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Notícias Piscicultura

Bactérias biorremediadoras reduzem toxicidade da água de cultivo

Água utilizada na aquicultura não deve ser apenas o local de deposição dos peixes, mas sim, um meio estável, adequado de acordo com as exigências para a espécie escolhida

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Arquivo/OP Rural

Artigo escrito por equipe técnica da SwBio

A intensificação da aquicultura objetivando melhor retorno financeiro pelo aumento das densidades de estocagem e melhor aproveitamento da área, trouxe consigo um novo cenário: alta carga de matéria orgânica e poluentes ambientais na água de cultivo. Apesar de variável, a digestibilidade aparente das rações de peixes é relativamente baixa, e cerca de 30% dos nutrientes presentes nas dietas não são aproveitados pelo animal e são excretados para a água de cultivo.

Uma vez que os organismos aquáticos são cultivados na mesma água que se alimentam e defecam, a melhora da dieta fornecida é de suma importância visando a melhora da qualidade desta água. Porém, mesmo se utilizando ingredientes de alto valor nutritivo e digestível, ainda há um grande aporte de resíduos para a água.

No ecossistema aquático natural, a presença de bactérias, algas e outros microrganismos permite que o ciclo de degradação dos resíduos orgânicos seja equilibrado, porém, em situações de cultivo com aporte de nutrientes via ração e em situações cada vez mais desafiadoras com altas densidades de estocagem, há a necessidade de complementação deste sistema natural de tratamento de água. É diante deste cenário que se apresentam os biorremediadores, produtos naturais, sem adição de produtos químicos, e compostos exclusivamente por bactérias do meio aquático, selecionadas de acordo com a aptidão necessária, sem alteração genética ou qualquer manipulação molecular, depositadas em altas concentrações em um preservante líquido que garante sua estabilidade e sobrevivência ao ser aplicada nos viveiros de cultivo, ou pó, que não possui a mesma praticidade do líquido na hora da aplicação e geralmente sua forma de esporo não ativa é mais exigente com relação às condições ambientais de germinação e desenvolvimento, como pH, temperatura, alcalinidade e dureza da água, condições nem sempre disponíveis nos viveiros e que acabam reduzindo a eficácia dessa forma de produto.

Foco

Atualmente as aptidões dessas bactérias devem estar focadas em duas problemáticas: 1. degradação dos compostos orgânicos oriundos das excretas dos peixes e das sobras de ração, e 2. intensificação do processo de nitrificação, a fim de mitigar o impacto ambiental da atividade, melhorar os índices zootécnicos e reduzir a mortalidade dos animais.

Quanto a questão da degradação dos compostos orgânicos, além de manter o ciclo biológico do nitrogênio com função desnitrificante, a ação dessas bactérias previne a turbidez da água pelo consumo desse material orgânico em suspensão, reduz o acúmulo de lodo no fundo dos viveiros, permitindo o uso do tanque por mais ciclos de produção sem haver a necessidade de limpeza dos viveiros, o que requer maquinário (despesa e tempo), além do passivo ambiental da destinação correta desse resíduo.

Com relação a intensificação do processo natural de nitrificação, essas linhagens de bactérias devem ser especializadas em reduzir compostos tóxicos e que podem provocar massivas mortalidades de organismos aquáticos quando em altas concentrações, a amônia e o nitrito. Sua ação imediata (24-48h) é na redução da toxicidade dessas moléculas, cessando a mortalidade. Em seguida ocorre a degradação das moléculas de nitrogênio e amônia, e consequentemente dos seus níveis, até atingirem os níveis ideais de cultivo.

Deve-se salientar que baixas concentrações de amônia e nitrito geralmente não causam mortalidade, mas, como são moléculas tóxicas, pioram os índices zootécnicos de ganho de peso diário e conversão alimentar, resultando em perdas econômicas ao produtor.

Proteção à água

Muitos piscicultores ainda dispõem de alta renovação de água. Sabemos que a água é acima de tudo um bem natural e que deve ser preservado. A renovação da água dos viveiros deve ser considerada como uma ferramenta, mas não um método de cultivo de peixes, uma vez que altas renovações, além de contaminar um alto volume de água, não permitem uma situação de conforto e adaptação ao animal ali cultivado devido à oscilação dos parâmetros físicos e químicos constantes, tornando o viveiro um ambiente estressante e ainda mais desafiador.

Assim, a água utilizada na aquicultura não deve ser apenas o local de deposição dos peixes para seu cultivo, mas sim, um meio estável, adequado de acordo com as exigências já determinadas para a espécie escolhida, e a forma de condução da atividade deve ter uma atenção e preocupação redobrada com a questão ambiental, pelo fato da água ser um bem natural e limitado.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de outubro/novembro de 2018 ou online.

Notícias Dia do Churrasco

ABPA inicia campanha por mais carnes de aves e de suínos na grelha

Em parceria com a Asgav e o SIPS, entidade realizou uma ação durante a ExpoChurrasco, em que foram servidos mais de 200 quilos de cortes assados, incluindo pratos especiais preparados pelo chef Marcelo Bortolon. A iniciativa continuará com a divulgação de vídeos nas redes sociais da ABPA, destacando a variedade e o potencial dessas carnes para grelha.

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Foto: Shutterstock

Às vésperas do Dia Nacional do Churrasco, comemorado em 24 de abril, a ABPA deu início a uma mobilização para estimular a adoção de mais cortes de carne de frango e de carne suína no cardápio das confraternizações que envolvam preparos na churrasqueira.

No último fim de semana, a ABPA promoveu, em parceria com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS) uma grande ação em meio à ExpoChurrasco, em Porto Alegre (RS).

Foram mais de 200 quilos de cortes de aves e de suínos assados e servidos ao longo das seis horas de evento, incluindo o preparo de pratos especiais sob a batuta do chef Marcelo Bortolon – um verdadeiro convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

E a promoção dos cortes para churrasco não terminou no evento gaúcho. A partir das imagens capturadas na ação, uma série de vídeos ilustrativos e informativos sobre cortes diferenciados para o churrasco será difundida nas redes sociais institucionais e de consumo da ABPA.  O primeiro deles chegou às redes da ABPA hoje, e pode ser conferido no link https://www.instagram.com/reel/C6Hdy_wxgw-/?igsh=MWg1aDQwbTh4Z3E5dw%3D%3D.

“Queremos despertar a criatividade do público para mais cortes de carnes suínas e de aves nos churrascos. Além da praticidade e do sabor que casam muito bem com as grelhas, são produtos acessíveis e que tem todo o potencial para ganhar ainda mais protagonismo. Vamos focar nossa campanha nessas características, que são diferenciais nestas proteínas”, ressalta o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Fonte: Assessoria ABPA
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Quarenta empresas de nutrição animal participam do SIAVS 2024

Maior feira dos setores no Brasil reunirá diversas soluções para a cadeia produtiva

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Foto O Presente Rural

Cerca de quarenta empresas fornecedoras em diversos segmentos da área de nutrição animal já confirmaram participação na exposição do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), maior evento dos setores no Brasil, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) – entidade organizadora do evento – empresas com variados perfis estarão no espaço de exposição do evento, de empresas brasileiras a grandes multinacionais, com focos variados dentro da nutrição animal.

As empresas se somam às outras centenas de marcas presentes no SIAVS, de agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de frango, carne suína, carne bovina, ovos e peixes de cultivo, além de fornecedores de equipamentos, genética, insumos farmacêuticos e outros elos da cadeia produtiva que estarão nos mais de 22 mil metros quadrados destinados apenas à área de exposição.

“Temos presença massiva de segmentos inteiros dentro da exposição do SIAVS, que cresceu já 50% em relação à edição passada. Esta forte expansão é um marco importante do que se espera para a edição deste ano, com novos recordes registrados”, avalia o diretor da feira do SIAVS, José Perboyre.


Informações sobre expositores, credenciamento e detalhes da programação estão disponíveis no site do evento.

Fonte: ABPA
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Porto de Paranaguá bate recorde de movimentação em 24 horas: 146 mil toneladas

Foram mais de 146 mil toneladas movimentadas no corredor de exportação em três navios com destino à China e Espanha. O número representa um aumento de 5% em relação à marca anterior, registrada entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Mais de 146 mil toneladas de soja foram movimentadas no Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá entre os dias 20 e 21 de abril, o que significa um recorde operacional em 24 horas (entre todos os produtos). O número também representa um aumento de 5% em relação à marca anterior, registrada entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

“Três berços movimentaram mais de 146 mil toneladas de grãos e farelos de soja com destino à China e Espanha. A movimentação com excelência na operação de três navios permitiu mais um recorde histórico para a Portos do Paraná”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “Estes números são resultados dos investimentos em gestão portuária dos portos paranaenses”. Três embarcações receberam o produto: Nikolas D, Guo Yuan 32 e Guo Yuan 82.

Ele cita como fatores responsáveis pelo recorde a manutenção de equipamentos e estratégias logísticas para melhor aproveitamento dos berços e das equipes da operação, além da demanda mundial pela commodity. “A movimentação total também trouxe resultados importantes para as empresas envolvidas. Oito terminais embarcaram mais de mil toneladas/hora por equipamento. É um número impressionante alcançado devido às manutenções anuais e à inteligência logística portuária”, enfatizou Garcia.

Este trabalho de planejamento operacional e de engenharia rendeu aos portos paranaenses quatro prêmios de gestão portuária pelo governo federal. Atualmente os portos paranaenses são reconhecidos pela melhor administração do Brasil. Os portos de Paranaguá e Antonina alcançaram a nota máxima no Índice de Gestão das Autoridades Portuárias (IGAP) na principal categoria entre os portos públicos brasileiros.

Recordes

Além dos números expressivos em movimentação diária, os portos de Paranaguá e Antonina registraram oito recordes seguidos de produtividade mensal, desde agosto de 2023. O mais recente foi em março deste ano, com 5.968.934 toneladas movimentadas, 11% a mais que em 2023 (5.357.799 toneladas).

Além dos oito meses de recordes seguidos, os números gerais revelam um crescimento significativo em 2024. No primeiro trimestre houve aumento de 16% em comparação ao ano passado. Foram mais de 16 milhões de toneladas movimentadas só este ano. Na exportação, os destaques vão para as commodities de soja e açúcar, já na importação o fertilizante é o produto mais movimentado.

Fonte: AEN-PR
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SIAVS 2024 E

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