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Bastos é principal produtor de ovos paulista: são 5 bilhões por ano

São Paulo é o maior produtor de ovos do Brasil e Bastos o maior produtor do Estado

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Arquivo/OP Rural

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2018, o Brasil exportou 11,6 mil toneladas ovos para todos os continentes do mundo, no valor de US$ 17,1 milhões. São Paulo é o maior produtor de ovos do Brasil, tem 30,9% da produção brasileira, que pode alimentar mais de 60 milhões de pessoas por ano, levando em conta que o consumo per capto de ovos no País é de 212 ovos por ano.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) informa que a região de Tupã é a maior produtora de ovos no Estado com 55% da produção, em 2018. O município de Bastos é o maior produtor de ovos no Estado, representando 36% do total paulista. O Valor da Produção Agropecuária (VPA) de ovos de galinha é de 60,8% do VPA, da Regional de Tupã.

No Estado foram produzidas 41 milhões de caixas de 30 dúzias de ovos no ano de 2018, e só no município de Bastos foram produzidas 14,6 milhões de caixas de 30 dúzias de ovos em 2018 (ao redor de 5 bilhões de unidades). Além de que são produzidas por dia 60 mil caixas de 30 dúzias (21.6 milhões de unidades) sendo comercializado pelo preço médio de R$68,99/cx.30dz.

Segundo o levantamento de Valor da Produção Agropecuária (VPA), do Instituto de Economia Agrícola (IEA), a avicultura de postura no EDR de Tupã rendeu R$ 1,5 bilhões naquele ano e no Estado foi de R$ 2,8 bilhões.

O município tem um plantel de 32 milhões de cabeças, sendo que 25 milhões de galinhas estão produzindo e 6 milhões são jovens. A alimentação delas é composta por 81 mil toneladas de ração por mês, 51 mil toneladas de milho por mês e 18 mil toneladas de farelo de soja mensais. A produção de ovos “in natura”, líquidos, congelados, em pó e de aves de descarte em Bastos gera 4 mil empregos diretos e 8 mil indiretos na avicultura.

O engenheiro agrônomo Eduardo Takaki, da Regional da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) em Tupã, comenta que além de Bastos outros municípios da regional produzem ovos. “Em Bastos e municípios arredores existem fábricas de equipamentos avícolas, fábricas de manutenção de equipamentos, agroindústrias e prestadores de serviços diversos para avicultura.”

A CDRS atua na orientação e recebimento da DCAA (Declaração de Conformidade da Atividade Agropecuária), documento necessário para regularização ambiental e pré-requisito para financiamentos. Por meio do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Tupã já foram emitidas 65 DCAA’s.

Garantia da sanidade das aves

O Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola (Captaa) do Instituto Biológico, em Descalvado, é o responsável pela garantia de  sanidade das aves, primordial porque, como líder do ranking mundial de exportação de carne de frango há 10 anos, o Brasil não pode correr o risco de registrar casos de Influenza Aviária. O espaço realiza ainda diagnóstico de laringotraqueíte, reovírus, salmonela, pneumovírus, bronquite infecciosa e doença de Newcastle.

No Laboratório de Saúde das Aves, especialistas do governo paulista realizam os testes que garantem a ausência do vírus H5N1 nas granjas do Estado por meio de amostras de sangue levadas até lá pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria. Ela é a única que pode solicitar esse tipo de teste e a encarregada de notificar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em casos positivos.

A CDA é a responsável também por orientar os avicultores sobre como impedir a entrada do vírus em seus planteis. São ações como maior atenção à limpeza de calçados antes de entrar na granja, principalmente para pessoas que estavam viajando para os Estados Unidos.

Festa do Ovo em Bastos

A tão esperada 60ª Festa do Ovo de Bastos será realizada entre os dias 18 a 20 de julho, no Recinto de Exposições Kisuke Watanabe. Organizada pelo Sindicato Rural e Prefeitura de Bastos, o evento contempla a grande produção de ovos e geração de renda para o município. A Secretaria, como de costume, estará presente e a festa terá a presença do secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira.

Fonte: Assessoria

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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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Brasil lança plataforma sobre saúde dos solos e reforça liderança em agricultura sustentável

Ferramenta da Embrapa reúne mais de 56 mil análises e mostra que dois terços das áreas avaliadas no País apresentam solos saudáveis ou em recuperação.

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Foto: SAA SP

Foi lançada na última segunda-feira (17), na Agrizone, a Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa durante a COP 30, em Belém (PA), a Plataforma Saúde do Solo BR – Solos resilientes para sistemas agrícolas sustentáveis. A cerimônia ocorreu no Auditório 1 e marcou a apresentação oficial da tecnologia criada pela Embrapa, que reúne pela primeira vez informações sobre a saúde dos solos brasileiros em um ambiente digital e de acesso público.

 

Na abertura, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destacou o simbolismo de apresentar a novidade dentro da Agrizone, espaço que abriga soluções de baixo carbono. “A Agrizone é o começo de uma nova jornada. Estamos mostrando para o mundo inteiro, de forma concreta, que temos tecnologia para desenvolver uma agricultura cada vez mais resiliente às mudanças climáticas”, afirmou.

Para ela, o lançamento reforça o protagonismo do Brasil como líder global em inovação sustentável para a agricultura e os sistemas alimentares.

A Plataforma disponibiliza dados de saúde do solo por estado e município e já reúne cerca de 56 mil amostras, provenientes de 1.502 municípios de todas as regiões do País. O sistema foi construído a partir da geoespacialização dos dados gerados pela BioAS – Bioanálise de Solos, explicou a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Ieda Mendes. A ferramenta permite filtros por estado, município, ano, culturas e texturas de solo, além de comparações entre diferentes cultivos. Também gera mapas e gráficos baseados nas funções da bioanálise, como ciclagem, armazenamento e suprimento de nutrientes.

Solos mais saudáveis e produtivos

Os primeiros mapas revelam que predominam no Brasil solos saudáveis ou em processo de recuperação. “Somando solos saudáveis e solos em recuperação, vemos que 66% das áreas analisadas apresentam condições muito boas de saúde. Apenas 4% das amostras representam solos doentes”, afirmou Ieda.

Mato Grosso lidera o número de amostras (10.905), seguido por Minas Gerais (9.680), Paraná (7.607) e Goiás (6.519). O município com maior participação é Alto Taquari (MT), com 1.837 amostras.

A pesquisadora também destacou a forte relação entre saúde do solo e produtividade. No Mato Grosso, a integração dos dados da BioAS com índices do IBGE mostrou que o aumento na proporção de solos doentes está diretamente associado à queda na produção de soja. “Cada 1% de aumento em solos doentes representa uma perda média de 3,1 kg de soja por hectare”.

Em contraste, análises exclusivamente químicas não apresentaram correlação com a produtividade atual, o que indica que o limite produtivo da agricultura brasileira está cada vez mais ligado à qualidade biológica dos solos.

Ieda ressaltou ainda a participação dos produtores na construção da ferramenta. “Temos contribuições que vão do Acre ao extremo sul do Rio Grande do Sul. Ter um trabalho publicado em revistas técnicas é muito bom, mas ver uma tecnologia sendo adotada em todo o Brasil é maravilhoso”, afirmou.

A expectativa é transformar a plataforma, no futuro, em um observatório nacional da saúde dos solos, capaz de gerar relatórios detalhados por município e conectar pesquisadores, laboratórios e agricultores.

A Plataforma Saúde do Solo BR foi desenvolvida com base nos dados da BioAS, tecnologia lançada em 2020 e criada pela Embrapa Cerrados em parceria com a Embrapa Agrobiologia. O método integra indicadores biológicos (atividade enzimática), físicos (textura) e químicos (fertilidade e matéria orgânica).

O banco de dados atual resulta de uma colaboração com 33 laboratórios comerciais de análise de solo, integrantes da Rede Embrapa e usuários da tecnologia.

Fonte: O Presente Rural com Embrapa Cerrados
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