. Em geral, esses cenários tendem a aumentar o uso de antibióticos na produção animal, o que aumenta o risco de resíduos nos produtos e o desenvolvimento de patógenos resistentes, além disso, o   uso   indiscriminado, aliado   a   subdosagens, classes   erradas e destino inadequado de resíduos, representam problema não só para produtores e trabalhadores da área, mas para a saúde pública e ambiental.

Em 2020, o Brasil teve uma receita superior à de 2019 com o aumento das exportações de carne suína. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que houve um aumento de 37% em relação ao ano anterior, passando de 1 milhão de toneladas.

Assim, com o aumento da demanda e novas exigências dos consumidores e dos mercados estrangeiros, a necessidade do uso de ferramentas alternativas aos antibióticos promotores de crescimento, que preservem o bom desempenho dos animais de produção, ganham cada vez mais espaço nas áreas de nutrição e sanidade animal.

Pesquisas realizadas com 1,3/1,6 β-glucanos (BG’s) indicam seu potencial na substituição ou diminuição do uso de antibióticos, bem como seu impacto positivo no sistema de defesa dos animais. Os BG’s pertencem a um grupo de compostos fisiologicamente ativos chamados modificadores da resposta biológica, devido à sua capacidade de modular o sistema de defesa dos animais. A variabilidade em sua estrutura se deve a diferenças na fonte e métodos de extração e/ou purificação. Estudos demonstram que apenas 1,3/1,6 β-glucanos altamente purificados com alto grau de ramificação ao longo da cadeia principal são capazes de exercer atividade imunomoduladora, como os BG’s oriundos da parede celular da levedura Saccharomyces cerevisiae.

Pesquisa

Em recente pesquisa (2022) realizada no Instituto Samitec – Soluções Analíticas Microbiológicas e Tecnológicas, Rio Grande do Sul/Brasil, foram avaliados os efeitos da inclusão de um imunomodulador natural, composto a base de 1,3/1,6 β-glucanos purificados e concentrados a 60% sobre parâmetros de desempenho e imunidade de leitões desafiados com E. coli.

Durante 42 dias experimentais, foram avaliados 16 leitões, com idade inicial de 24 dias e peso médio inicial de 6,41 kg, os quais foram divididos em dois grupos: 1) Ração basal, sem imunomodulador e, T2) Ração basal, com imunomodulador (450g/ton).

No 8º dia experimental, todos os animais foram desafiados, via gavagem oral, com 1,5 mL de E. coli, na concentração de 1×108 UFC. Amostras de sangue foram coletadas, de cada leitão, no 7º dia pós-infecção, para análise do marcador de inflamação Proteína C-reativa (proteína de fase aguda, bastante pronunciada em situações de infecção). Os parâmetros de desempenho produtivo avaliados foram: peso vivo e conversão alimentar. Os resultados de produção de Proteína C-reativa (PCR) podem ser observados na figura 3.

Resultados

Os resultados de peso vivo e conversão alimentar podem ser observados nos gráficos 1 e 2, respectivamente:

Melhor desempenho produtivo

O grupo de animais que recebeu o imunomodulador na dieta apresentou melhor desempenho produtivo, representado pelo maior peso vivo e melhor conversão alimentar, mesmo sob desafio com E. coli. Tal resultado, extremamente impactante, pode ser atribuído a diminuição da inflamação causada pela bactéria patogênica, de acordo com o demonstrado pela menor produção da PCR.

Devido à eficiente ação do imunomodulador, o sistema de defesa destes animais estava mais bem preparado para responder ao desafio e exigiu menor energia para a sua ativação e manutenção, fazendo com que o seu desempenho não fosse prejudicado, mesmo sob condições desafiadoras, tais quais as encontradas em produções comerciais.  Desta forma, 1,3/1,6 β-glucano concentrado e purificado pode representar uma potencial alternativa para a redução do uso de antibióticos.

As referências bibliográficas estão com os autores. Contato via: catarina.leao@yes.ind.br.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Suínos e Peixes.

Fonte: Por Verônica Lisboa, gerente de Produtos da Yes

Suínos / Peixes

Minas Gerais celebra Dia da Carne de Porco em 30 de abril

Na mesma data é comemorado o aniversário da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), que neste ano comemora 52 anos de atividade. 

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Você sabia que no dia 30 de abril é celebrado o Dia da Carne Suína Mineira? A data foi instituída pela Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) através da LEI 21125, de 03/01/2014, com o objetivo de valorizar a cadeia produtiva da carne suína e sua representatividade econômica, social e cultural no Estado. Na mesma data é comemorado o aniversário da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), que neste ano comemora 52 anos de atividade.

Em Minas, esta é uma proteína que está presente no dia a dia e nos momentos de confraternização, ela faz parte da vida e da cultura alimentar local, não por acaso, estrelam entre os nossos pratos tradicionais e mundialmente reconhecidos: torresmo, leitão à pururuca, costelinha com canjiquinha, lombo com tutu, barriga à pururuca entre tantos outros mais e todo este cenário nos leva ao primeiro lugar no ranking de consumo da carne suína no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2023, a estimativa é que cada mineiro consuma 27,1 kg per capita.

Minas Gerais não é referência apenas no consumo, mas também na produção da carne de porco. Segundo o IBGE somos o quarto maior produtor de suínos do Brasil, com destaque para as regiões do Triângulo Mineiro, Vale do Piranga, Centro-Oeste Mineiro e Sul de Minas.

Em 2023 passado, foram comercializadas 5,3 milhões de toneladas de carne. Para o presidente da associação, João Carlos Bretas Leite, Minas é um caso à parte em consumo e qualidade da produção e somos mundialmente conhecidos por estes feitos. É muito gratificante garantir proteína saudável, a preço justo e sabor inigualável na mesa dos mineiros e saber que ela faz parte do dia a dia e da história desse povo”, disse.

Fonte: Divulgação/HB Audiovisual

Além de garantir carne de saudável e saborosa aos consumidores mineiros, a Associação que representa estes produtores pretende dar dicas das melhores e mais saborosas formas de preparo da proteína, por isso há alguns anos criou o projeto Cozinhando com a Asemg, conheça o projeto:

Cozinhando com Asemg: com porco é melhor

A Asemg lançou neste mês de abril a quarta edição do projeto “Cozinhando com a Asemg”, que traz o tema: “Com Porco é melhor”. Serão apresentadas uma série de receitas, tradicionais na cozinha do brasileiro, mas com substituições que trazem muito mais sabor aos pratos. Nelas conterão a carne de porco no lugar de outras proteínas já conhecidas tradicionalmente.  Receitas como strogonoff de carne de porco, salpicão de carne de porco e muito mais.

O presidente da Asemg João Carlos Bretas Leite conta que: “Estamos na quarta edição do projeto, que vem a cada ano trazendo novidades e surpreendendo a todos mostrando o quanto a nossa proteína é versátil. As receitas são disponibilizadas no Instagram @asemg_mg, receitas fáceis e muito saborosas.’’ comenta o presidente.

Conheça a Asemg

A Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais foi criada em 30 de abril de 1972 com o objetivo de representar a classe suinícola no estado mineiro e vem cumprindo este papel desde então.

Hoje a entidade tem como missão construir e fortalecer relacionamentos estratégicos, prover informações assertivas e fomentar soluções para a competitividade e o desenvolvimento sustentável da suinocultura, agregando valor para os associados, filiadas regionais, parceiros e comunidades.

A Asemg atua diretamente em áreas como: sanidade, bem-estar animal, política, conhecimento, marketing, meio ambiente, inovação e mercado de compra e venda de suínos.

Fonte: Assessoria Asemg
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Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo e da carne recuam; poder de compra cai frente ao farelo

Esse cenário força frigoríficos paulistas a reajustarem negativamente o preço negociado, em busca de maior liquidez e de evitar o aumento dos estoques.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo e da carne caíram nos últimos dias, conforme apontam levantamentos do Cepea.

Para o animal, pesquisadores deste Centro explicam que a pressão vem da demanda interna enfraquecida e da oferta elevada.

No atacado, o movimento de baixa foi observado para a maioria dos produtos acompanhados pelo Cepea e decorre da oferta oriunda da região Sul do Brasil (maior polo produtor) a valores competitivos.

Esse cenário, segundo pesquisadores do Cepea, força frigoríficos paulistas a reajustarem negativamente o preço negociado, em busca de maior liquidez e de evitar o aumento dos estoques.

Diante da retração dos valores pagos pelo vivo no mercado independente em abril, o poder de compra do suinocultor paulista caiu frente ao farelo de soja; já em relação ao milho, cresceu, uma vez que o cereal registra desvalorização mais intensa que a verificada para o animal.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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