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Base de dados traz fotos e informações sobre principais doenças agrícolas

Catálogo de imagens de doenças que atacam as espécies vegetais é extremamente relevante para facilitar o diagnóstico precoce

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Bernardo Halfed

Pesquisadores, estudantes, técnicos agrícolas e produtores rurais agora têm à disposição uma base com imagens com a correta descrição fitopatológica dos principais sintomas de doenças e sinais de várias culturas agrícolas. A base, conhecida como repositório Digipathos, é gratuita e está disponível para acesso público pela internet.

São quase três mil fotografias digitais das principais culturas de interesse comercial, como soja, café, arroz, feijão, trigo, milho e frutíferas, entre outras, que podem ser consultadas e baixadas, para uso especialmente em trabalhos técnicos, acadêmicos e de pesquisa. O repositório já vem sendo usado pela comunidade científica internacional na África, China e Índia, além do Brasil.

Esse catálogo de imagens de doenças que atacam as espécies vegetais é extremamente relevante para facilitar o diagnóstico precoce. A ação é fundamental para garantir a segurança alimentar e evitar prejuízos, mas o monitoramento constante das plantas no campo torna-se inviável, dependendo da extensão da cultura e da habilidade humana para detectar as enfermidades.

“Uma base de dados com imagens ilustrativas de doenças de plantas auxilia sobremaneira os profissionais envolvidos com a produção agrícola, pois eles frequentemente se deparam com problemas fitossanitários em suas lavouras cujo diagnóstico é difícil ou que geram dúvidas”, afirma Flávia Rodrigues Patrício, pesquisadora do Instituto Biológico (IB), do Estado de São Paulo. “O diagnóstico correto é fundamental para que sejam acertadas as decisões com relação às medidas de controle e manejo”, complementa.

Doenças similares podem ser causadas por patógenos diferentes. Por exemplo, na cultura do cafeeiro, a seca de ramos pode ser provocada tanto pela mancha de phoma, uma doença causada por um fungo, Phoma tarda, como pela mancha aureolada, uma doença causada por uma bactéria, Pseudomonas syringae pv. garcae, ou ainda por fatores abióticos, como excesso de carga e deficiências na nutrição. “Caso haja erro no diagnóstico, as medidas corretas não serão aplicadas a tempo e os produtores poderão sofrer consideráveis prejuízos”, detalha a pesquisadora.

Tipos de cultura catalogados

Fitopatologistas de 14 centros de pesquisa da Embrapa distribuídos pelo país colaboraram na iniciativa, alimentando o repositório. Além de soja, café, arroz, feijão, trigo e milho, compõem o catálogo: algodão, cana-de-açúcar, sorgo, citros, videiras, abacaxi, cupuaçu, açaí, antúrio, meloeiro, palma de óleo, coqueiro e pimenta-do-reino.

Diagnóstico automático

A base foi criada para também servir de referência ao desenvolvimento de métodos para detecção e reconhecimento automático de doenças em plantas. A ideia é ampliá-la com sintomas e descrições detalhadas das causas e consequências de cada doença. “Todas as imagens foram rotuladas por fitopatologistas experientes, fornecendo assim dados confiáveis para treinamento dos algoritmos desenvolvidos”, explica o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária Jayme Barbedo, que coordena o Digipathos.

Os pesquisadores Bernardo Halfeld, Kátia Nechet e Daniel Terao, da Embrapa Meio Ambiente (SP), participaram do processo de alimentação do banco e concordam que o diferencial desse tipo de tecnologia é a grande variabilidade de sintomas contidos, que pode ser traduzida em uma maior precisão no diagnóstico final.

Nechet observa que os sinais e sintomas de doenças de plantas que anteriormente eram descritos somente em livros, às vezes sem o acompanhamento de alguma imagem, dificultavam o entendimento, prejudicando um diagnóstico preciso. “Agora, por meio de imagens digitais, a identificação de problemas fitopatológicos no campo será facilitada com maior agilidade. Essa rapidez na diagnose contribuirá para a redução das perdas no setor produtivo”, conclui.

O pesquisador Bernardo Halfeld explica que a ferramenta foi pensada para auxiliar diretamente no reconhecimento de padrões específicos de doenças, sejam eles ocasionados por fatores bióticos, ou seja, por ação de microrganismos (por exemplo: vírus, fungos, bactérias) ou por fatores abióticos, que são aqueles causados por fitotoxidade ou por influência de elementos do meio ambiente, como radiação solar, temperatura, fatores nutricionais, entre outros.

“O banco vai facilitar o trabalho da pesquisa, uma vez que usa imagens verificadas, determinando com maior precisão o agente causal e a melhor abordagem a ser adotada. É uma ferramenta que opera em todos os níveis e, na prática, vai fornecer subsídios para determinação da melhor forma de manejo, ocasionando redução de aplicações químicas na lavoura, diminuição dos custos de produção, melhoria do controle de doenças e da produtividade, além de apoiar os trabalhos científicos voltados ao tema”, avalia Halfeld.

O banco de dados é resultado de uma parceria entre a Embrapa e o Instituto Biológico, com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O uso é livre, desde que seguidas as regras de publicação e citação. Não é permitido o uso comercial, a não ser que ocorra autorização expressa da Embrapa. Para referenciar a base, é necessário citar os autores, conforme termo disponível no repositório.

Um app para diagnosticar doenças

Na Embrapa, pesquisas com processamento digital buscam desenvolver tecnologias que apoiem o diagnóstico automático em plantas de interesse comercial e social no Brasil. Por isso, os trabalhos em andamento focam também no desenvolvimento de métodos para gerar diagnósticos confiáveis, executados por computador, a partir de imagens fornecidas pelos usuários. A equipe tem como objetivo criar um aplicativo e um serviço na web para ajudar o produtor rural a identificar diretamente no campo que doença está atacando a lavoura. A primeira versão dessa tecnologia está prevista para ser testada no primeiro semestre de 2019.

Fonte: Embrapa Informática Agropecuária

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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira

Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

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A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel

Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.

Exemplo

O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.

Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.

A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.

 

Fonte: Assessoria Coopavel
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Copacol reconhece desempenho dos produtores no Experts do Agro

Com participação de 120 produtores, evento premiou melhores resultados regionais e apresentou o próximo desafio: alcançar 500 sacas por alqueire somando soja e milho.

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A dedicação, o conhecimento e a capacidade de inovação dos cooperados foram reconhecidos pela Copacol na cerimônia de premiação do Projeto Experts do Agro. O evento reuniu em Cafelândia agricultores, familiares, técnicos e parceiros que, ao longo nos últimos dois anos, trabalharam com foco em eficiência, sustentabilidade e melhores resultados no campo.

Divido em três regiões (Baixa, Alta e Sudoeste) o Experts do Agro teve a participação de 120 cooperados e cooperadas, que participaram de encontros e treinamentos intensos, com análises de estudos exclusivos do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA). O conhecimento obtido por cada um dos agricultores foi aplicado em áreas de cultivo e os melhores resultados tiveram o reconhecimento da Cooperativa.

Fotos: Divulgação/Copacol

Foram premiados os três melhores de cada região. Cada um foi presenteado com uma viagem à Foz do Iguaçu, com hospedagem em resort e direito à um acompanhante. Na região baixa, regional de Nova Aurora, os premiados foram: com 4.304,5 pontos, Sidney Polato de Goioerê André Gustavo, com 4.343,15 pontos e com 4.388,5 pontos Simone Chaves Oenning, de Nova Aurora, que se destacou com o maior resultado da região, com produtividade de 208 sacas por alqueire.

Na região alta, regional de Cafelândia, os vencedores foram: com 4.177,8 pontos, Elton José Müller, de Bom Princípio, Toledo Elci Dalgalo, de Cafelândia, com 4.208,5 pontos e com 4.260 pontos, também de Cafelândia, Marcio Rogério Scartezini, que se destacou com produtividade de 221,6 sacas por alqueire.

Já no Sudoeste, os destaques foram os produtores: com 4.205,4 pontos, Willian Rafael Dallabrida, de Flor da Serra Ricardo Galon, de Salto do Lontra, com 4.630 pontos e com 4.724 pontos, Douglas dos Santos Cavalheiro, de Pérola do Oeste, que colheu 241,9 sacas por alqueire.

Proporcionar ao produtor tecnologia e conhecimento técnico para garantir uma safra com maior produtividade e rentabilidade foi a proposta do Projeto Experts do Agro. No decorrer dos anos, vários desafios foram lançados aos cooperados e superados pelos participantes: Projeto 160, Produtividade com Qualidade Soja + Milho 440 e Excelência 460.

A partir de 2026, os cooperados serão desafiados a participar do Projeto Safra 500: total de sacas de milho soja por alqueire. “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo. Agora, temos pela frente um novo desafio, que também será alcançado com o desenvolvimento de estudos que auxiliam os produtores”, afirma o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.

Destaque

Diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol: “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo”

Com a maior produtividade entre todos os participantes do Projeto Experts do Agro, Douglas Cavalheiro aplicou na propriedade todo o conhecimento obtido nos treinamentos. O resultado superou as expectativas do cooperado do Sudoeste paranaense, onde a Copacol está expandindo a atuação nos últimos anos.

“A Copacol tem feito a diferença em nossas vidas. No Sudoeste não tínhamos oportunidades de nos capacitar, de buscar crescimento. Com a chegada da Cooperativa, estamos evoluindo a cada ano em produtividade, em conhecimento técnico e inovação, e por meio do CPA temos à disposição o que há de mais avançado para produzir. Estou feliz não só pelo prêmio, mas pela presença da Cooperativa em nossa região”, comemora o campeão de produtividade.

Atrações

Além da premiação dos cooperados, o encerramento do Experts do Agro contou um panorama amplo do mercado atual de grãos, com Ismael Menezes, especialista em economia e mercado agrícola, com mais de 20 anos de experiência no setor do agro. Duante a cerimônia, o gerente técnico, João Maurício Roy, e o supervisor do CPA, Vanei Tonini, apresentaram um resumo da safra, o desempenho elevado da Cooperativa na comparação com as demais áreas agrícolas e os avanços alcançados pelos participantes do Experts do Agro ao longo dos últimos dois anos.

“Conseguimos traduzir os resultados de pesquisas do CPA em informações que chegam lá no campo. Foram dois anos de troca de experiências com êxito. Encerramos em grande estilo reconhecendo os produtores que mais se destacaram nos manejos e na aplicação das tecnologias. Com produtividade 30% maior que a média geral da Cooperativa, finalizamos com sucesso o Experts do Agro”, exalta João.

Critérios de avaliação

Além da boa produtividade no Experts do Agro, os produtores premiados se destacaram também na boa condução dos manejos, como: Incremento de produtividade em relação à média da unidade em sacas por alqueire qualidade estrutural do solo cobertura do solo com consórcio milho + braquiária, cobertura pré-trigo cobertura após o milho segunda safra manejo de buva e participação nos encontros dos Experts do Agro.

Fonte: Assessoria Copacol
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Nova edição de Nutrição & Saúde Animal destaca avanços que moldam o futuro das proteínas animais

Conteúdos exclusivos abordam soluções nutricionais que ampliam índices produtivos e fortalecem a sanidade de aves, suínos, peixes e ruminantes.

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A nova edição do Jornal Nutrição e Saúde Animal, produzida por O Presente Rural, já está disponível na versão digital e reúne uma ampla cobertura técnica sobre os principais desafios e avanços da produção animal no Brasil. A publicação traz análises, pesquisas, tendências e orientações práticas voltadas aos setores de aves, suínos, peixes e ruminantes.

Entre os destaques, o jornal aborda a importância da gestão de micotoxinas na nutrição animal, tema discutido no contexto da melhoria da eficiência dos rebanhos . A edição também traz conteúdos sobre o uso de enzimas e leveduras e o papel dessas tecnologias na otimização de dietas e no desempenho zootécnico .

Outro ponto central são os avanços na qualificação de técnicos e multiplicadores, essenciais para promover o bem-estar animal e disseminar práticas modernas dentro das granjas . O jornal destaca ainda o impacto estratégico dos aminoácidos na nutrição, além de trazer uma análise sobre conversão alimentar, tema fundamental para a competitividade da agroindústria .

Os leitores encontram também reportagens sobre o uso de pré-bióticos, ferramentas de prevenção contra Salmonella, estudos sobre distúrbios de termorregulação em sistemas produtivos e avaliações sobre os efeitos da crescente pressão regulatória e tributária sobre o setor de proteína animal .

A edição traz ainda artigos sobre manejo, probióticos, qualidade de ovos, doenças respiratórias em animais de produção e desafios sanitários relacionados a patógenos avícolas, temas abordados por especialistas e instituições de referência no país .

Com linguagem acessível e foco técnico, o jornal reforça seu papel como fonte de atualização para produtores, gestores, consultores, médicos-veterinários e demais profissionais da cadeia produtiva.

A versão digital já está disponível no site de O Presente Rural, com acesso gratuito para leitura completa, clique aqui.

Fonte: O Presente Rural
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