Suínos
Bebedouros podem afetar o desempenho dos leitões?
Temática será apresentada no dia 12 de agosto (terça-feira), às 16h50, no Painel Bem-estar Animal e Sustentabilidade, pelo médico-veterinário Gustavo Silva.

Apresentar estratégias sustentáveis e cientificamente embasadas para o manejo da água na suinocultura, com ênfase de como a escolha e a disposição dos bebedouros influenciam diretamente o desempenho produtivo, o bem-estar animal e a eficiência ambiental das granjas. Esse será o objetivo do médico-veterinário Gustavo Schlindwein da Silva em sua palestra no 17º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SP).

Médico-veterinário Gustavo Schlindwein da Silva,vai tratar do tema durante o 17º SBSS, em Chapecó (SC) – Foto: Arquivo pessoal
A temática “Uso racional de recursos: os tipos de bebedouros podem afetar o desempenho dos leitões?” será apresentada no dia 12 de agosto (terça-feira), às 16h50, no Painel Bem-estar Animal e Sustentabilidade. O evento é promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet). Nos três dias, acontece também a 16ª edição da Brasil Sul Pig Fair, feira técnica voltada ao setor, que conta com empresas do Brasil e América Latina, além da Granja do Futuro, com os principais lançamentos e tecnologias para os produtores.
Gustavo abordará como o modelo e a disponibilidade de bebedouros afetam o comportamento de ingestão hídrica, o crescimento dos suínos e a geração de resíduos. Sua pesquisa tem como foco animais na fase de creche e terminação. “A água é um nutriente, frequentemente negligenciado na suinocultura, apesar de seu papel essencial no desempenho zootécnico, bem-estar animal e sustentabilidade ambiental”, enfatiza.
De acordo com o médico veterinário, o estudo que fundamenta sua apresentação demonstrou que a escolha do tipo de bebedouro interfere significativamente no volume de água consumido e desperdiçado, o que impacta diretamente a produção de dejetos e a eficiência do sistema. “Além disso, evidenciou que não basta oferecer acesso à água – é fundamental que o equipamento seja adequado ao comportamento e às necessidades dos animais para garantir tanto o desempenho quanto a redução de impactos ambientais”.
Artigos complementares, segundo Gustavo, reforçam que a densidade de alojamento e a competição por bebedouros influenciam no acesso à água, especialmente em horários de maior demanda. “Evidências sugerem que práticas inadequadas podem afetar negativamente o desempenho e intensificar o impacto ambiental da produção”, complementa o médico veterinário.
Conheça o palestrante
Gustavo Schlindwein da Silva é médico veterinário e mestre pela Universidade do Estado de Santa Catarina (CAV – Lages). Sua trajetória profissional começou na agroindústria e seguiu, posteriormente, para uma das maiores cooperativas do país. Atualmente, atua como coordenador comercial de território da Unidade de Suínos na Vetanco do Brasil.
Inscrições
- 1º lote: até 24 de junho: profissionais R$ 580 e estudantes R$ 400.
- 2º lote: de 25/06 a 24/07: profissionais R$ 720 e estudantes R$ 450.
- 3º lote: a partir de 25 de julho e durante o evento: profissionais R$ 890 e estudantes R$ 500.
Participar apenas da 16ª edição da Brasil Sul Pig Fair:
- 1º e 2º lotes: até 24 de julho: R$ 100.
- 3º lote: a partir de 25 de julho e no local do evento: R$ 200.
Grupos com 10 ou mais participantes podem parcelar os valores em até três vezes, desde que a primeira parcela seja efetuada até a data de validade do respectivo lote. Pacotes adquiridos por agroindústrias, órgãos públicos e universidades serão faturados para o CNPJ da instituição. As inscrições podem ser realizadas clicando aqui.
Inscrições de associados ao Nucleovet devem ser feitas por meio da secretaria da entidade. Não diretamente no site. Contato (49) 99806-9548 ou financeiro@nucleovet.com.br.

Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



