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Balança comercial abre dezembro com forte avanço das exportações
Na primeira semana do mês, agropecuária, indústria extrativa e manufaturados puxam o crescimento, enquanto importações também avançam e mantêm saldo positivo.

Na 1ª semana de dezembro de 2025, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,9 bilhão e corrente de comércio de US$ 12,9 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 7,4 bilhões e importações de US$ 5,5 bilhões.
No ano, as exportações totalizam US$ 325,3 bilhões e as importações, US$ 265,5 bilhões, com saldo positivo de US$ 59,8 bilhões e corrente de comércio de US$ 590,7 bilhões. Esses e outros resultados foram divulgados na segunda-feira (08), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).

Nas exportações, comparadas as médias da 1ª semana de dezembro/2025 (US$ 1,486 bi) com a de dezembro/2024 (US$ 1,184 bi), houve crescimento de 25,4%. Em relação às importações houve crescimento de 14,3% na comparação entre as médias da 1ª semana de dezembro/2025 (US$ 1,101 bi) com a do mês de dezembro/2024 (US$ 964,06 milhões).
Balança Comercial Preliminar Parcial do Mês – 1º Semana de Dezembro/2025
Assim, até a 1ª semana de dezembro/2025, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2.587,63 milhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 384,67 milhões. Comparando-se este período com a média de dezembro/2024, houve crescimento de 20,4% na corrente de comércio.
Exportações e importações por Setor
No acumulado até a 1ª semana do mês de dezembro/2025, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores exportadores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 111,59 milhões (58,9%) em Agropecuária; de US$ 103,3 milhões (42,8%) em Indústria Extrativa e de US$ 84,28 milhões (11,3%) em produtos da Indústria de Transformação.
No acumulado até a 1ª semana do mês de dezembro/2025, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores importadores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 3,01 milhões (13,3%) em Agropecuária; de US$ 12,88 milhões (33,3%) em Indústria Extrativa e de US$ 126,07 milhões (14,1%) em produtos da Indústria de Transformação.

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Paraná agiliza recebimento de embalagens de agrotóxicos com nova normativa conjunta
Resolução Sedest/IAT nº 10/2025 moderniza treinamentos, amplia autonomia dos postos de recebimento e reforça a capacitação obrigatória para garantir descarte seguro em todo o Estado.

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e o Instituto Água e Terra (IAT) publicaram uma normativa em conjunto que busca agilizar o recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos no Paraná. O procedimento, coordenado no Estado pelo IAT, pelo Instituto Nacional de Processamento De Embalagens Vazias (InpEV) e pelas 17 associações de revendedores de agrotóxicos estaduais, é essencial para garantir que o descarte do material seja feito de forma apropriada, apenas por canais autorizados e licenciados pelo órgão ambiental.
A Resolução Conjunta reforça a necessidade de capacitação obrigatória dos funcionários responsáveis pelo processo, com a possibilidade de execução de parte do treinamento de forma online.
Além disso, o processo é agora ministrado pelos gestores das unidades de recebimento e supervisionado pelo IAT, sem a necessidade de o órgão ambiental estar presencialmente no local. “A capacitação é extremamente importante para estarmos sempre com equipes qualificadas para garantir que o sistema funcione de forma apropriada. Anteriormente, o IAT e as associações tinham que marcar as datas dos treinamentos em conjunto, o que era mais demorado. Agora, o próprio InpEV ou as associações podem marcar o treinamento, enquanto a parte do IAT pode ser feita de forma online, sem necessidade de estarmos presencialmente no local”, explica o engenheiro agrônomo da Divisão de Resíduos Sólidos do IAT, Rui Mueller.
As capacitações são marcadas conforme a necessidade dos postos de recebimento e costumam reunir participantes de várias regiões do Estado. O treinamento é composto por uma etapa teórica, onde são abordados aspectos técnicos das embalagens e do sistema de recebimento, e uma etapa prática, em que os participantes trabalham o manuseio das embalagens e o preenchimento dos recibos com informações do material recebido. Para concluir o processo, é feito um teste de aptidão, e os funcionários que adquirem uma nota apropriada recebem um certificado emitido pelo IAT.
Recebimento
No Paraná, o recebimento das embalagens pode ser feito em uma série de espaços autorizados, seguindo os critérios da Resolução CONAMA nº 465/2014 e do processo de licenciamento ambiental do IAT.
Ao todo, existem aproximadamente 50 postos de recebimento fixos no Estado, além de vários espaços itinerantes, que fazem um tratamento prévio dos resíduos recebidos pelos agricultores. As embalagens são então encaminhadas para uma de 12 centrais de recebimento, que fazem um preparo para diminuir o volume do material e facilitar o transporte para a destinação final. Cerca de 90% dos resíduos são transferidos para recicladoras licenciadas de todo o País, enquanto o restante é incinerado.
Além da necessidade de adequação dos locais, o processo de recebimento também envolve a conscientização direta dos agricultores usuários de agrotóxicos sobre a importância e as formas corretas da devolução do material. Mueller aponta que no caso de as embalagens não serem descartadas de forma apropriada, ou serem encaminhadas para algum ponto de coleta não autorizado, o próprio agricultor pode ser responsabilizado. Seguindo os critérios da Portaria IAT nº 492/2025, a multa para a entrega irregular de embalagens de agrotóxicos é de R$ 5 mil, com um acréscimo de R$ 100 por embalagem fora dos padrões exigidos.
“Hoje, graças a uma série de ações, temos um número muito pequeno de agricultores que fazem o descarte de forma errada. As associações também fazem uma capacitação específica para os revendedores, para que os agricultores sejam informados no momento da compra sobre os critérios adequados para a devolução das embalagens. Além disso, as ações de fiscalização do IAT também contribuem para esse processo”, complementa o engenheiro agrônomo.
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ANDA elege novo Conselho de Administração para o triênio 2026–2028
Elias Alves Lima assume a presidência com foco em competitividade, segurança de suprimento e sustentabilidade no mercado de fertilizantes.

A Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA) definiu os integrantes do Conselho de Administração que atuará entre 2 de janeiro de 2026 e 12 de dezembro de 2028. Elias Alves Lima, também presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Matérias-Primas para Fertilizantes (Sinprifert), foi eleito para comandar a entidade, sucedendo Eduardo de Souza Monteiro, que encerra seu mandato neste ano.
Gustavo Rodrigues Zaitune, representante do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Estado de São Paulo (Siacesp), assumirá a vice-presidência. A nova gestão terá o desafio de manter o protagonismo institucional da ANDA em um cenário de mudanças no mercado de fertilizantes e maior demanda por competitividade, segurança no abastecimento e práticas sustentáveis.
Também foram eleitos para o Conselho: Alberto Pinheiro Marra, Alceu Elias Feldmann, Aluísio Schwartz Teixeira, Daniel Clairton Schneider, Eduardo de Souza Monteiro, George Wagner Bonifácio e Sousa, Luiz Carlos Corrêa Rodrigues, Luiz Felipe Schiavon, Maicon Luiz Cossa, Marcelo Francisco Altieri Bequio, Marcelo Oliveira Silvestre e Marcus Lage Guerra.
Notícias Nos três estados do Sul
Programa Encadeamento Produtivo supera 61 mil participantes em 27 anos de atuação
Programa reforça resultados em genética, sustentabilidade, energia e gestão, e projeta novo ciclo a partir de 2026.

Mais de 61 mil participantes, ao longo de 27 anos de atuação, e um ciclo que segue se renovando com resultados e novos desafios. Esses foram alguns dos destaques da reunião de avaliação do Programa Encadeamento Produtivo Aurora Coop e Sebrae em 2025, realizado na última semana, na sede do Ser Aurora Coop, em Chapecó. O encontro reuniu representantes do Sebrae/SC, Rio Grande do Sul e Paraná, além de entidades cooperativas e de crédito parceiras. O foco foi avaliar entregas, alinhar indicadores e projetar os próximos passos da cooperação.
Para o gerente de Desenvolvimento Rural Cooperativo da Aurora Coop, Marcos Lopes, o encontro foi um marco de celebração por reunir os parceiros do Programa. “Nesses 27 anos de programa já são quase 62 mil pessoas atendidas e mais de 37 mil famílias contempladas com treinamentos de qualidade”, afirmou. Ele também destacou que as soluções do Sebrae são aplicadas, com participação expressiva dos associados das cooperativas filiadas nos quatro estados.
No recorte de Santa Catarina, Lopes apontou os treinamentos de eficiência energética, voltados tanto à prevenção de acidentes quanto à economia de energia, além da participação crescente de jovens e mulheres, considerada relevante no contexto de sucessão familiar. Outro ponto de destaque é o engajamento como centro do ciclo, o crescimento e desenvolvimento do produtor.
No período de 1998 a 2025 o programa somou mais de 61 mil participantes em ações do Sebrae como De Olho na Qualidade, QT/Qualidade Total, Times de Excelência, Sustentabilidade aplicada em empresas rurais, Resgate do De Olho, capacitação e diagnóstico de eficiência energética.
Melhoramento genético

O encontro reuniu representantes do SebraeSC, Rio Grande do Sul e Paraná, além de entidades cooperativas e de crédito parceiras
O gerente de captação de leite da Aurora Coop, Selvino Giesel, apresentou dados de melhoramento genético, destacou a parceria com o Sebrae/SC para alavancar resultados. Na apresentação, o Modelo Genético Aurora Coop foi reforçado com objetivos e resultados voltados à constituição genética de características de interesse econômico, com melhorias em sólidos do leite (proteína e gordura), diminuição das taxas de doenças genéticas, correções associadas ao sistema mamário e características de estrutura, além do aumento de índices de saúde e bem-estar animal.
Suínos e propriedades sustentáveis
No bloco da suinocultura, foi apresentado que a genômica já é uma realidade na Aurora Coop, em um projeto iniciado em 2020 com parceria do Sebrae. A metodologia envolve a coleta de material genético, permitindo a leitura e a seleção de fêmeas com melhor qualidade. Entre os avanços citados, estão os indicadores de desempenho que apontam crescimento de produtividade na Aurora Coop em comparação ao cenário nacional.
Foram apresentados os resultados do Programa Propriedade Rural Sustentável Aurora Coop, com destaque para o apoio do Sebrae/SC preparando as empresas para certificação.
Outro eixo apresentado foi a eficiência energética, com foco na avaliação das condições das instalações elétricas em empresas rurais e na conscientização sobre riscos para produtores, animais e estruturas físicas.
Sebrae nacional projeta continuidade da parceria

O evento contou com a palestra União que gera valor -engajamento e cooperativismo no campo, com o professor, engenheiro agrônomo, mestre e doutor em Agronomia, Dieisson Pivoto
A coordenadora de agronegócios do Sebrae nacional, Claudia Stehling, reforçou que a parceria com a Aurora Coop é histórica, mas se renova a cada etapa. Ela citou que, no último ciclo, foi incorporada à cadeia de grãos em Santa Catarina e apontou o engajamento crescente no campo como motivo de celebração. Claudia também destacou a abrangência do projeto nos quatro estados e informou que este novo ciclo deve encerrar com atendimento a quase 4 mil produtores, com expectativa de estender a parceria para um novo ciclo a partir de abril de 2026, por mais dois anos. Para ela, a continuidade amplia benefícios como aumento de produtividade, aumento de qualidade e profissionalismo na gestão dos negócios rurais.
Coordenadora do programa Conexões Corporativas do Sebrae/SC, Josiane Minuzzi, explicou que a agenda foi pensada para aproveitar a presença dos consultores reunidos e ampliar a troca entre as regiões. “A nossa expectativa é ter consultores dos quatro estados para trazer as percepções de cada região também”, afirmou.
Josiane também detalhou como os projetos são construídos em conjunto com a grande empresa, a partir de demandas e objetivos pactuados, que se transformam em indicadores. Segundo ela, o trabalho de revisão começou há cerca de dois meses, com conversas com os setores de leite, aves e suínos, para mapear desafios e identificar o que deveria ser incorporado à parceria. “Na sequência, ocorreram agendas com um grupo de consultores, avaliando se as metodologias existentes conseguiriam atender os desafios. Este último encontro marcou o momento de ampliar essa construção com um grupo maior, para delimitar quais soluções e indicadores serão monitorados no próximo ciclo”, explicou.
Cooperativismo e engajamento
O diretor vice-presidente de agronegócios da Aurora Coop, Marcos Antonio Zordan, também deixou uma mensagem ressaltando a importância do cooperativismo no relacionamento com as filiadas e famílias do campo. Para ele, é um trabalho que gera relação de confiança: “Não existe cooperação sem confiança”, destacou.
Para finalizar, o evento contou com a palestra União que gera valor – engajamento e cooperativismo no campo, com o professor, engenheiro agrônomo, mestre e doutor em agronomia, Dieisson Pivoto. A apresentação conectou o tema ao planejamento estratégico da Aurora Coop, enfatizou pontos como fortalecer e comunicar o cooperativismo, e provocou reflexões sobre desempenho em grupo, a partir de propósitos comuns e metas claras, governanças democráticas e papéis definidos e a influência do modo de interagir nos resultados.
Programa
O Programa Encadeamento Produtivo Aurora Coop e Sebrae é uma iniciativa do Sebrae com o apoio de vários parceiros. Em Santa Catarina com a Aurora Coop, Senar, Sescoop, Sicoob, Cooperalfa, Cooper Itaipu, Auriverde, Coolacer, Copérdia, Caslo, Cooper A1, Copercampos e Coopervil. No Rio Grande do Sul, conta com a parceria do Sebrae, Sicredi, Cooperalfa, Cooper A1, Copercampos, Auriverde e Copérdia. No Paraná participam o Sebrae, a Cocari, Frisia, Capal, Castrolanda, Cooper Itaipu, Copérdia e Cooper Alfa, no Mato Grosso do Sul, Sebrae, a Cooasgo, Copérdia e Cooperalfa.



