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Baixo peso nem sempre significa menor vitalidade dos leitões

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Muito se fala sobre vitalidade dos leitões ao nascer, mas na prática, qual a real importância disso? Toda a importância. Garantir a sobrevivência e o desenvolvimento eficiente dos leitões vai refletir em resultados produtivos e também econômicos. Por isso, saber analisar a viabilidade e a vitalidade dos leitões ao nascimento é primordial. Quem explica melhor a questão é o gerente técnico comercial de Suínos da Nutrifarma, Pedro Ricardo Mattei. E é ele quem define vitalidade: “É o conjunto de propriedades e funções vitais do leitão, então dizemos que um leitão tem uma alta vitalidade quando suas funções vitais lhe permitem sobreviver e se desenvolver rapidamente e, do contrário, dizemos que um leitão tem baixa vitalidade quando as suas funções vitais não lhe permitem desenvolver-se ou sequer sobreviver”. De acordo com Mattei, quanto mais leitões com alta vitalidade ao nascer, menor o índice de mortalidade na maternidade e maior o peso da leitegada ao desmame. Ele explica que os leitões com maior vitalidade se alimentam mais rapidamente após seu nascimento e ingerem uma maior quantidade de colostro que lhe garante aquecimento e imunidade passiva.
Vários fatores influenciam o peso do leitão ao nascimento. Segundo o profissional da Nutrifarma, o primeiro deles a ser levado em conta é a genética, de acordo com as características individuais do macho reprodutor e da matriz, a raça e a linhagem. Soma-se a isso o número total de leitões e, principalmente, a quantidade de nutrientes ingeridos pela porca no terço final da gestação (últimos 30 dias). 
Fêmeas
As matrizes, menciona Mattei, precisam de grande atenção para gerar leitões de alta vitalidade. O médico veterinário lembra que, na fase de pré-parto, as matrizes devem receber um volume de ração compatível à demanda por nutrientes, afinal, nas três últimas semanas que antecedem o parto, os fetos dobram de tamanho e a exigência nutricional da porca também aumenta muito. Outro fator mais recentemente estudado, cita, é o estresse oxidativo que as fêmas sofrem nesse período. “Com a aceleração no metabolismo do organismo da fêmea, ocorre um desequilíbrio entre os radicais livres resultantes da formação de energia intracelular e os antioxidantes naturais que teriam que combater esses radicais livres, provocando lesões celulares prejudicando o processo de multiplicação celular para a formação dos tecidos”, explica.
Ideal
Questionado se há uma conformação corporal ideal ao nascimento dos leitões, Pedro Mattei expõe que na suinocultura se almeja, em termos de peso de leitão ao nascer, algo em torno de 1,4 kg em média. Porém, ele reconhece que, diante do aumento do número de nascidos por parto, há um distanciamento desse índice, o que é compreensível. “Quanto maior o número de leitões no interior do útero, maior a demanda por nutrientes, e com essa disputa, algumas placentas com maior irrigação sanguínea acabam desenvolvendo leitões maiores e com maior vitalidade, mas também outros menores”, esclarece.
Para o gerente técnico da Nutrifarma, o gestor da granja deve estar focado no número de leitões com baixa viabilidade, e não apenas no peso médio dos leitões ao nascimento, pois cerca de 60 a 70 % das mortes durante a lactação ocorrem nos três primeiros dias de vida dos leitões e a grande maioria que morre, é formada por leitões fracos, não necessariamente leves, mas aqueles que ao nascer não conseguem ingerir colostro adequadamente devido a sua baixa vitalidade. “Consideramos uma conformação corporal ideal quando o leitão possui capacidade de se alimentar e se locomover normalmente”, resume o médico veterinário.
Analisar a viabilidade do leitão requer atenção
Leitão pequeno e de baixo peso nem sempre significa que é de baixa viabilidade ou que tem sua vitalidade comprometida. Segundo o gerente técnico comercial de Suínos da Nutrifarma, Pedro Ricardo Mattei, alerta para a atenção que deve ser dada aos recém-nascidos, viabilizando que eles ingiram colostro em volume suficiente o mais rápido possível após seu nascimento, sem perder calor. “Se o leitão possui essa capacidade, ele é um leitão viável, mesmo sendo pequeno e leve. Então para fazer essa análise temos que avaliar a capacidade do leitão se locomover e de sugar o colostro”, ressalta. 
Por outro lado, o veterinário menciona que a maioria dos leitões abaixo de 900 gramas não possui essa capacidade, inviabilizando o seu crescimento, por isso também é importante a ajuda para que eles tenham acesso aos tetos da porca. “Surpreendentemente alguns leitões menores que 900 gramas acabam sobrevivendo e se desenvolvendo bem, por isso não se pode considerar apenas o peso para declarar que o leitão possui baixa viabilidade”, aconselha.
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Fonte: O Presente Rural

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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