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Bem-estar, produtividade e custos de produção: especialistas opinam sobre a gestação coletiva de matrizes suínas

Seminário técnico gratuito sobre o assunto acontece no dia 9 de agosto em Chapecó-SC

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A gestação coletiva de matrizes suínas é o tema de um seminário técnico que acontece no próximo dia 9 de agosto em Chapecó-SC, durante o IX Simpósio Brasil Sul de Suinocultura. O evento é gratuito e organizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Embrapa Suínos e Aves de Concórdia-SC. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas com a Comissão de Bem-Estar Animal do Mapa, pelo e-mail comissao.bea@agricultura.gov.br.

"A Embrapa Suínos e Aves é referência em pesquisa em bem-estar de suínos. Além de ser uma exigência cada vez mais difundida no mundo todo, as práticas que visam o bem-estar de suínos melhoram o conforto e saúde do animal e a produtividade e manejo da granja, como é o caso da gestação coletiva de matrizes", diz a pesquisadora e chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Janice Zanella.

O bem-estar animal, aliado à manutenção e até mesmo ao aumento da produtividade, além da relação entre a gestação coletiva com os custos de produção, são alguns dos temas do Seminário Técnico Brasil Sul de Gestação Coletiva de Matrizes Suínas (a programação completa pode ser conferida ao final do texto).

Confira alguns depoimentos de profissionais que estão envolvidos com a migração do sistema convencional para o sistema de baias coletivas:

Eliana Renuncio, assessora técnica da Cooperativa Aurora

"Na visão da Aurora, é muito importante que se façam os debates e entendimentos necessários desta nova proposta de troca de alojamento das fêmeas suínas de gaiolas para baias coletivas.

Sabemos que tal assunto já causou grande polêmica e aumentos de custos em outros países onde foram propostas e implementadas as alterações, por isso devemos adotar uma atitude de muita responsabilidade frente a decisões que possam impactar seriamente o produtor rural brasileiro, que já vive um momento ímpar de crise como todo o país. Temos que ser muito abertos a mudanças e melhorias, principalmente relacionadas a criação racional e responsável dos animais destinados a alimentação, porém temos que ser equilibrados nas decisões, visando a sustentabilidade da cadeia produtiva.

Vejo a Embrapa como importante autora desta avaliação e que poderá nos ajudar a analisar os fatos e dados de forma muito mais assertiva e coerente."

Guilherme Brandt, gerente corporativo da cadeia de suinocultura da BRF

"O evento é de suma importância para a cadeia de suinocultura nacional. Estamos vivendo um novo momento na suinocultura brasileira, em que todos iremos passar por grande transformação, desde estrutura até modelo de produção.

Estamos fazendo parte de uma geração de grandes mudanças no mundo e especialmente na suinocultura nacional há um grande desafio em relação ao modelo de produzir e como manejar os animais com bem-estar mantendo a produtividade. Nosso objetivo direto é produzir com respeito às pessoas, animais e ao meio ambiente, suínos de qualidade, saudáveis e a baixo custo.

Há uma grande quebra de velhos paradigmas e novos meios de produção. Estamos engajados neste novo modelo de produção com compromisso firmado para eliminar as gaiolas nos próximos dez anos. Estamos com trabalho focado em todos os segmentos da empresa na formação de pessoas para este novo modelo que não tem mais volta."

Daniel Cruz, coordenador de bem-estar animal da World Animal Protection

“O bem-estar animal é, cada vez mais, uma exigência da sociedade contemporânea. O consumidor não está apenas preocupado com a origem e a qualidade da carne, mas também com a maneira com que os animais são tratados ao longo da cadeia produtiva. O uso de gaiolas para gestação de matrizes suínas vem se tornando uma técnica em desuso em diversos países, inclusive no Brasil, por conta dos prejuízos físicos e psicológicos gerados aos animais. O sistema de gestação coletiva tem demonstrado melhorias significativas nos níveis de bem-estar das fêmeas, tendo como consequência resultados produtivos iguais ou até mesmo superiores.

A World Animal Protection acredita que a gestação coletiva é somente o primeiro passo para a melhoria do bem-estar dos animais na suinocultura. Outros pontos importantes, que também devem ser trabalhados simultaneamente, são políticas de bem-estar animal, enriquecimento ambiental em todas as fases da criação e redução de mutilações.

A gestação coletiva proporciona uma série de benefícios aos animais, colaboradores e indústrias quando bem implantada e manejada. Para a World Animal Protection, a transição para esse sistema é somente a primeira parte do trabalho.”

Liziè Buss, fiscal federal agropecuário, Comissão de Bem-Estar Animal do Mapa

"Do ponto de vista da Comissão de Bem-Estar Animal do Mapa, o fomento da prática é essencial para a sustentabilidade da suinocultura nacional. Os demais competidores e grandes produtores de suínos já anunciaram a mudança de sistema produtivo, e não podemos ficar atrás. O Brasil tem condições ambientais de favorecer um alto grau de bem-estar aos animais de produção, mas o desenho dos sistemas produtivos e qualificação da mão de obra são essenciais para que o alto grau de bem-estar dos animais de produção seja realidade.

O seminário foi proposta do próprio setor privado, que está ávido por informações técnicas que direcionem os novos sistemas produtivos em gestação coletiva. Este é o seminário pensado para a região Sul do país. Pretendemos colocar os especialistas sobre o tema e os técnicos das agroindústrias para discutir suas dificuldades, dúvidas, casos de sucesso e experiências. Queremos que todos os envolvidos sejam beneficiados com este debate técnico, especialmente os suinocultores e seus animais."

Janice Zanella, pesquisadora e chefe geral da Embrapa Suínos e Aves

"Ainda que a maioria das granjas no Brasil adotem o sistema de confinamento de matrizes na gestação, a nova tendência de baias coletivas vai se tornar realidade aqui também.

Para facilitar essa transição, serão precisos estudos e pesquisas em várias áreas e também na validação de medidas de manejo, equipamentos, dentre outros, às nossas condições. Nossas equipes estão trabalhando em parceria com indústrias, universidades e com o Mapa estudando esse novo sistema.

Além dos ganhos em produtividade e possivelmente de mercados, isso irá proporcionar que os suínos expressem seu comportamento natural, se socializem, tenham mais liberdade, diminuindo o estresse." 

Seminário Técnico Brasil Sul de Gestação Coletiva de Matrizes Suínas

Data: 09.08.2016

Local: Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo Nês, Chapecó-SC

Inscrições: gratuitas, pelo e-mail comissao.bea@agricultura.gov.br

Programação

• 8h30 – 9h: Abertura do Seminário

• 9h – 9h15: Projeto Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil: Estratégias do Serviço Veterinário Oficial (SVO) e setor privado para a adoção da gestação coletiva de matrizes suínas

• 9h15 – 9h30: O papel da Embrapa Suínos e Aves na transição para a gestação coletiva

• 9h30 – 10h: Intervalo

• 10h – 12h30: Mesa redonda "Compartilhando experiências na gestação coletiva de matrizes suínas", com apresentação dos cases das agroindústrias convidadas (BRF, JBS Foods, Adelle Foods, Pamplona) e debate:

– Como realizar a transição dos sistemas, objetivando o menor impacto ao produtor rural (oportunidades e desafios na implantação das granjas)

– Experiências com o sistema de gestação coletiva sem uso de estação de alimentação (índices de produtividade e desafios de manejo)

– Resultados e desafios de manejo no sistema mini box

– Experiências com o sistema de arraçoamento automatizado (estações de alimentação), índices de produtividade e desafios no manejo

– Gestação coletiva, como reduzir o impacto na reprodução das fêmeas suínas- Desafios no manejo (sistema cobre e solta)

O Seminário Técnico Brasil Sul de Gestação Coletiva de Matrizes Suínas tem apoio da ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos), ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e do Nucleovet (Núcleo Oeste de Médicos Veterinários).

Fonte: Assessoria Embrapa

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Governo antecipa vacinação nos últimos cinco estados em busca do reconhecimento de território livre de febre aftosa sem vacinação

Meta é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

O Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), no dia 15 de abril, enviou aos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, o Ofício Circular nº 28/2024 antecipando a campanha de vacinação contra febre aftosa para o mês de abril, com a meta de conclusão até o dia 30, sem possibilidade de prorrogação.

A decisão foi tomada pelo Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, após reunião com a equipe gestora do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA) e avaliação das condições técnicas.

A expectativa é que a antecipação da vacinação juntamente com a realização das demais ações descritas no PE-PNEFA resultem em avanço sanitário, colaborando para o reconhecimento do território brasileiro como livre de febre aftosa sem vacinação.

Para realizar a transição de status sanitário, os estados e o Distrito Federal precisam atender aos critérios definidos no Plano Estratégico, que está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A meta é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.

Além dos cinco estados do nordeste, também vacinam pela última vez até o dia 30 de abril, as unidades da Federação da Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Sergipe e parte do estado do Amazonas.

As vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda. Devem ser usadas agulhas novas para aplicação da dose de 2 mL na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais e a aplicação da vacina.

Além de vacinar o rebanho, o produtor deve também declarar ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado. A declaração de vacinação deve ser realizada nos prazos estipulados pelo serviço veterinário estadual.

Em caso de dúvidas, a orientação é buscar esclarecimentos junto ao órgão executor de defesa sanitária animal de seu estado.

Fonte: Assessoria Mapa
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Carne bovina e milho são destaques na exportação brasileira

Os principais compradores do produto brasileiro são China, Estados Unidos, Chile, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos. 

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Foto: Montagem/Mapa

Carvão, brasa e carne, essa combinação é querida entre os brasileiros, principalmente no almoço de domingo, e até mesmo uns legumes assados como o milho. Como forma de celebrar estes ingredientes que estão presentes na mesa da população, nesta quarta-feira (24) é comemorado o Dia Internacional do Milho, Dia do Boi e do Churrasco.  

Fotos: Shutterstock

A data objetiva solenizar a agropecuária brasileira, já que o país é um dos principais produtores e exportadores do mundo. “O Brasil é esse grande produtor de alimentos graças nossa agropecuária forte, geradora de renda e oportunidade”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. 

No que se refere a carne bovina, um dos setores produtivos mais importantes da economia nacional, o Brasil é o segundo maior produtor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI).  

Já em relação ao ranking de países exportadores, o Brasil está em 1º lugar com relação comercial com 159 países. Somente no ano passado, foram exportados cerca de 2,536 milhões de toneladas de carne bovina in natura e processada. 

Os principais compradores do produto brasileiro são China, Estados Unidos, Chile, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos. 

Para o ano de 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela que a expectativa é de aumento na produção com 10 milhões de toneladas. Destes, 6,6 milhões de toneladas serão destinados ao mercado interno e 3,5 milhões de toneladas devem ser exportadas.  

Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, o desempenho reflete a qualidade superior dos produtos brasileiros. “As exportações são uma importante fonte de receita, contribuindo para o fortalecimento da economia, a geração de emprego e renda, e a sustentabilidade do setor agrícola”, afirma. 

Outro ponto de destaque é a abertura de novos mercados. desde o início do ano passado, foram abertos mercados de carne bovina para México e República Dominicana, além de carne bovina enlatada para o Japão e carne bovina processada para Singapura. 

Dia Internacional do Milho

Do cozinho a refogado, ele pode virar pamonha ou curau. A diversidade do milho é grande e está sempre presente na mesa dos brasileiros devido também ao seu valor nutricional, rico em fibras e bioativos. Também é usado para a produção de bioetanol, silagem, entre outros. 

Conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), há diversos tipos de milhos cultivados no Brasil. É o segundo grãos mais produzido no país. Desde a década de 1976/77 houve um crescimento de 88,8% de área plantada e de 585% da produção, em relação à safra 2022/23.

O milho é a principal cultura cultivada na segunda safra brasileira, segundo a Conab. A expectativa de produção estimada é de 110,9 milhões de toneladas no total. Sendo 23,3 milhões de toneladas de colheita na primeira e 85,6 na segunda safra. Os principais estados produtores são Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná. Para o consumo interno a projeção é em torno de 84 milhões de toneladas.  

As exportações do grão em 2023 passaram de mais de US$ 13,4 bilhões. E até março deste ano já foram exportados mais de US$1,6 bilhões. De acordo com a SCRI o Brasil é o maior exportador do mundo e o terceiro maior produtor.  

Em 2023, mais de 120 países importaram milho brasileiro, sendo os principais: China, Japão, Coréia do Sul, Irã e Taiwan. 

Segundo o secretário Perosa, o sucesso das exportações de milho e carne bovina demonstra a robustez e a força da economia agrícola. “No último ano, alcançamos a liderança mundial na exportação de milho e mantivemos posições de destaque em carnes bovinas”, ressalta ele. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Presidente da Sociedade Rural Brasileira apresenta demandas do agro ao ministro da Agricultura

Entre as pautas discutidas, o novo Plano Safra que será lançado em junho deste ano, o seguro rural e as medidas que auxiliam os produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas. 

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Foto: Divulgação/Mapa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu na terça-feira (22), em Brasília (DF), o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Sérgio Bortolozzo, e representantes. A SRB é uma associação de produtores rurais que trabalha, desde 1919, na representação política em defesa do setor agropecuário para o desenvolvimento do Brasil.

Entre as pautas discutidas, o novo Plano Safra que será lançado em junho deste ano, o seguro rural e as medidas que auxiliam os produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas. “Estamos trabalhando com muitas estratégias para um Plano Safra cada vez mais eficiente e maior que nos anos anteriores. Vamos elaborar medidas muito bem planejadas para continuar auxiliando os produtores brasileiros”, destacou o ministro Fávaro.

O secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller; o secretário adjunto de Defesa Agropecuária, Allan Alvarenga; e o presidente da Datagro, Plinio Nastari também estavam presentes.

Plano Safra 2023/24
O desembolso do crédito rural do plano safra atual, no período de julho/2023 até março/2024, chegou a R$ 319,2 bilhões, um aumento de 14% em relação a igual período da safra passada.

Até o momento, o total do desembolso corresponde a 73% do montante que foi programado para a atual safra para todos os produtores, que é de R$ 435,8 bilhões.

Na agropecuária empresarial (médios e grandes produtores rurais), a aplicação do crédito rural atingiu R$ 273,5 bilhões de julho a março, correspondendo a uma alta de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor significa 75% do total programado pelo governo, de R$ 364,2 bilhões.

Fonte: Assessoria Mapa
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