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Suínos / Peixes Gestação coletiva

Bem-estar animal como princípio

Coopavel é um dos exemplos mais representativos de como o bem-estar animal passou a ser tratado com prioridade pela suinocultura brasileira

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Jean Paterno/Coopavel

Com uma estrutura moderna e altíssimo status sanitário, a UPL II, da Coopavel, em Cascavel, PR, é um dos exemplos mais representativos de como o bem-estar animal passou a ser tratado com prioridade pela suinocultura brasileira.

Os produtores ganharam um aliado de peso em seu permanente esforço para a execução de uma suinocultura cada vez mais sustentável e competitiva. No final do ano passado, o Ministério da Agricultura finalmente estabeleceu, por meio da Instrução Normativa nº 113, as boas práticas de manejo e bem-estar animal preconizadas para sistemas de produção comercial.

Antiga aspiração do setor, a legislação representa um marco para a suinocultura brasileira, na medida que regulamenta os procedimentos que devem ser adotados nas unidades produtivas e indica os prazos envolvidos nos processos de adequação e transição para cada diretriz.

A normativa abre também grandes oportunidades para o setor, pois além de garantir segurança jurídica, estabelece regras claras para as práticas de bem-estar animal nas granjas, funcionando como referência para orientar os produtores, padronizar metodologias e nivelar a produção de suínos no país, condições primordiais para novos avanços nessa área.

“A publicação da IN nº 113 é uma grande conquista, pois oferece amparo legal aos produtores e define parâmetros para a melhoria das condições de bem-estar animal dentro da realidade brasileira de produção. Essa padronização é muito importante para termos, como setor, um entendimento unificado sobre o tema”, afirma Marcos Jovani Sipp, gerente da Unidade de Produção de Leitões (UPL) da Coopavel, uma das principais cooperativas brasileiras e que detém destacada atuação na produção de suínos.

Com investimentos constantes e tendo o bem-estar animal como um de seus pilares balizadores, a cooperativa paranaense possui uma estrutura produtiva de suínos que a projeta como um modelo a ser seguido nessa área no Brasil.

Considerada a “menina dos olhos” do sistema de suínos da Coopavel, a UPL II é um exemplo cabal de como o bem-estar animal pode ser tratado com excelência na suinocultura brasileira.   Localizada no distrito de Juvinópolis, PR, a unidade conta com um plantel de fêmeas puras para produção de matrizes de reposição. Em operação desde 2016, a UPL II passa por processo de ampliação que a consolidará como a maior e mais moderna unidade desse tipo no país. Assim que estiver concluída – o que deve acontecer nos próximos meses – a unidade terá 12,6 mil matrizes alojadas, que serão responsáveis por uma produção de mais de 400 mil leitões ao ano.

O novo núcleo contempla os mais rigorosos padrões sanitários, ambientais e de bem-estar animal e simboliza o que há de mais avançado na suinocultura atual. Tudo foi pensado e está sendo executado para garantir máxima produtividade, sanidade e conforto aos animais.

Um dos grandes diferenciais da nova estrutura está justamente no bem-estar animal. O alojamento das fêmeas é coletivo e sua alimentação é realizada através de um moderno sistema com estações minibox, que fornece ração para cada fêmea de maneira individualizada e de acordo com suas necessidades nutricionais. “As fêmeas são mantidas em gaiolas até os 35 dias de gestação e depois alojadas em grupo para que possam expressar seu comportamento natural”, explica Sipp.

Todos os animais são alojados em galpões dimensionados para garantir seu conforto e segurança, com ambiente e piso adequados, respeitando a densidade preconizada para cada categoria. A densidade usada, por exemplo, para fêmeas em pré-cobertura é de 1.3 m², de 1.5 m² para leitoas gestantes e de 2 m² para fêmeas gestantes.

Sanidade

A sanidade é outro grande pilar da ULP II. Construída numa área isolada e com rigorosos protocolos de biossegurança, a unidade da Coopavel detém um dos melhores status sanitários do país. Todos os animais da unidade são livres de Mycoplasma Hyopneumoniae e APP. Essa condição sanitária, além de potencializar o desempenho produtivo do plantel, reduz a incidência de doenças, a necessidade de uso de medicamentos e vacinas, maximizando o bem-estar dos animais. A unidade conta ainda com um médico veterinário sanitarista in loco, exclusivamente dedicado ao acompanhamento diário dos suínos.

Além do aspecto sanitário, a equipe da Coopavel adota e executa uma série de manejos para assegurar uma produção humanitária e atender as cinco liberdades fundamentais dos animais. Na UPL II, práticas consideradas invasivas e dolorosas, como a mossa, castração cirúrgica e corte dos dentes não são usadas. Na unidade 100% dos leitões são imunocastrados. Não há desgaste dos dentes dos leitões. A identificação e rastreabilidade dos animais é feita por meio de tatuagem e outros métodos mais modernos.

Equipe que faz a diferença

Atenção especial também é dada ao manejo nutricional. As dietas são específicas e variam de acordo com a categoria dos animais. Os colaboradores são capacitados para evitar falta de alimento e/ou interrupções no seu fornecimento, assim como para promover a manutenção e ajustes diários dos comedouros e bebedouros, garantindo uma alimentação em qualidade e quantidade adequadas aos animais.

Além da modernidade de sua estrutura física, do emprego de equipamentos de alta tecnologia em todos os seus processos, da adoção de boas práticas de manejo e do elevado status sanitário, um dos grandes diferenciais da UPL II está no preparo e qualidade técnica de seus colaboradores. Todos são permanentemente capacitados para compreender e atender as exigências comportamentais, ambientais e nutricionais dos animais. “Não há como dissociar o bem-estar animal da atuação da equipe na granja”, afirma Marcos Sipp. “Investimos muito em treinamento e por isso contamos com colaboradores altamente capacitados e engajados, aptos a entender o comportamento dos animais e promover as melhores práticas de manejo”.

Ganhos éticos e produtivos

De acordo com Marcos Sipp, o bem-estar animal é um dos princípios que regem a atuação da Coopavel. Trabalhar pela melhoria contínua da qualidade de vida dos animais ao longo de todo ciclo produtivo é um compromisso indissociável da cooperativa. Os investimentos fazem parte de uma decisão estratégica da empresa. Afinal, os ganhos não são apenas éticos, mas também produtivos. “Só é possível extrair a máxima eficiência de um animal quando se dá a ele condições plenas para que ele expresse o seu máximo potencial. Isso requer o melhor manejo, o melhor ambiente, a melhor genética. E esse tem sido o foco da Coopavel”, comenta.

Segundo Sipp, para se manter na dianteira da suinocultura, a Coopavel realiza investimentos constantes em sua estrutura produtiva e aposta em parcerias estratégicas, como a que mantém com a Agroceres PIC, que além de material genético de altíssima qualidade, lhe coloca em contato com os mais avançados conceitos e tecnologias da produção de suínos, nas mais diferentes áreas. “A Coopavel está sempre atenta as inovações e tendências do mercado de suínos. Investimos para atuar na fronteira da suinocultura. Nosso objetivo é atender com excelência as demandas do mercado nacional e internacional, mas, principalmente, garantir novas oportunidades para nossos associados”, sintetiza o gerente da Coopavel.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de fevereiro/março de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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