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Bem estar gera também mais lucros, aponta Federação Alemã de Médicos Veterinários

O Presente Rural participou pela terceira vez do maior evento mundial do agronegócio, durante quatro dias, na Alemanha

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A Europa continua preocupada com o que o público consumidor está exigindo. A sociedade mundial está, cada vez mais, chamando a atenção e querendo saber a forma com que os animais estão sendo produzidos. Preocupada com essas questões, a Sociedade Agrícola Alemã (DLG) e a Federação Alemã de Médicos Veterinários (BPT) realizaram, em novembro, durante a EuroTier, em Hanover, na Alemanha, uma série de discussões e painéis.

“A forma como os animais são mantidos não é mais um problema só dos produtores de suínos, a sociedade está preocupada com isso também”, destacou Siegfried Moder, presidente da Federação Alemã de Médicos Veterinários. Para ele, o veterinário tem papel fundamental, uma vez que a saúde animal é um princípio básico para o bem estar da criação. “Sem saúde animal, não há bem estar animal”, destacou.

Com relação à estrutura, de acordo com ele, nos principais países produtores já foram introduzidas políticas que visam influenciar os sistemas de produção de animais, mas sua aplicação ainda é deficitária. “A questão é se existe confiança suficiente por parte do produtor de suínos visando os investimentos necessários para melhorar as estruturas já existentes e desenvolver sistemas de produção animal que levem em conta estes novos objetivos de bem estar, bem como a abolição total dos antibióticos”, entende.

“Os investimentos futuros no setor são necessários, mas devem ser orientados para que possa haver uma otimização das construções já existentes, embora haja também necessidade de investimentos em novas instalações e sistemas de criação alternativos”, salienta Moder.

 

Falta consenso na Alemanha

Segundo Moder, para atender a esse anseio dos consumidores foram fundadas na Alemanha inúmeras iniciativas e selos dedicados à promoção do bem estar e proteção animal, além de ações políticas e legislativas em níveis federal, estadual e municipal, mas há falta de unanimidade nas ações. “Apesar de muito ter sido feito, ainda falta um consenso na sociedade sobre como será o manejo animal nos próximos anos. É difícil para o consumidor enxergar tal consenso em meio a tantas iniciativas dedicadas ao bem estar animal. O resultado é que a opinião pública não vê nessas iniciativas soluções rumo a um manejo aceito amplamente pela sociedade. O que se vê são soluções parciais, concorrentes entre si, em que um ou outro protagonista quer tirar proveito da situação. O que falta não é apenas um objetivo mútuo, é uma estratégia e uma instituição que agreguem todas as propostas em uma série de medidas para alcançar as metas desejadas. É preciso haver uma integração clara ao conceito de saúde animal, e, consequentemente, o envolvimento de médicos veterinários”, destaca.

O presidente da BPT defende que a Lei da Saúde Animal da União Europeia preveja a garantia obrigatória de visitas periódica de um veterinário à propriedade rural para que possa se manter a sanidade na granja, tendo em vista que animais saudáveis são o maior capital do agricultor. “Em cada propriedade rural há de 10 a 30% de desperdício de potencial relacionado diretamente à saúde do rebanho. A base do sucesso na pecuária é o animal saudável. O monitoramento veterinário é uma contribuição valiosa tanto para o bem estar animal como para a defesa do consumidor, além de garantir a segurança legislativa do agricultor enquanto produtor de alimentos. Também contribui para que se produzam, com animais saudáveis, alimentos de alta qualidade e de forma rentável. Integrar o monitoramento veterinário no processo de produção reduz custos de tratamento, garante a aplicação específica de medicamentos veterinários e ainda otimiza a aplicação de antibióticos”, enfatiza Moder.

 

MENOS ANTIBIÓTICOS

Moder revela que a Alemanha conseguiu reduzir o uso de antibióticos pela metade nos últimos cinco anos e que esse índice poderia ser ainda melhor com acompanhamento consistente de um veterinário. De acordo com ele, entre 2011 e 2014 alguns países da União Europeia conseguiram diminuir o uso de antimicrobianos para o manejo animal em 12% enquanto a Alemanha reduziu 50%. “Conseguimos alcançar um ótimo resultado, reduzindo pela metade a venda de antibióticos para médicos veterinários aqui na Alemanha. Mesmo assim, nós temos que nos esforçar, juntamente com todos os profissionais ligados à agropecuária, para prevenir a seleção de bactérias multirresistentes no manejo animal e evitar perdas para o setor”, aponta. 

 

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de fevereiro/março de 2017 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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